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O Bem e o mal a cada dia

N° 39 : “CHEGOU 2012…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Janeiro de 2012

 2011 já se foi…  Chegou o novo ano! O que se foi, trazia suas expectativas e expectações exatamente há 365 dias passados. E eles passaram… e passaram rapidamente. Tinha razão, Moisés: "…porque tudo passa rapidamente, e nós voamos." (Salmo 90.10) Agora, diante de nós estão as expectativas dos próximos 365 dias. Que será deles? Logo à frente, o mesmo Moisés ora e conclama-nos a orar : "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio" (verso 12) Das múltiplas lembranças de 2011, posso dizer o seguinte: – algumas, quero apagar, mas talvez não consiga… – outras, quero guardar, mas talvez não consiga… E aí, me lembro de mais outro bordão das palavras de vida eterna: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança" (Lamentações de Jeremias 3.21)

   Duas matérias veiculadas na mídia vêm à minha mente: O ano de 2011 testemunhou o estupendo alcance de 7 bilhões de vidas no planeta terra. Em 1800, era de cerca de 1 bilhão essa população. Pouco depois de 1900 (um século à frente), havia dobrado o número. Pouco antes do ano 2000, o número chegou a 6 bilhões (apenas mais um século somado).Dizem os demógrafos que em apenas 11 anos (eles precisam que foi em 27 de Outubro último) os humanos somaram mais 1 bilhão de vidas no saldo, atingindo a atual cifra. O segmento que bate o recorde de taxa de fecundação, disparado de longe, está em todo o mundo muçulmano. Mesmo com o atual "refreamento" da taxa de fecundação, estima-se que seremos 9 bilhões de humanos no planeta por volta de 2050, mais da metade sendo população muçulmana. Mas isto, se chegarmos lá… Porque aí, me vem à mente a segunda matéria: A despeito da pilhéria com que são tratadas as predições religiosas sobre o fim do mundo, o calendário maia conquistou mais respeito. Até revistas científicas se ocuparam da pesquisa. Descobriu-se que o calendário maia tem seu limite em 22 de dezembro de 2012. Há uma predição rodando o mundo, de que 23 de Dezembro do ano que se inicia hoje é a data do fim do mundo. Prá ajudar a memória: os maias foram uma avançada civilização (para os padrões da época) que sobreviveu desde mais de um milênio antes de Cristo, até à chegada dos espanhóis ao México. Erik Von Daniken, em "Eram os Deuses Astronautas?" suscitou grande curiosidade mundial no seu legado. Das informações interpretadas nos escritos maias, surgiu recentemente um filme, que em breve pretendo assistir. Seu nome é sugestivo: "2012 – Nós Fomos Avisados" (ou, simplesmente, 2012). Dizem que o filme sugere a criação de uma instituição em prol da sobrevivência da humanidade, depois dos cataclismas. Há até quem diga que a intensificação do programa de pesquisa em Marte está relacionado ao intuito. Certamente você não está pensando que eu estou pensando que o que estão por aí pensando seja verdade… Não estou pensando que 2012 será o ano do fim… Mas também não estou pensando que não possa ser…

   Nada obstante todas as objeções possíveis quanto às linhas de interpretação bíblica que admitem a possibilidade iminente da volta de Cristo, penso que, quando ele deixou múltiplas advertências para estarmos atentos à ocorrência de Sua volta, fê-lo para ser levado a sério. Isto me significa que não posso descartar o ano de 2012 dentre as opções divinas para por fim à presente ordem. Maranatha! (Ap 22.20). Jesus legou muitas admoestações, para que não descuidemos de esperá-lo, sem nos ocuparmos de esquadrinhar tempos ou épocas. Por outro lado, por mais que os governantes promovam seu serviço às populações, precavendo contra o crescimento demográfico, até que Jesus volte, e se acabe o mundo como hoje é conhecido, haverá um significativo crescimento da população mundial. Mas esse crescimento ocorrerá na proporção inversa ao que ocorre no seio das famílias de formação cristã. Enquanto "cristãos" ocidentais estão, hoje, reduzindo a taxa de fecundação por casal a um patamar significativamente inferior a "2", o mundo árabe e africano ainda mantém uma taxa que supera 6 por casal (embora já não mais aqueles históricos 8 por casal). Está explicado como, em dois séculos de história humana, "pulamos" de 1 bilhão para 7 bilhões. Curiosamente, na Europa e mesmo na América, os muçulmanos ali residentes detém um índice procriativo muitas vezes maior do que o dos casais, digamos, nativos. Os chineses que vivem na China são obrigados a se conter no limite de 1,5 filhos por casal; mas os que vivem fora da China não têm esse limite. Se Jesus não voltar durante o 2012, o mundo do final do ano que se inicia já será significativamente diferente do mundo desse primeiro dia do ano. 

   Lembro-me de que quando eu era pequeno, fiquei certa vez extremamente impressionado pela boca de um ímpio, conhecido meu. Com base nestas eventuais predições de fim de mundo, advertiu ele à turma que o mês seguinte seria o mês do fim-do-mundo. Eu já conhecia muitos ensinamentos da Palavra de Deus, mas aquilo me aterrorizou. Hoje, não faz a menor diferença: "não ando por vista", "não olho as circunstâncias"! Pensando sob o molde cristão, sou inclinado a julgar que, se o nosso desejo interior for mesmo trazer à memória o que nos pode dar esperança, aumenta em muito a nossa dependência, para 2012, de tudo quanto há na Palavra de Deus, e diminui muito, para o mesmo ano, a nossa dependência do que se vê à nossa volta. Se já não dava, nos tempos neo-testamentários, para nutrir esperança com olhares seculares, muito mais em 1° de Janeiro de 2012, a data de hoje. Textos como: I Coríntios 15.19, Colossenses 1.5 e 27,  Tito 2.13, Hebreus 6.18, ou I Pedro 1.3, para citar apenas uma pequena amostra, advertem inequivocamente que o objeto principal da nossa genuína esperança não está nesta existência, não está neste mundo: Está, antes, no céu, na pessoa do Rei Redivivo, em cuja semelhança nos encontraremos logo depois que Ele voltar, glorioso, triunfante, judicial. Repito: é na Palavra de Deus, e naquilo que ela nos remete, que reside a mais sólida, a mais benfazeja, a mais sublime das esperanças. E digo mais: Que seja 2012 o ano de Sua volta, se Ele o quiser. Ora vem, senhor Jesus! E, se não vier, que ele me ensine a contar cada dia de 2012, para que seu ensino me coloque apto a alcançar coração sábio! Se não vier, que cada dia de 2012 seja, para mim, para você, para sua família, um dia a mais no andar sob a Graça do Altíssimo!

   Para desfecho musical de hoje, bem que eu gostaria de dispor do hino que veio à minha mente em língua portuguesa. Faz muitos anos que ouvi um coral batista cantá-lo, de forma contagiante. Deles, fiz questão de obter a partitura. Até tenho uma execução a cappela, interpretada por um quarteto, em nossa língua. Tenho também uma versão cantada em inglês pelo pastor Mike Fox, que indico no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=wPaWbJJgP2c . Mas, preferi mandar uma linda versão em língua espanhola, por um conjunto de vozes femininas, ora transcrita. Coloco, linha por linha, a letra original acompanhando a versão em Português que aquele coral cantou. O autor, é o mesmo que já venho usando alguns domingos.

CRISTO MI CAMIÑO GUIÓ
Jesus Led Me All The Way
CRISTO OS MEUS PÉS GUIOU
John W. Peterson, 1921 – 2006

Un día al mundo dejaré
Someday life's journey will be o'er
Um dia o mundo deixarei 

A la dorada playa iré
And I shall reach the distant shore
E à dourada praia irei

Llegando al cielo cantaré
I'll sing while ent'ring heaven's door
Chegando ao céu eu contarei
"Cristo, mi camiño guió!"  
"Jesus led me all the way!"
"Cristo os meus pés guiou!"

    Cristo, mi camiño guió.  
    Jesus led me all the way
    Cristo os meus pés guiou
    Paso a paso me llevó
    Led me step by step each day 
    Passo a passo me levou
    Al final de la jornada
    I will tell the saints and angels
    E ao final da caminhada
    A los angeles diré:
    As I lay my burdens down
    Eu aos anjos contarei
    "Cristo, Mi camiño guió!"
    "Jesus led me all the way!"
    "Cristo os meus pés guiou!"

Padre, guíame en tu amor
Pai, guia-me em teu amor
Diariamente, buen y fiel pastor
Diariamente, bom e fiel pastor 
Muéstrame tu voluntad
Mostra-me tua vontade
Para guiarme en santidad!
Para guiar-me em santidade.
    (interpolação da execução em espanhol)

If God should let me there review
E desde o céu quando eu olhar
The winding paths of earth I knew
O meu terrestre caminhar
If would be proven clear and true
Seguro estou que vou provar
"Jesus led me all the way!" 
"Cristo os meus pés guiou!"

    (estrofe não utilizada na execução em espanhol)
Mi senda aquí enderezó
And hither to my Lord hath led
Meu fardo aqui Jesus levou
Las sombras negras me quitó
Today He guides each step I tread
As nuvens negras dissipou
Mi corazón el transformó
And soon in Heav'n it will be said
Meu coração já transformou
"Cristo, mi camiño guió!"
"Jesus led me all the way!"
"Cristo os meus pés guiou!"

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 38 : “FELIZ NATAL!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Dezembro de 2011

 Nunca me vi com dotes artísticos. Nunca pensei em ensaiar poesia, nem hoje ainda penso. Há alguns que conheço, nisto bem dotados. Mas, mesmo sem grandes pretensões, partilho umas pobres rimas que me vieram à mente. Porque hoje é Natal. Natal é, para nós, a lembrança e a celebração do feito maior e mais faustoso da História: Jesus nasceu, se encarnou! É a maior realização, a maior demonstração de amor pela humanidade perdida. Foi Deus quem a efetuou, e o fêz na pessoa do Seu Filho.

 Então, por hoje, bastam esses versinhos pobres, e um hino por mim escolhido, a propósito do dia!

É NATAL – JESUS NASCEU!
uhs, Dez° 2011

Jesus nasceu! Alvíssara do passado…  
Fez-se encarnado, promessa então cumprida
Emanoel, Deus-homem, vindo à vida! 
Gloriosa dádiva dos céus, do Pai amado.

Jesus nasceu! Trevas não mais dominam
A luz rompeu, os anjos proclamaram
A esperança que os profetas anunciaram
Pôs-se entre nós – que todos o bendigam!

Jesus nasceu! Foi simples sua chegada…
Estrebaria, presépio, estranha caminhada
Não houve pompa, ninguém o enalteceu
Nem entre os seus, alguém o recebeu!

Jesus nasceu! Andou, curou, reanimou…
Compadeceu-se dos que andavam desvalidos
Ensinou como jamais foi dado a ouvidos
Sua missão cumpriu – ao mundo amou!

Jesus nasceu! A salvação é vinda ao mundo
Mas, quantos há que assim o conheceram?
Por que o desprezo, por que lhe olvidaram?
Por que a maldição de um povo iracundo?

Jesus nasceu! A glória, o reino é o seu ideal!
Viveu, sofreu, morreu, ressuscitou
Subiu ao céu, e ainda há de lá voltar
Eis a razão, significado máximo do Natal!

Um Feliz Natal, extensivo à sua família

Que seja um dia de fartura da Graça do Altíssimo!

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 37 : “O MAIOR MILAGRE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Dezembro de 2011

Minha mensagem hoje é breve: estou com poucos minutos de folga entre meu "agora" e o embarque para uma viagem, daqui a pouco. É uma viagem que eu preferiria não fazer agora, mas não tem outro jeito.

   Dezembro, no ocidente do planeta, é um mês diferente. Vai chegando o final do ano, vai chegando o Natal. Cada fase da nossa vida, essa época do ano reúne impressões diferentes a ocupar espaço na mente. São lembranças diferentes, e expectativas diferentes, em cada uma dessas fases. Me lembro da minha primeira infância… Natal significava uma expectativa de presente – é verdade. Mas a lembrança que trago mas forte não é a de expectativa de presentes; afinal, a fase que vivíamos não nos permitia nutrir muitas expectativas nisto. Reunir a família, ouvir e cantar as músicas de Natal, os belos hinos que pareciam servir para uma única época do ano, participar de um culto singular, normalmente com uma cantata de coral, não raro uma celebração com peça teatral no auditório do colégio, tudo isto constituía uma experiência única, para uma só ocasião anual. Veio a segunda infância e a adolescência: mudaram um pouco – tanto as lembranças (agora, mais recheadas) como as expectativas (agora, mais ecléticas) Mas, o clima da época ainda era doce e agradável. E a consciência sobre seu significado, havia crescido, havia se encorpado.

   Da mocidade, me lembro de um misto de tudo. Eu, que nem era mais criança ou adolescente, mas também não tinha ainda as "pesadas" apreensões e os encargos de um pai de família, misturava um pouco do "ar festivo" de antes com um pouco de sensação de que os "encantos" de antes começavam a passar.Os anos se passaram, uma nova família – extensão da primeira… Agora, chegava o tempo de "fazer os doces embalos natalinos" de mais três vidas, acrescidas a mim e Maiza; Mas, sem descuidar de incutir o verdadeiro espírito da ocasião. E já se passaram, agora, muitos anos.

 De todas as lembranças que trago das ocasiões de Natal de todas essas fases, as cantatas ocupam um lugar especial. E, dentre essas, eu, que já era "arcaico" antes de chegar a idade de o ser, tinha como mais especial ainda as que são de autoria de John W. Peterson. "Rei dos Reis", "Noite de Milagres", "Maior amor", "O Maior Milagre", etc… Aquele prodígio da música evangélica produziu mais de cem, fora os hinos… Por mim, chegando o Natal, ficaria sempre realizado se presenciasse um "rodízio": uma atrás da outra…  Falando em "Maior Milagre", isto é propício para a época: Deus em Cristo, Emanuel, o "maior milagre"…Como isto é interpretado nos hinos, nos sermões, nas mensagens natalinas?

 – "Deus estava em Cristo"…

– "Deus fez-se homem, encarnou-se"…

– "Deus entrou na humanidade, entrou na história, para redimir, para salvar"…

– "Natal, natal, natal, natal – é vindo ao mundo o rei divinal!"

– "Glória a Deus nas alturas, na terra concórdia e paz!"

– "Em linda noite ao mundo, a nós, em coro angelical…"

– "Vinde, cantai: Jesus nasceu… à terra a luz desceu… "

– "Nasce Jesus, nasce Jesus, glória a Deus nas alturas, paz na terra, graça e amor, a quantos Deus quer bem!"

– "Exultai, ó terra e céu, dando glória ao homem-Deus!"

– "Vinde ouvir a doce história, que dos altos céus nos vem…"

E o clássico… "Noite de paz, noite de amor"…

 "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombos. E o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaias 9.6). 

   Foi um verdadeiro milagre dos céus, de Deus. Onde já se viu isso? De onde se poderia imaginar? Que Deus é esse, que vê um homem, sua própria criatura, afastado de Si mesmo, e que, por iniciativa própria, se volta de novo para ele, vindo a ele na encarnação do seu Filho divino? Encarnação? Nascimento virginal? Deus-homem? "Porque Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões…" (II Coríntios 5.19). Deus, em Cristo feito homem, assumindo a humanidade…Nasceu por mim… Viveu por mim… Morreu por mim… Ressurgiu por mim! Só de ter ele tudo isto feito, já foi um estupendo milagre… Mas, o milagre fica ainda maior com o complemento… Qual? Tudo isto ele fez – nasceu, viveu, morreu, ressurgiu –   ……………. POR MIM! Ele veio por mim – isto é um segundo milagre… "Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores " (Romanos 5.7,8). São dois milagres: O primeiro: Ele desceu! Ele se encarnou! Ele nasceu! Ele viveu! Ele morreu! Ele ressurgiu! O segundo: tudo isto, ele fez por mim! É como dizem que afirmou Spurgeon: "Eu sei que foi Deus quem me escolheu, pois do contrário, eu não O escolheria… E sei que foi antes de eu nascer, porque depois, não o faria… E sei ainda que foi por razões que desconheço, porque não sei de uma só razão, em mim mesmo, para que escolhesse a mim!" É um verdadeiro milagre – um duplo milagre, aliás.

 Falando em John Peterson, como falei, não poderia deixar uma mensagem musical de outra autoria. Aí vai, pois "O Maior Milagre" (It Took a Miracle"), de John W. Peterson (1921-2006).Foi ele quem declarou:"Em muitos dos meus vôos pela força aérea americana, eu ficava só; e só, pensava em Deus, enquanto lá nas alturas. Um dos pensamentos que me deixava perplexo, é que o mesmo Deus que criou este universo, com suas ilimitadas maravilhas,  é o Deus que me amou, e que me enviou seu único Filho, para tomar o meu lugar na cruz! – um verdadeiro milagre de Deus"

Para os que apreciarem, a letra original:

IT TOOK A MIRACLE

My Father is omnipotent,
And that you can't deny;
A God of might and miracles –
'Tis written in the sky. 

  It took a miracle, to put the stars in place,
  
It took a miracle to hang the world in space;
  
But when He saved my soul, cleansed and made me whole,
  
It took a miracle of love and grace! 

Though here His glory has been shown,
We still can't fully see
The wonders of His might, His throne –
'T will take eternity. 

The Bible tells us of His power
And wisdom all way through,
And every little bird and flower
Are testimonies too.

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 36 : “POR QUE EU, SENHOR?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Dezembro de 2011

   Há doces privilégios que tomam parte da nossa vida de uma maneira que nos surpreendem. Chegam, subitamente, se esgueiram por entre os fatos da rotina diária e, de repente, estão lá… Esses fatos são mais rotineiros, porque pertencem à rotina dos acontecimentos que teimam em querer nos arrebatar a alegria, insistem em sufocar o ânimo, e fazem das lutas diárias a diária tentação para entregarmos os ponto. Mas Deus, que nos dá motivos para NÃO entregarmos os pontos, e que a cada dia nos renova forças, vela por nós no dia-a-dia, e ainda nos dá algumas "lambujas". São os privilégios. Regalias de quem sabe que nada merece, nem nada faz (ou fez) por merecer graça (porque, mesmo que fizesse, já não mais a teria  – graça, quando vem de Deus, nunca vem porque alguma coisa fez por merece-la). Como disse um pregador que ouvi nesta semana, comentando II Crônicas 31: Estamos mal acostumados, superestimando os eventos, sendo movidos a novidades, e esquecendo-nos de nos alegrar no dia-a-dia, na rotina, no cuidado divino que é diário. "Ezequias fez o que era bom, reto e verdadeiro perante o Senhor, seu Deus. Em toda obra que começou no serviço da casa de Deus, na lei e nos mandamentos, de todo o coração o fez… e prosperou" (II Cr 31.20,21). Esta "toda obra" era a do dia-a-dia, das rotinas do serviço a Deus. Mesmo sendo rotina, Ezequias nisso se alegrou. Fantástico. Nunca tinha percebido por esse ângulo.  "Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel" (Zacarias 4.10).  

João Calvino comenta, sobre este versículo, como é brilhante a fé e a esperança daquele que confia nos humildes começos, quando a mão de Deus está presente. Diz ele que o propósito divino é provar o tipo de fé que temos.Quando nos regozijamos em cima das grandes experiências, dos grandes eventos, dos grandes começos, não há tão rica experiência de fé. Diz ainda :

"Mas quando esperamos pelo que não se vê, damos a Deus a honra que lhe é devida, pois dependemos exclusivamente do seu poder e não de recursos imediatos. Não há quem às vezes não esmoreça ao ver diante do mundo um começo, no âmbito da igreja, tão insignificante e tão desprovido de dignidade.
Entretanto, sabemos que Cristo é o mestre de obras e os seus servos são os operários que militam sob as suas ordens." (Livro de Orações e Devoção)

   No entanto, Ele, que é tão gracioso, nos dá "lambujas", vez por outra. São os privilégios da vida. Um jeito especial com o qual somos galardoados pela Sua mão – sem merecer… Uma maneira especial como somos homenageados – sem merecer… Um presente que "cai" em nossas mãos… E assim vai; cada um pode reconhecer seus exemplos. Eu acho que tive a minha cota, nestes últimos dias. Numa delas, disse aos meus alunos que se formaram: Ter o nome de um professor a designar sua turma, principalmente ainda vivo, vale o que, na verdade? Definitivamente, não vale coisa alguma. O que mais vale é ser lembrado pelo Nome que compele ao zelo intenso por Sua causa… Mais vale ser lembrado pelo Nome que compromete toda a seriedade pelo Seu evangelho… Mais vale ser lembrado pelo Nome que demanda todo denodo por Si, pelos Seus alvos divinos…  

    Aquele homem que olha para si, quando é laureado pelos homens, é destacado pelos seus pares e então diz de si para si mesmo: – Eu não sabia que eu era tão importante… … esse, já diluiu, num só instante, todo mérito aparente. João Batista, o profeta-precursor, disse: "O homem não pode receber coisa alguma, se do céu não lhe for dada. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo, que está presente e o ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo. Convém que Ele cresça, e que eu diminua". (João 3.27,29,30) Precisa dizer mais alguma coisa? Quem somos nós? Quem somos nós ? Ou – o que somos nós ? Davi estava certo: "Porque quem sou eu, e quem é este povo, para que pudéssemos dar todas essas coisas? Porque tudo vem de Ti, e das tuas mãos to damos.  Porque somos estranhos diante de ti, e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência". (I Crônicas 29.14,15) Convém que Ele cresça, que diminuamos nós… Até quando, Senhor, seremos auto-suficientes, e o Senhor nos tolerará? Até quando, Senhor, seremos soberbos, e o Senhor condescenderá? Até quando, Senhor, agiremos como se o 'fazer' estivesse em nossas mãos, como se o 'poder' pertencesse aos nossos dotes naturais, como se a 'graça' não fosse a causa única? Não somos coisa alguma; Ele é tudo, em todos nós!

   Bob Cain era um prestigiado cantor e trompetista, dono de um clube de jazz, e sempre aclamado em grandes eventos musicais.Nasceu em 1939, mas foi levado ao céu aos 60 anos de idade. Tocava seu trompete em bailes, em festas, em cabarés, cantava, e assim por diante. Um dia, o evangelho o alcançou. Convertido ao evangelho, fechou o clube, e passou a dedicar voz e talento a serviço da proclamação do evangelho. Uma de suas composições tem no título o retrato da sua nova vida em Cristo : "New song" (Nova Canção). Aqui, para fechar nossa mensagem de hoje, ele canta algo que fala fundo, e é expressão daquele que sabe que tudo, em sua vida, provém de Deus, não lhe permite esquecer de Deus, e tributa a Deus a gratidão por Sua graça, sem saber a razão dela. O autor que compôs esse hino após um culto, o fez num período de profunda reflexão sobre sua vida, numa busca da presença de Deus. Dele, foi assim dito: "retrata a experiência de um homem que viveu intensamente, mas que chega a um momento de humilhação perante Deus!"

WHY ME LORD – 1972 
Por Que Eu, Senhor
Kristopher Kristopherson (1936…) 

Why me Lord? What have I ever done
Por que eu, Senhor? O que tenho eu alguma vez feito
To deserve even one of the pleasures I've known
Para merecer ao menos um dos privilégios (prazeres) que tenho experimentado
Tell me Lord:
Dize-me, Senhor:
What did I ever do that was worth loving you
O que fiz, alguma vez, que fosse digno de amar-te 
For the kindness you've shown…
Por tanta bondade que o Senhor tem revelado

    Lord, Help Me Jesus! I've wasted it
    Senhor, ajuda-me Jesus! Quanto tenho desperdiçado
    So help me Jesus I know what I am…
    Então, ajuda-me Jesus, eu sei quem (o que) eu sou…
    Now that I know that I needed you so
    Já que eu sei quanto preciso (e precisei) de ti
    Help me Jesus, my soul's in your hands!
    Ajuda-me Jesus, minh'alma está em tuas mãos!

Try me Lord, if you think there's a way
Prova-me, Senhor, se o Senhor tem um meio
I can try to repay all I've taken from you
Pelo qual eu possa retribuir tudo quanto tenho recebido de ti
Maybe, Lord, I can show someone else
Talvez, Senhor, eu possa mostrar a mais alguém 
What have been through myself
O que tem ocorrido comigo mesmo
On my way back to you!
Em meu caminho, de volta para o Senhor!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 35 : “AO TEU LADO… SEMPRE ANDAR!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Dezembro de 2011

   Lembrança de uma promessa: "… E eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação do século"  (Mateus 28.20) Que mundo é esse, o de hoje? Que inquietação é esta, que só avança? Tempos atrás, os países da Europa transformaram a raquítica CEE (Comunidade Econômica Européia) num bloco mais poderoso, criaram uma só moeda – o Euro – e vislumbraram um futuro mais vistoso, mais pujante. Me lembro ainda das matérias publicadas, prevendo um bloco forte, unido, para enfrentar o poderio do dólar, de um lado, e a influência crescente do extremo oriente, do outro lado. O Euro já nasceu forte (pelo menos, é o que parecia), e ninguém se arriscava prever seu prazo de validade. E agora? Uma crise que se arrasta, que ameaça não só a sobrevivência da nova moeda, da "zona do Euro", mas também ameaça o mundo. Cada dia, as previsões parecem mais sombrias. Cá no hemisfério sul ocidental, as autoridades (monetárias e governamentais) vivem pregando aos ouvidos (e olhos) do público de massa que estamos bem, alto percentual de imunidade… Mas estamos confusos: não fazem seis meses, as nossas autoridades brasileiras estavam aumentando de novo a taxa básica de juros…

   O discurso era a necessidade de conter o consumo, para refrear a inflação. Agora, véspera de Natal, baixam de novo os juros, cortam tributos para efeitos de curto prazo, para estimular o consumo, e para superar a crise via mercado interno. Alguém aí entendeu? Então me explique, antes que venham os seis meses seguintes depois do Natal…Porque tudo pode mudar rapidamente de novo, percebe?  

   No hemisfério norte ocidental, já há mais de três anos que as coisas não andam nada boas. Basta ver as inversões bizarras: por décadas, brasileiros (além de outros latino-americanos) partiam para as terras do tio Sam, em busca de "oportunidades". Agora, não apenas voltam brasileiros, mas há muitos americanos que estão vindo para o Brasil, em busca das "oportunidades". Que mundo!   Que história!    Que curvas (180°) nessa estrada!  Que surpresas !!! Voltando à Europa, dizem os analistas que o quadro é estranho. O problema começou com a Grécia e com Portugal, arrastou consigo a Irlanda e a Espanha, já carrega agora a Itália e mais outras nações. França e Alemanha tentam entrar em acordo sobre o que fazer, mas ninguém viu ainda esse acordo. Bem, não vamos ficar aqui falando de política e economia. Mas, que é curioso, é.  

   A Alemanha, que pelos tempos passados deu ao mundo personagens destacados, e deu também uma guerra mundial, está outra vez no topo das atenções. Esses personagens se tornaram destacados, ora pelo bem, e muitas vezes pelo mal. E os seus teólogos, muitos mesmo, sucumbiram ante à visão distorcida de mundo, da obra divina da criação, do plano divino e da história.Em tempos mais recentes, na esteira do desapontamento que personagens da teologia alemã trouxeram ao mundo, surgiram dois teólogos pregando coisa nova. Um se chama Jürgen Moltmann, e o outro, Wolfhart Pannenberg. Ambos estão ainda vivos, acima dos oitenta. A cosmovisão de sua teologia tipicamente alemã de pós-guerra procura apregoar um futuro melhor para o mundo, na medida em que o homem se torne consciente de seu papel, o papel posto em suas mãos por Deus. Nascia, com eles, a reviravolta da 'nitszcheana' Teologia da "Morte de Deus" (só se for o Deus de Nietszche), com uma nova teologia – a Teologia da Esperança. Mas, embora pregada com a Bíblia na mão, a esperança pregada é um pouco diferente daquela que de fato fala a Bíblia…

   É possível olhar para o futuro com esperança? Pergunta melhor: é possível olhar para o futuro,neste mundo, com esperança ? Pergunta ainda mais precisa : é possível olhar para o futuro, neste mundo, com esperança deste mundo? "Otimismo" é uma palavra adequada para o vocabulário escatológico do cristão que examina a Bíblia, e julga os fatos do presente por ela? Não pensem que eu vou, a partir deste momento, pregar a antítese: uma teologia de "desesperança"… Mas penso que é preciso ter noção mais exata do que fazemos aqui, do tipo de esperança que nos move.  Qual forma de "otimismo" desfruta o cristão… "Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Romanos 5.5)Lembra-se do contexto bíblico desta afirmação? Ele contém palavras chaves, tais como : fé, paz, graça, mas também tribulações, perseverança, experiência… e… esperança. Os teologos alemães de quem falei fixaram seu interesse num Jesus caricaturado por seus mestres, discípulos de Rudolph Bultmann. Qual a caricatura desse Jesus? Sua humanidade, sua ação e palavra existencialista, muito centrada na geografia e na história, no presente, mesmo olhando para o futuro com otimismo (otimismo humanista). A geografia e a história de perspectiva cristã verdadeira não abandona o mundo, não se aliena dele, mas também não se finca nele, não se prende a ele. Ao contrário, sobrepuja a ele. Por isto o contexto da passagem em Romanos identifica a natureza da verdadeira esperança – é a "esperança da glória de Deus" (Rm 5.2) "Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor seu Deus" (Salmo 146.5). "Há esperança para o teu futuro, diz o Senhor, porque os teus filhos voltarão para os seus territórios"(Jeremias 31.17). Essa geografia não é palestínica, não é terrena; é celestial! Essa história não é secularista, nem é existencialista; ultrapassa a era presente! Essa escatologia não é meramente "otimista"; é gloriosa! Essa esperança é a esperança da glória, que é de Deus, não do homem. Quem é Ângela Merkel, quem é Sarkozy, quem é Obama, quem é Dilma, quem é Mantega, quem é o novo primeiro-ministro italiano, quem é qualquer um desses para dar meia gota de esperança autêntica ao seu próprio povo e ao mundo. Essa esperança, que faz superar a inquietação em que vivemos, só pode ser desfrutada em melhor companhia. E essa melhor companhia não pode ser outro, senão aquEle que escreveu, que fez, que dirige e que tomará em definitivo, em suas próprias mãos, a história. Ele mesmo, de quem estou falando: o Senhor Jesus, a quem se subordinam todos os "reis" da terra!

    Me lembro do cântico que quatro jovens cantavam tangentemente lá em nossa igreja, na Bahia:

   "Sem ele, eu nada seria
   Sem ele, eu não sei andar
   Sem ele eu vagaria
   Como um barco, no imenso mar!"

    Amanhã é Segunda-feira. Enquanto podemos desfrutar esse dia de refrigério, que é o Domingo, isto é um bálsamo… Essa vida de stress começa de novo amanhã. E assim, a cada Segunda-feira, até que venha um novo Domingo, ou até que venha o Dia de descanso eterno.  Dá vontade de amanhecer cantando aquele antigo cântico que há muito aprendemos (e também há muito esquecemos, posto que 'superado'):

   "Andando com Cristo, andando todo dia, andando com alegria
   Andando com Cristo, andando com meu salvador!
   Andando na sombra, andando no brilho, andando todo dia, andando com alegria
   Andando com Cristo, andando com meu salvador! "

   Que passe o mundo por toda turbulência que tiver que passar; se vierem as turbulências, aquela mão estará também lá, para apertar a nossa mais firme e seguramente. Sabemos com quem andamos: "eu sou o caminho…", disse ele! 

    No início do século XIX, sem que se saiba ao certo por parte de quem e de onde, menos ainda precisamente quando, começou a ser difundido um hino no sul dos Estados Unidos. Esse hino se tornou uma espécie de antema oficial nas comunidades cristãs afro-descendentes, mas foi além delas. É, hoje, um dos mais conhecidos negro spiritualsde que se tem notícia, já vertido para várias línguas. Trata-se do famoso "Just a Closer Walk With Thee". Em Portugues, costuma ser traduzido com "Ao Teu Lado Eu Quero Andar". Sua mensagem vai dar desfecho à nossa reflexão de hoje. A letra da versão partilhada hoje (uma das que existem em nosso idioma), é a que segue abaixo:

AO TEU LADO EU QUERO ANDAR

1. Eu sou fraco, sem vigor; 
   Vivo sempre a vacilar. 
   Sê, Jesus meu protetor; 
   Só contigo, Senhor quero andar.

CORO: Ao teu lado quero andar, 
      Livre de qualquer temor;
      Quero em Ti sempre confiar,
      E viver para Ti, ó Senhor.

2. Neste mundo aterrador, 
   Quem se importa se eu cair?
   Quem está em meu favor? 
   Só Jesus me poderá me remir.

3. Junto a Ti, meu Salvador, 
   Para sempre eu quero estar;
   Ó conduz-me com amor 
   Às moradas do teu doce lar.

A poesia em língua inglesa é como segue:

JUST A CLOSER WALK WITH THEE

I am weak, but Thou art strong,
Jesus, keep me from all wrong,
I’ll be satisfied as long
As I walk, let me walk close to Thee.

Just a closer walk with Thee,
Grant it, Jesus, is my plea,
Daily walking close to Thee,
Let it be, dear Lord, let it be.

Through this world of toil and snares,
If I falter, Lord, who cares?
Who with me my burden shares?
None but Thee, dear Lord, none but Thee.

When my feeble life is o’er,
Time for me will be no more,
Guide me gently, safely o’er
To Thy kingdom's shore, to Thy shore.

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 34 : “COMO AGRADECER?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Novembro de 2011

"Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu Nome, ó Altíssimo; anunciar de manhã a tua misericórdia, e durante as noites, a tua fidelidade. Quão grandes, Senhor, são tuas obras, e teus pensamentos, que profundos!"  (Salmo 92.1,2,5)

  Em 1534, por um decreto monárquico – o chamado "Ato de Supremacia", a Inglaterra abandonou a submissão papal/romanista. Mas, dizer que a nação de fato incorporou os valores cristãos que ensejaram a Reforma, vai além da verdade, pelo menos para os tempos de Henrique VII. Depois deste monarca, a sucessão ocorrida entre seus filhos (um homem e duas mulheres) alternou tempos de paz e tempos de severa perseguição aos reformistas ingleses. Seu primeiro sucessor – Eduardo VI, era muito novo e viveu muito pouco; a primeira irmã que lhe sucedeu, teve um governo tão "pacífico", "ordeiro" e "moderado", que lhe valeu uma alcunha sinistra: "Bloody Mary", Maria Sanguinária. Depois, veio a outra irmã, Isabel. Foi um longo período, relativamente pacífico. Com a morte dela, em 1603, não havia mais herdeiros a Henrique VIII, e tornou-se necessário buscar um aparentado na Escócia: Era o Tiago VI, filho da Queen Mary destronada. Em 1603 ele se tornou o Tiago I das duas coroas, unificadas em uma só pessoa, incluindo a Irlanda.

    No início do período monárquico de Tiago I havia expectativas amplas de maior liberdade para a expansão da fé reformada. Os então chamados "puritanos", que queriam um padrão de fé e de vida mais puro para os fiéis, para a igreja, anelavam um distanciamento mais autêntico das práticas, dos ritos e das posturas ainda romanistas na igreja oficial. Eles eram também chamados de "não-conformistas", por aspirarem para a igreja um molde liberto do centralizador episcopalismo anglicano, tanto quanto do congênere romano, entre outras aspirações. Entretanto, cada ano que passava no governo daquele monarca, mais distante se lhes tornava o ideal. Pior: aumentavam as medidas sancionadas por Tiago I para agradar os cripto-papistas do reino, em detrimento dos anseios dos puritanos. Não eram apenas medidas restritivas: houve mesmo perseguição.

   No ano de 1620, um grupo de 102 puritanos ("não-conformistas") deixou o porto de Plymouth, na Inglaterra, rumo à Plymouth da colônia, no outro lado do Atlântico. Desejavam eles plantar uma colônia livre para sua fé e seu culto, em que os valores cristãos percebidos na igreja do Novo Testamento pudessem ser cultivados, sem as intervenções e restrições danosas da coroa. O nome do veleiro era Mayflower ("Flor de Maio"), alusão ao seu ponto de partida na Inglaterra. Ao final de setembro, também final de Outono no hemisfério norte, aportaram na "Nova Inglaterra", jubilosos e cheios de novos ideais. A época de sua chegada poderia ter sido mais favorável do que aquela em que ocorreu: logo chegaria o inverno. E o inverno foi duro demais. Não fosse a benevolência (quem diria ?) dos indígenas da nova terra, talvez todos viessem a ser ceifados. Três "efes" marcaram sua desdita: o "f" do frio, pois foi o mais rigoroso inverno que jamais haviam conhecido, quase lhes tornando insuportável a nova jornada; o "f" da fome (e que fome, pois a neve não lhes deixou o grão e o fruto para comer), e o "f" da falência, pois lhes ceifou simplesmente metade das almas do grupo. Eles se lembraram dos peregrinos da jornada israelita desde o Egito, rumo a Canaã. Quantas vezes o Senhor lhes pesou a mão na dura jornada, e quantas vidas foram ceifadas na longa trajetória de 40 anos. Aliás, esses viajores ingleses que tencionaram plantar a nova colônia foram chamados de peregrinos, "pais peregrinos" (pilgrim fathers), de vez que se sentiram estranhos em sua própria casa, quer dizer, em sua própria terra, em busca de uma terra livre.

   Passado o inverno, veio a primavera, renovando a esperança. Com os índios, aprenderam como tratar o novo solo, e cultivar o milho, a cevada, frutas e frutos; aprenderam também a caça e a pesca. Plantaram, cultivaram, e a colheita que veio no Outono seguinte ao de sua dolorosa chegada foi tão farta, tão abençoada, que se lembraram de novo dos "pais peregrinos israelitas" no deserto, quando o próprio Deus lhes fora a provisão, com fatura de água, de maná e de carne, bem no meio do deserto. Ao final de Novembro, tão grande e farta foi a ceifa, que resolveram celebrar aos pés do Grandioso Provedor da vida. Sim, aquele que pesa, mas também que abençoa. E chamaram os índios para celebrar juntos, apresentando-lhes as boas-novas do Provedor Eterno. Os índios, além de anuir  à celebração, contribuíram: mataram e assaram perús (turkeys) para colaborar. Foi uma grande festa de Primícias, tal como os israelitas aprenderam a Deus no deserto, uma grande festa de "Ação de Graças". E o costume anual se firmou na colônia, mesmo depois de proclamada sua independência, em 1776.

   Por causa da motivação, por causa do foco em Deus, e em Sua bondosa Providência, os cristãos modernamente influenciados pela herança dos "Pilgrim Fathers" também celebram o dia mundial de "Ação de Graças", o que ocorreu na última quinta-feira. Não que "ações de graças" seja uma devoção para um dia do ano, apenas; absolutamente, não. Mas a celebração é um lembrete anual, para servir, como o sopro do foles ao fogo da forja, que acende e realimenta a dedicação da memória àqu'Ele que é o Sublime Provedor da existência, e de todas as Suas dádivas. "Toda boa dádiva, e todo dom perfeito, procede lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tiago 1.17).

    Gratidão é uma virtude própria daqueles que se consideram devedores de favor, daqueles que reconhecem que recebem de graça. Daí, a palavra que designa a atitude, ou a ação, estar diretamente relacionada à atitude de quem efetua a dádiva de favor. Mas a mais sublime forma de gratidão é a daqueles que recebem o favor, a dádiva, e ficam a perguntar-se – "por que"? "Por que eu?" Eu explico o que quero dizer: É comum alguém passar por uma privação, uma dor, uma desventura, e perguntar (não apenas a si próprio) – por que? Por que eu? Mas o inverso é a testificação da sublimidade de alma: Recebo toda boa dádiva e todo dom perfeito, que procede lá do alto, do Pai das luzes, e pergunto a mim mesmo (ou até a outrem): Por que? Por que eu? Sei que nada fiz por merecer… "Pois, quem é que te faz sobressair? E que tens tu, que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?" (I Coríntios 4.7). E recebo essas boas dádivas e todo dom perfeito, a cada dia; não escapa um só dia! É só ter olhos para ver ("Aconselho-te que de mim compres… colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas" – Apocalipse 3.18).

   O Espírito Santo deixou, por via do apóstolo Paulo, uma epístola rica em exortações sobre as ações de gratidão – pelo menos uma em cada capítulo: – "Não cessamos de orar por vós… a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado… dando graças ao Pai… " (Colossenses 1.9-12) – "… nele radicados (enraizados), e edificados, e confirmados na fé…, crescendo (transbordando) em ações de graças" (Colossenses 2.7). – "… e sede agradecidos" (Colossenses 3.15)  "Perseverai na oração, vigiando, com ações de graças" (Colossenses 4.2)O mesmo livro bíblico que poeticamente declara o que está no caput desta mensagem, nos declara ainda: "Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom!" (Salmo 106) Apesar de tudo o que passamos, Deus é bom! Ele não nos garante uma passagem tranquila, mas uma chegada segura, e vitoriosa, e será um gozo e descanso sem fim e sem medida. Então, Ele é bom. Ele é bom por diversos motivos; mesmo tentando, não poderíamos enumerá-los todos:

1) Ele detém, sobre nós, o duplo direito – o de criação (Ele nos fêz) e o de redenção (Ele nos remiu, nos comprou de volta, com o sangue do Seu Filho).

2) Nas Suas mãos, está a nossa vida e força; a nossa provisão; a Providência é uma de Suas obras magníficas.

3) Ele nos reserva, a cada dia, a Sua graça (Salmo 63.3), apesar de nós, de quem somos e o que fazemos, e até o que deixamos de fazer…

   Fica-lhe bem, por conseguinte, toda ação de graças, toda a gratidão, e até mais do que possamos tributar. Deus se agrada de nós, se exibimos um coração grato,  com boa medida de gratidão. Vai-te bem a vida? Dê graças a Deus! Se não como queria, dê graças porque Ele te sustém, e não sobrevem o pior… Vai-te bem o trabalho, e assim os ganhos? Dê graças a Deus! Se não tanto como queria, dê graças porque há muitos com muito menos… Os "Pais Peregrinos" deixaram um legado regozijante aos seus filhos, os filhos da geração que nasceu em solo americano. Nesse legado, a alegria de celebrar a bênção que, a cada dia, dia após dia, ano após ano, Ele lhes derramava do céu. A cada final de Novembro, eles apresentavam suas primícias em louvor de Deus, o Criador, o Provedor, o Dadivoso. E nós nos juntamos às gerações que já passaram, transmitindo às que nos seguem: Bom é render graças ao Senhor…  

   Mais de quatro décadas atrás, um afro-descendente norte americano compôs um hino que ultrapassou muitas fronteiras. Seu nome é Andrae Crouch. O hino expressa parte do que esta mensagem quer acentuar. Segue a canção aqui, numa das versões em língua portuguesa, pela voz de um antigo amigo pessoal meu – Ozéias Silva, que há muito não vejo. Para os que se interessarem segue o link do youtube da versão original na voz de Adrae Crouch.
https://www.youtube.com/watch?v=WF0TcbY_Z8o

My Tribute, 1970
MEU TRIBUTO 
Andrae Crouch (1947… )

Como agradecer pelo bem que tens feito a mim
Que vem demonstrar quanto amor Tu tens ó Deus por mim
As vozes de milhões de anjos não poderiam expressar
A gratidão do meu pequeno ser que só pertence a Ti!

A Deus demos glória, a Deus demos glória
A Deus demos glória, que por nós tanto fêz 
Foi na cruz que salvou-me; seu poder resgatou-me…
A Deus demos glória que por nós tanto fêz!

Quero viver aqui para adorar-te, meu Senhor
E se surgir um louvor: ao Calvário seja assim! 
Foi na cruz que salvou-me; seu poder restaurou-me:
A Deus demos glória que por nós tanto fêz!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 33 : “FOGO AMIGO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Novembro de 2011

Na semana passada, por motivo de viagem e dificuldade de acesso à internet, não escrevi a mensagem semanal. Volto a fazê-lo hoje, na suposição (quem sabe, presunçosa) de trazer mais uma palavra. Exatamente 110 anos atrás, com a renúncia do primeiro presidente republicano brasileiro (Deodoro da Fonseca), assumia a presidência o seu vice, Floriano Peixoto. Esse alagoano de Maceió, agora presidente, havia sido militar de destaque na campanha da Guerra do Paraguai (1864-1870). Aquele período da guerra ainda estava sob o regime monárquico do império brasileiro. Em 1889, quando a revolução maçônico-jurista-positivista depôs o regime monárquico de Dom Pedro II, instaurando a república, Floriano Peixoto era o chefe da guarda do Visconde de Ouro Preto. Este, político mineiro nascido na cidade que lhe dá a alcunha, era, em 1889, o presidente do conselho de ministros de Dom Pedro II. Era, portanto, uma espécie de "primeiro-ministro", e monarquista convicto. Bradada a revolução republicana, o Visconde de Ouro Preto deu ordens ao então comandante militar Floriano Peixoto, para que reprimisse a revolução… Se preciso fosse, segundo a ordem, eliminando os revoltosos. Consta que Floriano Peixoto resistiu à ordem do Visconde, dizendo que não seria capaz de chegar a este extremo no cumprimento das ordens. Vou tentar, em parte com minha imaginação, reproduzir o diálogo que se deu :

– Comandante Peixoto, é agora seu dever proteger o império dessa revolução; reúna os homens, cumpra o seu dever, se preciso for, usando a força e eliminando os revoltosos.

– Sinto muito, senhor, mas não poderei chegar a este extremo – eliminar os revoltosos.

– Mas, como não? Na guerra do Paraguai quantos foram os que você, com seus homens, eliminou ?  Não foram muitos ?

– Muitos, senhor, com certeza.  Mas, lá, na guerra contra o Paraguai, tínhamos inimigos pela frente; aqui, não: somos todos brasileiros!

   Que resposta: "lá, tínhamos inimigos pela frente; aqui, não: somos todos brasileiros". Esta frase, eu não precisei imaginar: a história a registrou! Se Peixoto houvesse feito como queria o presidente ministerial da coroa, teria produzido uma espécie daquilo que se costuma denominar "fogo amigo". Em muitos casos, o "fogo amigo" ocorre por descuido. Mas, em outros casos, pode ser por traição, ou por repressão.Teria sido este último, o caso. Nas nossas lides, estamos sujeitos a enfrentar "fogo amigo" também. Para ser mais honesto, devo dizer que estamos sujeitos, tanto a enfrentar, quanto a produzir. Aqui e acolá, podemos ser flagrados na posição passiva (sofrendo-o), mas também na ativa (fazendo-o). "Porque, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (I Coríntios 3.3) 

   Não é "fogo amigo" quando nos colocamos a digladiar entre irmãos de uma mesma igreja, ou entre irmãos de uma mesma fé, por causa de razões que dificilmente poderiam justificar a contenda? Não é "fogo amigo" quando, por motivos fúteis, alunos de uma mesma sala de aulas se mobilizam com o fim de alimentar discórdias e desavenças com outros colegas, dada a diversidade de mentalidades, como se lhes fosse inviável permanecer  dentro do mesmo recinto e respirando o mesmo ar? Quando eu fazia faculdade de engenharia, em Governador Valadares, no terceiro ano se faziam as  divisões de turmas conforme a modalidade escolhida. Assim, lá na década de 1970, passei a ter colegas numa mesma sala, com os quais ainda não havia convivido. Não demorou muito, e um grupo majoritário da classe "patenteou" uma nomenclatura de auto-denominação: eram eles a "galera". A "galera" só tinha gente "feliz", gente brincalhona, querendo mostrar que estava de bem com a vida. Geograficamente, também estava demarcada – o fundo da sala. Mas não estava de bem, não tanto quanto, com os estudos. E eles se incumbiram de criar a "logomarca" dos demais, que não eram da "galera"- o outro grupo foi por eles denominado com uma alcunha muito pejorativa, ao qual frequentemente tripudiavam. Estes, frequentemente tripudiados, eram os que tinham espaço geográfico diferente – da metade para a frente na sala; também era o grupo mais interessado em levar a sério os estudos. Dali para diante, a convivência foi uma sucessão de amostras de "fogo amigo", com algumas tréguas de alívio.  

   Pergunto ainda: Não é "fogo amigo" quando, por questões de importância inteiramente secundária, membros de uma mesma família se permitem  abrigar um clima de hostilidades que, em talvez a totalidade dos casos, razões puramente egocêntricas respondem pela asfixia das boas relações? Na construção civil, quando se prepara uma forma em madeira (ou qualquer outro material próprio) para receber uma estrutura em aço, a ser revestida e preenchida de concreto, é imprescindível que o concreto lançado seja bem adensado, bem misturado, bem homogeneizado. Do contrário, retiradas as formas, aparecerão as "brocas", horrendos buracos sem concreto que expõem a ferragem, tais quais feridas na carne humana que expõem os próprios ossos, causando grande risco à estabilidade da estrutura. Pois bem: Não é fogo amigo quando cônjuges se agridem sem razão, por acentuado sentimento animal, deixando à mostra ossos doentes da ferida, "brocas" que minam a estabilidade das estruturas? Não é "fogo amigo" quando colegas de ministério, ou de lides missionárias, ou de esforços de empreendimento pelo Senhor da Seara se hostilizam por causas pequenas, diante do tamanho da causa daquEle que os arregimentou?

   Me lembro bem do Rev. Noé de Paula Ramos, com um relato que dele mesmo ouvi. Certa feita, no mandato do Presbítero Paulo Breda à frente da IPB, Rev. Noé era seu vice. Estando ele no exercício da presidência, numa das reuniões da década de 1980, um certo pastor contumaz em usar o idioma de forma áspera e ferina contra seus pares, o fêz como costumava fazer contra aquele que presidia o Supremo Concílio da IPB. Calmamente aguardando o fim da espumante vociferação, Rev. Noé de Paula Ramos limitou-se a comentar, ao término do falatório do conciliar: – Estão vendo os irmãos? Se este destacado irmão e colega assim se pronuncia, aqui dentro do Supremo Concílio, contra o vice-presidente que ora preside o Supremo Concílio da Igreja, o que não é capaz de fazer ele com outros irmãozinhos lá em seus concílios menores?

    "Fogo amigo" é um desastre. Sempre é fruto de um esquecimento, um momentâneo (às vezes não tão momentâneo) e breve (às vezes não tão breve) lapso de memória, de que o verdadeiro "inimigo" está invisível, mas não é o irmão de fé, não é o colega de sala, não é o familiar, não é o colega de ministério, etc. Ele está "do outro lado", ou então está "atrás", enquanto atiça. Nós não o vemos porque, além de invisível, esse verdadeiro inimigo se camufla. Camuflado, faz-nos pensar com frequência que ele nunca está envolvido nas situações de "fogo amigo". O pior é que está. E como está! No entanto, esta "ocupação" não pertence às atribuições do "Reino do Filho do Seu amor"; pertence, antes, aos negócios de interesse do "império das trevas", do qual o Filho nos libertou(Colossenses 1.13) ! "Sede sóbrios, e vigilantes: o diabo, vosso adversário, anda em derredor, procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo" (I Pedro 5.8,9) A Bíblia fala de uma atividade típica do adversário: ele se ocupa de ser acusador "dos nossos irmãos" (Apocalipse 12.10). Numa mensagem que já preguei algumas vezes, costumo lembrar que a nomenclatura "diabo" vem de "diabolos" (grego), que significa, literalmente, "o que lança contra", ou "acusador".É isso – Ele é sempre o instigador de contendas, em suas estratégias ardilosas : 

1) Instiga contenda do homem para com Deus (fêz assim já no princípio, no Paraíso do Éden…)

2) Instiga contenda de Deus para com o homem (fêz assim com Jó, e não apenas com ele… )

3) Instiga contendas de nós outros para com nossos próximos (parece que é a sua mais frequente ocupação…)

    Esta última instigação é a que produz o "fogo amigo". Frequentemente, esse estrategista maligno se aproveita de nossas fraquezas, de nossas debilidades, para provocar o seu ardil. As feridas da existência, as "escaras" do leito de dor, o vazio dos dias e das noites sem sadio exercício espiritual, as tentativas meramente humanas de construir preenchimentos para as necessidades existenciais e as carências da alma… são tipicamente as situações de que ele se aproveita. E aí, enfraquecidos, vulneráveis, nos tornamos presas fáceis. É preciso resistir-lhe firmes na fé. Note bem – três exigências:

1) Resistir…

2) Firmes…

3) Na fé…

    Mas, isto já seria outra mensagem… Apenas lembrando: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram – eis que se fizeram novas!" (II Coríntios 5.17) 

   Para deleite dos ouvidos e da alma, hoje, escolhi um hino muito tocante a mim. Rusty Goodman (irmão de Howard Goodman e cunhado de Vestal) o compôs não muito tempo antes de ser levado por um câncer, apenas aos 57 anos de idade. Fala o hino da maneira como o "Oleiro" costuma tratar conosco em nossas feridas e "escaras". Se o "barro" for dócil e maleável nas mãos do "Oleiro", o resultado é sempre um "vaso novo". Abaixo, coloco a letra de língua inglesa, para aqueles que quiserem apreciar a poesia original… O áudio em nosso idioma traz a versão  já conhecida e cantada…

 THE POTTER (1980)
 O OLEIRO
 Rusty Goodman(1933-1990)

When the Potter gathers up broken pieces
Quando o oleiro ajunta pedaços quebrados 
Of a vessel He wishes to mend (thank God !)

De um pote que Ele pretende consertar (graças a Deus
He doesn’t put it back together like a puzzle, O No!

Ele não os ajunta um-a-um como um quebra-cabeças, não, não 
But on the Potters wheel He molds it again. 

Mas ele os molda de novo na roda do Oleiro. 

Lord, don’t let me see the way I used to be
Senhor, não me permita ver a trajetória que trilhei 
Remove the scars that follow the pain

Remove as escaras que se seguem à dor 
Wounds of my shame, bind them up in Your great Name

Feridas que são minha vergonha, retém-nas [em Tuas mãos] em teu Excelso Nome 
Cast them all into your forgetting sea ! 

Lança-as todas adentro em teu mar de esquecimento 
Take away all the strife, all that followed a wasted life 

Expurga toda discussão, todas as que procedem de uma vida desolada
Tried to build on the dust of a foolish dream 

Que [apenas] tentou se construir na poeira de um sonho tolo 
Just an empty space of time 

Tão somente um espaço vazio no tempo
Somewhere in the corner of my mind 

Em algum lugar, num dos cantos da minha mente
If all the world should recall, don’t let me see !

Se o mundo inteiro me reclamar, não me permita ver. 

   If I should sit among the ashes of the bridges (lembra de Jó ?)
   Se eu me sentar em meio às cinzas das 'pontes' 
   That I’ve burned, O Lord, on my way back home to Thee
   Que já foram jogadas abaixo, ó Senhor, em meu caminho de reconciliação contigo
   o compositor lembra a estratégia de guerra, que dinamita pontes que ficam para trás,
   no caminho, impedindo o acovardado caminho de retorno – Lucas 9.62)
   Don’t let me find one single thing among the ruins

   Não me permita encontrar um só objeto em meio aos escombros
   That could bring to my mind one memory!

   Que pudesse trazer à minha lembranças [nocivas] memórias(Lamentações 3.21

Lord, don’t let me see the way I used to be
Senhor, não me permita ver a trajetória que trilhei 
Remove the scars that follow all my pain

Remove as escaras que se seguem à dor 
And wounds of my shame, bind them up in Your great Name 

E feridas que são minha vergonha, retém-nas [em Tuas mãos] em teu Excelso Nome 
Cast them all into your forgetting sea !

Lança-as todas adentro em teu mar de esquecimento !
Take away all the strife, all that followed a wasted life 

Expurga toda discussão, todas as que procedem de uma vida desolada
Tried to build on the dust of a foolish dream 

Que [apenas] tentou se construir na poeira de um sonho tolo 
Down that corridor of time don't ever let them come to mind

No curso do corredor do tempo, não permita que venham à mente
If all the world should recall, don’t let me remember them at all 

Se o mundo inteiro me reclamar, não me permita trazer tudo isto à lembrança 
And if all the world should recall, don’t let me see!
E se o mundo inteiro me reclamar, não me permita ver.

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 32 : “HAJJ E… PEREGRINOS…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Novembro de 2011

Nesta semana teve início mais uma hajj  (precisamente no dia 04). A televisão mostrou… Vai até dia 09."Hajj "  é uma palavra da língua árabe, que significa "peregrinação". É o nome dado a um rito tradicional do Islam, pelo qual multidões acorrem a Meca, na Arábia Saudita. Por este rito, muçulmanos cumprem um dos "cinco pilares da fé islâmica". Trata-se da exigência de efetuar, ao menos uma vez na vida, uma peregrinação até à cidade de Meca, caso o devoto seja física e financeiramente capaz. Essa peregrinação dura por uma semana, tempo em que atos rituais e orações são lá cumpridos. Espera-se uma acorrência que superará 2 milhões de pessoas, neste ano. O Islam associa esse rito ao assim chamado profeta Maomé, em fase do sétimo século da era cristã. Por um lado, decorre da crença de que, junto ao monte onde converge a celebração, Maomé tenha dado suas últimas orientações, antes de expirar (ano 632). Esse monte se encontra poucos quilômetros fora, no entorno de Meca. Por outro lado, sustenta-se sobre a crença de que ali, o "primeiro profeta do Islam" (sic) – Abraão (Ibrahim, em árabe) – tenha passado pela experiência dolorosa de separação de seu primeiro filho, Ismael. Como se sabe, Hagar (Hajjar, em árabe) peregrinou pelo deserto com o filho Ismael, depois que Abraão a despediu de casa. Foi quando Deus – crê o Islam – resolveu dotar a descendência de Ismael de um desígnio privilegiado dentre todas as nações.

   O Islam prescreve, para a Hajj, uso de  vestimentas simples (usualmente brancas), com o fim de advertir a lembrança de todos os peregrinos quanto à igualdade de todos os homens, perante Deus, no dia do Juízo Final. Não se pretende que as preparações para a semana de peregrinação, que leva fiéis muçulmanos do mundo inteiro a Meca, ocorram de modo solitário e individual: as preparações são em grupo, para acentuar a prática da unidade de submissão (sic). O Islam reconhece a procedência comum, para os três mundiais ramos religiosos monoteístas, quanto à pessoa de Abraão. Costuma, inclusive, apregoar que Abraão não era judeu (embora reconheça que a designação venha do patriarca Judá, filho do "profeta Jacó", neto de Abraão), que tampouco era cristão, e nem muçulmano, no sentido estrito da palavra. Para o Islam, Abraão é o pai de todos, ainda que o profeta "maior" seja identificado em Maomé.

   Como cristãos, também praticamos uma "peregrinação". Há alguns pontos de similaridade com a prática islâmica:  Cremos que Abraão era um verdadeiro "peregrino", "pai de uma posteridade imensa de peregrinos", sob certo aspecto… "Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. "Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade." (Hebreus 11.8-16)  Cremos também que Deus nos vê como criaturas Suas, o que significa, sob certo aspecto, que estamos todos debaixo do mesmo juízo divino, sob o mesmo rigor, sem acepção de pessoas; e isto não deixa de refletir uma certa unidade da raça…. "Porque para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados." (Romanos 2.11,12).  Cremos, ainda, que haverá um julgamento final, no qual todos hão de comparecer perante a face do Senhor… "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo" (Apocalipse 20.11-16). 

   Mas, há algumas diferenças retumbantes quanto à percepção de "peregrinação" de cada uma das duas mensagens: Enquanto o muçulmano faz uma "peregrinação" anual, com duração de uma semana, repleta de rituais, o cristão faz uma peregrinação de vida inteira, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 52 semanas por ano, tantos anos quantos sejam o da vida própria. Enquanto o muçulmano busca a cidade de Meca, na Arábia Saudita, e só aquele lugar, o cristão faz a sua peregrinação onde quer que esteja, seja em que cidade (ou em que campo) for, no mundo inteiro. Não precisa ir a um lugar específico – sua peregrinação já está acontecendo, onde esteja o cristão. Se está em Belo Horizonte, ou no nordeste brasileiro, ou num país árabe, ou num deserto, ou num shopping, ou em expedição à Antártida, ou em viagem pelo céu, ou no meio do oceano, está em peregrinação. Outra diferença fundamental é que o muçulmano se torna peregrino, enquanto que o cristão VIVE peregrino, É peregrino – nada menos do que isso.

   No dia em que Davi consagrou a oferta a Deus, à frente do povo que com ele compareceu, com o fim de erigir o templo de Jerusalém, pronunciou palavras inapagáveis, inspiradas, e ainda hoje inspiradoras: "Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. Porque somos estrangeiros diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência." (I Crônicas 29.13-15) Davi foi um profeta e patriarca do tempo judaico da Aliança. O templo que ele idealizou fazer, e que foi edificado por seu filho Salomão, desapareceu. Mas sua afirmação tem um prazo de validade indeterminado. Na verdade, que motivos reais temos nós para nos sentirmos presos a este mundo? O que nele nos prende, falando com consciência sã? Que razões teríamos nós para nos sentirmos pertencentes a este mundo? O que, nele, vale a pena em caráter definitivo? Só há um tipo de resposta sensata para estas perguntas: Repetidamente  – Nenhum, nada, nenhuma, nada !!! Somos peregrinos! Esta é a verdade maior… Somos peregrinos, e por mais que as circunstâncias criem seus atrativos para nos deixar com o coração cativo a este mundo, com a alma refém do presente século, é preciso lembrar que esses atrativos são, na verdade, armadilhas. Não, não estou apregoando "escapismo", "alienação", "ascetismo",  atitude eremita. Não é como a história do lendário personagem histórico – o Juquinha… Entre parêntesis: este é o lendário personagem da "Estrada Real" em terras mineiras, a caminho de Diamantina, que um dia resolveu renunciar a vida da cidade, a família, os amigos, o trabalho, e tudo o mais, para viver "ermitão" naquelas grotas… Sua escultura está lá, quase à beira da Estrada Real, para quem quiser testemunhar da sua história. Eu mesmo já a vi de perto… Ao contrário, como antes dito: a nossa peregrinação não exige ATO de abandono, senão apenas ATITUDE de desapego. Sim, pois, como afirmou o Mestre, dizendo não ser ele deste mundo, também não somos deste mundo. Vivemos em terra estranha, que não é o nosso lar, não é a nossa pátria, não é o nosso lugar… Aqui estamos de embaixadores (II Coríntios 5.18-20).

   Que fique lembrado:

– não nos tornamos peregrinos, por uma opção extemporânea; SOMOS peregrinos!

– não fazemos peregrinação a um lugar ou outro: nossa peregrinação é o mundo, é no mundo.

– nossa peregrinação não tem duração curta, limitada, dentro da vida; nossa peregrinação é pela vida toda!

   Isto não pode produzir outro efeito senão colocar-nos mais junto Dele!… Aspirarmos por Ele… Maranatha!

   No ano de 1902, um ex-médico, que havia suplantado a dedicação à carreira profissional pela lide ministerial, compôs um belíssimo hino. Sua esposa era musicista também, e foi ela quem compôs a melodia do hino. O hino tem inspirado gerações, em diferentes denominações. Aliás, todos os hinários que conheço têm uma versão desse hino. Esse é o que  fecha a nossa singela mensagem de hoje. Abaixo, coloco a letra de língua inglesa, para aqueles que quiserem apreciar a poesia original… O áudio em nosso idioma traz a versão  já conhecida e cantada…

THE KING's BUSINESS (1902)
Elijah Taylor Cassel (1849-1930) & Flora Hamilton Cassel (1852-1911)

I am a stranger here, within a foreign land;
My home is far away, upon a golden strand;
Ambassador to be of realms beyond the sea,
I’m here on business for my King.

Refrain

This is the message that I bring,
A message angels fain would sing:
Oh, be ye reconciled,
Thus saith my Lord and King,
Oh, be ye reconciled to God.

This is the King’s command: that all men, everywhere,
Repent and turn away from sin’s seductive snare;
That all who will obey, with Him shall reign for aye,
And that’s my business for my King.

My home is brighter far than Sharon’s rosy plain,
Eternal life and joy throughout its vast domain;
My Sovereign bids me tell how mortals there may dwell,
And that’s my business for my King.

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Bom Domingo, boa semana, (em peregrinação)!
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 31 : “NÃO ESTAMOS SÓS!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Outubro de 2011

A nossa vida tem idas e vindas muito curiosas; algumas, surpreendem muito positivamente, outras surpreendem de modo decepcionante. Não faz muito tempo visitei um senhor de idade, já acometido das enfermidades típicas do dilatado número de “janeiros”. O enfrentamento das enfermidades, para ele, era algo não exageradamente difícil de encarar. Não, tanto quanto o que mais lhe incomodava. Afinal, há hoje fartura de medicamentos, diversidade de planos de saúde, e os médicos não lhe estavam tão fora de alcance. Mas a sua face denunciava algo que seu lábios, por poucas palavras que deixaram escapar, acabaram por confirmar: o pior de tudo é ficar só! Parece que, para muitos de nós, a sina é esta – vimos a este mundo acompanhados, mas não é raro partir dele na solidão. Não bastasse a idade, a enfermidade, ainda acumulava a desventura de ver os de sua própria casa causar-lhe muitos dissabores, e aumentar-lhe o sentimento. Parece que solidão é algo que se pode sentir, mesmo no meio da multidão.Não é raro perceber isto, hoje em dia. De fato, estamos quase todos envolvidos numa rotina de tirania sobre o nosso tempo. Com isso, lidamos sempre com muitas pessoas. Mas, os dias de hoje parecem ter deixado muito para trás aqueles dias de outrora, em que se podia cultivar boas e duradouras amizades, amizades prá valer. Não dá tempo!

   Pouco tempo atrás recebi uma carta de um ex-aluno. Teve ele a coragem de escancarar o coração para mim. Estava desiludido. Estava sem entusiasmo. Estava sem fanal. Tudo lhe parecia um vazio. Ler a sua carta deu até um certo calafrio. Um sentimento de estar sozinho, num mundo tão povoado, era algo que também lhe angustiava. É verdade que as circunstâncias de um período pressionavam mais ainda aquele cenário. Mas, também creio ser verdade que, mesmo sob circunstâncias mais leves, muitos de nós passamos por abatimentos com certo grau de semelhança. Me lembro de Elias. Houve um dia em que ele se sentiu só, inteiramente só. Quando isto lhe ocorreu, que história Elias já tinha, diante de Deus, prá contar? Não pouca, nem  pobre:

– Ele já tinha vivido um tempo de “retiro espiritual”, bebendo de uma límpida fonte provida por Deus, e comendo comida que os corvos, por mando divino, lhe supriam todos os dias (I Rs 17)

– Também já havia ele, por providência divina, partilhado da fartura do azeite da botija e do cereal da panela da viúva de Sarepta (também I Rs 17)

– Ele mesmo já tinha sido o instrumento da mão poderosa do Altíssimo, ressuscitando o filho daquela viúva (idem)…

– E mais: ele mesmo, sozinho (e com Deus ao seu lado), já havia desafiado os quatrocentos profetas de Baal, vindo a ser vitorioso contra os mesmos (I Rs 18)

Um homem, contra quatrocentos. Aliás, um, sob as mãos do Todo-Poderoso, contra quatrocentos.

– Isto, sem contar a grande chuva por ele profetizada, que pôs fim à sequidão da terra, e a fome (também I Rs 18)

    Entretanto, chegou o dia em que a solidão lhe pesou. E pesou tanto, que Elias pediu para si a própria morte (I Rs 19). Não era Elias um homem de fé? Era! Não era um homem de grandes feitos, de portentos? Sim, com certeza era homem de portentos. Não era um instrumento escolhido por Deus? Sem dúvida, Elias era um escolhido e ungido de Deus. Mas que a solidão lhe pesou, isso pesou! Para alguém assim, escolhido por Deus, de grande fé, até de portentos, alguém um tanto singular, chegar a pedir a Deus que a existência se lhe encerre, é preciso também um forte abatimento. E isto lhe sobreveio, no meio de um intenso sentimento de solidão. Talvez, a diferença mais notável entre ele e muitos de nós, nos dias de hoje, é que ele estava só nos dois sentidos – real (ou físico) e emocional. Já no nosso caso, não raro nos sentimos sós mesmo rodeados de muita gente. Mas é em certos momentos que o sentimento se avoluma. Por exemplo: quando a noite desce, e falta o sono a conciliar; ou então pela madrugada, quando se desperta com lembranças que apertam a alma; ou então, mesmo de dia, quando nos sentimos estranhos e peregrinos nos lugares mais corriqueiros, como o próprio trabalho. Ou então, quando esperamos o que esperamos de alguém querido, mas, isto não se confirma como esperado…

   E qual tratamento foi prescrito para Elias? Qual a prescrição  “psiquiátrica”? Qual a terapia “psicológica”? Primeiro, Deus renovou a ele a visão realista da revelação de Si mesmo, de Seu Ser inefável. Deus se mostrou  a Elias como o Deus que era (e que é, e que sempre há de ser). Parece incrível, mas, estou convencido de que todas as vezes que a nossa fé se abala ao ponto de um grande abatimento, é a percepção de quem é Deus, do que Ele pode, de quão grandioso é, que, uma vez afetada, enferma, responde pelo quadro. E depois, que mais fez Deus com Elias? Bem, depois, Deus tratou a “patologia oftalmológica” de Elias. Seus olhos estavam enxergando de modo errado a realidade; pior, estavam levando a um julgamento equivocado dessa realidade, por falta de dados sobre ela, por falta de percepção. Só Deus tem a percepção do "todo", do "completo". Mostrou-lhe Deus que ainda havia “serviço a fazer”, que havia um sucessor a erguer, e que não estava ele, de fato, só! Não, não estava mesmo! E, mesmo que não houvesse outros “sete mil profetas”, nem assim estava ele só. Como dizia um amigo meu: “Um, com Deus, já é maioria”! Confira tudo em I Reis 19.

    Uma das tarefas mais difíceis que já enfrentei foi, certa ocasião, levar minha palavra pastoral, de consolação, a um casal que havia perdido seu filhinho de 3 anos de idade, com meningite bacteriana fulminante. Um sentimento de solidão se apoderou do coração deles, dia seguinte ao do sepultamento, que tornou o quadro e a tarefa multiplicadamente penosa. Mas, embora sob circunstâncias diferentes, a de Elias não era diferente na sua essência. Sim, é natural que os dias, com seus achaques, perturbem a alma. Afinal, somos de “carne e osso” (ainda, por enquanto, até sermos revestidos da imortalidade). Solidão, mesmo em meio à multidão, pode ser uma ocorrência mais comum do que se imagina. Mas, quanto à incerteza do dia vindouro, quanto à solidão que as circunstâncias podem produzir, há alguém, lá em cima, que tudo controla; e Ele reverteu a sorte de Elias, sendo o mesmo hoje, como era outrora. Ele está disponível e é aqu’Ele a quem se pode recorrer. "Nele a gente pode confiar!" Ele é quem não oculta de nós a Sua face, jamais; quem sustém as nossas mãos e os nossos pés, e é quem nos acompanha seguros, mesmo que o “vale” seja aquele de que falou Davi – o “da sombra da morte”.  Como disse o grande poeta, um dia, sob dor: "Com Sua mão, Cristo me sustém! Sempre seguro me guardará, de dia-em-dia me guiará. Com Sua mão, Cristo me sustém… Se longo é o trilhar, Cristo vai ajudar – Ele me sustém!" Porque, tais vales podem estar sob nossos pés, ou à nossa frente. E tão perto, que mais perto ainda tem de ser a percepção da presença do Companheiro. O  "divino companheiro no caminho"! Não estamos sós!

   O hino de hoje é da autoria de um dos compositores que muito aprecio: Mosie Lister. Acaba ele de completar 90 anos de idade. A mensagem do hino muito tem a relacionar-se com o assunto de hoje. Imagine que experiência de vida o fez compor este poema, que ele mesmo musicou.

WHERE NO ONE STANDS ALONE (1955)
Onde Ninguém se Sustém de Pé Sozinho
Mosie Lister (1921 –  )

Once I stood, in the night, with my head bowed low
Certa vez, numa noite, fiquei com minha cabeça decaída sob peso
In the darkness as black as could be
No meio da escuridão, tão negra quanto pudesse ser
Then my my heart felt alone, and I cried Oh! Lord
Então, meu coração se sentiu sozinho, e clamei – Ó Senhor
Don’t hide your face from me.
Não esconda de mim o teu rosto!

Hold my hand all the way, every hour, every day
Sustém minha mão, por todo o caminho, cada hora, cada dia
From here to great unknown…
A partir daqui,até o grande desconhecido 
Take my hand, let me stand
Toma minha mão, faze-me estar de pé
Where no one stands alone.
Onde ninguém de pé permenece sozinho.

Like a king I may live in a palace so tall
Tal como um rei, posso eu viver num palácio tão alto
With great riches to call my own
Com grandes riquezas que possa denominar minhas
But I don`t know a thing in this whole wide world
Mas, eu não sei de uma coisa, neste vasto mundo 
That`s worse than being alone!
Que seja pior do que estar só!

Querendo, assista The Gaither Vocal Band, numa outra interpretação: http://www.youtube.com/watch?v=jHObV_XCF4I

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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

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N° 30 : “UM SÓ PAÍS…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Outubro de 2011

   Nesta semana,  algumas cenas impressionaram minha mente. E creio que não só a minha… A primeira delas, via TV ou internet, foi a cena da localização do tirano líbio, Muammar Khadafi. Estava ele oculto desde que os rebeldes líbios tomaram Trípoli, a capital do país. Aos que querem as imagens e os reports fazer notar, parece que o tirano foi localizado em tubos de esgotos, na sua própria cidade, a cidade de Sirte. Mas, o que me impressionou na cena? Me impressionou ver a sequência das imagens, desde que ele foi localizado, até ser morto.

   Pelo que, até agora, se toma conhecimento, parece que se montou um espetáculo grotesco, digno da Roma dos Césares ensandecidos. Pela história, aqueles tempos de Roma rivalizam com os horrores do nazismo hitlerista, em termos do "espetáculo" que o ser humano é capaz de fazer com a vida dos seus semelhantes. Não estou aqui defendendo os horrores que ele mesmo – Khadafi – produziu, com a vida dos seus próprios compatriotas, enquanto no exercício despótico do seu "governo". Claro que não: deplorável também! Mas, não consigo, por outro lado, achar justificativa para aquela cena: um homem vil, porém já dominado, pedindo clemência no mínimo para viver, e sendo agredido, sendo arrastado, sendo ferido e sendo baleado inclementemente, no peito e na cabeça, num clima de celebração. Não tenho outras palavras: cenas dignas de Auschwitz (entre outros lugares, nos anos '1940) ou do Coliseu romano. Pelo que lutam os rebeldes líbios? Basicamente, pela libertação de sua pátria. A mensagem que querem passar ao mundo é que querem de volta a sua pátria, livre, democrática, "mãe" de todos os cidadãos da nação. Mas, para tal, exibiram ao mundo este famigerado "espetáculo".

   A outra cena que impressionou minha mente foi a comparação entre duas fotos que ontem vi, numa exposição em Powerpoint. Quem as apresentava, dentro de uma série de slides, era o Pr. Diogo Inawashiro – já falei dele em Setembro. Diogo está se preparando para retornar ao Japão, terra onde nasceram seus avós, que vieram para o Brasil em meio ao movimento migratório do século XX. Mas, vamos às fotos que menciono. Elas têm uma história inteira por detrás. A primeira, era a cena de um ser humano, japonês (não sei se homem ou mulher), pendente numa corda atada ao pescoço; trazia, ao lado, uma foto da capa do manual bilíngue (japonês e inglês), que ensina várias maneiras, práticas, econômicas e rápidas, de se cometer um suicídio. Segundo o Pr. Diogo, já foram vendidos (livremente) mais de um milhão de cópias, especialmente entre jovens. Verdadeiramente, um manual para outra forma de "espetáculo grotesco com a vida do ser humano"! É o retrato daquele país, que tem muitas virtudes, entretanto parece-me falsamente chamado de "terra do sol nascente".

    Mas eu disse que a cena que ficou na minha mente era de contraste – contraste com uma segunda foto, um outro slide da apresentação. Também a de um japonês, homem, alto e esguio, de pé, vestido com um terno, aparentando ter entre 20 e 30 anos de idade, chamado "Ogata" (se entendi corretamente). Ele estava de pé, recebendo uma porção de água sobre sua cabeça, e derramando água 'sob' sua cabeça, mais precisamente a partir de seus olhos. Estava ele sendo batizado pelo Pr. Diogo Inawashiro, lá, no mesmo país do "sol nascente". Uma verdadeira cena de "sol nascente". Eu sei: você ainda não compreendeu a razão da impressão do contraste das fotos em minha memória.  Falta uma informação para isto. É que o copioso choro do Ogata, naquele momento, nem pelo Pr. Diogo havia sido bem compreendido. Precisou ele perguntar ao jovem por que tanta comoção. E ele explicou:

– Pastor, eu já havia, em 2009, tentado o suicídio por duas vezes, e consegui escapar das minhas próprias mãos. Neste ano de 2010, eu tencionava fazê-lo pela terceira vez, mas já estava estudando todo o método, de modo que eu mesmo não conseguisse falhar. E agora, no ano em que eu tencionava, definitivamente, tirar minha própria vida, acabei por ganhá-la, definitivamente! E isto é um outro tipo de (permitam-me a palavra, que vou usar num senso muito positivo e são) "espetáculo"! Aliás, um magnífico e tangente espetáculo – um "espetáculo de sol nascente"!

   Histórias como esta, dão um certo colorido à ordem bíblica (Mt 28.18-20), pelo que o Pr. Diogo está renunciando ao país onde nasceu – o Brasil – e partindo, dentre em breve, para o Japão, onde pretende dedicar o restante de sua vida. Trata-se de um "caminho de volta", em comparação com a emigração de seus ancestrais, a adoção temporária (e vitalícia) de uma nova pátria, com o fim de proclamar  a nova "pátria, superior, isto é, celestial" (Hebreus 11.16).  É emulador, é encorajador, ouvir o Pr. Diogo acerca do seu projeto. E a vontade irreversível de ser parceiro dele nesse projeto, já é uma realidade. Estas lembranças da semana me fazem pensar (de novo) na essência do ensino bíblico quanto à convencional divisão de nações. Aparentemente, tudo começou com Babel – e começou por causa da vaidade humana. Em Gênesis, vemos que, depois do Dilúvio universal, os líderes entre os serem humanos estimularam um contingente, e disseram: "Vinde, edifiquemos para nós uma cidade, e uma torre, cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra". (Gn 11.4)

 Mas, Deus não aprovou o plano humano, e interferiu. Interferindo, confundiu-lhes as línguas. Cada grupo, de cada língua, teve que se ajuntar à parte, e assim surgiram as nacionalidades grupais. Para o cético de Bíblia, isto pode até parecer fantasioso… Afinal, ele é cético mesmo… Mas, é curioso: não existe, até hoje, explicação mais razoável e consistente sobre como surgiram as nações e línguas. E estou certo de que jamais surgirá. Entretanto, Deus tinha planos maiores e mais avançados. Daquele grupo de nações, embrionárias, não surgiu aquela que seria por Ele privilegiada para receber a exclusividade do seu relacionamento, de sua comunhão, de sua revelação. Então, para atingir seu objetivo, resolveu Deus construir, constituir uma nação, que servisse, TEMPORARIAMENTE, aos seus propósitos. E assim, veio Israel, de Abraão, Isaque e Jacó. No entanto, a nação de relacionamento divino definitivo ainda deveria ser aguardada mais à frente, na História. E veio: com a vinda de Cristo, com o Pentecostes, essa nação definitiva passou a ter, também, sua constituição definitiva, em continuação a Israel. Certo número de líbios, de japoneses, de brasileiros, de ingleses, de árabes ou de judeus, a título de amostra, gente com passaporte terreno temporário, com cores diversas (o nosso ainda é verde?), têm agora um segundo passaporte – um passaporte de uma cor de tom "azul" que não existe no mundo, nem no espaço acima dele. É um azul único – o azul do "terceiro céu". Para os descendentes de Abraão, valeu a promessa: "Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo". (Jr 31.1) Para os demais descendentes (líbios, japoneses, brasileiros, etc…), a adição nessa mesma promessa foi traduzida assim: "Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos " (Apocalipse 7.9).

   Anote isto: haverá um tempo em que a luta líbia pela "libertação" de sua pátria, a lembrança do vai-e-vem de gerações entre Japão e Brasil, e outras convenções que tais, nada mais significarão. Haverá uma nova pátria, um novo país, uma nova nação, única para todos estes. É para ali que vamos, é para lá que caminhamos, é o lugar que aspiramos. "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo.E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. (Isaias 65.17-19)

   A propósito, o hino de hoje é uma das versões, em Português, da mundialmente famosa melodia Londonderry Air. A melodia é uma tradicional composição musical irlandesa. Diversas letras já têm sido colocadas sobre a melodia. Uma das composições mais conhecidas de todo o meio evangélico em língua inglesa é "The Tender Apple Blossom", da autoria da irlandesa Katharine Tynan Hinkson (1861-1930). A versão em vernáculo aqui cantada é uma poesia de esperança. Desconheço quem a verteu.

Londonderry Air
LINDO PAÍS 
Melodia irlandesa tradicional

Há um país nas terras de além rio
Cheio de flores, de prazer e luz
É destinado às almas resgatadas
Lá não terão mais lutas nem mais cruz.

Pois é ali que a morte não mais entra
Nem mais pecado o brilho tirará
Jesus, o Rei dessas mansões tão lindas
Os salvos todos com prazer abraçará.

Lindo país, eu vejo a brisa mansa
Acariciar campinas e jardins
E embalar as palmas prateadas
Dos perfumados vales com jasmins.

E quando o sol se põe no horizonte
Eu julgo ver em sonhos esse lar
Vejo os amigos já ressuscitados
E todos nós o nosso Bom Jesus louvar!
E todos nós o nosso Bom Jesus louvar!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional