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O Bem e o mal a cada dia

N° 59 : “ALHURES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Junho de 2012

   Por estes dias, recebi uma dica pela internet. Uma dica turística. Um conhecido meu mandou um email reproduzindo (acho que meio jocosamente) uma "dica" de viagem, para quem esteja planejando conhecer um ou outro dos mais belos lugares do mundo. Mas a dica poderia ser útil para outras épocas : a cada viagem, a cada semestre (quem sabe) um daqueles lugares paradisíacos.Vou até mencionar alguns desses lugares, caso vc esteja indeciso para as próximas férias… : A região toscana e a ilha de Capri na Itália, o parque nacional na ilha australiana da Tasmânia, o resort das "Quatro Estações", nas ilhas Bora-Bora, do Pacífico, o paraíso de Skaftafeli, na Islândia, as grutas azuis das ilhas Zakynthos, na Grécia, a ilha de Boracay, nas Filipinas, a Polinésia francesa e o arquipélago do Tahity, no Pacífico, as ilhas Seychelles, no Oceano Índico, o atraente circuito havaiano, e até Fernando de Noronha, no Brasil, entre outras várias opções. Notou a curiosidade? A impressão é que eu escolhi, nessa seleção, apenas os lugares com águas e ilhas, por meu mero diletantismo pessoal… De fato, não: de fato, a maioria dos lugares indicados trazia essa marca, como um testemunho da preferência geral pelo que os olhos, em geral, elegem. Ilhas e águas encantam, e sempre encantaram qualquer um.

   O suísso-canadense Bernard Weber liderou, recentemente, uma pesquisa mundial (internet e telefone), através da New7Wonders Foundation, indicando que houve mais de 100 milhões de manifestações. Na lista eleita por esses supostos 100 milhões de votos, estão a Ilha Jeju, na Coréia do Sul, a Baía de Halong, no Vietnam, o rio subterrâneo Puerto Princesa, nas Filipinas, a Ilha Komodo, na Indonésia, o Monte Mesa, na África do Sul, e as Cataratas do Iguaçú (Brasil e Argentina). A bacia amazônica concorre com outros "finalistas", como o Mar Morto (Israel e Jordânia), o Lago Masurian (Polônia) e a Grande Barreira de Corais na austrália, com possibilidades de ser a "sétima maravilha". 
É inegável que este nosso "planeta azul" contém inúmeras maravilhas, e todas são "rastros" da obra criadora do Eterno, são vestígios da "mão precisa do mais habilidoso escultor, do mais talentoso artista", Aquele que modelou o universo. É o que se encontra no Livro do Seu Testemunho: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo." (Salmo 19.1-4).

   Num desses países de maravilhas naturais retratadas, há um povo cujos antepassados pensavam diversamente. Havia uma diversidade enorme de comportamentos na sua compreensão da realidade visível e invisível. Eles se consideravam a "nata" mundial do saber e da ciência; construíam templos para suas divindades (que também eram "construídas"), e traziam-lhes oferendas, pensando que assim obteriam seu favor. Mas, ainda assim, grande número deles confessavam-se um tanto desconhecedores dessa área do conhecimento – o ser divino; alguns de seus mestres teimavam em ensinar que Deus é tão transcendente, que está longe de nós, inalcançável; outros dos seus mestres teimavam o contrário, confundindo inescrupulosamente a criação com o Criador. O embaixador da verdade que lá chegou, falando em nome do verdadeiro Deus, declarou-lhes solenemente, no mais famoso auditório do mundo de então: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração." (Paulo, em Atos dos Apóstolos 17.24-28).

   Conto-lhes algo interessante, que me fascina: Pesquisei os 150 salmos bíblicos, um por um, com um interesse focado. O interesse foi o de descobrir, nos Salmos, as múltiplas exaltações a Deus pelas maravilhas ostentadas em Sua criação, ou as demandas que Ele mesmo faz, para que Sua glória seja reconhecida nessa mesma Criação. As descobertas foram em grande número. Há salmos que demandam, figuradamente, que as próprias ilhas lhe deem louvor (como é o caso do Salmo 97). É estimulante cada leitura. Pudéssemos nós, no curso breve de uma vida, ter o privilégio de contemplar, com os próprios olhos, esses lugares paradisíacos, teríamos uma constatação pessoal daquilo que o Criador, com os olhos de "cima", contempla, para testemunho do Seu poder e glória. Alguns têm esse privilégio, em parte. Aos que não o têm, a internet facilita…

   De minha parte, eu sei que não preciso ir, pessoalmente, a uma parcela desses paraísos naturais, para reconhecer a gloriosa obra do meu Criador e Redentor. 
Se eu gostaria? É claro que sim! Mas não é indispensável. E mais: sei ainda que a maior de todas as maravilhas da criação divina ainda não foi vislumbrada pelo olho humano. E nem que avancem por milhares de múltiplos as expedições marítimas, sub-marítimas, ou as espaciais, ainda assim não terá sido vista por um olho sequer, dos nossos. 

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (I Co 2.9)
Trata-se de uma esplêndida ilha, a mais deslumbrante de todas, a mais áurea, onde o sol jamais deixa de fulgir, onde as águas são sempre cristalinas ! Aquela, com certeza, eu conhecerei, na minha última viagem. Sem bilhete de volta, graças a Deus! No ano de 1897, uma cristã, esposa de pastor, que desde o início da juventude enfrentava constantemente problemas de saúde, viu-se impedida de usufruir um dos seus maiores prazeres semanais : acompanhar a família à Escola Dominical.Compelida a repousar em casa, passou ela a refletir em algumas passagens da Bíblia que falam desse paraíso (que ela imaginou como a "belíssima ilha de alhures").

   Quando seu esposo chegou em casa, ela havia redigido uma poesia, para a qual o músico John Fearis logo acresceu a melodia. Compartilho letra e música aqui (se te incomodar, apenas ignore as manifestações finais), com você, ao final dessa singela meditação de hoje.

BEAUTIFUL ISLE OF SOMEWHERE (1897)
BELÍSSIMA ILHA DE ALHURES
Jessie Brown Pounds (1861-1921) & John S. Fearis (1867-1932)

Somewhere the sun is shining,
Em algum lugar, o sol brilha
Somewhere the songbirds dwell
Em algum lugar passarinhos cantantes habitam
Hush, then, thy sad repining,
Silencie-se, pois, teu infeliz murmurar
God lives, and all is well!
Deus vive, e tudo vai bem!

Somewhere the load is lifted,
Em algum lugar, a carga é retirada, 
Close by an open gate;
Junto a um portal aberto;
Somewhere the clouds are rifted,
Em algum lugar as nuvens são dispersas
Somewhere the angels wait. 
Em algum lugar os anjos aguardam. 

Somewhere, somewhere,
Alhures, alhures
Beautiful Isle of Somewhere!
Belíssima Ilha de Alhures
Land of the true, where we'll live anew,
Terra dos sinceros, onde reviveremos
Beautiful Isle of Somewhere!
Belíssima Ilha de Alhures!

Estrofe não cantada nessa execução:
Somewhere the day is longer,
Em algum lugar o dia é mais longo 
Somewhere the task is done;
Em algum lugar a tarefa está cumprida
Somewhere the heart is stronger,
Em algum lugar, o coração é mais forte
Somewhere the guerdon won.
Em algum lugar a recompensa é conquistada.

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Bom final de semana, boa semana a seguir!
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 58 : “SHAVUOT”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Maio de 2012

   "Shavuot " é uma palavra hebraica que significa "semanas".Ela designa uma celebração anual milenar que começou ontem, dia 26, ao pôr do sol. É a celebração judaica das "sete semanas".Nessa celebração, lembra-se o dia em que Deus entregou a Moisés as tábuas da Lei, no Monte Sinai;com isto, diz a tradição, iniciou-se a entrega divina dos escritos do Torah a Moisés! .Celebram-se também as "sete semanas" a partir do dia do Pessach (Páscoa), o dia da libertação, da morte dos primogênitos egípcios,o dia da finalização do cativeiro, e início do êxodo para os "filhos de Abraão", ânsia e busca pela "terra prometida".É o marco inicial da peregrinação pelo deserto, em retorno à terra da promissão.Mas, é também uma das festas das lembranças do êxodo, que se mantiveram na nova terra.Chama-se "festa das [sete] semanas", ou "festa das primícias dos frutos", mas é também conhecida como a "Festa do Pentecostes", aludindo a 50 dias após a Páscoa.

   Nos tempos antigos, em seu Shavuot anual, os peregrinos judeus se encaminhavam em romarias a Jerusalém, acompanhados pelos alegres sons das flautas e das harpas. Colocavam em seus cestos dourados e prateados, ornados com fitas e flores, as primícias dos "sete frutos" simbólicos : trigo, cevada, uvas, figos, olivas, romãs e tâmaras. Chegados à capital do país, eram acolhidos com cânticos de boas vindas, até chegarem ao templo, onde se fazia a dedicação dessas primícias. Todo o festejo era rico em músicas; o tom geral era só alegria: as lembranças celebradas eram, simultaneamente, a manifestação de Deus, a libertação, a peregrinação em busca da terra prometida ("a terra onde mana leite e mel"), e os primeiros frutos ali colhidos. E ainda, a festa era uma espécie de devoção, na qual os judeus depositavam diante do Criador-Provedor o ano que viria pela frente, para que se repetissem fartamente os frutos a colher.Este tipo de celebração inspirou a primeira geração de "pais peregrinos" da América, com o seu "Thanksgiving Day ", o dia de Ação de Graças pelos primeiros frutos fartos na nova terra colonial (século XVII).

Hoje, judeus em todo o mundo ainda celebram a fartura das colheitas com uma grande refeição festiva em família. Mas, ao prenúncio da destruição de Jerusalém nos primórdios do império romano, o Shavuot assumiu um significado ainda mais amplo: Cinquenta dias com a Páscoa (ou sete semanas após) na qual Jesus morreu, cumprindo a expiação vicária por causa do pecado, Deus derramou os "primeiros frutos", as "primícias" da "grande colheita" que se fará, numa nova terra que "mana leite e mel", a "nova Jerusalém". Nesse derramamento dos primeiros frutos, veio o Espírito de Deus, e ocorreu o Pentecostes histórico de que fala Atos dos Apóstolos. Aquele "Pentecostes" histórico é o nosso "Shavuot " derradeiro, escatológico. Ainda hoje vai abrigando, sob suas "chuvas serôdias" os que se incluem na promessa de Abraão.

   Já não há mais razão de um dia especial no calendário (embora tê-lo não seja proibido) para celebrar a promessa, a libertação, a provisão, a esperança por Canaã, a expectativa da Nova Jerusalém. Também estamos em "peregrinação", à espera da "nova pátria".E, nessa peregrinação, Deus nos tem dado "maná", Deus nos tem dado "codornizes" para mantimento.E, o que é mais importante: é Ele quem tem dado, porque "se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela… Inútil vos será repousar tarde, levantar de madrugada, comer o pão que penosamente grangeastes…" .(Salmo 127.1,2).

Trabalhamos, sem dúvida; mas não temos o poder de converter uma só molécula inerte em semente de vida, e nem uma só semente em espigas fartas de grãos: só o Criador!Deus tem sido gracioso, mais que merecemos, mais do que poderíamos almejar.A Sua bondade para conosco ultrapassa nossa capacidade de perceber e compreender.

   Falta o trigo, às vezes? Temos cevada. Falta cevada, às vezes? Temos uvas, temos figos, temos romãs… Falta, ocasionalmente mais algum desses bens? Temos olivas, temos tâmaras..É claro que estou me valendo da figura metafórica dos "sete" frutos simbólicos do Shavuot judaico. Mas, mude-se o símbolo, permanece a verdade: Deus tem sido bom, providente, longânimo, misericordioso! A Sua mão não é remissa!

   Como conclamou o preletor a um grupo de atentos ouvintes na capital daquele país que hoje ameaça a Europa e o mundo, com suas conturbações e irresponsabilidades econômicas: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos." (Atos 17.25-31). Aliás, como seria oportuno os atuais habitantes de Atenas ouvirem (ou lerem) de novo esta mensagem… 


   Nós, cristãos, temos o costume de dar graças a Deus antes de cada refeição. 
Que tal, das próximas vezes, sermos menos "mecânicos" nessa ação de graças, sermos mais efusivos de coração ante a preciosa e pródiga graça de Deus em tudo o que nos tem Ele dado? 
Ademais, Deus, além da Sua bondosa Providência, nos deu também a Redenção, bem maior de cada alma. Ele nos deu o Espírito Santo com Suas promessas – razão maior do Shavuot para nós hoje! Por esta promessa, nos alegramos e O louvamos pela Sua "tão grande salvação"! "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram." (Hebreus 2.1-3). 

   Que tal um Shavuot de louvor, a cada dia, dirigido Àquele que nos conquistou um lugar na Canaã celestial ?"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Hebreus 12.1,2). Ele é merecedor de todo louvor … De todo louvor que estiver ao nosso alcance dar a Ele, e ainda do infindo louvor que está fora do nosso alcance! Um dia, numa grande multidão, ocorrerá o nosso "êxodo" final: estaremos em procissão de Shavuot rumo às mansões celestes eternas, a Nova Jerusalém.

   O hino de hoje me é muito estimulante. Espero que o seja também para você, ao ouvi-lo… 
Ainda que eu prefira entender a poesia da autora com a fixa convicção de que não há mérito algum em mim, senão sempre e exclusivamente em Deus, ante a experiência que ela procura retratar, chamam-me especial atenção o coro e a segunda estrofe abaixo transcritos.  Quem o compôs foi uma senhora, esposa de pregador, de acentuada sensibilidade sob o reconhecimento dos feitos divinos, e de quão infinitamente mais do que possamos dar merece Ele o nosso louvor. Ouça o MP3 anexo, acompanhando o poema abaixo…

I WILL PRAISE HIM (1898)
EU O LOUVAREI

Margaret Jenkins Harris (1865-1919)

When I saw the cleansing fountain,
Quando eu contemplei a fonte purificadora 

Open wide for all my sin,
Escancaradamente aberta em razão de todos os meus pecados
I obeyed the Spirit's wooing,
Obedeci ao 'chamado' do Espírito Santo
When He said, "Wilt thou be clean?"
Quando Ele conclamou, "Serás purificado?"
I will praise Him! I will praise Him!
Eu o louvarei! Eu o louvarei!
Praise the Lamb for sinners slain;
Louvarei ao Cordeiro que foi morto por pecadores;
Give Him glory, all ye people,
Dêm-lhe glória, todos vós, povos, 
For His blood can wash away each stain!
Pois o seu sangue pode lavar cada mancha!
Though the way seems straight and narrow,
Ainda que o caminho pareça estreito e apertado 
All I claimed was swept away;
Tudo por quanto clamei foi desprezado
My ambitions, plans and wishes
Minhas ambições, planos e desejos
At my feet in ashes lay.
Jaz em cinzas ante meus pés. 
Blessed be the Name of Jesus!
Bendito seja o nome de Jesus! 
I'm so glad He took me in…
Como sou feliz porque Ele me acolheu…
He's forgiven my transgressions,
Ele tem perdoado minhas transgressões, 
He has cleansed my heart from sin.
Ele, do pecado purificou meu coração 

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Bom final de semana, boa semana a seguir!
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

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N° 57 : “MINHA CASA, MINHA VIDA “

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Maio de 2012

Matéria recente de uma prestigiada revista nacional declarou que o deficit  habitacional brasileiro ainda é de 6 milhões de moradias. Já uma empresa de consultoria nordestina aponta que o número é de 9 milhões. Sei lá quem está com a razão, ou mais próximo da verdade. Os sucessivos governos brasileiros têm anunciado "programas" para erradicar essa lacuna social no país, mas décadas têm passado sem que isto chegue perto dos objetivos. Desde o governo do Presidente Dutra, com a fundação da "Fundação da Casa Popular" (1946), passando pelo BNH dos governos militares, pelo Pró-Moradia, pela COHAB,  PAC-Habitação, até o "Minha Casa, Minha Vida", programas vão mudando de nomes e de nuances de 'perfumaria', mas a deficiência continua. Aliás, a mais recente versão – o programa "Minha Casa, Minha Vida" – adotou um nome deveras sugestivo."Moradia" e "vida" se entrecortam, de fato.

   Outro dia, conversei com uma pessoa que expressou, com emoção, saudades da casa paterna onde nasceu e cresceu, onde a família se formou. Uma vida, quase, identificada com aquele lar, com a família ali residente. O cancioneiro popular tem diversos exemplares de composições identificando histórias de vida com as casas onde se desenvolveram. Aquelas denominadas "música de raízes", ainda exaltam, frequente e saudosamente, as plantas (ou árvores) ali havidas: uma roseira, uma paineira, um pé-de-manga, etc… Verdadeiros "tesouros" de lembranças. 

   Tempos atrás, em reunião de família, re-visitando o sítio que fora do meu bisavô nas terras de Alto Jequitibá (MG), inevitável foi lembrar muito do passado olhando para aquelas enormes paineiras…Não é à toa que a própria Bíblia fala : "Onde está o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração!". (Lucas 12.34) Eu até acredito que não conseguirei repercussão nacional, mas tenho uma versão pessoal e própria de "Minha Casa, Minha Vida" a anunciar… Afinal, me sinto um pouco "do ramo"… Não pretendo reconhecimento de nenhum governo – seja municipal, estadual ou federal. Também não pretendo conquistar nenhum cargo público com o programa. Prá dizer a verdade, o programa nem é meu mesmo. Sou apenas uma espécie de "corretor" dele… Um corretor sem comissão financeira… Quem lançou essa versão diferente de "Minha casa, Minha Vida", o melhor programa de todos até hoje conhecido, me arrolou para divulgá-lo.

   Começo falando dele com alguns tópicos do decreto que o proclamou : "Não se turbe  o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim! Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". (João 14.1-3) Esse programa diferente de "Minha Casa, Minha Vida" tem uma única  pessoa ocupando posições distintas na questão habitacional : Ele é (1) o legítimo proprietário, por direito exclusivo de herança do seu Pai, sobre as 'terras', as grandes glebas, onde estão sendo instaladas as moradias prometidas no programa ("Tudo quanto o Pai tem, é meu!– João 16.15); ele é, também, o (2) alicerce, o fundamento essencial das moradas – ele é "a pedra que os construtores rejeitaram", e que se tornou "a pedra angular" do alicerce (Mateus 16.18; Atos 4.11; I Coríntios 3.11; Efésios 2.20; I Pedro 2.6-8)Além disto,  essa figura singular é também (3) o legítimo tabelião do cartório onde os títulos de genuína propriedade têm seu regustros eternos ("Porque, abaixo do céu, não há nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos".) ( Atos 4.12) Ademais, ele é (4) o arquiteto e o edificador singular : "Abraão [no passado, assim como eu, no presente]… aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador". (Hebreus 11.10) Não há outro (ou mesmo outra) a "por a mão na massa", a fazer a obra, a edificar a cidade. Só Ele. Um outro detalhe interessante desse programa que eu anuncio, é que a ele podem ter acesso tanto os que têm propriedades aqui, debaixo do céu, quanto os que não têm (ou mesmo que jamais serão contemplados pelo"Minha Casa, Minha Vida" cá de baixo). Isto não faz diferença. Faz muita diferença é o contrário : não ter um "registro de imóvel" no programa de que estou falando, não importando se se tenha ou não tenha por aqui, cá em baixo. Isto faz toda a diferença, e por toda a eternidade. E há mais um detalhe diferencial importante: cá, é relativamente comum um dia as pessoas decidirem mudar – por motivos vários: ou de saúde, ou de necessidade financeira, ou em busca de novos ares, ou mesmo em busca de maior segurança.

   Que fique bem claro: nas moradas anunciadas nesse "Minha Casa, Minha Vida" diferente, que estou anunciando, ninguém vai jamais mudar: Primeiro, porque não poderá; só haverá, a partir de então, duas opções, e Deus não permitirá que os beneficiários do Seu programa "Minha Casa, Minha Vida" jamais decaiam do seu nível para a lúgubre morada do outro lado, o lado inferior, "onde haverá choro e ranger de dentes", segundo o decreto. Segundo, porque jamais vai precisar : por motivo de saúde, não haverá necessidade, pois lá não haverá doenças; por motivo de segurança, não haverá necessidade, pois lá não haverá injustiça; por motivo de finanças, não haverá necessidade, pois lá ninguém será pobre, nem jamais vai precisar dispor de sua casa para pagar dívidas ou coisa parecida; por motivos de novos ares, ares melhores, não haverá necessidade, pois não haverá "ares" melhores que lá, e de lá ninguém jamais vai se enfadar!  Terceiro, porque jamais vai desejar:  essa morada prometida pelo personagem acima inferido – o Senhor Jesus Cristo, o Primeiro e o Último, o Alfa e o Ômega – será tão valiosa, tão desejável, tão confortável, tão linda, tão gloriosa, tão gratificante, tão cheia de vida, e tantos outros atributos, que quem nela receber posse jamais vai aspirar outra coisa, simplesmente porque vai usufruir, para sempre, o que"nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano". (I Coríntios 2.9, baseado em Isaias 64.4)   Por fim, esse é o único programa que, de fato e legitimamente, faz jús ao nome "Minha Casa, Minha Vida": Somente dentro desse programa há esperança de vida, e vida eterna; fora dele, a expectativa é de morte, e morte eterna.Oh! Que Glória esperada por anseios mil: Vem Senhor Jesus [Maranatha!], trazer-nos o cumprimento dessa bendita promessa! 

    Nosso hino de hoje é uma composiçao singular. como vocês já devem ter notado que gosto um pouco de história, anuncio que esta também tem a sua. O compositor foi companheiro de quarto, nos tempos estudantis, de Billy Graham, e até trabalho em algumas de suas cruzadas. Foi também fundador de uma companhia musical cristã, que acolheu ninguém menos que o grande John Peterson. Em 1947, depois de apenas 5 anos de casamento, sua esposa (Catherine) foi diagnosticada com esclerose múltipla, entrando logo num doloroso declínio das condições de saúde. Foram cerca de 12 anos lutando contra a feroz enfermidade degenerativa. A biografia desse servo de Deus assim registra: "Em 1960, Catherine, depois de longa enfermidade, foi se encontrar com seu Senhor, por quem, por muitos anos, ela ansiou". Ele, então, compôs esse cântico, muito conhecido das gerações das décadas de Sessenta e Setenta no Brasil. Ouça-o, recorde-o,  pensando no "nosso programa Minha Casa, Minha Vida".  

Somewhere, Beyond the Blue (1960)
ALÉM DO CÉU AZUL 
Alfred Barney Smith (1916-2001)

Além do Céu Azul foi Jesus preparar
Um lar prá dar a quem a vitória alcançar
Anelo conseguir a vida no porvir
Com fé no meu Senhor Jesus

Bem sei que eu, de mim, nada tenho prá dar
Mas sei que meu Jesus já me veio salvar
Agora quero eu ter fé no coração
Até seu rosto ver além…

Há um verso, se não me engano inserido aqui no Brasil, não cantado nesta execução :

Quando chegar ao céu onde reina a luz
Então eu estarei junto do meu Jesus
Pois lá não haverá tristezas e nem dor:
De lá eu jamais voltarei!

Parte da letra original que consegui recuperar é :

Somewhere, beyond the blue
Em algum lugar, além do azul
There´s a mansion for me  
Há uma mansão para mim
Somewhere, beyond the blue 
Em algum lugar, além do azul
I am longing to be 
Eu lá anseio estar
I'1l see my Saviour's face 
Verei a face do meu Salvador
And sing amazing grace 
Cantarei 'preciosa graça'
Somewhere, beyond the blue, someday ! 
Em algum lugar, além do azul, algum dia

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Bom final de semana, boa semana a seguir!
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 56 : “SOB SUAS ASAS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Maio de 2012

A história da mulher de quem lhes vou falar é muito propícia para o dia. Pertence a muito tempo passado. Era irmã de mais 24 irmãos : isso mesmo – filha de um casal que teve 25 filhos. Tornou-se mãe de 19 (eu disse "dezenove"). Desde o início do casamento enfrentou várias dificuldades, algumas quase extremas: Por causa das limitações profissionais do marido, a família viveu a vida toda com limitadíssimos recursos. Duas das casas (de madeira) onde moraram foram destruídas acidentalmente por fogo. Ao filho mais velho – Samuel – chamava de "filho de minhas provas"; ele não falou até aos 5 anos de idade, e foi muito doente; ela orava por ele de contínuo. Outro filho asfixou-se enquanto dormia. A primeira filha – Susana, seria seu alento como mãe e dona de casa, talvez sua companheira; mas também não sobreviveu à infância. Era mãe parcimoniosa, mas de vez em quando aceitava uma ajuda para cuidar dos filhos, enquanto fazia algum trabalho para ajudar o marido com as finanças; mas uma dessas ajudas resultou num grave acidente doméstico, que deformou outra filha. Vários de seus filhos tiveram varíola, que ceifou um ou outro. E assim, nove de seus dezenove filhos morreram ainda na infância. Desses nove, quatro eram dois pares de gêmeos. Por falta de recursos, era comum os filhos não frequentarem a escola regular por uma fase, frequentando a "escola domiciliar", onde a própria mãe era a professora. Apesar das perdas que sofreu, era muitíssimo zelosa pelos filhos. Quando cada um completava os cinco anos de idade, ela mesma o alfabetizava. E, das "primeiras letras" seguia-se o aprendizado das "sagradas letras". Era enérgica quando preciso, mas era também amorosa: seus filhos deixaram registros de quanto a mãe lhes fez bem, de quanto a amaram. Seus filhos aprenderam com ela os valores elevados das virtudes, e o temor devido ao Criador. Pode-se dizer que ela, qual uma águia de agudo instinto maternal, conservava sob o abrigo de "suas asas" cada filho, orando por eles, velando por eles. Era uma mulher de presença contínua, diária, perante Deus. E, não por pouco tempo: costumava gastar duas horas por dia. Quando lhe perguntavam como achava tempo para tantos afazeres e ainda o cuidado com os filhos, e ainda sua devoção diária, costumava 'responder':-  "Não tem o dia 24 horas?"

   Do ponto de vista natural (e horizontal, humano), sua vida foi um exemplo de insucesso (pensando no lado financeiro); do ponto de vista sobrenatural (e vertical, divino), sua vida tem sido quase universalmente tida como um elevado exemplo de sucesso espiritual. Considere-se, para tanto, o que se viu em muitos países pelo histórico de influência de alguns de seus filhos, até hoje. Nenhum historiador digno do nome deixa de retroceder os méritos do que eles legaram à sua mãe. No meio das duras provas pelas quais passou, deixou um registro escrito : "Ainda que a gente nasça para o infortúnio, eu ainda creio que sempre têm sido raros os seres humanos sobre a Terra, considerando todo o curso de sua vida, que não tenham recebido mais misericórdia do que aflições e muitos mais prazeres do que dor. Todos os meus sofrimentos, pelo cuidados do Deus Onipotente, cooperam para promover meu bem espiritual e eterno [e o de meus filhos]… Glória seja a ti, oh Senhor!" O nome dela? Susana Wesley (1669-1742), mãe de John Wesley (o décimo quinto, pregador), e de Charles Wesley (o décimo  oitavo, músico, hinólogo).

   No dia que hoje se celebra, um pequeno flash da vida dessa valorosa mulher (dentre as duas que nos 'inspiraram' o nome de nossa filha) é um simbólico retrato de como o nosso Deus é: Ele cuida de nós com cuidado inestimável; nos educa em cada aplicação dos ensinamentos de Sua Palavra, o que ocorre em cada transe de vida. Ele se deu por nós, na pessoa do Seu Filho. Nele, sofreu, humilhou-se, privou-se, morreu, mas revelou amor tal que, cá "embaixo", aparentemente só um tipo de amor pode ilustrar adequadamente o Dele – o amor de mãe! As palavras do Livro das Verdades Eternas ecoam: "Guarda-me como a menina dos teus olhos, esconde-me à sombra das tuas asas". (Salmo 17.8) As aves são conhecidas por esse tipo de instinto materno; as fêmeas, são capazes de extinguir-se ante o perigo, no intuito de resguardar seus filhotes. Assim também são mães legítimas. Pois assim também é o nosso Deus. Por isto, o salmista ainda proclama: "Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade!  Por isto, os filhos dos homens se acolhem à sombra de tuas asas". (Salmo 36.7) E ainda :  "Cobrir-te-á com as Suas 'penas' e, sob Suas asas estarás seguro!". (Salmo 91.4) Sim, Deus é qual refúgio, "asas seguras", sob as quais temos abrigo inigualável.  

    Esta mensagem de hoje é, ao mesmo tempo, uma homenagem e um ode de exaltação. Homenagem, às mães, sob cujas 'asas' temos refúgio até o maturar para a vida (e até depois); ode de exaltação, a Deus, sob cujas 'asas' temos refúgio eterno!"Bem-aventurado aquele que Nele se refugia!". (Salmo 34.8) Assim o poeta se inspirou, quando compô"Sob Suas asas te acolherá; Deus velará por ti!".

    O hino de hoje é um clássico de dois conhecidos compositores cristãos. Foi o Salmo 17.8, acima mencionado, diante de uma circunstância de vida, que compeliu o lirista a compor. Cushing teve uma séria enfermidade na garganta, pela qual perdeu a voz. Já não mais poderia pregar. Orou a Deus, com o coração derramado sobre o Salmo 17.8. Deus respondeu as suas orações, mas de um modo diferente do que ansiava: em troca da voz, deu-lhe o dom de escrever, e de compor. Outrossim, foi o músico das campanhas de Moody quem lhe pôs melodia.  Segue, na voz de Heritage Singers.

UNDER HIS WINGS (1896)
Sob Suas Asas
William Orcutt Cushing (1823-1902)
Ira Sankey (1840-1908)

Under His wings I am safely abiding,
Sob Suas asas habito em segurança
Though the night deepens and tempests are wild,
Ainda que a noite adentre e as tempestades sejam selvagens
Still I can trust Him; I know He will keep me,
Ainda assim posso Nele confiar; sei que me guardará,
He has redeemed me, and I am His child.
Ele me redimiu, e eu sou dos seus filhos.

    Under His wings, under His wings,
    Sob Suas asas, sob Suas asas

    Who from His love can sever?
    Quem pode, de seu amor, separar-se?
    Under His wings my soul shall abide,
    Sob Suas asas minha alma residirá
    Safely abide forever.
    Com segurança, habitará para sempre.

Under His wings, oh, what precious enjoyment!
Sob Suas asas, oh que precioso prazer
There will I hide till life's trials are o'er;
Onde eu me abrigo até que passem as tormentas da vida
Sheltered, protected, no evil can harm me,
Aninhado, protegido, nenhum mal pode injuriar-me,
Resting in Jesus, I'm safe evermore.
Descansando em Jesus, estou para sempre seguro.

Há um verso não cantado nesta execução :

Under His wings, what a refuge in sorrow!
Sob Suas asas, que refúgio na tribulação!
How the heart yearningly turns to His rest!
Como duradouramente o coração encontra seu descanso!
Often when earth has no balm for my healing,
Frequentemente, quando a terra não traz o bálsamo para minha cura
There I find comfort, and there I am blessed.
Ali eu encontro conforto, onde está minha bênção.

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Bom domingo, boa semana a seguir
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 55 : “UM DIA ELE ESCLARECERÁ”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Maio de 2012

   Por intermédio de minha filha, venho eu acompanhando uma ocorrência um tanto inusitada relacionada à vida de um casal de relativamente recém-casados. Renato e Kamilla são muito amigos de minha filha, Suzana, e do meu genro, Thiago, que residem em São Paulo. Antes, residindo em Bertioga, foram pastoreados por Renato por certo tempo. Ele e esposa foram muito marcantes nos primeiros meses de Suzana e Thiago em Bertioga, após se casarem. Depois, com a transferência do pastor Renato para Guarujá (2011), a convivência pessoal já não mais era possível ser tão frequente.

   Renato passou, recentemente, 47 dias numa UTI em Santos. Tudo começou, aparentemente, com uma carne de churrasco mal digerida, que lesionou o esôfago. Depois, uma endoscopia, e logo veio o agravamento da lesão; com ingestão de água, veio afetação dos pulmões, enfisema; aí começou uma maratona pela sobrevivência: cirurgias, coma, quadro infeccioso que levou a septicemia por duas vezes, entubação, traqueostomia, etc., etc… – esteve a meio passo da morte. Kamilla enfrentou a situação por todos os dias com uma galhardia cristã incomum.

   Mandando reports  diários aos conhecidos, nunca deixava ela mesma (certamente com as emoções dilaceradas) de terminar sempre com uma contagiante palavra de encorajamento e confiança em Deus. Tais manifestações eram acentuadas pela reprodução de passagens textuais tiradas do Livro de Promessas Para As Duas Vidas (a presente e a eterna) Nunca me pareceu aquele tipo de confiança "publicitário-mercantilista" que supõe (e até vende como filosofia) que Deus tem a 'obrigação' de agraciar com favores a qualquer preço e circunstância. Não é o que alguns pregam por aí? Minha leitura de suas mensagens interpretava outro tipo de confiança, algo mais sadio e equilibrado, construído em cima do Alicerce Sólido (por favor, entenda as minhas maiúsculas). Claro que, na confiança, esperando (e rogando) a cada dia pelo favor divino na vida e na recuperação de seu esposo. Mas, ao mesmo tempo, demonstrando segurança de que Deus, O Soberano, sabe o que faz, e sempre faz o melhor, independentemente da aparência aos olhos. Tenho a sólida impressão de que, no íntimo, Kamilla orava diariamente a Deus assim: – Senhor, dá-me de volta o meu esposo; mas, Senhor, se o quiseres para Ti, dá-me a tua força para aceitar tua vontade. Renato ainda se encontra hospitalizado mas, depois de 47 dias de UTI (você faz idéia quantos, ali dentro, de ambos os lados, ele viu dar o último suspiro de vida?), sim, depois desses 47 dias, já está melhor, no quarto. Ainda terá que fazer mais uma cirurgia reconstitutiva no esôfago. Mas, ao que parece, o "vale da sombra" já passou. Todos esperamos (e oramos) por sua plena recuperação. 

 A estrada da vida, em algumas de suas curvas, tem desses contratempos, às vezes escondidos por detrás das próprias curvas. É encorajador ver quanto a Palavra de Deus vitaliza, revitaliza e fortalece aqueles que a conhecem, e que buscam em suas páginas os indispensáveis nutrientes da vida espiritual. Curioso também é que esses "nutrientes para a vida espiritual" produzem importantíssimos efeitos colaterais positivos para a vida natural. Kamilla e Renato não são casos únicos. São apenas o exemplo recente que escolhi.

    Veja, a seguir, algumas das doses de "nutrientes" de que tenho falado acima: "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; esper "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor."a, pois, pelo Senhor." (Salmos, 27:14) "Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos; a tua destra me salva." (Salmos, 138:7) Eu confesso: Estava, mesmo, esperando, que Renato saísse da UTI para escrever alguns registros sobre o episódio; mas, por alguns reports que recebi, cheguei a suspeitar que não sairia. Entretanto, o Dono dos dias de cada um de nós pensava diferente. Claro que não me iludo: primeiro, sei que você, que me lê, não passará pelas mesmas formas de sentimento que eu tenho passado, intercedendo a Deus por aquele varão, e por força à sua esposa, dado que você não tem acompanhado dia a dia o 'drama'; não tem as mesmas ligações… Assim como eu não passo pelas mesmas emoções que ele, ou que sua esposa, sua mãe, seus familiares, vêm passando por esses mais de 60 dias… Segundo, fico pensando: e se Deus tivesse apontado Sua soberana vontade rumo a outro desfecho dessa história? Mudaria alguma coisa quanto ao teor substancioso dos "nutrientes" bíblicos ? É evidente que não. Não há como negar que mutas situações adversas acabam de modo diferente do que esperamos (ou aspiramos). No entanto, poder dizer quanto Deus tem provado, com provas irrefutáveis e com sobras, como Ele é bom, e como a Sua misericórdia dura para sempre, proporcionando um exemplo vivo, é gratificante. 

   O apóstolo que escreveu as linhas abaixo declara por quantas privações ele passou, em seu afã de ser fiel a Deus. As privações não lhe tiraram a consciência de quem é Deus. Pelo contrário, em meio a elas, afirmou: "Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus… Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor". (Romanos 8:18,19,38,39) Outro importante personagem da história cristã, se valeu das palavras do salmista que a seguir transcrevo, e compôs… Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo… Com seu poder defende os Seus, em todo transe agudo… Eis o que o 'inspirou': "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. … Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio." (Salmos 46:1-7;10,11)

   E, o que dizer do registro da boca divina pela mão do profeta que assim lemos… "Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva? Quem és tu que te esqueces do SENHOR, que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes continuamente todo o dia o furor do tirano, que se prepara para destruir? Onde está o furor do tirano? O exilado cativo depressa será libertado, lá não morrerá, lá não descerá à sepultura; o seu pão não lhe faltará. Pois eu sou o SENHOR, teu Deus, que agito o mar, de modo que bramem as suas ondas, o SENHOR dos Exércitos é o meu nome. Ponho as minhas palavras na tua boca e te protejo com a sombra da minha mão, para que eu estenda novos céus, funde nova terra e diga a Sião: Tu és o meu povo." (Isaías 51:12-16) ??? Já pensou ? Já imaginou o tipo de força que sustenta uma vida, um coração, uma alma, no meio de severa aflição e angústia, e que o faz manter sua esperança, conservar a serenidade e confiar no futuro ? Que tipo de força misteriosa é essa, mas não tão misteriosa que não se possa conhecer, que não se possa experimentar – até mesmo dia-a-dia? Ela está aí, ao nosso alcance, nas "moléculas substanciosas dos nutrientes" que se encontram aos borbotões nas fontes fartas do Livro de Promessas Para As Duas Vidas . Pense nisto. Viva disto. Vale a pena..

    Agora, vem a nossa mensagem musical… No caso deste hino, o autor da melodia do hino trabalhou primeiro; a letra finalizada veio depois… Adam Geibel era cego desde os 8 anos de idade, por causa de uma infecção ocular. Repito: cego desde 8 anos de idade!!! Mudou-se da Alemanha para os Estados Unidos, com seus pais, aos 17 anos, mas a cegueira não lhe impediu de estudar…  Estudou música e tornou-se exímio na arte, com a qual compôs vários hinos – era verdadeiramente temente a Deus. Curiosidade: compôs pelo menos duas melodias para letras de Fanny Jane Crosby (Sabe quem foi ela ? Sabe o que havia de comum entre os dois? Sim, acertou : a cegueira!) Adam casou-se, mas a vida ainda lhe reservaria uma desdita adicional à limitação visual: Um dos filhos morreu, após doloroso sofrimento, oriundo de um acidente brutal, ainda pequeno – a explosão de um forno. Um dia após sepultar o filho, compôs essa melodia, rascunhou umas linhas para ela, e pediu à sra. Lydia Leech que lhe completasse a poesia. Lida era organista e corista numa igreja evangélica de New Jersey. Compôs mais de 500  hinos. Ao receber a melodia e a letra iniciada, sabendo do ocorrido, condoeu-se profundamente. O resultado pode ser usufruído na versão em vernáculo, à esquerda, mas melhor ainda na versão original à direita. É a versão portuguesa que acompanha nossa mensagem de hoje.Deleite-se…  

UM DIA, ELE ESCLARECERÁ…
Música: Adam Geibel (1855-1933)

Não sei por que ao meu redor
Eu vejo tanto dissabor;
Não posso ver porque há dor,
Mas um dia eu saberei.

   Um dia o Salvador virá;
   Um dia Ele esclarecerá;
   Então da dor me livrará;
   Um dia hei de compreender.

Não posso o amor aprofundar
Que o Pai levou Seu Filho a dar,
Para na cruz me regatar,
Mas um dia eu saberei.

Não sei porque, em luta e dor,
Eu, sendo um pobre pecador,
Jesus me ampara com amor,
Mas um dia eu saberei.

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Bom domingo, boa semana a seguir.
Uisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 54 : “ELE SABE TUDO QUANTO PRECISO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Abril de 2012

Conheço muito de perto uma pessoa que, nesta semana, recebeu  uma contemplação especial de Deus. Ao recebe-la, ele reconheceu que Deus não precisava fazer-lhe o favor que fez, nem tinha a mínima 'obrigação' de agraciá-lo, como agraciou… Mais que  isso, declarou que tampouco se sentia merecedor de qualquer favor divino… Há um contexto complexo por trás da circunstância toda. Não sei se vou conseguir transmitir, com poucas palavras, esse contexto inteiro em torno da contemplação que essa pessoa recebeu, para que possam tentar entender o que se passa dentro dele neste momento. Por isto, vou ser muito resumido, sem dar muitos detalhes das circunstâncias, senão apenas o que interessa. 

   Há cerca de 4 anos ele vinha sofrendo uma série de restrições, por ordem judicial de um juízo trabalhista, noutro estado brasileiro. Essas restrições vinham incluindo uma constrição de bens, sob apontamento factual de penhora de um veículo, arresto judicial de uma quantia em conta bancária (incidente sobre valores decorrentes do fruto do seu trabalho), etc… Prá ser bem sumário, posso dizer que eram consequências de atos de sua boa-fé em favor de um amigo e de sua empresa, coisa de muitos anos atrás. Mas posso afiançar também que nada havia no contencioso que dissesse respeito a esse meu 'conhecido', ou a seus atos. Absolutamente nada. Infelizmente, o verdadeiro responsável já vinha, há muito tempo, evadindo-se das investidas do juízo, passando ao largo das consequências (diferentemente do meu 'conhecido'). No caso, sei que pelos últimos quatro anos a situação do veículo sob apontamento de penhora, e recursos financeiros essenciais ao sustento familiar sob constrição judicial, sem que nada tivesse de responsabilidade direta esse tal com a questão, vinham sendo uma verdadeira angústia que o acompanhava dia e noite. Quantas e quantas noites de sono perdido – eu tenho conhecimento disso, fosse a perda do sono no começo dessas noites, ou a certa altura delas – tentando entender o que Deus estava querendo mostrar-lhe, no meio de um quadro que sempre lhe pareceu uma injustiça inominável. Isto, sem contar as despesas que teve que assumir em sua defesa. Bem! Preciso dizer-lhes que este veículo que até agora estava sob constrição judicial era também, sob certo aspecto, um utilitário, uma ferramenta de trabalho. Este veículo veio às suas mãos, quatro anos atrás, numa hora muito penosa: Ele tinha acabado de ter outro veículo utilitário furtado, sem haver deixado fumaça ou vestígio, tendo uma lavadora de roupas de sua casa na carroceria, e um notebook atrás do banco, onde estava (por assim dizer) toda a sua vida de trabalho. Sabe o que é imaginar que anos de trabalho, convertidos em arquivos de um computador, sem backup, estarão irremediavelmente perdidos? Sabe o que é imaginar que um HD de computador poderá permitir, por causa de um furto, marginais se infiltrarem em sua vida, até te chantagearem, através dos arquivos gravados ali descobertos?

   Humanamente falando, essa pessoa – tenho conhecimento – quase quis, por um breve momento, ser engolido pela terra, se ela se abrisse debaixo dos seus pés (falando metaforicamente). Alguém ligou para ele, quando soube daquele furto, indicando-lhe certas porções do livro do profeta Jonas para ler, em socorro do seu consolo. Ele respondeu, ao telefonema: "de ontem para hoje eu já li todo o livro de Jonas pelo menos duas vezes.Então: passada aquela fase dura do tríplice furto sofrido, e o esforço de substituir o veículo por outro, vem depois toda a circunstância de constrição acima referida. Pergunto: você ficaria inclinado a dirigir a Deus as célebres perguntas ? … Por que?  Ou… prá que, Senhor ? Foram perguntas que vieram à mente dele várias vezes. E ainda, depois disso, um outro veículo é adquirido para suprir a ausência do primeiro, mas viria a sofrer  a constrição judicial, além do bloqueio financeiro.

    Eis que nesta última quarta-feira, houve uma "audiência de conciliação" entre partes, na cidade onde o processo tramitava. Por circunstâncias que nem eu mesmo sei ainda esclarecer, neste momento em que escrevo, o verdadeiro responsável pela dívida da demanda compareceu perante o juízo. Segundo a advogada que representou essa pessoa que conheço, o responsável fez uma coisa inesperada: Não só assumiu, finalmente, a responsabilidade pelo contencioso, como ainda teceu um certo número de palavras elogiosas a respeito desse meu 'conhecido', e a respeito do seu caráter, reconhecendo que ele não merecia estar passando pelo que passava. E ainda pediu à advogada seu número de telefone, para que possa desculpar-se pessoalmente por todo o transtorno causado a quem lhe deu a colaboração, quando precisou. Resultado: a juíza mandou lavrar um despacho de liberação de todas as constrições que vinham pesando sobre este último – o meu 'conhecido'. Sabe quanto tempo lhe vinha durando essa angústia: quatro anos! Quatro anos de lutas! Nesta última semana, antes da audiência, ele mandou uma mensagem à advogada que lhe representou, e disse-lhe que sua convicção era simples: "Acima do juízo dos homens está o juízo do Supremo Juiz." E ainda acrescentou uma espécie de paráfrase à resposta dos três amigos de Daniel: "Se o meu Supremo Juiz quiser me livrar, Ele me livrará… Se não quiser, sofrerei o dano, mas jamais negociarei ou barganharei com pessoas movidas por uma circunstância oportunista recheada de injustiça". 

   Diante de um cenário deste, tal como tentei descrever sumariamente, há textos do "Livro-Que-Nunca-Falha-E-Nunca-Mente" que vêm à minha lembrança… Por exemplo, o texto da mulher que estava à porta do "juiz indolente" (Lucas 18.1-8). Por mais que a mulher insistisse no seu direito, reivindicando – por favor, julga a minha causa – o juiz parecia não se importar, cuidando de sua vidinha boa… Ou então, daquela célebre passagem no Sermão do Monte, proferido pelo Mestre Inigualável, que ensina: "Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mateus 6.25-33, com grifos meus ). Por mais que duvidemos (é próprio do homem – coitado dele – duvidar)… Por mais que as interrogações ("por que? prá que?")  incomodem continuamente… Por mais que nos inquietemos diante das circunstâncias, ou diante do que injustamente nos é tirado (e isto não é raro, mesmo que seja a honra, a reputação, ou o direito – além dos bens)… Por mais que o corre-corre do dia-a-dia pareça insuficiente para amealhar tudo quanto achamos que nos é necessário… …há um fato que persiste sem revogação (e nem corre esse risco): Deus sabe de tudo! Deus a tudo vê! Deus sabe de tudo quanto precisamos, ou daquilo que não precisamos (mesmo que temporariamente). Deus sabe! Não sejamos teimosos ! Ele sabe ! Podemos, com confiança, fazer como nos diz o Seu ensino: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. ". (Filipenses 4.6,7) 

   Meu 'conhecido' sabia que tinha direitos sobre o "seu" veículo apontado em penhora; sabia também que tinha direitos sobre o "seu" valor arrestado em juízo… Sabia ainda que tinha o direito sobre sua honra, afetada pelas turbações que vinha sofrendo… Sabia até que tinha direitos de não gastar um só "tostão" em sua defesa, se a verdade tivesse prevalecido "a tempo"… Mas reforçou sua consciência de que, acima de tudo, tem Deus direitos sobre a nossa vida, e de que o melhor é esperar por Ele, depositar Nele a esperança. E Ele sabe a hora de agir, quando quiser agir… 

   Também veio à minha mente um hino… Quem o indicou foi um primo meu que reside lá no sul da Bahia, e que parece ler-nos com frequência nesta lista. Segundo ele, foi um pastor amigo (já falecido) que se hospedou em sua casa, em Governador Valadares, muitos anos atrás, que lhe presenteou com o disco que o contem… Trata-se de um hino cantado por um grupo típico da southern gospel music, no seu estilo, liderado por Tennessee Ernie Ford. O autor, Jimmie Davis, é também autor e co-autor de vários outros hinos. Curiosidade interessante é que ele trilhou uma trajetória contrária à de grande parte dos cantores country evangélicos norte-americanos: enquanto muitos partiram de sua repercussão como cantores evangélicos para a fama popular, Davis era já um popular country music singer, quando deu uma guinada em sua carreira, passando a dedicar-se à música evangélica, nos anos Sessenta. Ao ouvir o hino, use a minha versão "livre" que acompanha a letra abaixo, se for útil.

HE KNOWS WHAT I NEED
Ele Sabe de que Preciso, 1963
James Houston Davis (1899-2000)

I asked for a robe – He gave me no robe to wear
Eu pedi uma vestimenta – Ele não me deu vestimenta para usar
I asked for a crown – He gave me a cross to bear
Eu pedi uma coroa – Ele me deu uma cruz para carregar
He knows what I need, yes, indeed, He knows what I need
Ele sabe o que preciso, sim, de fato, Ele sabe o que preciso 
He knows what I need!
Ele sabe o que preciso! 

I asked for myself – He showed me a friend in need
Eu pedi a meu favor – Ele me mostrou um amigo em necessidade
Oh I must be fair – He gave me His Word to read
Oh Eu devo ser razoável – Ele me deu Sua Palavra para ler
He knows what I need, yes, indeed, He knows what I need
Ele sabe o que preciso, sim, de fato, Ele sabe o que precis
He knows what I need!
Ele sabe o que preciso!

Oh some happy day – I'll hear the trumpet sound
Algum dia feliz assim – Ouvirei a trombeta soar 
I'm going away – Oh, I will be heaven bound
Estarei de partida – Oh, serei um cidadão do céu  
He knows what I need, yes, indeed, He knows what I need
Ele sabe o que preciso, sim, de fato, Ele sabe o que preciso 
He knows what I need
Ele sabe o que preciso 

He'll wipe all my tears – He'll wipe my tears away
Ele vai lavar todas as minhas lágrimas – Ele vai lançá-las longe 
To hear his "well done!" – Oh that will be heaven to me
Vai propiciar-me ouvir seu "bem está!" [ Mt 25.41] – Isto será o paraíso para mim
He knows what I need, yes, indeed, He knows what I need
Ele sabe o que preciso, sim, de fato, Ele sabe o que preciso 
He knows what I need!
Ele sabe o que preciso! 

All the way, from heaven's throne, to a manger there alone
Trilhando todo o caminho, desde o trono do céu até àquela mangedoura solitária
Left to the cross, he came to suffer every pain 
Levado à cruz, Ele veio para sofrer toda a humilhação[dor]
He asked for a cup – but, oh, what a bitter cup
Ele pediu um cálice – mas, oh, que cálice amargo 
He never complained – He murmured not a word
Ele nunca contendeu – Ele não murmurou uma só palavra
He knows what I need, yes, indeed, He knows what I need
Ele sabe o que preciso, sim, de fato, Ele sabe o que preciso 
He knows what I need!

Ele sabe o que preciso!

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 Bom Domingo, boa semana
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 53 : “VIDA POR MILAGRE!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 22 de Abril de 2012

Quero lembrar hoje do Titanic… A data é oportuna. Afinal de contas, nesta semana se completaram 100 anos desde que "o inafundável" afundou… Não há como não reconhecer que 'aquilo' foi uma verdadeira obra de arte da engenharia naval, para o início do século XX. Mais de 2.200 pessoas se acomodaram dentro daquele gigante (para a época), embarcando em Southampton, Inglaterra (e em mais dois portos), para a viagem inaugural rumo a Nova Yorque. Pela propaganda disseminada, parece que esses milhares acreditavam que o navio era a sua própria segurança sobre o oceano. Se é verdade, não posso afiançar… Mas, conta-se que a afirmação "Nenhum homem, nem Deus, afunda este navio!" é atribuída ao capitão Edward Smith; outros dizem que foi Thomas Andrews, o arquiteto naval mor do Titanic, quem o afirmou… Ou, pelo menos, que foi o navio projetado para nunca afundar… O fato é que a trágica história da grande embarcação traz consigo esta alcunha de ironia : "o inafundável". Ao bater num iceberg, na escuridão da noite para a madrugada de 15 de Abril de 1912, o impensável aconteceu. Em 18 de Abril, cerca de 710 sobreviventes chegaram a Nova Yorque, mas os que perderam a vida no oceano foram mais de 1500, entre tripulantes e passageiros. Desses milhares de corpos, apenas pouco mais de 200 foram encontrados.  

    Havia uma regra, a de priorizar mulheres e crianças. Mas essa regra não valeu para a terceira classe, alojada nas áreas inferiores do navio, e que era maioria entre os passageiros. A terceira classe, por ordens ditadas dentro do navio, logo que houve a colisão com o iceberg, teve seu acesso ao deck superior do navio bloqueada. Afirma-se que a razão para isto foi que o número de botes salva-vidas era suficiente para, no máximo um terço das almas. Assim, da terceira classe, não mais que 20 por cento das mulheres e crianças se salvou. Alguns poucos homens também se salvaram, vencendo o bloqueio imposto. Todo o restante foi condenado a submergir com o sinistrado, por ordens que se atribuem ao capitão.

    A neta de um dos poucos homens da terceira classe que se salvaram deu o seguinte testemunho: " Meu avô, um armênio que fugia das atrocidades impostas sobre seu país, buscava uma nova pátria na América. Ele embarcou na França, depois de uma longa viagem atravessando a Europa. Lutando e quebrando os bloqueios que o capitão mandou colocar nos caminhos de subida da terceira classe, foi um verdadeiro milagre (sic) que ele tenha chegado ao deck, de onde se lançou do alto do corrediço mar, com a única roupa que tinha – a do próprio corpo. E, nadando no meio da água gelada, foi assim que recolhido num dos barcos salva-vidas que se afastava, que estava ocupado por menos de metade de sua capacidade. Foi mesmo um verdadeiro milagre." Curiosamente, ele foi parar justo no bote onde estava Millvina Dean, a última sobrevivente do naufrágio a morrer, em 2009, aos 97 anos. Na época, ela estava nos braços da mãe, com somente dois meses de idade.

   A história de "O Inafundável" mexeu com as lembranças nesta semana, por causa dos 100 anos do fato. Se é verdade que a vaidade humana foi assim, soberbamente pronunciada, a ponto de exprimir palavras que desafiaram de tal modo a Deus,  os fatos passaram a mostrar que com Deus não se brinca."Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará". (Gálatas 6.7) A frase da neta do armênio, "salvo por um milagre", segundo o entendimento da família, faz-nos pensar em nosso curso de vida.Tempos atrás, pregando uma mensagem baseada em Jó 34, mencionei 3 verdades que penso serem insofismáveis:
   1ª) "
Estamos todos no mesmo barco"… "Se Deus pensasse apenas em si mesmo e para si recolhesse o seu espírito e o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó.". (Jó 34.14,15) Além disto, o texto acrescenta, nos versos 18 a 23: "Dir-se-á a um rei: Oh! Vil? Ou aos príncipes: Oh! Perversos? Quanto menos àquEle que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos. De repente, morrem; à meia-noite, os povos são perturbados e passam, e os poderosos são tomados por força invisível. Os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem e vêem todos os seus passos. Não há trevas nem sombra assaz profunda, onde se escondam os que praticam a iniqüidade. Pois Deus não precisa observar por muito tempo o homem antes de o fazer ir a juízo perante ele." Aos olhos do Criador, sob o ponto de vista da criação natural à qual se seguiu a Queda e a entrada do pecado universal, somos todos um bando de criaturas perdidas e dependentes da misericórdia divina. Numa tragédia, para o fundo do oceano vai, tanto o rico, quanto o pobre – tanto a "primeira classe", quanto a "terceira". Diante da mão poderosa, judicante, interventora do Criador, não faz a menor diferença ser fugitivo armênio ou lorde inglês; ser branco ou de qualquer outra 'cor'… O corpo do nobre arquiteto naval inglês Thomas Andrews jamais foi encontrado, assim como jamais foram encontrados os corpos de mais de mil 'desconhecidos'… Sob a perspectiva da dependência da graça de Deus, enquanto criaturas humanas sem Cristo (pela ótica designada em I Coríntios 2.14) , estamos todos num mesmo patamar – "estamos todos no mesmo barco"!

   2ª) "O Piloto desse 'barco' não é sádico"… Quando ocorreu o tsunami asiático de 2004 para 2005, o jornalista brasileiro Heródoto Barbeiro reproduziu o pronunciamento de um jornalista do New York Times, o qual afirmou que Deus estava brincando com a humanidade. E o brasileiro acresceu – "Se isto é uma brincadeira, que Deus é esse? Seria uma brincadeira de muito mau gosto. Mas, o que diz o Livro Infalível é:" Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte daquele que não teme, mas em que este se converta do seu caminho, e viva! ".  (Ezequiel 33.11) É preciso desconhecer a Deus, para levantar uma suspeita dessa (irreverente, arriscada, diga-se de passagem) Quem pensa que Deus está brincando com a humanidade, está em verdade brincando com Deus. Isso, sim, é de mau gosto! A própria Escritura adverte: "Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça. Pois retribui ao homem segundo as suas obras e faz que a cada um toque segundo o seu caminho. Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo. Quem lhe entregou o governo da terra? Quem lhe confiou o universo ? ". (Jó 34.1-13) Não, o "piloto não é sádico"! Não, o "piloto da existência humana".

    3ª) "Os acidentes do percurso são sinais da chegada ! Quando Jesus pronunciou o sermão profético e escatológico de Mateus 25, deixou claro que há eloquentes maneiras de o homem observar o curso da História, e mesmo de sua existência, e perceber que os sinais apontam para o desfecho da própria História: Na célebre mensagem diante dos sábios gregos, no Areópago ateniense, o apóstolo proclamou: "Ora, não levou Deus em conta os tempos de ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam. Porquanto estabeleceu um dia, no qual há de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos". (Atos 17.30,31) Cada acontecimento de nossa vida, por mais simples e típico do seu curso natural, ou por mais complexo e contundente que seja, traz o 'dedo de Deus", em Sua providência. E a providência de Deus é um constante testemunho a favor do Seu desígnio criador, escatológico, redentivo.

    O 'barco' segue seu curso, há acidentes de percurso (sem dúvida, muitos), o piloto continua não sendo sádico, mas os acidentes  de percurso são sinais mais visíveis de que a chegada se aproxima. Nela, há dois desfechos, não um apenas. Para quem tem recursos "salva-vidas", há vida do outro lado. E o nosso "bote salva-vidas" é Jesus Cristo! "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu, não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos". (Atos 4.12) Isto é um verdadeiro milagre da mão do Todo-Poderoso !!!

   A moça canadense, descendente do armênio "salvo como que por um milagre", me faz associar o episódio com a minha própria salvação. Ela já está afiançada, naquEle que é único, singular. Não há nenhum outro ! Mas, reconheço que é também um milagre – o milagre do amor misericordioso de Deus ! John W. Peterson, um dos autores de antemas cristãos que mais aprecio, produziu a "pérola" que se pode ouvir hoje, cuja letra segue…

I Believe in Miracles, 1956
CREIO EM MILAGRES 
John W. Peterson (1921-2006)

1. Em toda a criação de Deus
   Eu vejo o Seu poder;
   E quem contempla a linda flor
   Milagres pode ver.

CORO: Creio em milagres,
      Pois Cristo me salvou!
      Tão grandioso é o poder
      Que assim me transformou!
      Minh'alma escura se abriu
      À luz do Salvador.
      Creio em milagres,
      Pois tenho um Deus de amor!

2. De Deus o amor, poder real,
   Milagres fez em mim.
   Perdão, felicidade, paz,
   Eu tenho agora, enfim.

3. Divino Pai, em Seu poder
   Renova o coração,
   E num milagre de amor,
   Opera a salvação.

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Bom Domingo, boa semana
Ulisses

P.S.: No ano passado, mandei uma mensagem ("Mais Perto… em Betel"), anexando-lhe uma belíssima versão do hino que se atribui ter sido o último tocado pela banda do Titanic, antes do sinistro ("Mais Perto Quero Estar"). 

Notas das citações bíblicas:
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N° 52 : “NÃO ANDO SÓ!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 15 de Abril de 2012

Ontem foi um dia incomum, para mim. Um, daqueles dias em que, muito particularmente ministros da Palavra de Deus precisam efetuar um exercício de emoções que vão de um extremo a outro. Pela manhã, em meio a várias demandas de trabalhos, pensava em como conciliar a impossibilidade de estar em dois casamentos (pessoas do nosso círculo de relacionamento fraternal), em lugares distintos, mas ao mesmo tempo. Você sabe: casamento é festa, só tem alegria e sorrisos… No meio da manhã, um telefonema: o cardiologista da minha esposa, também irmão de fé, presbítero e amigo, me telefona ao celular: – "Pastor, tenho uma notícia para te dar, uma notícia triste – meu pai partiu hoje cedo! ". Ao fim da tarde, estávamos lá, para o sepultamento do sr. Jecydo, que, depois de 82 anos de vida e 40 dias de lutas numa UTI, de fato deixou o convívio dos seus. Além da solidariedade cristã, também uma palavra me foi encomendada pelos dois filhos – o médico, e o agrônomo, meu xará. Na volta, compartilhei com minha mãe (já chegando aos seus 84), que me acompanhou: "Agora, mudo de cara, e vou para um casamento; situação de cenários opostos, que me faz lembrar várias ocasiões destes anos de… "ministério", e que começaram já no primeiro ano. Já no primeiro ano, lá em Salvador, num mesmo Sábado, fiz um ofício fúnebre à tarde, e falei num aniversário, à noite".

   Tomo a liberdade de compartilhar com vcs, que me lêem hoje, a breve palavra que ontem compartilhei, no "Bosque da Esperança"… Fi-la com base no Salmo 90, texto esse escrito (com certeza) há cerca de 3400  anos atrás, por ser um salmo de Moisés, não de Davi. Sem transcrever todo o texto (vc o tem, na íntegra, na Bíblia Sagrada), compartilho os segmentos por mim abordados. Foram três os pensamentos que tirei, a partir do salmo: Primeiro: "A nossa vida é breve! Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite (4)Tu os arrastas [os homens] na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada (5); de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca (6). Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento (9). Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos (10)." O salmo começa acentuando a distinção entre o Ser Divino – o Eterno, o que é, e que era antes que os montes nascessem, e se formasse a terra, e que sempre há de ser – e o top da Sua criação, o homem. Por esta ótica, que é a nossa vida, seja ela de 8 ou 80 anos ? O Salmo 8 que o responda… A nossa vida, vista pelo ângulo da abstração espiritual da eternidade, é um grande, expressivo e retumbante "nada"! Até a matemática convenciona que toda relação com o infinito é sempre "zero", não importando o número sob a relação :8, 80, 800, 8 mil, oitenta mil ou milhões. O maior de todos os números cabíveis num espaço a ser escrito continua sendo um "zero" convencional, diante do infinito. Repito:  a vida é breve! Nós "voamos"!! Quando "menos esperamos", já acabou !!! 

   Segundo: O tempo é uma medida para o homem, mas pertence unicamente a Deus! Os mesmos versículos do texto acima transcritos servem para ressaltar este fato. É só lê-los de novo, sob a chamada desta assertiva. O verso 11, que a estes segue, ainda destaca: Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? É uma afirmação e tanto, uma espécie de corolário ao que antes se transcreveu: Ninguém é dono do seu tempo. Chamei a atenção dos ouvintes para o fato de que, certamente, todos os presentes estavam ali, na cerimônia fúnebre, estavam prontos para mencionar o que tinham planejado para depois que acabasse, ou para o dia seguinte, ou para a semana seguinte, e assim por diante… Todos nós, achando que podemos ser senhores do nosso tempo. Ledo engano. A verdade inexorável é que só UM é dono dele, e esse UM é Deus, o Todo-Poderoso! Não adianta espernear, não adianta resistir: o nosso tempo pertence a Deus, somente a Ele!

    Terceiro: Se a vida é breve, se o tempo é um domínio de Deus, só um pensamento poderia seguir aos dois antecedentes… que mais se pode dizer ?: O tempo precisa ser gasto sob a ótica do dono dele! Precisa ser usufruído de acordo com a ótica divina! Perceba como diz o verso 12: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio". O que é "coração sábio", à luz do que o texto sagrado aduz? A dona Ester, viúva do sr. Jecydo, à beira de sua caixa de madeira, me cochichou, com  voz embargada, momentos antes: "Pastor, só mesmo com a força de Deus é que se pode suportar isto, viu!!!" E eu arrematei logo em seguida, aos ouvidos dela:"E ainda bem que Ele está por perto, sempre, e promete essa força a todo instante; isto é promessa! Hoje à noite, depois que tudo acabar, a senhora pode contar com ela, com essa força… Amanhã também, e depois, e depois…" Uma coisa é certa: quem aprende a andar com Deus não anda só… jamais! Aí está um ponto de partida para esse aprendizado – "contar os dias", aprendizado este que pode produzir "corações sábios". Essa "contagem" é a "matemática" do sentimento e do assentimento da dependência de Deus… Dependência para nascer, para viver, para morrer e para reviver, pela eternidade, nas "moradas do Seu doce lar", por meio de Seu Filho, o Redentor! E, pela Sua Palavra, o aprendizado é seguro, porque ela o mais seguro e completo manual de sabedoria genuína!

   Moisés, o salmista, não termina sem antes orar: "Volta-te, SENHOR! Até quando? Tem compaixão dos teus servos (13). Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias (14). Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade (15). Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória (16). Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos (17)." Nota-se claramente que, 3400 anos antes de nós, ele já havia aprendido, de Deus, sobre esta dependência dEle próprio; já havia aprendido acerca dessas três deduções, três reflexões, os três desafios:

– Nossa vida é breve !

– O tempo é um domínio de Deus!

– Convém usufruir do tempo sob a ótica de Deus!

  O hino de hoje foi escrito por um ministro da Palavra de Deus, ao qual já recorremos antes, com outro hino. Ele reitera que, se temos a Cristo, não andamos sós, não estamos sós, mesmo em meio à tempestade! Ei-lo, para nosso desfecho de hoje …

I Never Walk Alone (1952)
NÃO ANDO SÓ
Alfred Henry Ackley (1887-1960)

1. Não ando só, pois Cristo me acompanha
   Por toda a parte, aonde quer que eu for; 
   E quantos queiram, fruem Seu amor.

   CORO: Não ando só, Jesus ao lado tenho, 
      E nEle achei Amigo sem igual.
      De tal Amigo apoio e guia obtenho; 
      Não ando só, pois Ele me é real.

 2. Não ando só, em meio à tempestade; 
   Mesmo que o vento esteja a me açoitar, 
   Seguro vou pois Cristo está comigo,
   E os braços Seus estão a me rodear.

 3. Não ando só, se as tentações me assaltam, 
 
   Comigo está Jesus a me guiar,
    E quando enfim eu for ao lar eterno, 
    Ainda ali com Ele eu hei de andar.

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Abraço, bom Domingo, e uma boa semana!
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

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N° 51 : “A MORTE NÃO O PÔDE DETER!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Abril de 2012

  Deixem-me explicar a falha – alguns notaram e me escreveram denunciando-a… No Domingo que passou, o primeiro dia deste mês, não consegui preparar nem enviar a mensagem dominical. Uma viagem que tinha que fazer na Sexta à noite à cidade de Teófilo Otoni, de onde só voltei no amanhecer da Segunda-feira, acabou por impedir-me de preparar e mandar a mensagem daquele final de semana. Aos que sentiram a falta, meu pedido de desculpas pela omissão. Agora segue esta, retomando o hábito. E a data é um tanto propícia: o calendário aponta mais uma Páscoa, para este Domingo!

   No meu tempo de estudos primários, ouvir histórias me era um deleite. Pelo incentivo de minha mãe, li várias obras; me lembro muito bem, lá em casa, por exemplo, das noites de leitura de "História do Mundo para Crianças", de Monteiro Lobato (aliás, um autor de quem acabei por contrair muitas reservas). Não era um livro com gravuras, e sim com os diálogos da Dona Benta e demais personagens, onde as imagens ficavam por conta do imaginário dos leitores. Sem dúvida, criei as minhas próprias imagens na mente. Talvez, aqueles "treinos" da infância tenham ajudado a infundir-me gosto pela história. Certamente, a leitura das histórias bíblicas reforçou tremendamente esse gosto. Logo cedo, em termos de idade, aprendi a razão de a história (muito especialmente no Ocidente) passar a ser distinta entre "AC" (Antes de Cristo) e "DC" (Depois de Cristo). O personagem histórico "Jesus Cristo" se tornou a razão da "dobra" do tempo, a "quina" da história. No entanto, ninguém tem sido mais desdenhado, ou mesmo perseguido na história, do que Jesus Cristo. Pensem, tentem lembrar: que nome, relacionado a alguma religião, tem sofrido rejeição e ofensas como o tem este nome, em tão prolongado tempo? Nos primeiros 3 séculos que se seguiram à sua vinda ao mundo, bastava menção ao nome "Jesus Cristo" para se desencadear feroz perseguição… Reis se levantaram e lançaram mão de todo o seu poder para tentar ofuscar esse nome, impedir-lhe o avanço… Protagonistas de outras formas religiosas tentaram deturpar o seu caráter… Filósofos e "sábios" elaboraram intrincadas teorias para depreciar sua humanidade perfeita, e esvaziar sua divindade autêntica… Cientistas têm usado todo o seu prestígio para denegrir sua figura… Mesmo "teólogos", que reputo por falsos e indignos de tal tratamento, têm buscado, com habilidade, eloquência, com 'atraentes' arrazoados, desconstituir e desconstruir a verdadeira descrição de sua pessoa, sua obra e sua mensagem. Políticos, governantes, literatos, artistas, humoristas, e até historiadores, há séculos, têm desafiado a paciência, a tolerância, a longanimidade divina, como se fosse uma ação orquestrada em aliança, com intuito de lançar abaixo o Nome Excelso do Filho de Deus que se encarnou… 

   Se arrolássemos, todos juntos, os inimigos do Nome do Senhor Jesus Cristo, em todas as suas épocas, que numeroso exército dariam eles. Também pudera: Ninguém mais, senão ELE, reivindica ser o Senhor dos céus e da terra, o Criador de todo o universo, 'Deus feito também criatura humana', com propósito único de sujeitar-se, pessoalmente, ao elemento mais fantástico dentre todas as criaturas de Sua obra, de modo a substituir precisamente esse próprio, redentivamente, perante o juízo do Pai. Ninguém mais, mesmo. Ninguém mais foi capaz, ou ninguém mais teve a audácia de afirmar : "Ninguém tira a minha vida de mim; pelo contrário – eu, espontaneamente, a dou. Tenho autoridade para dá-la, e também para reavê-la. Este mandato eu recebi do meu Pai ". (João 10.18) Ninguém, jamais, teve a coragem de afirmar, com a propriedade da metáfora linguística : "Destruí este santuário, e eu, em três dias, o reconstruirei ". (João 2.19) É como fica bem esclarecido pelo apóstolo – ele se referia ao seu próprio corpo, que haveria de ser entregue à morte, mas ressurgiria três dias depois (João 2.20-22). Eis a razão fundamental de ter-se tornado, Ele mesmo, o vértice da história: Quando Ele veio, sujeitou-se humildemente ao próprio homem (Filipenses 2.5-8)… Nasceu com humildade, viveu frugalmente, sofreu muitas injustiças, teve seus santos propósitos vituperados, foi levado pelo seu próprio povo à presença das autoridade romanas, com um coro sádico e tenebroso – Crucifica-o, crucifica-o! E assim se deu! E foi o seu corpo morto depositado na tumba de Arimatéia… Mas, como previu Ele mesmo, foi o autor do feito mais importante de toda a história, não importando se computada antes ou depois dele: Ao terceiro dia, contando a partir daquela Sexta-feira, quando chegou o primeiro dia da semana da Pessach judaica, Ele já não estava mais lá, naquela tumba… Ele, simplesmente, não mais estava lá… Ninguém o roubou, como falsamente disseram as 'aporcalhadas' autoridades religiosas… Ele não estava lá, simplesmente porque a morte não o pôde deter! 'Ouviu' isto ? Não o pôde deter, a morte não pôde… Ele se levantou, se ergueu dali, venceu a morte. Oh, que dia faustoso, oh que evento faustoso !!!Ele ressurgiu! Na Sua vitória sobre a morte, por via da ressurreição, está, potencialmente, a nossa própria vitória sobre a morte, a nossa ressurreição futura. Porque a morte – ah! a morte, com seu cruel aguilhão – não o pôde deter.

   Dá prá imaginar o espanto, a emoção, o deslumbramento daqueles que o viram ressurreto! Pois maior deslumbramento será quando Ele, redivivo e triunfante, vier para recolher os que já se foram (mas foram-se garantidos na expiação de Sua obra), em novo ato coletivo de ressurreição. E também, para recolher para si os que estiverem vivos, pertencendo-lhe, os quais serão igualmente transformados à Sua semelhança.Tudo porque… a morte não o pôde deter. Naquele dia, juntamente com Ele, uma multidão cantará, em triunfo, o que está escrito no Seu Livro: "Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? " (I Coríntios 15.54,55). Tudo porque… simplesmente… fantasticamente… a morte não o pôde deter. "Não temas : eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno". (Apocalipse 1.17,18)

    O hino de hoje é uma poesia tangente de um homem com uma experiência de vida singular… Donnie Sumner acompanhou Elvis Presley por alguns anos: cantou com ele, trabalhou com ele, andou com ele. Seu testemunho de transformação e restauração de vida se intitula: "Do Rei do Rock para o Rei dos Reis". Uma de suas afirmações : "As pessoas costumam dizer – dexei tudo para seguir a Cristo;  isto não é muito verdadeiro, no meu caso – quando Cristo me abraçou, eu já não tinha mais nada para deixar,  de tão destruída que estava a minha vida, antes de Jesus Cristo transformá-la completamente".

Ouça, acompanhando a letra abaixo :

THE NIGHT BEFORE EASTER (1969)
A NOITE VESPERAL DA PÁSCOA
Donnie Sumner (1942… )

The night was so different from all the rest
A noite era tão diferente de todas as demais
And the silence covers the Earth;
Um silêncio cobre a terra
The stars have no glimmer, the moon tries to hide,
As estrelas não têm brilho algum, a lua tenta se esconder
For in death lies the man of their birth.
Porquanto na morte jaz o homem que lhes trouxe à existência.

In a room filled with sorrow a mother cries
Numa sala, repleta de tristeza uma mãe chora
For Jesus, her Son, now is gone;
Pois Jesus, seu filho, agora se tinha ido
And Her baby, sent from heaven, He was taken away,
Seu filho, enviado do céu, lhe fora tomado
Heart broken – she feels all alone.
Com o coração partido, ela sente total solidão.

At the feet of his mother a little boy cries
Aos pés de certa mãe um menino chora
And he says – "'momma', I don't understand;"
Dizendo – "Mamãe, eu não consigo entender"
Cause I remember the look of love in His eyes
Pois eu me lembro daquela imagem de amor em Seus olhos
That I saw, by the touch of His hand.
Que eu enxerguei, pelo toque de Suas mãos.

The King of all ages, the very Giver of life,
O Rei de todas as eras, o verdadeiro genitor da vida
For just a moment he lies silent and still;
POr um momento jaz silente e inerte;
But then a power sent from heaven comes breaking the night,
Mas um poder enviado do céu vem rompendo a noite
And death must bow to His will !
E a morte deve se encurvar ante a Sua vontade!

Then a stone moves, the Earth shakes, the birds start singing,
Então uma pedra se move, a terra treme, os pássaros começam a cantar
The sun shines, the Earth warms, (for) new life is bringing;
O sol brilha, a terra se aquece, pois nova vida está trazendo
A (that) little boy stops crying, and that mother is smiling,
O menino pára seu choro, a mãe sorri
For death could not hold the King !
Porquanto a morte não pôde deter Seu Rei !

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 Bom domingo, boa semana a seguir
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

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ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 50 : “EU SEI ONDE ME ENCONTRO AGORA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Março de 2012

 A recente morte do artista e comediante brasileiro Chico Anysio 'fisgou' minha atenção por algumas declarações, feitas ou lembradas.
Não sei muito sobre sua vida; aliás, pouco sei, porque não sou dado a ficar acompanhando vidas de artistas.
Mas a atenção que me foi fisgada teve suas razões específicas.
Ano passado, após completar 80 anos de idade, mas também após passar 110 dias internado (cerca de 78 na UTI), deu um depoimento carregado de emoção.
Afirmou, por exemplo : "Sei que vou morrer, mas não tenho medo de morrer – tenho pena, pelo que vou perder… não vou ver meus netos crescerem… tenho pena, mas medo, não ". 
Acrescentou, por exemplo : "Sou um teimoso – fiz 80 anos, mas estou querendo renovar meu contrato por uns 20 anos… porque acho que vou chegar aos 100… devo ir, eu acho ".
    No dia que morreu (Sexta última, dia 23), a sexta e atual esposa registrou nalgum site de relacionamento:
"Por volta das 15 horas de hoje acenderam-se as luzes do céu…
Estava para começar o último show de Chico Anysio.
A platéia ? Os anjos, aplaudindo de pé! "

0 Eu de cá, fico tentando imaginar essa cena. É, mesmo imaginária, uma espécie de "licença poética".
Mas eu tenho um referencial muito seguro – tenho uma descrição de quadro, que uma fonte segura me revelou, acerca de como pode ser uma cena típica como essa que a afirmação insinua, quando alguém ultrapassa a "linha de chegada" (que também é "linha de partida", de outro início).
Acredito que a minha fonte segura não me deu todos os detalhes de como ocorre uma cena típica dessas.
Mas os detalhes que a minha fonte segura me passou são suficientes para que eu (e qualquer outro que a ela tiver acesso) possa me certificar do que caracteriza o momento.

Eis o que a minha fonte segura me diz :
1°) "Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias" (Eclesiastes 7.29).
Há toda uma história por trás desse "muitas astúcias"… Planejamento da criação, criação propriamente dita, responsabilização do homem ante a criação, infração e quebra de pacto da criação, perdição e rebelião, julgamento, sentença, penalidade (eterna), necessidade de redenção, e assim por diante.

2°) Minha fonte segura diz que este problema, em toda a sua complexa e mais ampla dimensão, não atingiu somente o protagonista inicial…
"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5.12).
Mas há ainda um lado outro da questão, e  minha fonte segura também fala disto :

3°) "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.8).
Destarte, há uma obtenção dos frutos desse amor, que resulta em redenção e resulta em previsibilidade segura do que pode acontecer na hora desse 'ato', que a Malga Di Paula chamou de "último show" … Só que, quem exerce o papel central nessa epopéia é Jesus Cristo, o Filho de Deus, encarnado como homem, Salvador, voluntariamente posto sob humilhação e morte, mas triunfantemente exaltado pela ressurreição, pela ascenção aos céus, pela gloriosa transformação de sua matéria em corpo celestial, pela sua entronização à destra do Pai, e pelo domínio que lhe foi dado até que volte.
Além disto, minha fonte segura dá mais elementos da descrição:  

4°) "Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição; mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal" (Provérbios 1.32,33).
Há, portanto, dois cenários, e não apenas um único.
 Chico Anysio foi distinguido por muitos dos seus pares, e também por seus filhos, como um caso único entre os artistas e humoristas – tratado como "o mestre".
Entretanto, o "Mestre" ( eu preferi designar a este outro com "M", maiúsculo) sumariza estes dois cenários aos quais há pouco me referi com duas declarações, cada uma dirigida a um de dois distintos grupos , com as seguintes proclamações proféticas:
Primeira  =>  "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo"(Mateus 25.34).
Segunda => "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25.41).
Confirmam-se, portanto, os dois cenários distintos.

 5°) De fato, há júbilo no céu por um pecador que se arrepende e volta-se para Deus, e isto certamente promove uma grande celebração por lá, quando esse redimido de Deus termina aqui a sua jornada, e adentra os páramos celestiais, regozijando-se na presença do Cordeiro e seu Pai – também o nosso Pai …
Isto é afiançado em Lucas 15.7, em associação com o capítulo 5 de Apocalipse.  

    Certamente a Malga Di Paula estava mesmo usando aquela espécie de "licença poética" ao usar as palavras e a sintaxe que usou para descrever a cena que imaginou…
Então eu também vou reproduzir uma espécie de "licença poética" que certo casal de autores utilizou, descrevendo o que ambos mesclaram de realidade presente e esperança escatológica.
O lugar do cenário não era Rio de Janeiro ou São Paulo – era Nashville, no Tennessee (tida por muitos como a capital musical dos Estados Unidos).
Lá, havia (ainda há) um auditório – The Ryman Auditorium – construído com os recursos próprios de um certo homem, chamado Thomas Ryman.
Seu palco, acompanhando a forma do auditório, era semicircular.
Ryman o construiu em dedicação a Deus, e em homenagem a Sam Jones, pregador da Palavra de Deus, que fora usado em sua conversão pessoal.
(Eu conheço um ou outro tipo de Ryman da atualidade, mas eles são raros).
Durante algumas décadas, o Ryman Auditorium  foi palco de pregações e execuções de mensagens musicais, inclusive transmitidas pelo rádio para terras bem distantes.
As ondas do "Grand Ole Opry", como era chamado, alcançaram milhões. Contudo, o auditório passou também a ser palco central da música country  norte-americana.
Entre os que lá se apresentaram estava Roy (Claxton) Acuff (1903-1992).

   Mas, em 1974, um novo auditório – o Nashville Opryland, bem maior e mais sofisticado – foi inaugurado, e o Ryman relativamente esquecido.
Já não mais era a "era do rádio", e sim da televisão, da ilusão dos efeitos visuais…
Conta-se que Roy Acuff, quase ao fim da vida, já idoso, sem saúde e praticamente cego, àquela altura já tendo feito várias apresentações em ambos os auditórios (primeira fase em um, depois no outro), pediu aos seus amigos que o levassem mais uma vez para uma última apresentação no "saudoso" Ryman Auditorium.

   Havia um acesso de veículos próximo à porta posterior do auditório, que levava ao diretamente palco.
Os seus amigos o levaram, o puseram próximo à porta de entrada dos artistas e tomaram sua mão para conduzi-lo até lá.
Naquele momento, ele os interrompeu dizendo: "Obrigado! Estou bem aqui; eu já sei onde estou ! Posso seguir por conta própria".
Esta história levou o casal a compor uma canção gospel, tendo em mente um outro cantor – gospel – o grande amigo Jake Hess; naquela altura, Jake já tinha passado por várias complicações cardíacas, usava um marca-passo, e já havia sido desenganado duas vezes. 
Jake conhecia as promessas verdadeiras que a minha fonte segura também me revelou…
E foi ele mesmo quem cantou pela primeira vez a composição, derivada da história do artista Roy Acuff.
E cantou-a também no próprio Ryman Auditorium.

Voce tem a execução aqui…

   A voz introdutória narra a experiência ilustrativa de Roy Acuff, como um exórdio, dizendo que fora o artista carregado de carro até o Grand Opry…
Estava ele velho, fraco, e um tanto cego.
Os amigos o conduziram até próximo da porta de entrada do palco, atendendo ao seu último desejo…
O resto vem na canção, com a saudosa voz do próprio Jake Hess…
A primeira parte, num tom, é a metáfora da história de Roy Acuff; a segunda parte, tom mais alto, é o paralelo na vida de um crente, tendo a experiência de vida do 'artista' redimido Jake Hess, como outra ilustração – a história dos remidos.

I KNOW WHERE I AM, NOW (1997)
EU SEI ONDE ME ENCONTRO, AGORA
William J. Gaither (1938…)& Gloria Gaither (1942…) 

Many the time he stood by the curtain,
Muitas vezes ele se pôs de pé atrás da cortina
Waiting his turn to walk out on the stage.
Aguardando sua vez de adentrar ao palco
Thunderous applause once welcomed the entrance
Aplausos retumbantes afinal davam saudavam a entrada 
Of this old performer now crippled with age.
Desse velho intérprete, agora fragilizado com a idade

He leaned on them heavy as slowly they led him,
Ele pesadamente se escorou neles, à medida que conduziam-no lentamente
Through the back entrance and up to the round;
Através da entrada dos fundos, subindo ao círculo 
Then, by some magic, his bent body straightened,
Então, como por mágica, seu corpo todo encurvado se fortaleceu
"I can make it from here now, I know where I am".
"Eu posso ir por mim mesmo a partir daqui, eu sei onde estou"… [disse ele]

"Don’t worry ’bout me; I know where I am, now…
Não se preocupem comigo, eu sei onde estou agora
Thanks for the hand, but now I can stand – I’ll walk on alone!
Grato pela ajuda [mãos], mas agora posso suster-me – vou sozinho! 
The voices and faces — I know them all well, now;
As vozes e as faces – eu as conheço bem, agora;
I can hear, I can see — don’t worry ’bout me — I’m finally home!"
Posso ouvir, posso ver – não se preocupem comigo – estou em casa, finalmente!…
In life’s traveling road show, I’ve been a performer No show 
transitório da vida, eu tenho sido um intérprete
When burdens were heavy, when days were too long
Quando ao fardo era pesado, quando os dias eram muito, longos
When there was a part for an old gospel singer
Quando havia um papel para um velho cantor gospel
When folks needed hope, I sang them my song.
Quando as pessoas precisavam de esperança, cantava-lhes minha canção.  

One of these days Someone [He, the Master, the Lord] will lead me
Um dia desses, Alguém [Ele, o Mestre, o Senhor] vai conduzir-me
Through heaven’s 'stage' door and into the wings
Através da porta do 'palco' celestial, para dentro de [suas] alas
There’ll be a place in that final performance
Haverá um lugar naquela performance final
I know my part, and I’m ready to sing.
Eu sei a minha parte, e estou pronto para cantar.
 

"Don’t worry ’bout me; I know where I am, now…
Não se preocupem comigo, eu sei onde estou, agora
Thanks for the hand, but now I can stand – I’ll walk on alone!
Grato pela ajuda [mãos], mas agora posso suster-me – vou sozinho! [com Ele, porém]
The faces of loved ones, the voice of my Father
As faces dos amados, a voz do meu Pai
I hear and I can see — don’t worry ’bout me : I’m finally Home!
Posso ouvir, posso ver – não se preocupem comigo – estou em casa, finalmente!

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Bom domingo, boa semana a seguir
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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