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O Bem e o mal a cada dia

N° 149 : “OS EQUÍVOCOS DE DEUS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Abril de 2014

Ele já realizou, desde os anos Oitenta, mais de 320 operações cirúrgicas de mudança de sexo. A média dá mais de dez por ano. É o médico coreano Kim Seok-Kwun, 61 anos, que assim falou numa recente entrevista: “Eu decidi desafiar a vontade de Deus. No início, me era agonizante pensar se eu deveria fazer tais operações, porque me incomodava que estivesse desafiando Deus. Isto me causava uma espécie de vergonha. Mas, meus pacientes precisavam desesperadamente daquelas cirurgias. Do contrário, se matariam. Alguns nascem sem genitais, outros com lábios leporinos, ou então sem ouvidos, ou com dedos colados. Por que Deus cria pessoas assim? Não são equívocos de Deus? Uma identidade sexual desajustada também não o é? Descobri que meu papel é ajudar a corrigir erros de Deus”.  Aparentemente, esse médico, protestante de origem, decidiu que neste tipo particular do que ele chama de erros de Deus deve concentrar-se sua especialidade. Um(a) de suas/seus famosas (?) pacientes declarou ter “nascido de novo”, depois de ‘mudado’ da anatomia externa de homem para a de mulher.

Que Deus é esse? Quer dizer, que Deus é esse, que comete equívocos com seres humanos? E, que depende de alguns destes bem dotados para corrigir seus supostos equívocos? Então, se você conhece alguém que, por circunstâncias conhecidas ou não, nasceu com lábio leporino, está diante de um erro de Deus? Se é alguém que nasceu com deficiência visual, também? Se for alguém que tem um severo joanete nos pés, mais um erro divino? Se tiver uma esterilidade indesejável, outro mais? Se a pessoa descobre que, em vez de dois rins plenos sob as costelas, tem apenas um que funcione – Oooops! Mais um erro de Deus! Se tem uma costela maior que a outra, ou uma perna mais atrofiada que a outra, mais erros para a lista na conta computada contra Deus!…

De acordo com estatísticas oficiais, há cerca de 15 mil nascimentos por hora, no globo; mas, também, há quase 7 mil que morrem, nos mesmos 60 minutos. Isto traz a conta de cerca de 250 bebês por minuto, ou mais de 4 por segundo; por outro lado, há mais de 100 morrendo, a cada minuto, ou duas mortes em pouco mais de um segundo. É! Deus não deve, mesmo, estar dando conta de cuidar de tanta gente, só entre os que estão nascendo e os que estão morrendo. Isto, sem contar os bilhões que estão entre um evento e o outro. Quac! (diria o pato Donald). Como é que se pode evitar tantos descuidos divinos? E, assim, parece que vamos chegando à ‘inevitável’ conclusão de que, com tanta gente nascendo e morrendo, ao mesmo tempo, no planeta, Deus não está dando conta de tanta demanda; por isto, alguns casos dão errado… São equívocos de Deus, disse o doutor.

Se alguém por aí, lendo estas toscas linhas, pensar ao menos a certa distância como o afamado médico coreano, que tem mais de vinte e oito anos de carreira (chamada, pela mídia, de “bem-sucedida”), precisa, urgentemente, fazer uma reciclagem sobre Deus. Se alguém precisa entender de aviões, não vá buscar informações em gibis (com o do pato Donald, por exemplo); se alguém precisa entender de felinos, de como cuidar adequadamente deles, não vá buscar informação em revistas de exploração da vida de artistas (ainda que alguns sonhem em ver bons exemplares de felinos e felinas entre eles); se alguém precisa entender de filosofia da educação, não vá procurar em revistas especializadas em jogadores de futebol, ou em personagens da política. Assim, também, se alguém quer reciclar com segurança seu conhecimento sobre Deus, é unicamente no livro de Deus que terá possibilidade de o alcançar. ‘Inda mais, quando alguém, como todo o peso do seu PhD, e com o suposto aval da experiência “bem-sucedida”, vem propor deformidades insanas sobre Deus.

Em primeiro lugar, estão acusando o culpado errado por todos os desvios e males que ocorrem no mundo. No evangelho de João, Jesus propõe duas figuras no seu ensino: o pastor de ovelhas e o ladrão de ovelhas. Em sua figura, ele – Jesus, Filho de Deus, Deus de Deus – é o “pastor”; o diabo, o homicida de que falava poucas linhas antes, é o ladrão. Nessa parábola, ele declara: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância.“ (João 10.10, BCF). A pergunta correta seria: por que Deus permite que o tentador, o ladrão, faça tanto estrago? Bem! Jesus declarou que, com sua morte e ressurreição, o começo do julgamento do diabo, e sua derrota cabal, estava se instalando, para consumar-se em tempo que parece breve, diante de nós: “Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (João 12:31, NVI). O “príncipe deste mundo” é o mesmo que veio para matar, roubar e destruir – o diabo! Isto significa que Deus permite mas, tudo isto é temporário: seus dias estão contados, e a miséria e desordem que ele semeia também!!!

Em segundo lugar, quem fica procurando por culpa em Deus acaba por desconhecer (ou deliberadamente ignorar) as conseqüências de suas próprias culpas. O salmista Davi indaga, em tom retórico e pedagógico: “Quem pode discernir as próprias faltas? ” (Salmo 19.12, em versão livre); destarte, até pede a Deus perdão, mesmo pelas faltas que lhe sejam ocultas, reconhecendo que o homem é que se apresenta faltoso diante de Deus – não o contrário!

Em terceiro lugar, o ‘recado’ de Deus é claro: enquanto muitos de vocês ficam se preocupando com questões da vida deste mundo, que está com seus dias contados, por que não passam a se preocupar com a vida futura, que é eterna? Neste ponto, preciso fazer uma ressalva importante: reconheço que há algumas anomalias genéticas. Mas não é possível colocar na conta de anomalias genéticas inclinações doentias e deliberadas que este mundo está nutrindo, em clara afronta, ou desprezo, à vontade de Deus. Homem que aspira ser mulher, mulher que aspira ser homem… Tais inclinações não são apenas de hoje, do presente. Já nos tempos bíblicos existiam.  Mas, ali mesmo, no manual de vida dos seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, são diagnosticadas como abominação a Deus. Isto, sim, é grave erro, mas é humano: “Porque até as suas mulheres mudaram o contato natural, contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.“ (Romanos 1.26,27, ARC). Trata-se de uma evidência de que o que Deus pensa não importa. O que Deus prescreve, não interessa. Parece até que ninguém terá que prestar contas a Ele, no dia final que é início da eternidade: “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas “ (Hebreus 4.13, ARA). Já que temos que prestar contas a Ele, que tal nos preocuparmos mais com o que Ele pensa, com o que Ele quer, com o que Ele manda?

Na minha opinião, é o cúmulo da arrogância, da petulância, arvorar em “corrigir os equívocos” daquEle que a Seu próprio Filho enviou ao mundo, para corrigir o maior de todos os erros – o pecado e a rebeldia humana, inveterada, contra Ele próprio. Mas, há esperança: “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo… Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados… “ (II Coríntios 5:18-19, ACRF). Até para o doutor Kim Seok-Kwun…

Andrae Crouch, o mesmo autor de “Meu Tributo” (“Como Agradecer”), nos declara na canção que hoje nos acompanha  – Jesus Ainda é a Resposta.
Sempre foi, e sempre será!  

“JESUS’S STILL THE ANSWER” (1973)
JESUS AINDA É A RESPOSTA
Andrae Crouch (1945…)

Some men try so hard to prove
Alguns homens insistentemente tentam provar
That God's not really real
Que Deus não é real de fato

While others say they know for sure
Enquanto outros dizem certamente saber

His love you cannot feel
Que Seu amor você não pode sentir

But I know He is real within my soul  
Mas eu sei – Ele é real em minh'alma

For one day He cleansed, then made me whole  
Pois um dia me redimiu, e me restaurou

And Jesus is still the answer
E Jesus ainda é a resposta

For that longing deep in your soul  
Para aquele profundo vazio na alma

Jesus is still the answer
Jesus ainda é a resposta

And though time and ages roll
E, ainda que o tempo e as eras avancem

Jesus is still the answer
Jesus ainda é a resposta

He's the answer for your soul
Ele é a resposta para tua alma

And though some may say  
Mesmo que alguns digam

He doesn't fit with their philosophy
Que Ele não se enquadra na sua filosofia

I know Jesus is still the answer
Eu sei que Jesus ainda é a resposta

He's always been and always will be!  
Ele sempre foi, e sempre será!

Some men pretend that things of this world  
Alguns homens pretendem que as coisas deste mundo

Have brought them peace of mind
Tragam-lhes paz interior

But with the dawn of each new day
Mas, com o crepúsculo de cada novo dia

New thrills they try to find
Por novas sensações procuram

Not until they meet the Prince of Peace  
A não ser que encontrem o Príncipe da Paz

Can't they ever hope to find reliefs
Não poderão, jamais, esperar por alento

For Jesus is still the answer
Pois Jesus ainda é a resposta
For a world that's seeking for peace
Para um mundo que procura por paz

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 148 : “LINGUAGEM OCULTA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Março de 2014

Morreu ontem, aos 89 anos de idade, Jeremiah Denton. Quem foi ele? Foi um oficial aviador da marinha norte-americana, que combateu na guerra do Vietnam. Seu avião foi abatido no antigo Vietnam do Norte, mas ele ejetou-se, sendo preso pelos vietcongs ao atingir o solo com seu para quedas. Um episódio singular e interessantíssimo de sua vida deu-se na prisão vietcong, onde permaneceu por oito anos, sendo quatro em confinamento solitário. Tal aprisionamento levou-o ao limite da sanidade mental e da fome. Em 1966, foi ‘convocado’ da prisão pelas forças comunistas do governo, para dar um depoimento televisionado. A expectativa era a de aproveitar sua fragilidade para detratar o governo norte-americano. Enquanto respondia as perguntas, anuindo que era tratado adequadamente sob a condição de prisioneiro, Denton passou ao mundo, pela tevê, uma mensagem em linguagem ‘oculta’. A ‘linguagem oculta’ era o Código Morse. Mas, como, sem ter um único instrumento ou transmissor às mãos? Denton soletrou, ante a ignorância dos oficiais vietcongues, a palavra “tortura”, apenas piscando os olhos. Isto mesmo: enquanto respondia às perguntas, Denton ia piscando, em Código Morse, cada letra da palavra “tortura”. Ninguém, entre as pessoas que ignoravam o código de comunicação, desconfiou da sua mensagem em linguagem oculta, isto é, codificada. Mas foi assim que sua mensagem alcançou o mundo fora da prisão. Depois dos oito anos de horrores, quando quase morreu, Jeremiah Denton foi liberto, voltou à sua pátria, elegeu-se senador, e escreveu a autobiografia – “Quando o Inferno Estava em Sessão”. Sua idéia de mandar uma mensagem ‘oculta’ aos seus algozes virou lenda e filme. Ontem, chegou ao fim sua jornada de vida.

Você, leitor, conhece Código Morse? Os radioamadores da “velha guarda” o conhecem bem. Quando, mais de trinta anos atrás, prestei meu exame ao órgão oficial de habilitação entre eles, destreza na linguagem “Morse” era exigida para as categorias mais avançadas. Foi ainda na primeira metade do século XIX que surgiu, pela criatividade do novaiorquino Samuel Morse. Hoje, está um tanto relegada à história, mas foi responsável por significantes eventos que a escreveram, daqueles dias até bem próximo dos nossos. Trata-se de uma linguagem similar à linguagem dos bits e bytes da informática, em que dois tipos de sinal – um de duração três vezes mais longa do que o outro – se combinam para formar todas as letras de um idioma. Comumente, estes dois sinais são graficamente representados por um “.” (ponto) e um “–“ (traço), mas seu uso geral é na forma sonora. Combinando-se as letras, têm-se palavras; combinando-se as palavras, tem-se a mensagem. Foi assim que Jeremiah procedeu: alternando piscadas d’olhos longas e curtas, ‘pronunciou’ T-O-R-T-U-R-E, enquanto respondia perguntas. Quer checar? As ferramentas de busca às fontes de vídeo e áudio armazenadas na internet te mostrarão as imagens históricas, reais. Fantástico, não? Você teria uma idéia assim? Quanto a mim, sei lá!…

Peço sua permissão para usar a menção deste fato tão pitoresco para lembrar algo que se dá na comunicação de Deus para os homens. Posto que Deus nos criou, até quando ocorreu o episódio histórico do Dilúvio universal, nos dias de Noé, o mundo falava uma única linguagem. Todos os ‘terráqueos’ se entendiam sem qualquer embaraço. Mas, foi só a descendência de Noé desafiar a Deus, tentando construir a torre de Babel, que Deus interferiu, multiplicando as matrizes idiomáticas do mundo. Dali prá diante, só se entendiam aqueles da mesma ‘tribo’ filológica. E ali começou a história da diversidade linguística do planeta. Se você quiser conferir como foi, vá ao ‘livro’ de Gênesis, capítulos 6 a 11.

No entanto, por muitos anos, quando Deus queria comunicar-se com alguém da humanidade, Ele arranjava um jeito de produzir um discurso no idioma que esse tal praticava. Por vezes, isto se dava até na forma de diálogos. Ocorre que, um dia, decidiu Deus que era hora de comunicar a um segmento da humanidade, de modo permanente, a primeira parte de todo o conhecimento mais útil que Ele poderia proporcionar ao homem; em que idioma o faria? De que nação? Qual seria a escolhida? Bem! Igualmente pelo Gênesis, tomamos ciência de que essa felizarda nação ainda não existia. Deus a constituiu, num processo que durou séculos, a partir de Abraão, o patriarca da fé. Séculos mais tarde, a segunda parte – a parte final – da comunicação divina para os destaques da Sua criação veio, porém noutro idioma. E, assim, temos o Antigo Testamento, primordialmente em hebraico, e o Novo Testamento, primordialmente em grego. Depois, bastaria providenciar traduções. Tudo resolvido, não?

Nem tanto! Alguém pode ser hábil a ler hebraico, ler todo o Antigo Testamento, e não descortinar o que Deus pretende com tudo que foi escrito. Pode parecer ‘linguagem oculta’ (como o Morse, para os que lhe ignoram os códigos). Igualmente, pode alguém ser versado no grego dos dias de outrora, ler todo o Novo Testamento, e continuar tudo “falando grego”. Mesmo que leia as duas partes no vernáculo, o efeito pode continuar sendo o mesmo.  

Antes que você, talvez lendo estas páginas pela primeira vez, pense que vou detratar a Bíblia, digo logo, de antemão: o problema não está no autor da comunicação (Deus, no caso), nem na linguagem (se original ou traduzida, a Bíblia). O problema está em nós, leitores. Falta-nos, na situação mais típica da natureza humana, o recurso de entendimento mais necessário. Sem ele, tudo fica parecendo “Código Morse” para os profanos daquela requintada linguagem. Refiro-me ao Espírito de Deus. Digo que a Bíblia tem autoridade, consistência e clareza próprias: “Vossa Palavra é facho que ilumina meus passos, é luz em meu caminho” (Salmo 119.105, BCF). Seu conteúdo é todo virtuoso: “A lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma. O testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração. O mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido, e permanece para sempre. Os juízos do Senhor são verdadeiros, e todos igualmente justos. (Salmo 19.7-9, ARA). Mas, digo também que a necessidade da atuação do Espírito de Deus é inseparável dela, de modo a conduzir o leitor da Bíblia aos mais elevados significados do texto “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente.” (I Coríntios 2.14, NVI). A propósito: “discernir espiritualmente” é discernir com e pelo Espírito.

Acontece uma coisa: O Espírito de Deus não está disponível aos que procuram a Palavra de Deus sem passar pela ‘porta da salvação’ em Jesus Cristo. Ele não se prontifica a esclarecer a Escritura aos que não pertencem ao Reino do Filho de Deus. Eis a razão pela qual a rendição a Cristo é de suma importância para conhecer todos os mistérios de Deus revelados na Bíblia. Você quer conhecer a extensão, e a profundidade, e a sublimidade do Livro do Eterno? O Eterno Espírito de Deus, dote de quem tem a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, é indispensável. É o Espírito de Deus quem exerce o papel preponderante naquele em quem se dá o fenômeno descrito aqui – “Ora, sem fé é impossível agradar-Lhe [a Deus], porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb 11.6, ARC).  Quem não lê a Bíblia, ou lê ocasionalmente, ou lê apenas intelectivamente, se priva do maior tesouro das riquezas eternas: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus… (Rm 11.33, ARA). Quem a lê sem a assistência preceptora, divina, do Espírito de Deus, corre o permanente risco de não desvendar o que Deus efetivamente revela em suas páginas; de não descerrar o valor eterno de seus escritos. A linguagem pode ser familiar, mas a mensagem pode não ser captada. É imprescindível pedir e depender do Espírito de Deus para alcançar suas riquezas sem paralelos.

Por outro lado, a comunicação que se dá entre nós e Deus, nessa ordem de procedência, ainda que idiomática para os casos mais usuais, pode suplantar a necessidade do idioma. Podemos nos dirigir a Deus na mente, isto é, no Espírito, e Ele consegue captar e entender “Porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. " (I Coríntios 2.10, ACRF). Além das palavras, até nossos pensamentos e sentimentos revelam a Ele o que somos, o que queremos, onde erramos, em que falhamos, ou em que acertamos. Ainda que necessária, quando diante de outras pessoas, no encontro solitário com Deus pode estar oculta a linguagem. Mesmo assim, Ele nos desnuda por inteiro, e nos conhece, e sonda, e perscruta. Mas, o mesmo requisito antes apontado, para compreensão da comunicação ‘de lá prá cá’, é também o eficaz meio de fazer com que nossas palavras, mesmo ocultadas sob o código oculto da mente, ou do coração, alcancem a presença do Todo-Poderoso. Como está escrito: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6, BCF) e  Porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Romanos 8.26, ARC)

Enfim, não é que a linguagem de Deus nos seja oculta. Ele se comunica conosco em linguagem que está ao nosso alcance entender. Só precisamos do Espírito Santo, assistindo-nos na leitura de Sua Palavra. Muito menos nossa linguagem, por mais pobre que seja, O faz incapaz de identificar o que queremos dizer-Lhe. Só precisamos do “protocolo de comunicação” adequado: buscar-Lhe, em oração sincera, gabaritada pela Sua própria Palavra, conduzida no Espírito, por meio do Seu Filho. Nada mais! Sem complicações !! Nada tão complicado quanto aprender Código Morse!!!

Fique, agora, com a mensagem musical de um cristão que disse como o salmista Davi: “Recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?” (Salmo 56.8, ARA). Das lágrimas vertidas pelas provas da vida, diante de Deus, transformou-as ele, todas, em palavras de sujeição e busca do Altíssimo.

“TEARS ARE A LANGUAGE GOD UNDERSTANDS” (1971)
LÁGRIMAS SÃO UMA LINGUAGEM QUE DEUS ENTENDE
Gordon Jensen (1951…)

Often you wonder why tears come into your eyes 
Quão freqüente você se surpreende com lágrimas que vêm aos olhos
And burdens seem to be much more than you can stand 
E sobrecargas parecem ser muito mais do que possas suportar
But God is standing near, He sees your falling tears
Mas Deus está por perto, Ele vê tuas lágrimas a cair 
Tears are a language that God understands!
Lágrimas são uma linguagem que Deus entende!

GOD SEES THE TEARS OF A BROKENHEARTED SOUL
Deus vê as lágrimas de uma alma quebrantada 
HE SEES YOUR TEARS AND HEARS THEM WHEN THEY FALL 
Ele vê tuas lágrimas, e ouve quando caem
GOD WEEPS ALONG WITH MAN AND TAKES HIM BY THE HAND 
Deus chora junto com o homem, e o toma pela mão
TEARS ARE A LANGUAGE GOD UNDERSTANDS!
Lágrimas são uma linguagem que Deus entende!

When grief has left you low it causes tears to flow
Quando o pesar te deixa caído, faz caírem as lágrimas 
When things have not turned out the way that you had planned 
Quando as coisas não acontecem do jeito que planejaste
But God won't forget you… His promises are true 
Mas Deus não se esquecerá de ti… Suas promessas são verdadeiras 
Tears are a language that God understands!
Lágrimas são uma linguagem que Deus entende!

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 147 : “AMIGO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Março de 2014

"Amigo é coisa prá se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração; assim falava a canção que na América ouvi… Amigo é coisa prá se guardar do lado esquerdo do peito, ainda que o tempo e a distância digam ‘não…" Qualquer um, mesmo que não conheça muito da música popular brasileira (como é o meu caso), pode se lembrar destas frases, já famosas na voz do mineiro Milton Nascimento. Talvez não tão conhecida, mas caminhando em rumos parecidos, a voz harmoniosa do quarteto MPB4, na poesia de Aldir Blanc e Sílvio da Silva Júnior: “Amigo é prá essas coisas… Amigo, sua amizade basta, o apreço não tem preço…”. Até na arte popular, o valor de uma amizade verdadeira é cantado e decantado. Quem, hoje, não diria que impagável valor tem uma amizade sincera, verdadeira, presente nas horas de necessidade, recíproca nas horas de ansiedade?…

Não muito tempo atrás, fiquei estarrecido ao ouvir da boca de alguém que eu achava ser meu amigo a seguinte declaração: “Ulisses, eu não tenho amigos. Bem, tenho muitos amigos, mas amigos de verdade, daqueles que fazem jus à expressão mais pura da palavra, não tenho, porque eu mesmo os afastei de mim, a todos! “Você não acha estarrecedor, não? Anos atrás, uma campanha religiosa no Brasil criou a vinheta musical com o seguinte mote: “Se uma boa amizade você tem, amizade vem de Deus e é um bem! Uma boa amizade você deve conservar, como é bom quando se sabe amar. Amizade vem de Deus e a Deus deve levar, como é bom quando se sabe amar. Uma boa amizade é mais forte do que morte; mesmo longe, na saudade, a amizade vai ficando até mais forte”… Devo reconhecer que se trata de uma poesia bonita, tocante, verdadeira.

É verdade! Seres humanos são dependentes. Dependentes até de amizades. Pena que a modalidade pós-moderna de amizade supre tão pouco… Refiro-me à amizade virtual. Se, por um lado, ela parece evitar os arranhões naturais do convívio, por outro lado tem um grande déficit – o do afeto mais genuíno. Então, veja: A Bíblia fala de praticamente tudo. Do que ela não fala, é porque não precisa falar. E fala de amizade, de amigos, também.

Por exemplo, quão tangente é o apelo de Jó, em meio aos seus sofrimentos, aos seus amigos, ali circunstantes: “Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso. (Jó 6.14, ARC). É a expressão dessa dependência de que falei. Pode alguém arfar-se e dizer – eu não preciso disto!? Por outro lado, há um personagem bíblico que, com alma lancinada, declara quão infeliz se encontrou pelo seguinte tipo de desapontamento: “Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me; mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado, você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus!” (Salmo 55.12-14, BCF). O filho de Davi que assumiu seu lugar no trono de Jerusalém talvez não tivesse tantos amigos na vida; nem por isto escapou-lhe a verdade: “Em todo o tempo ama o amigo; e, na angústia se faz o irmão (Provérbios 17.17, ARA). No entanto, foi também Salomão quem chegou a uma conclusão cristalina, fato que toma parte na experiência de vida de inúmeras pessoas: “Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão.“ (Pv 18.24, NVI). Entendo a hipotética possibilidade dessa ruína ante a eventualidade de amizades efêmeras, insinceras. E, se você é um daqueles galardoados em quem a amizade mais chegada é, também, a de um irmão ou irmã, que bem-aventurado você é!  

No entanto, se, no elenco dos que você considera amigos, sente estar faltando um; quem sabe, talvez, aquele mais chegado que todos, tenho um candidato a lhe apresentar. Aliás, ele é candidato até para aqueles que já o incluíram no seu círculo de amizades, mas, que, por dados momentos, o mantêm à borda do círculo. Ele já tem discurso próprio… Já chega dizendo: “Já não chamo vocês de ‘servos’, porque o servo não conhece a vontade do seu senhor. Tenho, porém, chamado vocês de ‘amigos’, porque todo o conhecimento que o Pai celestial partilhou comigo para compartilhar com vocês, em sua totalidade vos tenho dado a conhecer “ (João 15.15, versão livre). Ele se dispõe a ser amigo dos que cometem falhas, em qualquer dimensão (se você não comete falhas, este assunto não te interessa); é o que se depreende de Mateus 11.19…  Ele é o único que faz aquele discurso parecido com o de muitos políticos, mas com a intenção inteiramente sincera: “Digo-vos a vós, meus amigos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois disto nada mais podem fazer. “ (Lc 12.4, BCF).  É, também, o único que fez por seus amigos aquilo que nenhum outro amigo jamais faria, na extensão que ele realizou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. “ (João 15.13, ARA). É, de fato, o amigo melhor.

Se amigos te faltam, se alguns te desapontam, ou se este amigo se encontra meio na periferia do círculo, ou se falta, ainda, aquele vocacionado para ser o maior e o melhor, apresento o único candidato que preenche todos os requisitos (e ainda os supera) – Jesus Cristo! Faz dele seu amigo; ele não desaponta. Jamais! Ainda que, momentaneamente, pareça desapontar, mantém-se dizendo – Aguarde… Sou eu, o teu melhor amigo, que estarei junto aos umbrais dos portais eternos, se você for meu verdadeiro amigo, do jeito que eu defino, para lhe dizer: “Vinde, benditos de meu Pai – entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo!” (Mateus 25.34, ARA). “Amigo é coisa prá se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração…” Principalmente, se for ele este, que elejo o maior e melhor!

Prá finalizar, uma mensagem musical pertinente, interpretada pelo Grupo Prisma.

“O Maior Amigo de Todos”. 

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 146 : “PRAZO DE VALIDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Março de 2014

"O prazo de validade está vencendo para todo mundo!" Quem disse esta frase não foi um personagem famoso, nem tampouco um geriatra renomado. Foi um colega de trabalho, que desde 2003 é um dos meus colaboradores na consecução da edificação do campus institucional onde trabalhamos. Não tem curso superior, mas isto não lhe obsta ser um bom observador dos fatos da vida. Ambos de nós chegamos, diariamente, muito cedo ao local. Ainda escuro, na maioria dos dias dos anos, ao longo dos mais recentes observamos dois casais que passam em frente, também cedinho, fazendo sua caminhada matinal. O primeiro casal é pitoresco: aparentando acima de 65 anos, sempre vinha a senhora na frente, e o marido andando uns 4 a 6 metros atrás, como que puxado a reboque. Isto, todos os dias… Ultimamente, não mais os temos visto; que terá acontecido a um deles? Ou, pior, a ambos? O outro casal nos tem chamado atenção de um modo diferente, ainda que mais trivial. Sempre andando juntos, lado a lado, ve-mo-los hoje com um andar bem mais lento do que nos anos anteriores. O varão, já anda com uma postura menos ereta, mais arqueada do que outrora. A varoa não 'puxa' à frente (como no caso do primeiro casal); pelo contrário, parece depender cada vez mais do braço do esposo para cumprir a jornada diária em busca da parcela de saúde que os andarilhos buscam, com seu hábito. E assim é – disse o companheiro: o 'prazo de validade' está vencendo para todos… E eu acrescento, confabulando com meus botões: quer queiramos, quer não… 

"Terceira idade" é uma expressão que alguns consideram eufemismo. É interessante: pressupõe que há uma 'primeira' (até a juventude?), uma 'segunda' (toda a fase da maturidade?)… Não sou eu quem vai propor a substituição da nomenclatura empírica. Até porque, penso eu que foi cunhada para promover maior valorização da fase da vida que, cá em nosso contexto ocidental, continua sendo um tanto desvalorizada. Meritoriamente, devo acrescentar. Sim, porque no contexto em que o existencialismo tem sido tão cultivado, a fase da existência a se aproximar do seu crepúsculo tende a ser menosprezada. Costumo suscitar este assunto em algumas de minhas rodas de conversas. Será que há interesse pessoal nisto? Hummm! Sei lá! Acho que, preponderantemente, não. Mas não consigo evitar que a reflexão povoe, com mais freqüência, a minha mente, de uns tempos para cá…

As regras consuetudinárias de boas maneiras mandam que revistamos de honra as cãs. Também algumas que não são compelidas por meros costumes, como as primeiras. Por exemplo, nos livros de religião. No hemisfério oriental do planeta, tais oráculos são mais freqüentes (e também mais respeitados). Cá na banda ocidental do globo, é preciso ter mais atenção sobre isto. Vamos, venhamos e convenhamos: não é um assunto muito freqüente com que os jovens se presenteiam uns aos outros, com suas reflexões e propostas de redes sociais. Menos ainda o é, se considerarmos a faixa etária precedente – a adolescência.

Pois é! Também a Bíblia fala disto. E com maior propriedade ainda… Aliás, com a propriedade de ser o registro das palavras e prescrições do próprio Criador. Fala ela da situação comum aos que chegam aos dias avançados, como Isaque, cujos olhos “se escureceram” pela idade (Gn 35.29); fala ela de Davi, o rei (I Cr 23.1) e de Jó, o homem que tantas provas enfrentou (Jó 42.17), os quais chegaram ao tempo em que se encontraram “velhos e fartos de dias”… O mesmo Davi passou por aquela peculiar fase – “Sendo Davi já velho e entrado em dias, envolviam-no com roupas, mas não se aquecia” (I Rs 1.1, ARA). Entretanto, o idoso pode, com confiança e esperança, fazer a mesma súplica de Davi, face à “feliz idade”: “Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares. Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder. “ (Salmo 71. 9,18, ARA). Porque há alento da parte de Deus para quem a faz, com o coração carregado da esperança e do conhecimento do Altíssimo: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei. “ (Isaias 46.4, ARA).

Por conta da honra que Deus mesmo reserva ao tempo da idade avançada, faz bem aos moços e moças observar os esquecidos preceitos divinos: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR.“ (Lv 19.32, ARA); “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são os pais. O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs.“ (Pv 17.6 e 20.29, ARA). Não caminhamos todos para lá, segundo a ordem natural dos fatos? Por que menosprezar hoje o que seremos amanhã? Quanto ao trato, é da Escritura que procede o salutar princípio “Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos “ (I Pe 5.5, ARA).

Por fim, convém lembrar, aliás, que a “terceira idade” no caminho da justiça, que é o caminho com Deus, traz um notável diferencial: “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.“ (Salmo 92.14, 15, ARA). Sim, é fato: “o prazo de validade de cada um de nós vai se esgotando…” Mas há honra reservada para aqueles que sabem honrar as cãs… E há honra ‘em estoque’ para as cãs que honram a Deus!

Agora, uma mensagem musical interessante, na voz de Heritage Singers…

LEARNING TO LIVE LIKE A CHILD OF THE KING (1976) 
APRENDENDO A VIVER COMO UM FILHO DO REI
William J. Gaither (1936), Gloria Gaither (1942)

Learning to live like a child of the King
Aprendendo a viver como um filho do Rei
Learning to lose just to find everything:
Aprendendo a perder só prá encontrar tudo:
Accepting His wealth though I had nothing to bring
Aceitando Sua riqueza mesmo sem nada para trazer 
Learning to live free and happy!
Aprendendo a viver livre e feliz!

Learning to bathe in the warmth of His Love
Aprendendo a imergir no calor de Seu Amor
Spirit-filled calmness in a world I'm not of
Quietude infundida pelo Espírito num mundo ao qual não pertenço 
Making down-payments on my home up above
Pagando o “sinal” de minha morada celeste
Learning to live free and easy!
Aprendendo a viver livre e solto!

Being an heir to all I do not deserve
Sendo herdeiro de tudo que não mereço
Learning to master by the way that I serve
Aprendendo a dirigir pelo caminho em que sirvo
Being dependent on His blessing reserve
Sendo dependente do suprimento de Sua bênção
I gave Him my soul, He's got total control…
Minha alma está entregue a Ele, Ele assumiu controle total… 
And learning to be all He wants me to be
E aprendendo a ser tudo quanto Ele deseja que eu seja
Learning to feel what it means to be free
Aprendendo a sentir o que significa ser livre
And learning to live life with great certainty
E aprendendo a viver a vida com grande certeza
Learning to live free and happy!
Aprendendo a viver livre e feliz!

Being an heir to all I do not deserve
Sendo herdeiro de tudo que não mereço
Learning to master by the way that I serve
Aprendendo a dirigir pelo caminho em que sirvo
Being dependent on His blessing reserve
Sendo dependente do suprimento de Sua bênção
I gave Him my soul, He's got total control…
Minha alma está entregue a Ele, Ele assumiu controle total…

And learning to be all He wants me to be
E aprendendo a ser tudo quanto Ele deseja que eu seja 
‘Grace amazing’ is the new song I sing
‘Maravilhosa graça’ é a nova canção que eu canto 
And sharing my song with all the people I bring
E partilhando minha canção com todo o povo que vem comigo
Learning to live free and happy!
Aprendendo a viver livre e feliz!

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 145 : “NUTRIÇÃO DA ALMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Março de 2014

À beira do Rio Ilissos, em algum século antes do advento de Cristo, fora de Atenas, o jovem discípulo Fedro, talvez imaginário, se encantava com os ensinamentos do mestre Sócrates. E é o verdadeiro discípulo, Platão, quem transmite os diálogos para os pósteros. Num deles, aparece o “Mito da Carruagem”, na qual Platão explica sua teoria de tríplice composição da alma humana. “O ser humano é como uma carruagem, puxada por dois cavalos – um branco, irascível, outro negro, concupiscível…” O cocheiro quer dominar os instintos dos animais, para conduzir seguramente a carruagem… Mas, enquanto o cocheiro conta apenas com a força inteligível, os cavalos têm a força física. Para Platão, assim se afigura o ensinamento socrático sobre a alma: a carruagem é o corpo; os cavalos são os sentimentos e instintos; o cocheiro é a razão, a inteligência.

De que é feita a alma humana? De que substância é constituída? Como é mantida? Muitos estudiosos diriam – ‘seu tolo: não é de substância, é de energia !’. Pensam eles que a alma é essencialmente impulso energético, elétrico talvez… Seria ela o próprio conglomerado nervoso, desde o cérebro até as menores ramificações? Nesta hipótese, até se poderia desconfiar que seja matéria mesmo. Então, é preciso nutri-la, alimentá-la, como também se alimenta o corpo? Vamos parar por aqui!… É melhor perguntar para os psicólogos (até há alguns ilustres entre os leitores, aqui)… Mas, os psicólogos (salvo honrosas exceções) não estão tão preocupados com a constituição da alma, quanto estão com seu comportamento. Então, vamos perguntar para os psiquiatras que, além de certo conhecimento da psyque humana, também têm o conhecimento das ciências de Hipócrates (até há pelo menos um ilustre da classe entre os leitores, aqui)… Mas, igualmente os psiquiatras (também, com honrosas exceções) não tanto se preocupam com a alma e sua nutrição; antes, se preocupam mais com seus sintomas, e seus deficits… Que tal, então, os neurologistas? Ih! Não me prosperam as esperanças de responder às nossas questões, afastadas do campo das enfermidades, objeto principal do interesse médico.

Então, está bem! Vamos perguntar aos pastores, aos teólogos. Afinal, não costumam eles, no intróito de suas mensagens bíblicas, ou até de alguns de seus ritos, dizer em oração – ‘Agora, ó Deus, alimenta a nossa alma…’ ? Ou então, não chegam a anunciar, na vesperal de sua pregação – ‘Vamos, agora, nutrir a nossa alma!’ ? No entanto, se sua prática subsequente frustrar o discurso, aumenta-se a confusão; assim como não se medica, de fato e de verdade, com placebo, tampouco se nutrem almas com arremedos. Pior ainda se, além de frustrar, contrariar – ao oposto de alimentar, sua administração vier a dilacerar, ferir, machucar, ‘arrancar pedaços’, introduzir corpos estranhos, fragilizar ante as invasões viróticas e bacterianas, presentes a mancheias no cardápio das idéias e opiniões…

Lá em Grenoble, ao pé dos Alpes, próximo da fronteira com a Suíça e com a Itália, está por um fio a alma de um homem mundialmente renomado – Michael Schumacher. Pelo menos, é o que dizem vários especialistas. O que se poderia fazer para realimentá-la à vida? Humanamente falando, nada – dizem eles. É um acontecimento lamentável que, mesmo que não tenha relação direta com a intrigante indagação que vou agora recordar, não deixa de trazê-la à memória: “Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?” (Mateus 16.26, ARA). Quem lançou esta reflexiva indagação foi Jesus. Merece consideração e resposta. A partir dela, pode-se chegar à conclusão de que alimentar convenientemente a alma é algo que tem valor insuperavelmente mais elevado do que alimentar o corpo, ou mesmo o patrimônio e os celeiros.

A alma é uma substância não material, designada de psyque no idioma dos filhos de Helena, designada nephesh no idioma dos filhos de Abraão. Procede de um ato criativo de Deus quando, ao formar o primeiro da raça humana, soprou sobre aquele um fôlego de vida, e o homem passou a ser “alma vivente” (Gn 2.7). É também designada de pneuma (espírito).  Não se nutre das substâncias da tabela periódica da química (o Oxigênio, o Hidrogênio, o Carbono, o Nitrogênio, os sais, os metais, e assim por diante). Nem por isto deixa de carecer de nutrição.

Que a alma tem ‘fome’ e ‘sede’, isso lá não mais é passível de dúvida: “Rendam graças ao Senhor… pois dessedentou a alma sequiosa, e fartou de bens a alma faminta” (Salmo 107.9, ARA). Sua nutrição é espiritual, e só pode ser encontrada nos suprimentos ricamente vitaminados da Palavra de Deus. Ela pode sofrer superaquecimento… Mas até isto tem jeito: “Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do Seu Nome” (Salmo 23.3, ARC).  Pode abater-se, como se abatem as forças físicas; mas, o tônico da alma é diferente do tônico da carne e do sangue: “Por que te curvas, ó minha alma, gemendo dentro de mim? Espera em Deus, eu ainda o louvarei: "Salvação da minha face e meu Deus!(Salmo 42.11, BCF). Pode-se frequentar as mais aparelhadas academias para cultura física, mas é por meio da alma, que os mais saudáveis exercícios da natureza humana lhe compartilham a inaudita e inefável face de Deus: “Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma. “ (Salmo 143.8, ARA). Até mesmo os danos que vier a sofrer  – quem não os sofre? – têm perfeita restauração nas ‘oficinas’ da Palavra de Deus: “A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos.” (Salmo 19.7,8, NVI).

Não há nenhum mal em cuidar zelosamente do corpo, da saúde e até da aparência.  Mal, há, em descuidar da alma… Deixá-la com fome e sede da Palavra de Deus… Isolá-la de Deus… Isso faz um mal terrível, irreparável!

A mensagem musical de hoje é uma composição de tempos de apelos missiológicos. Seu autor encorajou ninguém menos que o grande Stanley Jones (1884-1973), missionário metodista que permaneceu mais de 50 anos na Índia (onde até morreu), testemunhando ao povo e ao próprio Ghandi. Vale uma palavra de advertência, em decorrência da sugestão da tradução que aqui será interpretada: não se iluda, pensando que compositor prega um modo de Cristo falar à alma à parte da Escritura Sagrada. Ao contrário: é com ela e por ela que ele, em sua poesia, anseia desfrutar dos ricos nutrientes partilhados por Cristo à alma. Ouvi-la, hoje ainda, faz-me lembrar a voz da minha mãe, que já o cantava em ocasiões muito peculiares, quando ainda pequeno eu era.  

Speak To My Soul (1897)
FALA À MINHA'ALMA, Ó CRISTO
Leander Lycurgus Pickett (1859-1928)

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 144 : “TAMBÉM PRECISO DELE…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 02 de Março de 2014

Espero que não. Espero também que ele, na prisão, pegue a Bíblia, leia, se acerte com Deus direitinho e possa até cuidar melhor da esposa e dos filhos dele. Ele e eu, quando morrermos, vamos nos encontrar com Deus. É bom que a gente tenha coisas boas para poder mostrar a Deus”. Foi esta, segundo entrevista publicada pela imprensa, a resposta do procurador da república Luiz Francisco Fernandes de Souza, à pergunta de um repórter. A hipótese cogitada era a de ser absolvido, pelo júri do tribunal, o personagem objetivo da pergunta. Esse personagem era o ex-deputado e ex-comandante da polícia militar acreana Hildebrando Pascoal. Segundo acusação acatada pelo tribunal, que levou Hildebrando à condenação, foi ele o responsável por diversas mortes no estado; entre elas, a do mecânico apelidado de “Baiano”. Baiano foi fotografado no Instituto Médico Legal de Rio Branco, com braços, pernas e órgão genital amputados por motosserra, olhos vazados, diversos furos de bala na cabeça e um prego cravado na testa. O júri do tribunal foi convencido pela promotoria de que Hildebrando Pascoal era mandante e participante do crime.

O ‘conselho’ do procurador foi proferido publicamente em 2009.  E, o ex-militar-deputado já cumpre a pena que o condenou. Se Hildebrando segue a sugestão de Luiz Francisco, não posso afirmar. Ano passado, foi ele autorizado a sair do presídio e ir ao ‘velório’ de seu próprio pai, que ocorreu numa igreja evangélica. Aliás, nem posso afirmar se a sugestão do procurador – ler a Bíblia na prisão, acertar-se com Deus, preparar-se para o encontro com Ele – teria sido dada pelas motivações que a própria Bíblia aponta, para que se o faça.

O certo é que, de fato, a Bíblia, traz tais conselhos. E, tais conselhos têm seu centro orbital na pessoa de Jesus Cristo. É por causa dele, centralizadamente dele, que a Bíblia foi escrita: ele é o autor da revelação que os seus escritores inspirados registraram; ele é o ser focal dessa mesma revelação; a sua pessoa, a sua obra e sua mensagem são os elementos preponderantes do livro divino, posto que divino-humano é ele; ele é o único ‘interventor’ favorável no acerto de vida, com Deus (que o procurador Luiz Francisco preconizou ao réu); ele é o único cicerone credenciado para a introdução diante de Deus, na existência eterna que se segue à atual, de tal modo que esta apresentação credenciada resulte em vida eterna sem dor, sem condenação, sem penalidades eternas, sem remorso interminável por conta da rejeição do Filho de Deus. Ao contrário, a apresentação favorável que ele – Jesus Cristo – fizer diante de Deus, no último dia da presente ordem existencial, levando-nos pessoalmente à face do Eterno, proporcionará a vida em abundância de que fala a Escritura, no mais alto grau de sua qualidade.
Vede alguns de seus testemunhos:

Vós perscrutais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim.” (Jesus Cristo, em João 5.39, BCF).

Foi a respeito dessa salvação que os profetas que falaram da graça destinada a vocês investigaram e examinaram, procurando saber o tempo e as circunstâncias para os quais apontava o Espírito de Cristo que neles estava, quando lhes predisse os sofrimentos de Cristo e as glórias que se seguiriam àqueles sofrimentos.” (I Pedro 1.10,11,  NVI).

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6, ARA).

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo(I Timóteo 2.6, ACRF).

Logo, fica atestado, pela Bíblia mesmo, o primeiro e principal benefício que a sua leitura pode proporcionar. Olvidá-lo é grande irresponsabilidade para com a própria alma. No entanto, preciso fazer um registro necessário. Este é para quem, por não estar condenado como Hildebrando, por jamais ter feito coisa alguma parecida com o que os autos afirmam que ele fez, por não ter sofrido críticas semelhantes às que ele vem sofrendo, achar que não precisa de igual conselho; ou seja, de igual providência pessoal.

Acerto de vida com Deus é semelhante ao que, no Direito brasileiro, é denominado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Trata-se de um compromisso, facultado ao poder público tomar de qualquer cidadão (ou instituição) em circunstâncias previstas na lei, no sentido de adequar a conduta deste às exigências da lei, mediante cominações que assumem caráter reparatório. Todo homem e mulher que deseja colocar-se condignamente diante de Deus, no dia aparentemente referido pelo procurador (e todos hão de estar lá) precisam da Bíblia como um TAC, um Termo de Ajustamento de Conduta. A Bíblia avisa a todos que todos estarão diante do “trono branco”, e que a vida de cada um será avaliada em frente àquele trono. Neste caso, as palavras do procurador, endereçadas ao réu, valem também para o próprio procurador, para o repórter que o entrevistou, para todo leitor que testemunhou o conselho, para este articulista principiante, que tomou emprestadas as palavras, para o leitor destas toscas linhas, e para todos os demais das criaturas humanas, não importando quanto do Livro Sagrado lhes venha servindo de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

A verdade que, neste mundo em que estamos vivendo, de ciclos virtualmente intermináveis de males e bens, a cada dia, passíveis de serem retratados para novos conselhos e ponderações, o que mais precisamos, sim, o que precisamos mais, é de Jesus. Isto pode gerar algumas ‘intromissões’, é verdade. Mas, doutra forma não interessa a ele. Estas ‘intromissões’ ocorrerão em todas as áreas: vida familiar, vida conjugal, vida profissional, vida diversional, vida religiosa, tudo! Em tudo, o maior de todos os modelos, inatacável, vai querer (como quer) ser copiado.  “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.“ (I Coríntios 11.1, ARA); “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; “ (Efésios 5.1, ARA); “Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos “ (I Pedro 2.21, NVI).

Então, não há escapatória: ou fazemos todos como sugeriu o procurador, para ”acertar com Deus direitinho “ (conselho que, aliás, não é originalmente dele; é da Palavra de Deus mesmo), ou nos vemos com ele.  “Quem não é por mim, é contra mim; e, quem comigo não ajunta, espalha“, disse Jesus (Mateus 12.30, ARC). Escolha você!… Eu também preciso dele…

A mensagem musical de hoje é uma composição do início da década de Setenta. Foi muito ouvida (e até cantada) por gerações da época. Tem um ‘tom’ de comunhão verdadeira. Sua tônica é a da dependência de Jesus.

EU PRECISO DE JESUS (1973)
Eddie Smith / Otis Skillings

Eu preciso de Jesus prá do perigo me guardar
Nele eu vou confiar, sim preciso
Quando dele eu precisar, 
Sempre está pronto prá ajudar
Em Jesus vou descansar, sim preciso!

Jesus cristo perto está no temor e na aflição
Consolando o coração com alegria

Meu Jesus é tão fiel e ao meu lado ficará
Ele me concederá vida nova !

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 143 : “MADEIRA, FENO E PALHA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Fevereiro de 2014

“O futebol estará protegido; acredito que os brasileiros não atacariam ao futebol diretamentePara eles, é uma religião”. Segundo a imprensa brasileira, quem disse isto foi Joseph Blatter, o presidente da FIFA. Entre o arroubo ‘profético’ e a dissertação que sustenta a predição, acredito que ele esteja pelo menos uns cinquenta por cento certo. Me refiro à parte que afirma que, para o brasileiro, futebol é religião. A julgar pelo comportamento apaixonado de expressiva parte de sua população, penso que ele acertou. Aliás, neste tipo de assunto, às vezes tenho dificuldade de distinguir não religiosos de religiosos (incluindo não poucos cristãos). Curioso que um dos sacerdotes dessa religião, digo, uma das autoridades do mundo do futebol manifesta preocupação com a possibilidade de retornarem os protestos populares incivilizados durante a copa; para ele, a FIFA não pode ser responsabilizada pelo déficit de hospitais, escolas, segurança e transportes no Brasil. No entanto, para Raquel Rolnik, urbanista, professora da USP e relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o que a COPA deixará no Brasil será predominantemente ônus, e não legado.  É fato que muitos milhões de Reais estão sendo gastos visando o evento. Mas, experts  do nível dessa professora consideram que estão sendo construídos “elefantes brancos”. Isto não deve ser verdade: não são “elefantes brancos”; são “templos”… “Templos” dessa religião tipicamente tupiniquim.

Faz-me isto lembrar um dos ensinos de um legítimo profeta. Aliás, podemos considerá-lo, usando suas próprias palavras, como um verdadeiro arquiteto de idéias sadias e de valor eterno. Disse ele: Segundo a graça que Deus me deu, como sábio arquiteto lancei o fundamento, mas outro edifica sobre ele. Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia {do julgamento} demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo(Apóstolo Paulo, em I Coríntios 3.10-15, BCF). Quem lê, que entenda: não se trata, aqui, de contraste entre arranha-céus de concreto armado de alta resistência, shopping-centers com alta densidade de mármore italiano para se pisar, ou templos com altíssimo conforto, de um lado, e pequenas choupanas de sapé ou paliçada, como exemplo doutro lado.

Trata-se, aqui, de algo muito mais importante: a necessidade de se distinguir, diante do Criador e, quiçá, Redentor, o que se produz com os melhores recursos que Ele coloca ao dispor da nossa vida – a própria vida, além dos recursos intelectuais/espirituais, bem como além até dos recursos físicos e materiais. Há um único fundamento, um único alicerce, e esse é Jesus Cristo – autor e consumador da vida; para não poucos, também autor e consumador da fé. Mas, o que erigimos sobre esse fundamento da nossa vida e mesmo da nossa fé, pode ser classificado de duas maneiras: obras de “madeira, feno e palha”, de um lado; obras de “ouro, prata e pedras preciosas”, doutro lado. “Madeira, feno e palha” é todo investimento, toda produção, todo esforço e toda construção que, feita diante dos homens, pode até ter grande beleza (principalmente se forem talhados com arte); mas, não resistem ao fogo. Por outro lado, “ouro, prata e pedras preciosas” é todo investimento, toda produção, todo esforço e toda construção que, uma vez provados e testados por Deus (nisso, o teste dos homens nada adianta), é capaz de resistir até ao fogo. E o “fogo” é o dia do julgamento de nossas obras.

Convém-nos uma sincera avaliação, pedindo emprestados do Soberano que habita nos céus os instrumentos de aferição de obras, sobre que tipo de investimentos e esforços têm sido os nossos. Que espécie de religião pratico? A que Ele prescreve em Seu Manual de pura religião?… Que espécie de investimentos faço? Os que Ele indica em Seu Manual de investimentos de vida e recursos?… Que espécie de obras efetuo? De “madeira, feno e palha”, que só aparecem para os homens, mas nada valem aos olhos de Deus? Ou de “ouro, prata e pedras preciosas”, que resistem até ao fogo do juízo divino, e produzem dividendos para a eternidade?

A antiga Roma dava ao povo o que eles mais apreciavam para saciar seus apetites infames: pão e circo; já houve ensaiante de política no nosso país que afirmou sua vocação de dar pão e circo ao povo (talvez, mais circo do que pão, como temos visto com freqüência). E assim, que se concluam os ‘templos da religião’ do esporte bretão, ‘naturalizado’ brasileiro. Deus, a tudo assiste, certamente muito desapontado. Enquanto isso, com a palavra do apóstolo Ele chama a um gasto mais nobre, dos que lhe querem ouvir a Palavra, de seu tempo, energia física pessoal, energia cerebral e até recursos: Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus. Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Contudo, veja cada um como constrói.“ (I Coríntios 3.9,10, NVI).

Importa-nos almejar que o saldo da balança espiritual, no último dia, tenha mais “ouro, prata e pedras preciosas”; importa-nos almejar que seja mínima a fumaça que há de restar, quando o fogo consumir todos os nossos ‘edifícios’ de madeira, feno e palha. São as obras, os pensamentos e os esforços inúteis, ou que apenas satisfazem a ânsia de pão e circo. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu Reino e a Sua Justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas“ (Mateus 6.33, ARC). ”Portanto… buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra“ (Colossenses 3.1,2, ARC).

A nossa mensagem musical de hoje é a oração composta por um músico cristão brasileiro (paraense), que alcançou repercussão internacional. Foi composta a partir de uma mensagem que lhe calou ao coração, e o hino foi levado, pela primeira vez, à Primeira Igreja Batista, em Fortaleza, para um tempo de oração e atitude diante de Deus.  A interpretação é pelo Coral Masculino da Primeira Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, de formação já extinta. Na minha oração, cantando junto com o coro, eu peço: Perdoa-me, Senhor, por minhas ações de “madeira, feno e palha”… Ajuda-me a edificar com “ouro, prata e pedras preciosas”!

PERDOA-ME, SENHOR (1987)
Hiram Simões Rollo Júnior  (1961…)

Perdoa-me Senhor, se eu não vivi pra Te servir,
Se em meu agir o Teu amor também não refleti,
Perdoa-me, Senhor, se o Teu caminho não segui,
Se falhas cometi, se Tua doce voz não quis ouvir…
Escuta minha oração, Senhor!
Desejo aqui viver prá Teu louvor:
Ensina-me a Te ouvir, e com amor servir
E os santos passos Teus aqui seguir!
Perdoa-me, Senhor, se eu de Ti me afastei,
Se em meu caminho escuro Tua luz não procurei,

Perdoa-me, Senhor, se na aflição não Te busquei,
Se eu não Te sondei, se Teu querer pra mim não procurei…
Escuta minha oração, Senhor!
Desejo aqui viver prá teu louvor:  
Ensina-me a louvar e junto a Ti estar,
E em Tua graça sempre confiar!
Perdoa-me, Senhor, se frutos eu não produzi,
Se indiferente a tudo a missão eu não cumpri,

Perdoa-me, Senhor, se os campos brancos eu não vi,
Se só pra mim vivi, se meus talentos não desenvolvi…
Escuta a minha oração, Senhor!
Desejo aqui viver prá Teu louvor:
Ensina-me a agir, e Teu dever cumprir,
E frutos dignos dedicar a Ti.

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 142 : “ÂNCORA DA ALMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Fevereiro de 2014

Mesmo no meio da perda, estamos ancorados na esperança”. Foi desse modo que Robbin Blick, a mãe de Zion, a quem ela perdeu com apenas dez dias de nascido, se expressou diante do fato. Joshua e Robbin tiveram seu quinto bebê, Zion Isaiah, diagnosticado com Trissomia 18 (“Síndrome de Edwards”) na vigésima semana da gravidez. O nascimento se deu em 11 de Janeiro último; mas foram apenas 10 dias de vida, ante uma expectativa de que, talvez, nem nascesse. Para o casal, para a mãe, especialmente, não importavam os prognósticos – natimorto, deformações encefálicas, defeitos em órgãos internos, deformações anatômicas… Nada a afetou; nada os afetou. Foi um longo exercício, de quase outras vinte semanas, que mesmo os outros quatro filhos acompanharam. Zion Isaiah não veio ao mundo natimorto, nem foi um aborto: nasceu com pouco mais de dois quilogramas, e viveu apenas dez dias neste mundo. Os pais firmaram-se em Deus, e ensinaram valiosas lições aos quatro outros filhos. … a fim de lançar mão da esperança proposta, a qual temos por âncora da alma, segura e firme…’" (Hebreus 6.19, ARA), foi uma delas. Diante de Deus, resolveram que acolheriam aquela criaturinha, e que lhe dedicariam todo o amor possível, enquanto durasse a sua vidinha. Veja toda a história em http://efrata.cmeinformatica.com/mod/page/view.php?id=91 (Arautos de Vida).

Mas, alguém há de perguntar: prá que precisamos de ‘âncora para a alma’?… Já não dizia o bordão de certo humorista na tevê – Saúde é o que interessa; o resto não tem pressa?  Não é bem assim. Devo dizer que saúde para o corpo é coisa muito boa, e vale a pena lutar por ela. Certamente que poderão alguns médicos estar lendo esta mensagem; merece todo reconhecimento e consideração a sua sublime missão. Mas, muito mais importante que saúde para o corpo, muito mais importante, é a ‘âncora para a alma’. É quando vem a tribulação, é quando vem a tempestade, é quando vem o imprevisto, mesmo quando esse imprevisto abate a saúde, que se pode aquilatar quão imprescindível é a ‘âncora da alma’. E essa âncora é a esperança posta em Cristo, em seu sacrifício, em sua redenção, na sua vitória sobre a morte, na ressurreição que ele conquistou, afiançando-nos a vida eterna no céu, num futuro próximo.

Não só na antiguidade, mas ainda hoje, a âncora é uma peça náutica de essencial importância. É ela que mantém a flutuante embarcação fixa ao local que lhe convém, quando o mar, as correntes marítimas, ou os vendavais, lhe fazem soçobrar ao léu, sem auto-domínio. Uma âncora potente, presa à embarcação por um cabo resistente, pode ser a salvação na hora da tormenta. Assim também a legítima esperança, como “âncora firme e segura”, que se mantém presa à nossa frágil nau pelo resistente cabo da fé, é a nossa garantia contra o naufrágio. Mas não é qualquer tipo de ‘âncora’ (isto é, não é qualquer tipo de esperança); tampouco pode ser qualquer tipo de ‘cabo’ (isto é, qualquer tipo de fé). Esse conjunto – fé e esperança – têm elementos de aferição de genuinidade, de legitimidade. Fé tem validade somente se posta na pessoa singular, plenipotenciária, divina, suficiente de Jesus Cristo; fora dele, a fé é falsa (ou enganosa), assim como é falsa ou enganosa se apontar, para ele, substitutos ou coadjuvantes. Esperança tem validade somente se for firmada em promessas já dadas, aquelas que estão unicamente na Palavra de Deus; esperança em promessas de outras fontes presumidas não leva a lugar algum. Ou melhor, leva: muitas vezes leva à frustração e ao desapontamento.  Por isto, o Livro Divino afirma: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1, NVI). E isto, de acordo com o que vem sendo exposto nas páginas precedentes da revelação bíblica, aponta legitimamente apenas para as promessas que Deus já deu a conhecer, e que estão na Palavra de Deus, viva e eficaz.  

É sempre melhor cultivar os valores e a densidade da ‘âncora da alma’ nos tempos de bonança e calmaria… Quando eles forem suplantados pelos tempos de tormenta e vendaval, a ‘âncora’ será de vital validade. É sempre bom manter livre da ferrugem e do crestamento o ‘cabo’ que sustenta a ‘âncora’ – a fé – nos tempos de bonança e calmaria… Quando eles forem suplantados pelos tempos de tormenta e vendaval, o cabo não se romperá, separando a ‘âncora’ da frágil embarcação da nossa vida. Você chegou até aqui, nesta leitura? Como estão os seus tempos, hoje? Em bonança e calmaria? Se forem, é muito mais provável que você se descuide do ‘cabo’ e se esqueça da ‘âncora’. Você vai se lembra rapidamente deles quando as nuvens aparecerem espessas e escuras no horizonte. Mas, não será muito mais aconselhável cuidar da ‘âncora’ – alimentar a esperança – nos tempos bons? Não será muito mais aconselhável zelar pelo ‘cabo’ – a fé – nos tempos de calmaria? Quando vier o que trazem as nuvens escuras, serão firmes e seguros fundamentos. Se esses tempos já têm chegado, e se sua ‘âncora’ e o ‘cabo’ que a sustém estão em ordem, é só manter o olhar no autor e consumador da fé – Jesus – e aguardar um novo dia que virá…

A nossa mensagem musical de hoje é uma reprise. Seu autor, um pastor ainda vivo, afirma que suas composições são parte de sua jornada de vida, dela emanadas, sob o ensino da Escritura. Na poesia de hoje, ele traduz em verso um tempo angustiante de sua própria vida, superado pelas garantias que textos como os que hoje foram retratados proporcionam.

HE WILL CARRY YOU
Ele Susterá Você
Scott Wesley Brown  (1952…)

There is no problem too big God cannot solve it… 
Não há problema tão grande que Deus não possa resolver…
There is no mountain too tall He cannot move it…
Não há montanha tão alta que Ele não possa mover…  
There is no storm too dark God cannot calm it…
Não há tormenta tão densa que Ele não não possa acalmar… 
There is no sorrow too deep He cannot soothe it… 
Não há angústia tão profunda que Ele não possa amainar…

If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my brother, that He will carry you! 
Eu sei, meu irmão (…) que Ele susterá você!
If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my sister, that He will carry you! 
Eu sei, minha irmã que Ele susterá você!

He said – Come unto me all who are weary, and I will give you rest!
Ele disse – Vinde a mim todos vós que estão cansados e eu vos darei descanso!
[ Ao começo, novamente ]

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

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N° 141 : “VERDADE – QUEM QUER?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Fevereiro de 2014

Ninguém quer perder cinco minutos do seu tempo para saber a verdade!”. Esta frase foi dita recentemente em Módena, na Itália. Quem a proferiu foi Andrea Haas, esposa de Henrique Pizzolato. Ela concedeu entrevista a uma revista brasileira, que queria dela explicações sobre as razões da fuga, do Brasil, de seu esposo. Seu esposo é um dos réus do processo que tramita no STF, o Supremo Tribunal Federal brasileiro, em função de acusações movidas, naquela corte, pelo Ministério Público do país. Henrique Pizzolato foi diretor do Banco do Brasil, ao tempo dos acontecimentos que figuram no processo.

Não me interessa, aqui, discutir os elementos da matéria que têm seu pano de fundo na política brasileira dos últimos tempos. Interessa-me, sim, refletir na declaração dela. Reconheço que a declaração foi feita num contexto em que a ‘verdade’ que ela pretende pugnar é a que considera favorável a outros rumos que poderiam atingir a história de seu marido, e de sua família. Mas, deslocando o diagnóstico do eixo por ela pretendido, e localizando-o num cenário muito, mas muito, mais importante do que o que os atinge, eu diria – que lucidez! É mesmo um fato: “Ninguém quer perder cinco minutos do seu tempo para saber a verdade”.

Bem! Antes de prosseguir, correndo o risco de cometer uma grande injustiça contra uma pequena minoria das pessoas no mundo, devo dizer que deve ser uma hipérbole a figura de linguagem da sentença. Não é que ‘ninguém’, no sentido absoluto, ame a verdade, a ponto de não dedicar-se em sua busca ao menos cinco minutos. Não são muitas pessoas, mas há quem dedique até bem mais que cinco minutos. Mas, comparando ao grande universo dos seres humanos, cujo julgamento e destino eterno depende tanto, mas tanto, da verdade, aceita-se a hipérbole, o exagero linguístico. Pois, neste mundo em que estamos vivendo, o “aqui” e o “agora” que magnetiza nossas atenções, e que, ao mesmo tempo, solapa a capacidade de escolha em direção ao que realmente importa – a verdade – a verdade é esta mesmo. Cinco minutos em busca da verdade são uma infinidade de tempo, se significarem sacrifício de um tanto de futilidades que afagam nossas vísceras e almas.   

“Cinco minutos” diários menos das novelas de imundície, ou dos programas de explícita exploração da promiscuidade entre paredes, mas sob câmeras, ou até sob lençóis da penumbra, em troca de porções da verdade, fariam um bem imensurável – seria simplesmente troca de ‘venenos de alma’ por ‘nutrientes de vida’; “cinco minutos” menos daquele vício com os DVD’s da locadora mais próxima, em troca de histórias de vida, contadas no Livro da Verdade, que orbitam em torno da verdade que salva, vão tornar sua vida mais rica de valores; “cinco a minutos” menos de conversas inúteis, em troca de conversas edificantes, edificadas sobre a verdade, seriam vitamina altamente eficiente para cérebro e coração; “cinco minutos” menos de internet, com toda a sua maciça dose de porcaria (salvam-se as exceções – pois aqui mesmo está um uso da internet que trabalha pela verdade), em troca de palavras de vida eterna, seriam um tônico valioso para a alma cambaleante sob a aridez da inutilidade; “cinco minutos” menos de leituras mentirosas, de ficção, românticas ou não, seriam vacina eficiente contra tanta vanidade na vida. Mas, como instigou a auto-exilada, em companhia do esposo – quem quer perder cinco minutos pela verdade?

No único e inquestionável Livro da Verdade há denúncias parecidas. Por exemplo, o Livro (a Bíblia) declara que “a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que suprimem a verdade pela injustiça”, acrescentando que estes tais “trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre” (Romanos 1. 18, 25 NVI). Falando sobre tempos futuros, sobre os quais penso que se encaixam muito bem nos dias de hoje, diz a Escritura: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (II Timóteo 4.3,4, ARC). Há casos até em que pessoas de grande importância política simplesmente indagaram sobre a própria verdade; foi o caso de Pôncio Pilatos, o governador romano que entregou Jesus para ser crucificado. Até parecia que ele estava interessado na verdade, quando indagou de Jesus, em seu interrogatório – “Que é a verdade?” (João 18.38); mas, infelizmente, nem deixou que Jesus respondesse…  Certamente ele não tinha, em sua apertada agenda política do dia da morte expiatória e vicária do Filho de Deus, ‘cinco minutos’ para a verdade.

Para aquele universo de pessoas que eventualmente lêem estas toscas linhas, tenho um ‘recado’ do Proprietário Absoluto da Verdade: “Adquire a verdade e não a vendas, adquire sabedoria, instruções e inteligência“ (Provérbios 23.23, BCF). Sabe quanto custa? Apenas o preço de uma Bíblia, que mal paga o papel e a tinta. E depois, pelo resto da vida, serão vários minutos de aquisição (não apenas cinco), todos os dias, sem custo algum. Sabe mais uma coisa? Vou iniciar uma campanha… Uma campanha de desmentido… Uma campanha para desmentir essa sina, de que ninguém quer perder cinco minutos em troca da verdade… Nós começamos a campanha, e a própria verdade que vamos adquirindo vai nos libertando das amarras do tempo diário, de tal modo que de cinco poderemos passar para dez, de dez para quinze, e assim por diante : “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32, ARA). A propósito, o que você pretende fazer nos seus próximos cinco minutos? Que tal uma porção a mais da verdade? Vá ao Livro de Deus, e você encontrará sortimento para milhares de ‘cinco minutos’ da vida, com valor de efeitos duradouros para uma quantidade infinita de ‘cinco minutos’ de que é composta a eternidade. Ou, você vai preferir concordar com a Andrea Haas?

Jesus identificou a Si próprio com a verdade; incorporou-a, metaforicamente, em Si próprio. O casal que compôs o hino de hoje reconheceu isto, quando declarou sua determinação em seguir Jesus. Segue o hino, apenas com instrumentação musical no áudio; momento para reflexão… Linda composição musical, na interpretação de orquestra de câmara de Charles Magnuson !

A poesia segue abaixo, com a singela ajuda na versão do texto.

FOLLOW, I WILL FOLLOW HIM (1935)
Seguirei, Eu te Seguirei
Howard L. Brown (1889-1965)

Jesus calls me; I must follow, follow Him today
Jesus me chama; devo seguir, segui-lo hoje
When His tender voice is pleading,
Quando Sua terna voz conclama
How can I delay?
Como posso eu demorar?

Follow, I Will follow Thee, my Lord
Seguirei, Eu te seguirei, meu Senhor
Follow ev’ry passing Day
Seguirei cada dia que passa
My tomorrows are all known to Thee
Meus ‘amanhãs’ são todos a ti conhecidos
Thou will lead me all the way!
Tu me guiarás em todo o caminho!

Jesus calls me; I must follow, follow Him allway’
Jesus me chama; devo seguir, segui-lo sempre
When my Saviour goes before me, I can never stray!
Quando meu Salvador segue diante de mim, eu nunca posso me extraviar!

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

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N° 140 : “PAZ?… QUE PAZ?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 02 de Fevereiro de 2014

Em qualquer situação de provas, não se deve perguntar a Deus ‘por que’, mas ‘para que’…”. Foi assim que a dona Laudelina falou com sua filha, Laudezir, na ocasião em que esta perdeu o esposo num acidente de moto. Silas tinha levado o filho mais velho, Simon, à escola, e seguia depois para o médico. A imprudência de um motorista o jogou no chão, a ponto de ser atingido em cheio pelo ônibus que vinha atrás. Isto se deu em 25 de março de 2009, em Belo Horizonte. Bem! Dona Laudelina tinha lá suas razões para assim falar à filha, no meio de tal sofrimento. Prá ser franco, talvez não sejam muitas as pessoas que tenham tanta propriedade de falar a outrem (mesmo a própria filha) essa já conhecida sentença. Silas deixou Lau e três filhos: Simon (então com 17), Mylena (então com 13) e Joshua (então com 11). Também toda a família de Silas, da casa de dona Maria Hilária, foram abalados com o duro acontecimento. Se Lau, se seus filhos, se dona Maria Hilária e sua família, não tivessem o conhecimento e a comunhão com Deus que têm, a história deles não seria como tem sido (leia um registro mais amplo em http://efrata.cmeinformatica.com/mod/page/view.php?id=88).

Silas teve sua alma recolhida aos tabernáculos celestes, onde aguarda a ressurreição final, para o gozo da Vida Eterna na morada celestial. Naquele dia, certamente que todos os seus vão se reunir a ele, assim também muitos de nós, para o mesmo gozo eterno. Seu corpo foi entregue à terra. Naquele dia de março de 2009, entre os muitos hinos cantados no culto que louvou a Deus por sua vida, cantou-se “Se Paz a Mais Doce” (“Sou Feliz”). Aquela mensagem cantada está na lembrança particular de toda a família, que também tentou cantar, naquele dia, mesmo com voz embargada. Mas, convenhamos: Paz?… Que paz? Que história é esta de alguém poder cantar – “Se dor a mais forte sofrer… Oh! Seja o que for, Tu me fazes saber, que feliz com Jesus sempre sou!”, quando se encontra no meio de um turbilhão de tal monta, que revoluciona a vida de modo tão inesperado? Como experimentar ‘paz’, quando tudo à volta parece encaminhar para a enxurrada do desespero?

Ah! Se fosse uma novidade… O livro de Hebreus, na Escritura Sagrada, fala-nos de tantos outros que nos antecederam, e que, enquanto caminhando sobre a terra, olharam com a poderosa luneta da fé, sustentada no forte tripé da esperança da glória, oravam e cantavam como estrangeiros e peregrinos, porque “aguardam a cidade [eterna] que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11.10, ARA). A História oferece registros de tantos outros mais… Estes experimentam, com verdade, realidade e propriedade, aquilo de que fala o Espírito por mãos do apóstolo: “E a paz de Deus, que excede a todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4.7, ARC). Então, é paz sim. Diferente da que dá o mundo. Veja como diz aquele que no-la outorga: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” (João 14:27, BCF). Mas é paz! E é a melhor espécie de todas.

Jesus preveniu: “Eu lhes disse estas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham bom ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33, NVI). Logo, se o Mestre falou, tá falado! Se ele disse para nos precavermos, porque seriam inevitáveis as aflições, as desditas, as horas angustiantes (como até ele passou), quem é aquele que, arvorando-se falar em nome de Deus (sem o ser), esbalda-se em dizer que os filhos de Deus não passam por adversidades? Que isto não lhes é próprio? Muito pelo contrário, senhores pregadores da mentira!!! Passaram muitos, passamos nós, passarão outros, enquanto Ele não retorna. Mas, tem um detalhe, e não posso dizer que seja pequeno, nem por mera figura de retórica. Não seria justo. O detalhe é grande e significativo. Por isto, vou até registrar tudo em maiúsculo: “CONTUDO, TENHAM BOM ÂNIMO! EU VENCI O MUNDO”. Faz toda a diferença!!!

Então, ante a pergunta: “Paz?… Que paz?”, que empresta título a esta mensagem, basta uma resposta: A Paz de Cristo, que excede a todo entendimento! Diferente de todas as demais formas. Forte, fortíssima. Suficiente! Regozijante até na dor. Pode parecer estranho, mas não deixa de ser verdade, por isto.

O nosso hino de hoje é o hino que ficou na lembrança de Laudezir, de filhos, de dona Maria Hilária e familiares. Quem o compôs experimentou forte desdita também. Era um cristão, do tipo que dizem ser bem-sucedido, porque suas atividades profissionais em Chicago lhe renderam boa soma financeira, e bens. No entanto, em 1871 sobreveio desdita: morreu-lhe seu filho… Ano seguinte, um pouco mais: o grande e histórico incêndio de Chicago lhe arruinou… Mais um ano adiante (1873), e aumenta a desdita: despachou a esposa e as quatro filhas num navio para a Europa, prometendo encontrá-las logo que pudesse viajar. O navio naufragou e poucas pessoas se salvaram. De sua família, a esposa Anna, única que chegou ao “velho mundo”, mandou-lhe um telegrama: “salva, sozinha”. As quatro filhas pereceram no naufrágio. Ao viajar ao encontro da esposa, passou pelo lugar do naufrágio; chorou muito, é verdade, mas compôs o hino, cujo estribilho original diz:

It is well, with my soul, it is well, it is well with my soul !  (Tudo bem com minh’alma; tudo bem, tudo bem, com minh’alma).

Ouça, com nosso áudio player, numa execução do Quarteto Templo.  

SOU FELIZ  (1873, It Is Well)
Horatio Gates Spafford  (1828-1888)

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