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Nº 020 – “AJUDANDO A NATUREZA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Setembro de 2015

Você sabe o que é um guapuruvu? Não, não sabe? Então, você sabe o que é uma bandarra? Também não sabe? Então, ao menos um paricá, você sabe o que é? Tampouco sabe? Última chance: você sabe o que é uma birosa? Piorou? Bem! É tudo a mesma coisa: estes são alguns dos nomes pelos quais é conhecida uma frondosa e belíssima árvore, tipicamente nativa no Brasil, cujo nome científico é Schizolobium Parahybae. Alcança até cerca de trinta metros de altura. Seu tronco produz casca lisa e sua copa é ampla, altaneira e magnífica, conferindo-lhe um porte garboso. Suas flores são amarelas, e seus frutos produzem uma semente chapada que parece um olho de tigre em tonalidade bronze.

Em novembro de 2014, a Esther viu uma cena desoladora: um incêndio na vegetação quase à porta de onde mora. Esse incêndio foi de pequena proporção, comparado ao imenso incêndio na serra do curral, em Belo Horizonte, que Esther também testemunhou; Esther mora, com sua família, bem próximo às fraldas da serra. Foi preciso mobilizar o corpo de bombeiros, com viaturas e até helicópteros. Esther, que, até antes de seus seis anos de idade, já tinha determinação de espírito para cuidar da natureza que o Pai Celeste criou, ficou inconsolável: e os passarinhos? E os seus ninhos? E os seus filhotes? E os animais que não conseguem nem voar, para fugir? A Esther está corretamente convencida de que, se o Pai Celeste criou, para que pudéssemos usufruir, também incumbiu de que devêssemos cuidar…

A Esther é filha de um amigo meu; um dia, fui presenteado com a companhia dela, em pessoa, ajudando-me a preparar algumas mudinhas.  Passados alguns dias, depois dos incêndios, chegou o da viagem à terra de Ibatiba, no estado do Espírito Santo. É um lugar onde ainda resta um pouco da mata Atlântica original. Na propriedade rural de um tio de seu pai Gilmar, este e a Viviane, mãe da Esther, viram-na catar um punhado de sementes…

Para que essas sementes, Esther?

– Eu vou plantar, para ajudar a natureza que Deus criou, e que o homem está destruindo; Deus está muito triste… Me ajudem a catar?…

E vieram, para Belo Horizonte, duas garrafas pet cheias de sementes, que Esther plantou em copinhos descartáveis.

– Isso não vai dar coisa alguma, alguém pensou.

No entanto, quando a primeira brotou, foi uma festa… A lembrança de Ibatiba indicava ser uma árvores de grande porte. E agora, onde a Esther vai querer plantar? A lembrança dela era vívida: a serra do curral precisava de replantio, de retratação, diante de Deus e da natureza sofrida. Só haveria um jeito: e procuraram a regional da prefeitura, contando toda a história, para oferecer as mudas. O pessoal da prefeitura ficou impressionado. Pediram uma muda para analisar, e descobriram que se tratava de uma bandarra (ou Guapuruvu, ou Paricá, ou birosa, como preferirem). Fizeram o seguinte com a Esther:

– Cuide das mudas para nós; quando estiverem na época do plantio, nós vamos te chamar, e você vai plantar a primeira muda, por onde a gente começar.

É o que se denomina, em direito, "fiel depósito mediante custódia".

Depois que o dilúvio destruiu a superfície da terra, e todos os seres humanos (exceto oito), e os animais (exceto os da arca de Noé), Ele mesmo se incumbiu de fazer brotar a terra, trazer prole aos animais, descendência aos filhos de Noé. Mas, incumbiu o ser humano de cuidar de tudo. Mais que isso, permitiu que toda a criação (inclusive seres humanos, claro) usufruir de toda a criação, mas também a incumbiu de zelar por ela. Deixou, entre o implícito e o explícito, que o homem até poderia investigar os recônditos dos continentes, garimpar seu subsolo, prospectar seus rios e oceanos, explorar as alturas até onde Ele permitir chegar (da lua pra lá). Só uma coisa: precisaria reconhecer que é tudo bem alheio, é propriedade divina, ainda que com prazo de validade. Na verdade, "pela mesma palavra [a Palavra de Deus] os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo, e para a destruição dos ímpios" (IIPedro 3.7, NVI). O fogo de que se fala aqui é o do Juízo Final, mesmo. Entretanto, até que esse inexorável dia chegue, dia esse que a Ele pertence, por que não zelar melhor pela natureza, como Deus espera? Ah, se tivéssemos mais crianças e também adultos como a Esther… Por isto, ela também é “arauto de vida”…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional