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N° 142 : “ÂNCORA DA ALMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Fevereiro de 2014

Mesmo no meio da perda, estamos ancorados na esperança”. Foi desse modo que Robbin Blick, a mãe de Zion, a quem ela perdeu com apenas dez dias de nascido, se expressou diante do fato. Joshua e Robbin tiveram seu quinto bebê, Zion Isaiah, diagnosticado com Trissomia 18 (“Síndrome de Edwards”) na vigésima semana da gravidez. O nascimento se deu em 11 de Janeiro último; mas foram apenas 10 dias de vida, ante uma expectativa de que, talvez, nem nascesse. Para o casal, para a mãe, especialmente, não importavam os prognósticos – natimorto, deformações encefálicas, defeitos em órgãos internos, deformações anatômicas… Nada a afetou; nada os afetou. Foi um longo exercício, de quase outras vinte semanas, que mesmo os outros quatro filhos acompanharam. Zion Isaiah não veio ao mundo natimorto, nem foi um aborto: nasceu com pouco mais de dois quilogramas, e viveu apenas dez dias neste mundo. Os pais firmaram-se em Deus, e ensinaram valiosas lições aos quatro outros filhos. … a fim de lançar mão da esperança proposta, a qual temos por âncora da alma, segura e firme…’" (Hebreus 6.19, ARA), foi uma delas. Diante de Deus, resolveram que acolheriam aquela criaturinha, e que lhe dedicariam todo o amor possível, enquanto durasse a sua vidinha. Veja toda a história em http://efrata.cmeinformatica.com/mod/page/view.php?id=91 (Arautos de Vida).

Mas, alguém há de perguntar: prá que precisamos de ‘âncora para a alma’?… Já não dizia o bordão de certo humorista na tevê – Saúde é o que interessa; o resto não tem pressa?  Não é bem assim. Devo dizer que saúde para o corpo é coisa muito boa, e vale a pena lutar por ela. Certamente que poderão alguns médicos estar lendo esta mensagem; merece todo reconhecimento e consideração a sua sublime missão. Mas, muito mais importante que saúde para o corpo, muito mais importante, é a ‘âncora para a alma’. É quando vem a tribulação, é quando vem a tempestade, é quando vem o imprevisto, mesmo quando esse imprevisto abate a saúde, que se pode aquilatar quão imprescindível é a ‘âncora da alma’. E essa âncora é a esperança posta em Cristo, em seu sacrifício, em sua redenção, na sua vitória sobre a morte, na ressurreição que ele conquistou, afiançando-nos a vida eterna no céu, num futuro próximo.

Não só na antiguidade, mas ainda hoje, a âncora é uma peça náutica de essencial importância. É ela que mantém a flutuante embarcação fixa ao local que lhe convém, quando o mar, as correntes marítimas, ou os vendavais, lhe fazem soçobrar ao léu, sem auto-domínio. Uma âncora potente, presa à embarcação por um cabo resistente, pode ser a salvação na hora da tormenta. Assim também a legítima esperança, como “âncora firme e segura”, que se mantém presa à nossa frágil nau pelo resistente cabo da fé, é a nossa garantia contra o naufrágio. Mas não é qualquer tipo de ‘âncora’ (isto é, não é qualquer tipo de esperança); tampouco pode ser qualquer tipo de ‘cabo’ (isto é, qualquer tipo de fé). Esse conjunto – fé e esperança – têm elementos de aferição de genuinidade, de legitimidade. Fé tem validade somente se posta na pessoa singular, plenipotenciária, divina, suficiente de Jesus Cristo; fora dele, a fé é falsa (ou enganosa), assim como é falsa ou enganosa se apontar, para ele, substitutos ou coadjuvantes. Esperança tem validade somente se for firmada em promessas já dadas, aquelas que estão unicamente na Palavra de Deus; esperança em promessas de outras fontes presumidas não leva a lugar algum. Ou melhor, leva: muitas vezes leva à frustração e ao desapontamento.  Por isto, o Livro Divino afirma: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1, NVI). E isto, de acordo com o que vem sendo exposto nas páginas precedentes da revelação bíblica, aponta legitimamente apenas para as promessas que Deus já deu a conhecer, e que estão na Palavra de Deus, viva e eficaz.  

É sempre melhor cultivar os valores e a densidade da ‘âncora da alma’ nos tempos de bonança e calmaria… Quando eles forem suplantados pelos tempos de tormenta e vendaval, a ‘âncora’ será de vital validade. É sempre bom manter livre da ferrugem e do crestamento o ‘cabo’ que sustenta a ‘âncora’ – a fé – nos tempos de bonança e calmaria… Quando eles forem suplantados pelos tempos de tormenta e vendaval, o cabo não se romperá, separando a ‘âncora’ da frágil embarcação da nossa vida. Você chegou até aqui, nesta leitura? Como estão os seus tempos, hoje? Em bonança e calmaria? Se forem, é muito mais provável que você se descuide do ‘cabo’ e se esqueça da ‘âncora’. Você vai se lembra rapidamente deles quando as nuvens aparecerem espessas e escuras no horizonte. Mas, não será muito mais aconselhável cuidar da ‘âncora’ – alimentar a esperança – nos tempos bons? Não será muito mais aconselhável zelar pelo ‘cabo’ – a fé – nos tempos de calmaria? Quando vier o que trazem as nuvens escuras, serão firmes e seguros fundamentos. Se esses tempos já têm chegado, e se sua ‘âncora’ e o ‘cabo’ que a sustém estão em ordem, é só manter o olhar no autor e consumador da fé – Jesus – e aguardar um novo dia que virá…

A nossa mensagem musical de hoje é uma reprise. Seu autor, um pastor ainda vivo, afirma que suas composições são parte de sua jornada de vida, dela emanadas, sob o ensino da Escritura. Na poesia de hoje, ele traduz em verso um tempo angustiante de sua própria vida, superado pelas garantias que textos como os que hoje foram retratados proporcionam.

HE WILL CARRY YOU
Ele Susterá Você
Scott Wesley Brown  (1952…)

There is no problem too big God cannot solve it… 
Não há problema tão grande que Deus não possa resolver…
There is no mountain too tall He cannot move it…
Não há montanha tão alta que Ele não possa mover…  
There is no storm too dark God cannot calm it…
Não há tormenta tão densa que Ele não não possa acalmar… 
There is no sorrow too deep He cannot soothe it… 
Não há angústia tão profunda que Ele não possa amainar…

If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my brother, that He will carry you! 
Eu sei, meu irmão (…) que Ele susterá você!
If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my sister, that He will carry you! 
Eu sei, minha irmã que Ele susterá você!

He said – Come unto me all who are weary, and I will give you rest!
Ele disse – Vinde a mim todos vós que estão cansados e eu vos darei descanso!
[ Ao começo, novamente ]

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'