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O Bem e o mal a cada dia

N° 129 : “DEUS? AQUI, NÃO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Novembro de 2013

Se vão falar de origens, do ponto de vista criacionista, que o façam numa igreja; é embaraçoso dar credibilidade a esse tipo de doutrina não científica”. Esta declaração sintetiza a reação de alguns professores da UNICAMP, SP, no recente mês de Outubro, à possibilidade iminente de instalações da universidade abrigarem um fórum de discussões sobre filosofia e ciência das origens. Com a reação, conseguiram que a direção acadêmica da universidade cancelasse o evento, que, mesmo não pertencendo ao programa oficial da instituição, anunciava apoio de organismos a ela ligados. Ainda que comportando palestrantes com credenciais científicas e também acadêmicas, essas credenciais foram desconsideradas, dando lugar à taxação dos mesmos meramente como ‘religiosos’ e ‘cristãos’.

Ok! Então é assim que deve ser? Ciência pertence aos domínios da universidade e dos ambientes de pesquisa científicos que ela apóia; não pertence à igreja. Se a ciência for dedicar-se à investigação das origens naturais e humanas, não poderá comportar a via criacionista, nem a premissa da divindade criadora, porque só se admite a possibilidade auto-genitora não divina da evolução. Por outro lado, se os que discordam da hipótese evolucionista, adotando a cosmovisão criacionista, quiserem suscitar uma discussão de caráter científico sobre a gênese do céu, da terra e das formas biológicas, terão que se contentar com igrejas; este é o lugar onde se prega doutrina religiosa… É assim que tem que ser? Tempos de “iluminismo” inquisitorial. Por este tipo de julgamento, a coisa fica mesmo parecendo exibição obscurantista: um estudioso de ciência chegar ao ponto de desafiar a possibilidade de surgimento autônomo do imenso conjunto de sistemas solares, do nosso em particular, de toda a harmonia do nosso planeta, dos seres que o povoam e, em particular, da espécie humana só pode ser coisa de religiosos – dizem. Por “surgimento autônomo”  deve-se entender o que é mais óbvio às palavras: tudo teria surgido por conta própria, ao acaso e sem fins pré-determinados. Desafiar essa “sorte grande” que a “loteria” da evolução ('ciência evolucionista') diz ter alcançado, ao ver-se tanto equilíbrio, tanta harmonia, tanta evidência de propósitos, parece ser a maior ofensa às mentes iluminadas da academia.

“Iluminadas”? Como assim? Que adianta um cérebro humano avançar tanto em seu conhecimento, se não reconhecer a Deus, como Criador, Mantenedor, Preservador e até Redentor dessa criação, fadada ao juízo divino iminente? “Mas os céus e a terra que agora existem são guardados pela mesma palavra divina e reservados para o fogo no dia do juízo e da perdição dos ímpios" (2 Pedro 3:7, BCF). No fim, quando comparecer perante Deus, para o Dia Final da Prestação de Contas, que lhe adiantará todo o conhecimento grangeado, se o verdadeiro alvo da ciência – Deus – ficar “de fora”? Como, por analogia, o Mestre questiona: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? (Marcos 8.36, ARC). De Darwin prá cá, gerações de discípulos têm-se transformado em novos mestres de novos discípulos, cultivando o orgulho nefando de equipá-los e habilitá-los, cada vez mais convencidamente, de que a Ciência não precisa de Deus. Ao contrário, pregam eles: se Deus for introduzido no mérito da discussão, estraga o meio; “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos“ (I Coríntios 3.20, ARA). E é assim que eles se orgulham, também, de forjar a mentalidade de gerações após gerações de estudantes, que galgam seus ‘conhecimentos’ do nível primário ao mais elevado. Querem fazer do ambiente de estudos das ciências uma reserva de domínio. Como se dissessem – “Deus? Aqui, não!”. Cabe, para eles, a mesma pergunta que Deus dirigiu a Jó: “Quem é este que obscurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” (Jó 38.2, NVI).

Resguardadas as proporções do tempo, como é confortador lembrar que aquele culto mestre cristão, do primeiro século da presente era, chegou ao lugar da mais elevada cultura (e ciência) mundial de seu tempo, lugar onde a concepção panteísta rivalizava com a evolucionista (sim, já se ensinava evolução muito antes de Darwin!) e reivindicou-lhes o reconhecimento do Deus – Criador, Mantenedor e, especialmente, Redentor!

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia, no qual há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”  (Atos 17.24-31, ARA)

Mentores do conhecimento contemporâneo, reivindicando a respeitabilidade de suas altas credenciais, decretam – “Deus? Aqui, não!”… Que tentem ficar em paz (ao menos consigo mesmos, porque, com Deus, não conseguirão)! De cá, do patamar mais inferior e insignificante de nossa ignorância e fragilidade, gostaríamos que alguém respondesse, com sinceridade e isenção: Que lugar, que espaço físico ou intelectual deste nosso estupendo universo, poderia, ufanisticamente, reivindicar poder para vetar a presença de Deus? Responde o grande educador e ex-primeiro-ministro holandês Abraão Kuyper: “Não há um só centímetro quadrado em todo o vasto domínio da existência humana no qual Cristo, que é soberano sobre todas as coisas, não possa reivindicar – este território é meu!”. Kuyper foi o idealizador da Universidade Livre de Amsterdam, que ocupa o 83° lugar no ranking mundial das melhores universidades, de acordo com o THE (Times Higher Education, 2013). Detalhe: a melhor brasileira está abaixo da colocação 250ª, e não é a UNICAMP. Não que isso as desmereça (no caso, USP e UNICAMP), nem desmereça suas qualificadas produções acadêmicas. Mas, é interessante notar que uma universidade que nasceu em 1877 sob o princípio de reconhecimento da cosmologia cristã não está situada em nível menos qualificado que as melhores brasileiras. Que nossos estudantes de todas as ciências, especialmente os que estão dentro do círculo das nossas influências, sigam a premissa de Kuyper, que é a mesma de tantos outros luminares da Ciência de todos os tempos, e que é a mesma da Palavra de Deus. Afinal, do ponto de vista de reconhecimento das Suas grandes obras e conhecimento das Suas grandes benesses redentivas, o único lugar onde, exclusivamente, pode-se dizer – “Deus? Aqui, não!” é o inferno!

Nosso hino de hoje se tornou um clássico cristão na voz de George Beverly Shea, durante as grandes campanhas de Billy Graham. O autor o compôs, inicialmente, na forma de um poema. Voltava ele para casa, vindo de sua igreja, numa cidade da Suécia, e admirava o belo entardecer. Eis que, de repente, muda o tempo, uma nuvem pesada surge, um raio corta o céu, trovões ribombam, e a chuva cai. De chuva, transforma-se em tempestade, que pouco depois passa, deixando ver o arco-íris no horizonte. Ao chegar em casa, de sua janela viu o momento pós-tempestade pelo reflexo da superfície da baía, que já se acalmava. Movido pelas palavras do Salmo 8, ele compõe a poesia que forma o hino, admirado da transição de eventos pela mão de Deus: calma da tarde, tempestade, arco-íris, de novo a calma da noite. “Ó Deus, quão grandioso és tu!”, exclamou ele…  

O STORE GOD (1885, How Great Thou Art, em inglês)
Quão Grande És Tu
Carl Gustav Boberg (1859-1940)

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

 

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

N° 128 : “FINADOS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Novembro de 2013

Primeiro, halloween; dia seguinte, “todos os santos”; mais um dia, “finados”. Neste último dia, as tradições religiosas pelo mundo impressionam. A designação se associa ao vocábulo “fim” (“término”)… Em Tana Toraja, na Indonésia, familiares vivos de alguém que já morreu retiram o cadáver mumificado da sepultura, dão-lhe um banho, trocam-lhe a roupa por uma nova, e faz-se a limpeza do caixão. Uma simples busca pelas ferramentas de pesquisa da internet pode mostrar imagens fortíssimas. Em muitas regiões do México, sob herança maia, fazem-se festejos tidos como alegres, e verdadeiras procissões à noite aos cemitérios, com música, luzes, comidas e bebidas. Em certos clãs, fazem-se banquetes da família na sala principal da casa, sob cujo piso estão sepultados seus mortos, pela tradição de que assim “toda a família” se reúne. No Brasil, são de antiga tradição as visitas aos sepulcros, para renovarem-se-lhes as flores; o rito passa a depender da forma de cultivo interior dos peregrinos.

Todo ano, nesta época, uma pergunta me vem à lembrança. Não é minha, a pergunta; na verdade, foi feita há muito, mas muito tempo atrás. Quem me deu conhecimento da pergunta foi um médico, mas não foi ele, propriamente, quem a efetuou. Foram dois seres, cujos nomes eu ignoro, que fizeram a pergunta a algumas mulheres galiléias, e o médico a registrou. E a pergunta é: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?” (Lucas 24.5, NVI); foi feita por seres angelicais. As mulheres foram ao sepulcro, Domingo bem cedo, para fazer o que quase todo peregrino de dia de Finados faz (com algumas variações ligeiras de ritos)… Mas, para sua surpresa, o corpo ao qual foram ‘homenagear’ com essências aromáticas já não estava ali, e era somente o terceiro dia após sua morte. A pessoa, proprietária do corpo, havia ressurgido. Ele ressurgiu! Ele não foi vencido pela morte, pois ele a venceu, como havia previsto! Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado entre nós, para os fins redentivos aos quais foi incumbido, tinha acabado de decretar, com sua ressurreição pioneira, a ‘morte’ da morte.  

Com todo respeito, tomo a liberdade de reprisar, no Domingo deste significativo final de semana, a pergunta dos anjos: Por que buscais, entre os mortos, ao que vive? Digo com todo respeito, porque não deixo de ter respeito, sim, ante a inclinação de alma e coração de quem vai até um cemitério para ter um breve momento de lembrança de quem amava. Conto um fato: era o ano de 1997, e era esta mesma época do ano, quando eu me encontrava na Escócia para estudos. Num Domingo à tarde, longe de todos quantos amava e amo, saí para uma caminhada, e resolvi passar por dentro de um cemitério aberto, próximo de onde me hospedava. Havia muita gente em torno dos diversos jazigos. Um senhor, aparentando entre 70 e 75 anos de idade, me chamou especial atenção; estava completamente sozinho, cultivando flores verdadeiras com ferramentas à mão. Resolvi perguntar-lhe de quem era o jazigo onde ele se encontrava com tais cuidados; ele me revelou que era de sua esposa, falecida pouco menos de um ano antes. Perguntei-lhe se ele a amava, e o olhar dele me foi suficiente como resposta. Perguntei-lhe, ainda, quantas vezes ela já tinha vindo ali, e se costumava vir mensalmente… Mais uma vez, produzindo um olhar expressivo, ele me respondeu – “Meu filho, eu venho aqui praticamente todos os dias; sei que o que está aqui é apenas o que resta do corpo de minha esposa amada, porque sei que ela está com meu Redentor, aguardando a ressurreição. Mas ela me faz muita falta”. Senti, naquela conversa, que estava ali, não um homem a praticar um mero ritual, mas alguém com um profundo sentimento, diariamente cultivado no coração. 

Mas, o que quero focalizar, é que a instigante pergunta dos anjos à entrada do sepulcro do Filho de Deus recém ressurreto carrega consigo uma implicação bem mais extensa. Cemitério não é lugar de morada de pessoas, senão apenas morada temporária de corpos… Temporária porque aguardam a ressurreição final. Por isto, o termo “finados” não é muito apropriado. Os corpos estão em inconsciência, em decomposição, sob inércia. Mas, as almas estão conscientes, indecomponíveis, e ativas. É precisamente isto que ensina a Bíblia, Palavra de Deus. Os que lêem, e consideram na alma e no coração, com genuíno entendimento, o que ocorreu naquele dia da pergunta dos seres angelicais às mulheres, nutrem uma esperança diferente de todos os demais homens. “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos sepulcros sairão deles, ao som de sua voz [de Jesus Cristo]” (João 5:28, BCF). Estes depositam num jazigo um corpo, talvez de alguém muito querido, e fazê-lo verdadeiramente não é fácil. Ainda assim, estes mesmos têm um olhar mais vívido lá em cima, onde a alma que, em comunhão e sintonia com o protagonista da história que o médico Lucas registrou, se desligou do corpo, com Ele lá se encontra. Esse estado é temporário: um dia, todas as moléculas formadas pelos átomos de Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio e Oxigênio, além dos outros elementos em menor número, que se desintegraram do corpo fenecido, hão de se juntar novamente, e restaurar o corpo. “Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (I Coríntios 6.14, ACRF). Mais que isso, esses elementos hão de passar por uma verdadeira transformação físico-química, propiciando corpos inteiramente ‘reconfigurados’ para receber de volta a alma. E assim, começará uma nova existência, existência de eternidade, sem mote (e sem mais ‘finados’). Isto tudo porque Jesus Cristo primeiro ressuscitou, e há de promover a nossa ressurreição também. “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita" (Romanos 6.11, ARA)

A pergunta dos anjos faz lembrar que, de fato, a morte é, não apenas, fim; é fim da existência como hoje usufruímos, mas é começo da eternidade. Ninguém que cultiva a esperança da ressurreição redentiva, à semelhança da que levantou o nosso Senhor de sua sepultura, cultiva e reverencia seus mortos com consciência e sentimentos como os que não têm tal esperança. A pergunta dos anjos às mulheres servia para lhes lembrar que sepultura é morada temporária de corpos, mas que o céu é morada permanente e eterna de seres ressurretos – corpo de céu e alma de glória – como a Escritura afiança. A força principal da fiança é que o nosso glorioso Redentor seguiu, em sua natureza humana, exatamente esse caminho, para no-lo abrir. Agora, se você, lendo esta reflexão, não conhece acertadamente esta esperança, faço ligeiras, mas igualmente instigantes alterações na pergunta angelical, para dirigi-la especialmente a alma e coração: Por que não buscais, ao que esteve entre os mortos – aquele que vive?    

Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6, ARC)“.

Nosso hino de hoje foi composto por alguém que, recém casado, e também recém convertido ao evangelho de Cristo, enfrentou com sua esposa a séria enfermidade da mãe desta, que acabaria por levá-la à morte. Dois momentos houve: o primeiro, de questionamento diante de Deus (por que, Deus?); o segundo, de consolação na Palavra de Deus e nas promessas que ela comporta. Compôs o hino, tendo sido sua sogra, no leito de enfermidade, a primeira a ouvi-lo.  Clique no áudio player online mais abaixo, ouça o hino e, se achar útil, acompanhe a mensagem, aqui toscamente traduzida.  

WHAT A DAY THAT WILL BE (1955)
Que Dia Será Aquele
Jim (James) Hill (1927-  )

There is coming a day
Há um dia por vir
When no heartaches shall come,
Quando não mais haverá pesares
No more clouds in the sky,
Não mais nuvens no céu
No more tears to dim the eye;
Não mais lágrimas para toldar a vista
All is peace forever more
Tudo será paz perene
On that happy golden shore
Naquela regozijante praia dourada 
What a day, glorious day, that will be!
Que dia será, glorioso dia, aquele será!

What a day that will be
Que dia será aquele
When my Jesus I shall see,
Quando verei meu Jesus
And I look upon His face
Quando verei Sua face
The One who saved me by His Grace;
Aquele que me salvou por Sua graça
When He takes me by the hand,
Quando Ele me tomar pela mão
And leads me through the Promise Land,
E me conduzir à Terra da Promessa
What a day, glorius day, that will be!
Que dia será, glorioso dia, aquele será!

There’ll be no sorrows there,
Lá não haverá tristezas
No more burdens to bear,
Não mais pesos para carregar
No more sickness, and no more pain,
Não mais enfermidade, e não mais dor
No more parting over there;
Não mais despedidas por lá

Then, forever I will be
Então, eternamente estarei
With the One who died for me
Com Aquele que por mim morreu
What a day, glorious day, that will be!
Que dia será, glorioso dia, aquele será!

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 127 : “TEM JEITO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Outubro de 2013

Fiz isso porque acho que meu filho tem jeito!” Essa foi a frase que o servente de pedreiro Dorivaldo Porfírio de Lima, 44 anos, pronunciou, depois de visitar seu filho Bruno (18) na delegacia. Bruno havia sido preso porque acabara de participar de dois assaltos seguidos – um posto de gasolina e uma farmácia – em Jales, interior de São Paulo. O outro jovem não recebeu a família, porque seus familiares acham que “ele não tem mais jeito”. Logo após confirmar, com o delegado, o que o filho tinha feito, Dorivaldo foi a cada um dos estabelecimentos e assumiu, com os proprietários, compromissos para pagar, em notas promissórias. “Não tenho dinheiro hoje, mas ainda que demore, vou pagar tudo”, declarou. Dorivaldo ganha, como servente de pedreiro, setenta Reais por dia de trabalho, quando o tem. O próprio delegado disse que nunca viu alguém fazer isso.  Noutra visita ao filho, recebeu deste um abraço apertado, longo e emocionado: “Eu não reconhecia o valor dele”, disse Bruno. O caso ganhou repercussão pela imprensa e, passados alguns dias, acabou que Dorival nem vai precisar pagar… Movidas pelo brio e dignidade do servente de pedreiro, pessoas já procuraram os donos dos estabelecimentos e prometeram quitar os débitos em lugar dele.

Eu já soube de outros casos de alguém fazendo isto. Raros são, no meu conhecimento, mas outros há. Contudo, um caso especial eu tenho conhecimento, para o qual nem milhares (nem milhões) de notas promissórias bastariam para quitar a dívida. Isto, porque a dívida não poderia ser paga – muito menos remida – nem com toda a soma de valores monetários, ainda que se somassem as barras de ouro do Forte Knox, os petrodólares das nações abastadas do rico mineral, e mais todo o restante da riqueza do mundo. Ainda que se descobrissem, no pré-sal e no pós-sal, mais o quíntuplo das riquezas em petróleo que o mundo já conheceu até hoje, não daria para pagar tal dívida. Trata-se da dívida inevitavelmente acarretada pelos erros de cada habitante do planeta.  A começar com aquele, do primeiro casal que nos gerou a todos, quando Deus os criou.

"Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram…(Romanos 5.12, BCF). 

Aliás, o que o servente de pedreiro Dorival fez pelo seu filho Bruno, respeitadas as proporções devidas, tem semelhanças com o que Deus fez por nós, na pessoa de Seu Filho. O que é diferente?

No caso Bruno-Dorival, como já disse, o valor da dívida é pagável com dinheiro; no caso de Deus, por meio de Jesus Cristo, com homens, não é… Vida só se redime com vida:
Vocês foram comprados por alto preço” (I Coríntios 6.20, NVI). Qual o preço da vida do Filho de Deus, aos olhos de Deus? Ele o deu por nós, porque, mesmo amando-o sobremaneira, nos amou também…
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna“ (João 3.16, ARA). No caso do Bruno, espero que não se repita o acontecimento, mas, que é possível, é. Certamente, com a mesma esperança, pessoas se dispuseram a substituir as promissórias do Dorival. Mas, no caso divino, o preço imensurável do sacrifício de Cristo não se paga duas vezes: é uma vêz só: 
Pois também Cristo sofreu, uma vez por todas, pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus.” (1 Pedro 3:18, ACRF). Logo, se alguém quer dele se valer, tem que ser uma vez só, nesta vida; não haverá segunda vida, nem segunda chance.

No caso do Bruno, o fato de o pai ter-se apresentado para pagar sua dívida aos lesados pode amenizar o rigor da possível condenação, mas não possibilitará substituição nela – se o Bruno tiver alguma condenação pelo crime, terá que pagar por ele. Mas no caso divino, foi ainda diferente… Quando Cristo morreu por nós, ele assumiu, além do preço do resgate de dívida, também o preço da sentença de condenação:
O meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaias 53.11, ARC).

Suspeito que se familiares do outro jovem, cúmplice de Bruno, tivessem adotado atitude parecida com a de Dorival, também aquele estaria sob os mesmos benefícios do Bruno; o dono da farmácia, por exemplo, quando procurado pelo Dorival, dividiu o débito ao meio – metade para cada responsabilidade. Mas, como disseram – “Ele não tem mais jeito” (ao contrário do outro, que disse – “fiz isso porque acho que meu filho tem jeito!”), certamente têm outra história para contar. Pois, quero contar uma terceira história ainda: Um dia, num passado distante, Deus disse de nós – “Tem jeito!”. Esse ‘jeito’ se faz pleno, suficiente, cabal, remidor, na pessoa do Seu Filho. Só Nele!!!

Você já o conhece? Então, há de se lembrar – “…o amor de Cristo nos constrange…” (II Coríntios 5.14). Você não o conhece? Quero dizer, como Ele deveria ser conhecido? “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.“ (João 17.3, ARA).

Nossa mensagem musical de hoje, que pode ser executada online, clicando no reprodutor de áudio abaixo, é um dos maiores clássicos cristãos de todos os tempos. Seu autor, inglês, teve a sua vida mudada: de mercador naval, traficante de escravos, para servo de Jesus Cristo, pregador. Numa de suas viagens, transportando centenas de escravos africanos para o Novo Mundo, a tempestade colheu o navio em alto mar, e ele achou que todos iram perecer. Clamou ele a Deus, prometendo subjugar-se a Ele, caso sobrevivessem. E foi o que aconteceu. A composição do hino era a sua lembrança, em forma de poesia e música, de que somente a graça de Deus, que o livrara de ir para o fundo do oceano, havia sido também a causa de livrá-lo das cadeias do inferno. Tudo porque, um dia, o Deus das Promessas se voltou com favor para ele, dizendo – Tem Jeito! 

AMAZING GRACE (1779)
Preciosa Graça
John Newton (1725-1807)

 A voz é do Quarteto Adoração. 

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 126 : “PENSAMENTOS EXPOSTOS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Outubro de 2013

Em 04 de Novembro de 1869, apenas dez anos após a publicação, em Londres, de "A Origem das Espécies" (Charles Darwin), surgiu no mesmo país o periódico que seria o mais famoso, difundido e citado no mundo científico. Nature, hoje uma revista considerada de altíssimo gabarito científico, teve seu início dirigido pelo grupo sob a liderança do biólogo britânico Thomas Henry Huxley, o qual, naquela fase inicial, se tornou a principal voz de defesa do darwinismo evolucionista. Neste Outubro de 2013, a versão online da revista publicou uma instigante matéria, refletida na revista brasileira de maior circulação, com o seguinte título – "Cientistas criam método para 'ler pensamentos". A matéria original britânica tem um conteúdo altamente técnico e focado na descrição dos experimentos feitos com a "leitura" da atividade cerebral, mediante estímulos, obtida através de eletrodos 'plantados' na caixa intracraniana dos pacientes – método conhecido como ECoG (Eletrocorticografia).  Por ela, tais leituras foram interpretadas como respostas não vocalizadas aos estímulos. Já a matéria espelhada no Brasil comporta um tom mais sensacional e futurista, sugerindo que "a descoberta pode levar a diversas aplicações no futuro, como permitir que pacientes que perderam a capacidade da fala após um derrame, por exemplo, se comuniquem por meio do pensamento".

Bacana, não é mesmo? Fica parecendo que, dentro de algum tempo, poderá o homem adquirir capacidade de "ler" o que está se passando no cérebro alheio. Se isto for verdadeiro, eu pergunto – vai ser bom, ou vai ser ruim? Depois do 11 de Setembro de 2001, os aparelhos de 'raio x'  já se tornaram capazes de 'enxergar', com muito mais nitidez e precisão, além da roupa e da pele do cidadão. Agora, a humanidade caminha para "ler pensamentos". Minha imaginação 'voa longe': além de passarmos pelo pórtico de uma máquina que nos desnuda fisicamente, ainda teremos nossos pensamentos publicados? É a glória da 'divinização' humana. Sim, porque, apesar de um contingente humano massivo e majoritário não se dar conta, esses poderes Deus já tem, desde antes que o homem fosse por Ele criado no planeta.  

Por mais que se diga e se repita (ou se ouça e se reverbere) que "Deus é Deus!", e que o Seu poder, bem como a extensão de seus atributos são infinitos, parecemos nós persistentes (e renitentes) em não "dar muita bola" a este fato. Porque, continuamos a proceder em oculto, ou sob as convenções dos acordos particulares, do recesso oculto das 'quatro paredes', como se Deus não estivesse tudo contemplando… Como se Deus não estivesse 'por dentro' de tudo… Aliás, muito mais 'por dentro' do que nós mesmos, no suposto ocultamento da individualidade, ou na suposta discrição dos eventuais conluios.   

Eis a verdade:
"…porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração." (I Samuel 16.7, ACRF). 
"…o que há no interior dos insensatos vem a lume. " (Provérbios 14.33, ARA); "…a sua malícia se descobrirá  publicamente." (Provérbios 26.26, ARA).

"Tu bem sabes como fui insensato, ó Deus; a minha culpa não te é encoberta." (Salmos 69:5, BCF).
"Conheces as nossas iniqüidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença." (Salmos 90:8, NVI).

Já viu, né? Não há como escapulir… Na verdade, pelo simples (e, ao mesmo tempo complexo) fato de que "Deus é Deus!", e que é detentor de todos os atributos que Ele mesmo declara ser possuidor, nada (mas, eu quero dizer NADA mesmo), fica oculto aos Seus olhos, seja ao nosso redor (ainda que sob um teto de concreto sustentado por quatro paredes herméticas),  seja no nosso íntimo. Pela boca e 'pena' do profeta, Deus ainda proclama que Ele mesmo prova, no sentido de sondar, perscrutar os corações e o íntimo de cada um (Jeremias 11.20).

Mesmo o Filho de Deus, exercendo o ministério profético de maior envergadura e mais cabal autoridade sobre a terra, acentuou o fato, para que ninguém o ignore:
"E o Senhor lhe disse: Agora, vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade. Loucos! O que fez o exterior não fez também o interior? " (Lucas 11.39,40, ARC).
"Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido." (Lucas 12.2, ARC).

Por fim, transcrevo a pesada anotação apostólica, e também Palavra de Deus:
"Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações." (I Coríntios 4:5, BCF).

Já imaginou o perigo? Se imaginar essa máquina do futuro, na qual até os pensamentos podem ser expostos, é algo promissor, mas também arriscado, que dizer então daquEle que não precisa de nenhuma engenhosidade para o obter? Será que queremos continuar correndo o risco, sob a imaginação de que Deus não o possa? Ou, de que, mesmo podendo, Ele tem tantas outras ocupações para cuidar, que não vai ficar 'gastando seu tempo' em esquadrinhar nossos pensamentos e nossos intentos?

O Salmo 139 afiança quão patentes são, aos olhos de Deus, todos os nossos desígnios internos, além do nosso deitar, do nosso levantar e do nosso andar…

Mas, deixe-me te dizer uma coisa: nem tudo é 'arriscado' nesse cenário… A despeito de podermos nos assegurar (porque Deus é Deus, e Ele mesmo o garante) que o Altíssimo é intrinsecamente poderoso para tornar públicos todos os nossos intentos íntimos, nossas articulações ocultas e nossos pensamentos indignos, Ele também nos garante que é misericordioso, e que pode (basta querer, com sua vontade amorosa e benevolente) não olhar para as nossas iniquidades. Ele afiança que Sua benevolência é tão infinita quanto o são os Seus poderes perceptivos. Há um recurso para usufruir tal benevolência:
"Eis que te comprazes  na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria." (Salmos 51.6, ARA).

Se você desconhece o contexto em que essa outra verdade foi posta como um estandarte no topo de um mastro, valeria a pena ir ao Livro da Verdade e conhecer todo este contexto.
"Pensamentos expostos"! Quem pode dizer – isto não me atinge?

Nossa mensagem musical de hoje é um clássico, presente em vários hinários cristãos. O seu autor  estava em plena série de pregações em Ngaruawahia, na Nova Zelândia, quando, compelido pela atmosfera das pregações, e preparando-se para falar sobre o Salmo 139, compôs sua poesia. Ele, que era irlandês de nascimento, o fez em curtíssimo tempo, usando o lado limpo de um envelope postal que tinha às mãos, quando contava apenas 24 anos de idade.  A composição serviu de oração pessoal de contrição e dedicação a Deus, mas também de intercessão pelo povo aborígene neozelandês, e por todo aquele país. Posteriormente, tornou-se um antema vertido em vários idiomas, usual nas campanhas evangelísticas do próprio autor, e de vários outros pregadores.

SEARCH ME, O GOD (CLEANSE ME, 1936)
Sonda-me, ó Deus (Purifica-me)
James Edwin Orr (1912-1987)

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 125 : “DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Outubro de 2013

Em 20 de Novembro de 1959 a ONU promulgou a "Declaração Universal dos Direitos da Criança". Daí, a data passou a ser considerada o 'Dia Mundial da Criança'. Mas, não confere com a data praticada em vários países. No Brasil, por exemplo, havia ocorrido um congresso internacional com tema na infância em final de 1923. Por esta motivação, um deputado fluminense, médico, propôs a instauração de data celebrativa no país, e o presidente Arthur Bernardes aprovou Doze de Outubro como o "Dia da Criança" em solo pátrio, a partir de 1924. No entanto, foi somente com as campanhas publicitárias pela TV, que as indústrias de brinquedos brasileiras (lideradas pela Estrela) empreenderam lá pelo final de década de 1950, é que a data se tornou amplamente celebrada. Anos mais tarde, com o decreto de João Batista de Figueiredo, instituindo feriado religioso na mesma data, o dia da criança alcançou auge de repercussão.

'Coincidentemente', nesta semana eu recebi um post  que aponta para matéria publicada num dos maiores jornais em circulação no nosso país. Se você quiser conhecer a matéria, peça-me o link, que envio. Na matéria, o colunista, que é anunciado como "doutor em psicologia clínica" e "psicanalista", reporta decisão da justiça argentina, que autorizou mudança de gênero e nome no registro civil de um menino de seis anos de idade; passará a se chamar Luana. Reporta, ainda, fato idêntico ocorrido com uma criança de mesma idade nos Estados Unidos, poucos dias atrás.  Por decisões de seres humanos investidos em togas judiciais, os "direitos das crianças" passam a incluir, ademais, mudança de gênero (talvez um direito perto de se tornar 'universal' também – Deus nos livre!). Dentro de pouco tempo, pode-se prever, o aparato de 'saúde' estatal poderá estar a serviço de tais 'direitos', tais como: implantação de pelos no corpo de 'ex-meninas', ou depilação a laser de 'ex-meninos'; mastectomia em 'ex-meninas', ou prótese siliconada em 'ex-meninos'. O articulista do jornal cita uma outra articulista, de certo periódico norte-americano, anunciando que "cresce fortemente o número de meninos e meninas que pedem para mudar de gênero ".

Não sei se é por deficiência dos meios de comunicação, mas penso que é, mesmo, por aceleração da degeneração ética: poucas décadas atrás era difícil imaginar um cenário como o que hoje se descortina. Quer dizer que uma criança, com três,  seis, ou mais anos de idade, tem também direito de reivindicar se quer viver dentro da anatomia com que nasceu, ou não? E, pais, têm o direito de atender os direitos reivindicados pela aparente preferência de uma criança? E o estado é quem, em última análise, julga se o direito reivindicado se ampara, ou não, no direito universal (ou nacional)? Diga a si próprio, com sinceridade: no mundo contemporâneao, na sua opinião, a vontade do Criador está caminhando para dentro ou para fora da órbita das considerações de "direitos humanos"?

Quando digo a mim mesmo a única resposta que vejo cabível a esta pergunta, reconheço, ainda com mais vigor, que estamos vivendo os últimos dias…
"Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus" (II Timóteo 3.1-41, NVI). O que estamos vendo é uma tal degeneração de costumes, que fica-nos pesado imaginar o mundo que estamos legando às próximas gerações.

A Bíblia diz que há um "modo natural " para uso do corpo nas relações íntimas (Romanos 1.26, 27). No entanto, nosso tempo, miseravelmente, está impondo os denominadores acima dos numeradores (e vice-versa), a ponto de ser taxado de preconceito, homofobia, todo tipo de posicionamento que reprova o "modo anti-natural"; fica a impressão de que, dentro em breve, o natural é que será anti-natural. Pelo menos no 'mundo dos adultos', é o que parece. Mas eu digo: fomentar esse tipo de inversão de valores em criaturas tão indefesas, do ponto de vista de idade e de dependência, como são as crianças, é atrair ainda mais rapidamente a indignação do Criador.
Pois bem: ao ensejo do Dia das Crianças deste ano, e ao ensejo dos tempos em que estamos vivendo, faz-se oportuna uma revisão 'declaração universal dos direitos da criança'…

A cláusula Primeira da antiga declaração – a de 1959 – impede discriminação a qualquer criança, seja por motivo de raça, cor, posição econômica, idioma, e até mesmo sexo; mas, isto não significa permissão à confusão de sexo. É bom lembrar o 'Manual do Criador': "Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce! " (Isaías 5:20, BCF). Que crianças tenham o direito de ser livres desse "Ai", próprio para adultos ignorantes da vontade do Criador.

A cláusula Sexta da antiga declaração preconiza direito a amor e compreensão, por parte dos pais e da sociedade, para o fim de desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade;  mas, isto não significa liberdade excessiva pois, sendo assim, a personalidade hospedará a delinquência. É bom lembrar o 'Manual do Criador': "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. " (Provérbios 22.6, ARA). Que crianças tenham o direito de conhecer, pelo conhecimento verdadeiro, o caminho em que devem seguir, segundo as prescrições do Criador em seu indispensável Manual.

A cláusula final, a Décima, da antiga declaração, preconiza direito à proteção da criança contra discriminações de toda espécie. Preconiza, ainda, que a educação da criança deve ser conduzida de modo a consagrar suas energias  e aptidões a serviço de seus semelhantes. Mas, isto não significa que os mentores do princípio captaram corretamente o seu valor moral. Não pode haver serviço aos semelhantes que se digne de valor, se não for antecedido da consciência de que "o Senhor é Deus, foi Ele quem nos fêz, e Dele somos…" (Salmo 100.3, ARA). Ninguém pode se colocar a serviço de seus semelhantes, de modo legítimo, sem entender, primeiramente, quem é Deus, quem somos perante Ele, qual o Seu propósito em ter-nos dado vida, e o que Ele requer da vida que, como um dote legado, Ele nos proporcionou. Que crianças tenham o direito de se livrarem dos maus mentores de vida, e que sejam guiadas ao Seu Criador e Redentor!  Que adultos mal nutridos, moral e espiritualmente, não sejam um embaraço à vida de uma criança…

"Não sejam envergonhados, por minha causa, os que esperam em ti, ó Senhor, Deus dos exércitos; nem, por minha causa, sofram vexame os que te buscam, ó Senhor, Deus de Israel ! " (Salmo 69.6, ARA).

Ademais, parece que o nosso mundo pós-moderno só sabe falar de direitos ante a ausência de deveres. Mas, há uma série de outros direitos infantis, bíblicos, sempre atrelados a deveres para com Deus, acima de tudo, que deveriam ser adicionados à Declaração. Por exemplo, o direito de ser adequadamente corrigida, a criança, para o seu próprio bem, e o bem de sua família, e o de sua sociedade (várias prescrições em Provérbios); o direito de não serem provocados à ira sob educação, quando legitimamente criados sob disciplina e admoestação do Senhor (Efésios 6.4). E assim, por diante…  
E que o Senhor tenha misericórdia de nós, nestes tempos terríveis que estamos vivendo!
Como dizia Sêneca, inspirando atualmente o blog de uns amigos meus – O tempora, o mores!  (Que tempos, que hábitos morais!). 

Na mensagem musical de hoje, uma pequena lembrança de cantos infantis de outrora, na voz do Quarteto Liberdade:
“Nada, não nada há de me mover, mas como a rocha, eternamente firme, sempre estarei!” 

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Abraços, até próximo Domingo (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 124 : “SIC TRANSIT GLORIA MUNDI”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Outubro de 2013

"O mundo atual não me agrada mais; nada me anima, realmente… Falta-me vontade, falta-me paixão… Vivo ao máximo cercado de filhos e netos, porque não quero morrer sozinho. Mas, acho que vou despertar talvez…".

A pessoa que disse isto, poucas semanas atrás, aos 77 anos de idade (daqui poucos dias fará, possivelmente, 78), viveu dias de 'glória' conhecida no mundo inteiro. Atuante no cinema, contracenou com atrizes famosas, desde Brigitte Bardot e Romy Schneider, a Catherine Deneuve, Claudia Cardinale e Jane Fonda. Mas, a 'glória' daqueles dias passou… Dói-lhe perceber que foi substituído, no mundo do glamour, por outros, de gerações mais jovens. Seu nome se tornou 'ícone', quase tanto quanto sua fisionomia: Alain Delon (1935…) é o seu nome, ator de nacionalidade francesa. Dói-lhe o ostracismo, do qual reclama em ter sido confinado.

Que espécie de coisa efêmera é esta – a 'glória' deste mundo? ' Taí o empresário Eike Batista: antes, celebrado como um fenômeno brasileiro de alavancagem de progresso, hoje "fazendo das tripas o coração" para salvar vinténs, e ajudando a afundar o vacilante mercado econômico brasileiro. Antes, assediado pela mídia para explicar sua vertiginosa ascensão; agora, fugindo da mídia para não explicar sua súbita queda. Assim Delon… Talvez a glória do passado lhe tenha sido tão 'vital', do ponto de vista de tanto haver dela alimentado sua alma, que na sua falta, não tem do que alimentá-la mais… 

"Sic transit gloria mundi " (assim passa a glória do mundo), é a versão mais disseminada, por séculos, da famosa frase de Tomás a Kempis (1380-1471), em sua obra universal A Imitação de Cristo – "O quam cito transit gloria mundi  !" (Quão rapidamente passa a glória do mundo!). E, ainda assim, há os que dedicam esforços além da conta para conquistá-la (e até para mantê-la).

Mas, é assim mesmo, a 'glória' deste mundo. 
"O mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente " (I João 2.17, ARA), é o que diz a Escritura. Não há nada, por aqui, que preencha de modo significativo, pleno e definitivo, o anseio do coração humano. Um grande conterrâneo de Alain Delon (bem maior que ele, diga-se de passagem) já disse, tempos antes:  "No coração do homem há um espaço vazio imensurável, que somente um ser imensurável – que é Deus – pode preencher ! "… Assinava pelo nome de Blaise Pascal (1623-1662).

O apóstolo Paulo, ao chegar na cidade galaciana de Listra, na Ásia Menor (hoje, Turquia), declarou aos cidadãos daquela cidade que aquEle que lhes enchia "o coração de alegria e fartura ", ao proporcionar-lhes, dos céus, suas "chuvas e de estações frutíferas", até "fazendo-lhes todo o bem", era Deus, com o que sempre deu Ele testemunho de Si mesmo (Atos 14.17). Sim, até com chuvas e estações frutíferas Deus enche o coração dos símplices de fartura e alegria – gloria divina no mundo… E, com a bendita salvação no Filho-Cordeiro,  gloria no mundo presente e também no porvir…

O segredo mais elevado da glória imperecível reside, não propriamente num segredo, mas num fato mortalmente oculto a muitos olhos, levianamente ignorado a outros:  "o que faz a vontade de Deus!". O conflito é escancaradamente evidente, conflito de duas vontades:  a minha pessoal, e a de Deus, o Criador e Pai. Para os que não conhecem devidamente a Deus, e não conhecem a fonte de assimilação da Sua vontade, o erro mais grave é esse mesmo –  o da ignorância. Costumam atribuir que a sua consciência é fonte segura de manifestação dos desígnios de Deus e, lastimavelmente, confiam nela – "eu faço o que a minha consciência mandar ", é o que costumam dizer, com essas palavras, ou com outras, variadas. Isto, como se pudéssemos confiar na autonomia da consciência. No entanto, para os que já sabem, devidamente, quem é Deus, e sabem onde se encontra a mais legítima, confiável, segura e cristalina fonte de conhecimento de Sua vontade – que é a Sua santa Palavra escrita – parece persistir um nefasto resquício, certa sensação de que a auto-determinação, a consciência, o juízo pessoal, e até o coração enganoso, são fontes suficientes. E desprezam o "bom conselho"…
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho" (Salmo 119.105, ARC).

Seguramente, 'olhando de trás para frente', podemos dizer que…:
(1) Há uma glória que distoa frontalmente da glória deste mundo, por ser verdadeira, plenamente satisfatória e imperecível… (A propósito: você prefere a gloria transitória deste mundo, ou a imperecível, de Deus?)
(2) Essa glória imperecível decorre da disposição e prática de fazer a vontade de Deus… (A propósito: você já tem cultivado esta disposição, ou ainda cultiva, no altar do ego, a imposição da vontade pessoal?)…
(3) Saber, conhecer a vontade de Deus, repousa sobre o caminho seguro da leitura contínua e devotada da Sua Palavra (A propósito: como te tem sido a frequência e a dedicação às santas e eternais palavras do Livro de Deus?)…
"Mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado", declara o Senhor " (Jeremias 9.24, NVI).

É isso mesmo: "Sic transit gloria mundi !"… Porém, o que faz a  vontade de Deus, desfruta de glória eterna!!!
"A nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável " (II Coríntios 4:17, BCF).  

Nossa mensagem musical de hoje:

Joy By And By (1886)
Sim, Glória Haverá no Final 

Franklin Edson Belden (1858-1945)

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Abraços, até próximo Domingo (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 123 : “RUMO AO DESCONHECIDO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 22 de Setembro de 2013

Brasileiros estão em terceiro lugar, no certame mundial. Na frente deles, somente norte-americanos e chineses. Mas, em que, esta competição de que falo? Trata-se da concorrência mundial entre os candidatos a mudarem-se, em definitivo, do nosso planeta, para o planeta vizinho mais distante do sol – Marte!  Quase duzentas mil pessoas, de mais de 140 países, já se inscreveram para o programa Mars One – e já são cerca de nove mil brasileiros, em visão de futuro no “planeta vermelho”…

Nele, os 24 primeiros contemplados terão o privilégio de formar a população colonizadora marciana pioneira (isto, se não houver resistência dos ‘marcianos’). Para tanto, terão de enfrentar uma ‘pequena’ viagem de 215 dias, mesmo que movendo-se a mais de duas vezes a velocidade do som. Por curiosidade, como os planetas giram em torno do sol em voltas elípticas, a posição mais favorável entre a terra e Marte os coloca a não insignificantes 60 milhões de distância, um do outro. Os ‘colonizadores’ terão que assumir compromisso singular, porque a viagem é sem volta. Mas, há algumas vantagens: por exemplo, Marte tem duas luas, e não apenas uma, como é o caso do nosso planeta. Não sei se isso anima a alguns dos candidatos, mas, os mais românticos, talvez…   

Fazer uma viagem de mudança para um país alheio já é algo que balança as emoções todas; embaixadores, empreendedores, missionários, e outros que tais, passam por esse tipo de experiência. Se a mudança for sem expectativa de volta, como os missionários do passado empreenderam, balança mais ainda. Mas, pergunto: como você acha que estaria se sentindo, se fosse a esposa ou o filho do João Carlos Leal, 52 de idade, morador de São Pedro da Serra, RJ? Notícias dão conta de que ele recebeu confirmação como “aceito” no programa, e já sabe em que lugar poderá estar, na fila. Está, agora, na contagem regressiva… Contagem regressiva para partir, para ele, e para despedirem-se, para esposa e filho – João Carlos vai sozinho!

Se essa pequena história verídica mexe com a imaginação de cada um de nós, que dizer, então, da ‘outra viagem’, aquela, cujo transcurso vai muito além de Marte? Sete meses por uma ‘estrada’ inusitada, rumo ao desconhecido sem volta, parece não assustar duzentas mil pessoas no mundo; e, só não é maior o número, porque encerrou-se o prazo de inscrições (se você estava pensando na hipótese, vai ter que esperar pela reabertura). Mas, querendo ou não, estamos todos ‘inscritos’ num outro ‘programa’, que tem duas modalidades… Quando digo todos, quero dizer todos, mesmo! Eu, cada um dos meus leitores (este número é pequeno), e cada um dos não-leitores (este, não tenho conta).

Há similaridades e dissimilaridades entre o que aponto e o programa Mars One. Para o primeiro caso, indico inicialmente o desconhecido…

Embora já se saiba algumas coisas do planeta que emprestou nome ao terceiro mês do ano, e até bom número de imagens tenham sido trazidas de lá, o fato é que ninguém jamais lá pisou, pessoalmente.

Pois, também, “é como está escrito: coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para os que o amam” (I Coríntios 2.9, BCF).

Além disto, trata-se de uma viagem sem volta; todos os que estão se inscrevendo, quando confirmarem sua ida, estarão isentando (com anuência dos familiares) os organismos promotores, ligados à NASA, de qualquer esforço para trazê-los de volta…

Pois, foi assim que se expressou o histórico e afamado Jó: “… antes que eu vá para o lugar do qual não há retorno… ” (Jó 10.21, NVI).
Mas, há dissimilaridades também.
Por exemplo, a única companhia que o programa garante ao pioneiro, num primeiro momento, é a de 23 outros pioneiros… Nada mais! Chegando lá (se chegarem), vão ter que se virar com os recursos que tiverem…

No entanto, diz o Mestre àqueles que são feitos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do século” (Mateus 28.20, ARA).

Essa companhia incomparável, inigualável, indispensável, é garantida aos que esperam pela outra jornada, quando nutridos com a esperança da vida eterna. E, trata-se de uma companhia já presente, e não, tão somente, futura.

Ademais, já se sabe o suficiente para garantir que as condições de vida naquele planeta vizinho, são tremendamente inóspitas e desfavoráveis. Ninguém, lá, pode sair livremente, num final de semana, e encaminhar-se para alguma das belas paragens, como há nas serras em torno da cidade onde provisoriamente eu habito, e respirar o ar puro das montanhas. Até onde se saiba, lá eles terão que fabricar o seu próprio ar…

No entanto, a descrição que o Livro das Divinas Promessas apresenta da “cidade celestial” é : “O seu fulgor é semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina… Os fundamentos da muralha estão adornados de toda espécie de pedras preciosas… a cidade não precisa do sol nem da lua para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou e o Cordeiro é a sua lâmpada… as suas portas nunca se fecharão de dia, porque nela nunca haverá noite… nela, jamais penetrará coisa alguma contaminada… há um rio de água viva, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro… no meio da praça, está a Árvore da Vida, cujas folhas são para a cura dos povos… já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos ” ( e muito mais, em Apocalipse 21.9, até 22.5).

Isto é, definitivamente, outro tipo de “programa”. Incomparavelmente melhor, e singularmente necessário! Isto, sim, é que é glória!!!

Veja! Eu disse que este outro programa apresenta duas modalidades. Mas, nem queira arriscar a segunda, de que me excetuei de falar…

Bem! Eu não me aventuraria, em hipótese nenhuma, a uma aventura daquelas, como implica o primeiro programa – o Mars Ones… “Cada doido com sua mania!”. Entretanto, posso dizer três coisas em acréscimo:

1.      Estou, segura e irreversivelmente, inscrito e garantido no “segundo programa” (e, na modalidade melhor) que a minha mensagem de hoje contempla… Só não sei em que lugar estou na fila… Mas, que estou com lugar garantido nela, estou!
2.      Estou efetuando uma jornada no planeta terra, que já tem, lá, suas enormes barreiras e freqüentes percalços… Mas, além das boas companhias que me ajudam na caminhada, há uma boa e sublime companhia – é aquele que se pôs em meio aos discípulos e disse: “Paz seja convosco! ” (João 20.19). Esta palavra vem aos meus ouvidos também… Da mesma sorte, vai aos ouvidos de uma mãe, que acaba de ter uma criança, ou daquela que por ele anseia, ou daquela mãe e daquele pai que o sabe distante… Vai aos ouvidos do filho, ou da filha, que anseia estar junto aos seus pais, ou daquele que almeja por melhores dias…  E muito mais!!!
3.      Minha segura companhia, o Senhor Jesus, o pioneiro que adentrou o véu celestial, que me acompanha aqui, me acompanhará também até ao dia do ‘embarque’. Ele nunca me tem deixado sozinho, e não me deixará na transposição. Ao contrário, ele próprio me introduzirá por entre os portais da glória, onde as miríades de anjos estarão alçando inefáveis arpejos em coro, festejando minha chegada, junto com a chegada de milhares de milhares, igualmente festejados. 

Milhares entenderam que o desconhecido de uma viagem sem volta a Marte é programa ideal para seus poucos anos de vida – vindouros, mas, derradeiros; muito mais do que milhares têm encontrado na esperança da viagem, junto ao Senhor da Glória, no presente e no porvir, o programa ideal para sua eternidade. Eis possibilidades que, mercê da misericórdia divina, coloco ante seus olhos…

No nosso hino de hoje, Bill Gaither (na voz dos Heritage Singers) confessa o anseio de sua alma pela companhia do Senhor Jesus, mesmo quando tiver que enveredar pelo grande desconhecido que está à frente. Desculpe por oferecer o hino em língua inglesa; tentando compensar, ofereço uma pobre tentativa de tradução. Mas, é que, infelizmente, não o temos ainda vertido em nosso idioma…

EVEN SO, LORD JESUS, COME! (1963)
Ainda Assim, Senhor Jesus, vem!
William J. Gaither (1938…)

In a world of fear and turmoil…
Em um mundo de temor e turbulência…
In a race that seems so hard to run…
Em uma jornada que parece tão difícil de enfrentar…
Lord, I need thy rich infilling
Senhor, eu preciso de tua rica plenitude
Even so, Lord Jesus, come!
Ainda assim, Senhor, vem!

Even so, Lord Jesus, come…
Ainda assim, Senhor, vem!
My heart hath long for thee!
Meu coração tem anelado por ti!
Though I failed and betrayed thy trust
Ainda que eu tenha falhado e traído tua confiança
Even so, Lord Jesus come!
Ainda assim, Senhor, vem!

When my eyes shall span the river
Quando meus olhos virem do outro lado do rio
When I gaze into the vast unknown
Quando eu admirar o vasto desconhecido
May I say with calm assurance
Possa eu dizer, com terna segurança,
Even now, Lord Jesus, come!
‘Mesmo agora, Senhor Jesus, vem!’

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)!
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 122 : “NAS MÃOS DE UM SÓ HOMEM”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 15 de Setembro de 2013

A semana está se encerrando sob uma ansiosa expectativa para a nação brasileira. Encontra-se nas mãos de um só homem essa expectativa, e o que dela advirá. Esse homem chama-se Celso de Mello. É membro e "decano" do Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF). "Decano", por ser o membro mais antigo, em termos de atuação, naquela corte. O STF foi criado pelo texto constitucional de 1988, dando ao chefe do poder executivo a prerrogativa de nomear seus membros; já em 1989, Celso de Mello era nomeado à mais alta esfera da magistratura brasileira. 

É composto de onze membros e, nada menos que oito foram nomeados pelos dois últimos presidentes da república. Da denúncia ocorrida em 2005, e que se arrasta em processo por cerca de seis anos, chega-se agora a um momento crucial. Com as últimas três nomeações ocorridas após o início do julgamento, o STF vota agora a possibilidade de abertura de revisão de julgamento para condenados que tiveram pelo menos quatro absolvições no primeiro. A votação chegou, no momento em que parou, na semana passada, ao empate de cinco votos a favor e cinco contra, pela admissibilidade da anulação do julgamento anterior, e estabelecimento de novo. Faltou um voto, o que, pela posição ocupada, deveria ser desse ministro. O destino de vários dos réus do “mensalão” está nas mãos de um só homem – Celso de Mello, o decano da corte. Durante a semana em curso saber-se-á esse destino.

Não deve ser lá coisa muito confortável ter o destino de uma sorte, ou o destino do curso de uma vida (mesmo o que dela restar) nas mãos de um só homem. Na antiga Roma, no coliseu das diversões sangrentas, quando o espetáculo de destroçamento de uma vida humana chegava ao fim, sem que a vítima tivesse morrido, cabia a um só homem – o imperador, decidir pela continuação ou não da vida da pobre vítima. Se o imperador fosse magnânimo, havia chance de remissão; se, não, a morte pela execução cabal da vítima era o desfecho do… “espetáculo” (horrendo espetáculo, diga-se de passagem). Pior ainda deve ser ter o destino da existência a longo prazo, ou mesmo de toda a existência, nas mãos de uma só pessoa (um médico, um juiz, um feitor, um algoz, seja lá quem for), sem uma garantia mínima da equidade dessa tal.  E, o que dizer de toda a eternidade?

Por isto que há conforto, gozo e glória em ter a vida, a existência, nas mãos de uma só pessoa, quando essa pessoa é o Senhor Jesus Cristo.
Ele é justo juiz, é fato: “Deus é justo juiz; um Deus que se ira todos os dias” (Salmo 7.11, BCF)
Mas, é também, Ele, cheio de misericórdia:
Mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade até a eternidade sobre aqueles que O temem e Sua justiça sobre os filhos dos filhos, sobre aqueles que guardam a Sua aliança…” (Salmo 103.17,18, BCF).
Ele é íntegro, e não tolera o mal e o pecado:
Apartai-vos de mim, vós, os que praticais a iniquidade” (Mateus 7.23, ARA), é o que tem Ele, pronto, a prolatar.
Mas, é também, Ele, perdoador, compreensivo e compassivo, além do que se pode imaginar:
Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades ” (Salmo 103.10, ARA).
Não depende de prolongar seu ‘exame dos autos’ para constatar nossos graves,  reincidentes e condenáveis erros:
Deus não precisa de maior tempo para examinar os homens, e levá-los à Sua presença para julgamento” (Jó 34.23, NVI).
Mas, é longânimo o suficiente para dar tempo de arrepender–se àquele que é conduzido a almejar Sua augusta misericórdia:
 “Ele é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se ” (II Pedro 3.9, ARC).
Não há o que discutir com um veredicto como este – “Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31, ARA).
Mas, é consolador saber que, como disse Davi, o rei de Israel, melhor é cair nas mãos de Deus do que nas mãos dos homens… porque muitas são as misericórdias do Senhor” (II Samuel 24.14, ARA).

Se eu estivesse no lugar dos cerca de dezesseis condenados que têm seu futuro (e sua chance de novo julgamento) nas mãos de um homem só, estaria lançando aos céus preces contínuas para caírem sobre ele doses maciças de espírito de benevolência; se eu estivesse no lugar de muitas pessoas que, sabendo que suas vidas estão nas mãos de um só (!), sem ter a possível certeza de essas mãos podem galardoar com favor e misericórdia, em vez de correr delas, pelo temor de Seu juízo, correria para elas, pelo alcance do Seu favor e graça.

Melhor atentar às palavras do profeta: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar…” (Isaias 59.1, ARA).  Nas mãos de um homem só – Jesus Cristo… É onde quero estar…  

Enfim, o nosso hino de hoje.
Sua compositora afirma ter vivido sua vida para Cristo. Compôs ela dois hinos com temas parecidos: um, na forma de um apelo em prece  -“Jesus, toma minha mão em tuas mãos!”. Disto, foi feita a inscrição na lápide onde foi seu corpo sepultado. O outro hino é o que hoje segue…

 In His Hands
Meu Nome em Suas Mãos
Marjorie Lewis Lloyd (1911-1985)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 121 : “PRAIA DOURADA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 08 de Setembro de 2013

Não foi Antoine Lavoisier, o sábio francês (1743-1794), quem disse: "Na natureza, nada se perde, nada se cria; tudo se transforma" 
E, tinha ele razão? Fiquei pensando nisto ontem, numa conversa com minha tia, lá na cidade de Alto Jequitibá… Fiquei pensando que Lavoisier deve ter razão, mas desde que se complete a frase – "…para pior " (ou, pelo menos quase tudo, no seu curso natural, entregue à própria sorte, tende a piorar, e não a melhorar).

A conversa com minha tia girava em torno da situação que envolve a decadência moral da cidade, a decadência da produção nas propriedades rurais das famílias e a decadëncia da tradicional celebração setembrina. Onde encontrar, hoje, aquele famoso fubá de milho branco? Minha tia diz: "Qual o que! Já não há muita gente que se anime a plantar, e já não há quem se anime a por em funcionamento um velho moinho de pedra lavrada, movido a água". Saudades! Criada por Annibal Nora em 1909, ao início do seu ministério pastoral naquela cidade, a tradicional celebração, que agora somou 104 ocorrências anuais, já não tem mais o mesmo brilho dos dias do pioneiro, ou dos dias de seu sucessor, Cícero Siqueira. O primeiro, que conto na categoria de tio (por ter sido irmão de Castorina Nora, a mãe de meu avô materno).idealizou a celebração anual com um ideal duplo: cívico e religioso. Ontem, minha tia, ainda operante nos afazeres da celebração, aos seus quase 83 de idade, dizia com certo desencanto: "A verdade é que tudo vai se acabando – o ânimo das pessoas, a tradição, a história, as lembranças… Tudo se perdendo ". É… Provavelmente Lavoisier tinha razão (pensei eu, mas com o meu acréscimo).  Mas, não deixei de ficar admirado, ainda vendo o professor Jabes Werner, decano do antigo Colégio Evangélico, puxando, com passo firme, a marcha junto ao Tenente Adilson, comandante da banda marcial da Polícia Militar de Manhuaçú (esta, cada ano mais diminuta); detalhe: adivinha a idade daquele vetusto educador? noventa e sete anos, indo para noventa e oito (para não restarem dúvidas, vai o dado em algarismos arábicos: 97, quase 98, já planejando para a festa do ano que vem). Será? Deus o sabe! Tomara que sim! 

Onde estaremos nós, no sete de setembro do ano que vem? Onde estará o nosso país, às vésperas de mais uma eleição presidencial, com a tamanha importância com que as tais se revestirão? Onde estarão nossos filhos? Quem sabe, nossos netos? E os nossos antepassados ainda vivos, onde estarão? Será que a cidade terá por lá, ainda, aos noventa e oito, o encorajador do feito anual? O velho hino diz : We are going through the valley, one by one! ("Nós seguimos pelo vale, um a um"). Não temos morada perene por aqui. Quem sabe a hora e o dia de cada um é Deus, o doador e sustenedor da vida. Mas, a verdade é esta, que Ada Habershon colocou em poesia musical em 1908, um ano antes do tio Annibal começar sua "festa cívica".    

Jó reconheceu diante de Deus, e com razão "Lembra-te de que a minha vida nada mais é do que um sopro…" (Jó 7.7, BCF).
No entanto, Davi, com maior precisão, e proporcionando mais pertinência ao reconhecimento do seu provável antecessor, declarou em acréscimo – "Porque em ti [Deus] está o manancial da vida, e na tua luz veremos a luz " (Salmo 36.9, ARA).
Então, quando passar o "sopro", há uma eternidade para se viver. Depois do sopro, ainda há vida, então plena e eterna…

Alguém pode questionar: mas por que a reincidência no tema escatológico, no interesse pelo futuro? Tenho várias razões…
Prá começar, vejo esta reincidência nos textos apostólicos; esta foi sua maneira de confortar a igreja, e de sacudí-la contra o secularismo, contra a acomodação existencial. Vejo esta reincidência também em vários escritos pós-apostólicos; foi a maneira com que os detentores das responsabilidades divinas para com a mensagem evangélica advertiram contra a mesma ameaça dos dias apostólicos. Mas, vejo ainda maior razão: consolação que se estriba na verdadeira esperança. Quando o apóstolo preconizou – "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (I Tessalonicenses 4.18, ACRF), ele acabara de pronunciar declarações importantes para o mesmo fim. Por exemplo, não querendo que os seus leitores se entristecessem da maneira como se entristecem os demais, que não têm esperança;  por exemplo, afirmando que no reencontro terá início uma nova vida de eternidade, toda ela no convívio com o Senhor, que nos deixou quanto ao seu corpo, mas entre nós permaneceu no Espírito. Então, reincidir no tema, antes de qualquer outro propósito, serve ao de proporcionar consolação mútua. E é a Palavra de Deus que o determina.

Pode parecer a alguns não existir coisa mais estranha que esta, de um apóstolo afirmar – "…estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor " (Filipenses 1,23, ARA); ou, de um outro aspirar – "Amém! Vem Senhor Jesus! " (Apocalipse 22.20, NVI). Eles eram escapistas? Tenho certeza de que não; estavam com os pés bem firmes no chão. Mas, eram cheios da esperança, e cheios da legítima expectativa do reencontro, da nova vida, do céu. Se não somos tanto quanto, não ponhamos neles defeitos.

Doutra feita, conversei pessoalmente com o Prof Jabes Werner. Até ouvi seu testemunho pessoal, à frente de sua própria casa, na frente toda a corporação de militares que foi à cidade tocar, no "Sete de Setembro", e na frente de sua esposa, seus filhos e filhas, seus netos e netas (e até bisnetos), e de quantos outros curiosos (como eu) estivessem ali para ouvir. Testemunho de gente que sabe quem é Jesus Cristo, que sabe que a sua vida, enquanto forças tiver, vai lhe manter fazendo o que faz… Mas, que também podia afirmar como Paulo de Tarso, depois Paulo de Cristo : "porque eu sei em quem tenho crido, e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia" (II Timóteo 1.12, ARA). E, se Deus quiser que, aos noventa e oito de idade, esteja ele ali, de novo, ótimo será… Se, porém, não quiser, melhor ainda será! Vale o mesmo para mim e, quem sabe, também para você, que se animou a manter os olhos nestas linhas fugazes até aqui. 2014… Nos encontramos de novo? Sei lá… Talvez… lá… na "praia dourada" !!! Esta é a bendita esperança. Consolemo-nos, pois, mutuamente, com ela.

A melodia que hoje segue traz o tom da esperança escatológica…
O autor escreveu o hino nos dias de intensas incertezas e dores do final de Segunda Guerra Mundial, em meio a perdas mui queridas que a guerra ceifou. Mas, a esperança que retratou é a mesma de que falamos.

IF WE NEVER MEET AGAIN … (1945) 
Se Jamais Nos Vermos de Novo …
Albert E. Brumley (1905-1977)

Soon we'll come to the end of life's journey
Logo nós chegaremos ao fim da jornada da vida
And perhaps we'll never meet anymore
E talvez jamais venhamos a nos ver de novo
Till we gather in the heaven's bright city
Até que nos reunamos na brilhante cidade celestial
Far away on that beautiful shore
Lá, distante, naquela bela praia
If we never meet again this side of heaven
Se jamais nos vermos de novo cá, abaixo do céu  
As we struggle through this world and its strife
Enquanto lutamos neste mundo e seus embates
There's another meeting place somewhere in heaven
Há um outro lugar de encontro, nalgum lugar dos céus
By the side of the river of life
Bem ao lado do Rio da Vida 
Where the charming roses bloom forever
Onde as encantadoras rosas florescem perenemente
And where separations come no more
E onde separações jamais nos ocorre de novo
If we never meet again this side of heaven
Se jamais nos vermos de novo cá, abaixo do céu   
I will meet you on that beautiful shore
Eu te encontrarei naquela bela praia
Oh! So often we're parted with sorrow 
Oh! Tão frequentemente somos separados com pesar
Bennedictions often quicken our pain
Bênçãos não raro trazem junto nosso sofrer
But we never shall sorrow in heaven
Mas nós jamais vamos nos entristecer nos céus
God be with you till we meet again!
Deus seja contigo, até que nos encontremos de novo!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 120 : “DE QUEM SÃO OS OMBROS ?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Setembro de 2013

Desde certa altura desta semana que se encerra, por causa dela mesmo, "volta-e-meia" meus pensamentos, enquanto revolvendo os afazeres do dia a dia, vinha pensando que mensagem preparar para este final de semana. No início da noite do sábado (ontem), depois de ler uma mensagem que veio lá do vale do Paraíba paulista, decidi-me. Mas, faltava-me como começar, e como acabar… Se cutuco agora os dedos neste teclado, é porque cheguei a termo. Sei que a minha mensagem  vai atravessar, "nas asas da internet", oceanos e continentes. Mas, é especialmente lá, no vale do Paraíba paulista, onde penso em como chegará.

Começo com meu próprio nome – Ulisses! Nome de um ancestral, mas também o nome do lendário herói de Homero na Ilíada e na Odisséia – textos que meus pais conheceram antes de eu nascer. De Homero, extraio uma passagem, Tomo Primeiro da Odisséia, onde o renomado helenista cita "Atlas". Quem era esse? Era o mitológico personagem, a quem se atribuiu o predicado de um titan, uma poderosa deidade primordial. Era ele a divindade dos astros do universo e de todos os oceanos; é representado nos livros, nas pinturas e nas esculturas como "aquele que carrega nos ombros o peso do mundo (ou do universo) ". Na mitologia grega, enquanto Zeus reina, quase plenipotente, no Olimpo, Atlas, nos bastidores do mundo dos titãs sustém o mundo (ou universo, o cosmos ) sobre seus ombros. 

Mas, convém-me deixar de lado a mitologia…Mitologia é isso – estudo dos mitos. Vamos, portanto, para a realidade, vamos para a verdade. Ou, melhor, para as verdades…

Primeira verdade: há, sim, um ser divino que sustém todo o peso do universo sobre seus ombros, ombros de linguagem antropomórfica. E esse é o mesmo Deus de quem Paulo, o apóstolo, testificou quando chegou no centro da sabedoria mundial do seu tempo, Atenas:
"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós.  
Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.
"
 (Atos 17:24-28, BCF).  

Ele o sustém porque é Deus; somente Ele é Deus, e não há outro. Ele o sustém porque criou o mundo, assim como todo o vasto universo que o inclui. E, não o fêz por acaso; nem tampouco para o acaso. Ele o sustém, e somente Ele o pode suster, enquanto o quiser fazer.  
"Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. " (Salmo 102.25, ARA).
A Palavra de Deus diz que quem sustenta e mantém toda a obra da criação divina com seu poder, o poder de sua voz, é o próprio Deus, na pessoa de Seu Filho (Hebreus 1.3).    

Segunda verdade : há, sim um ser divino, que sustém nossas vidas em seus próprios braços, braços de linguagem antropomórfica. E esse é o mesmo que já provou quanto pode fazê-lo, porquanto susteve em Seus poderosos, amorosos, acolhedores braços uma plêiade enorme, cujos testemunhos ficaram para encorajar a posteridade. Nós somos a posteridade deles.
"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé – Jesus…" (Hebreus 12.1, ARA). Essa nuvem de testemunhas tem, em Hebreus 11, alguns bons exemplares. Aconteceu de tudo na vida deles. O elemento comum foi – Deus os tinha em Seus braços.
"Porque nenhum de nós vive para si e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos. " (Romanos 14. 7-9, ARC).  

Terceira verdade : há, sim, um ser divino, que sustém o peso de todas as angústias pelas quais passam os Seus amados, nesta vida, em Suas mãos, mãos de linguagem antropomórfica. Não há angústia tão pesada que Seus ombros não possam suster. Não há número tão elevado delas, que não possa caber dentro de Sua poderosa, providente, benfazeja, consoladora, revigorante mão. Ah, não! Isso não existe mesmo!   
"A tua destra, ó SENHOR, é gloriosa em poder; a tua destra, ó SENHOR, despedaça o inimigo. " (Êxodo 15.6, ARA). 
"Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente." (Salmo 16.11, ARA).
"A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara." (Salmo 63.8, ARA).
Vede, por exemplo, José do Egito, filho de Jacó, e sua história de vida no final do livro de Gênesis. Odiado pelos próprios irmãos, vendido como escravo, difamado na casa de Potifar, lançado injustamente em prisão, anos e anos em exílio longe da família… Porém, Deus o susteve com Sua mão (ou melhor, no recôndito da Sua mão); José atravessou os desertos existenciais (quem não os tem?), mas não estava sozinho; estava, com ele, uma boa mão, mão sustenedora, forte (fortíssima!), providente (providentíssima!) e poderosa (poderosíssima!), para conduzir a vida.
"Assim diz o SENHOR Deus: No dia em que escolhi a Israel, levantando a mão, jurei à descendência da casa de Jacó e me dei a conhecer a eles na terra do Egito; levantei-lhes a mão e jurei: Eu sou o SENHOR, vosso Deus. " (Ezequiel 20.5, ARA).  

Enfim, quem sustém o universo, o mundo, nossas vidas e nossas aflições sobre seus ombros não é Atlas, figura mitológica; nem, tampouco, estamos à deriva, entregues à própria sorte… Quem sustém todo o universo e a criação, quem nos sustém, até em nossas angústias, quaisquer que sejam, quantas sejam, é Deus! E não há outro! O Deus presente!!!
Como diz a versão do harmonioso cântico de John W. Peterson, que aprendi na década de Sessenta, e até hoje muito me conforta:

Com Sua mão, Cristo me sustém… Sempre seguro me guardará, dia após dia me guiará
Com Sua mão, Cristo me sustém… Se longo é o trilhar, Cristo vai ajudar – Ele me sustém!

Hoje vai mais uma composição contemporânea; sei que ouvir em outro idioma (mesmo com uma pálida tentativa de ajudar com tradução) não é tão confortável quanto ouvir no vernáculo. Mas, a de hoje vale mui especialmente o esforço…
Seu autor, um pastor ainda vivo, afirma que suas composições são parte de sua jornada de vida, dela emanadas, sob o ensino da Escritura. Na poesia de hoje, ele traduz em verso um tempo angustiante de sua própria vida, superado pelas garantias que textos como os que hoje foram retratados proporcionam.

HE WILL CARRY YOU
Ele Susterá Você
Scott Wesley Brown  (1952…)

There is no problem too big God cannot solve it… 
Não há problema tão grande que Deus não possa resolver… 
There is no mountain too tall He cannot move it…
Não há montanha tão alta que Ele não possa mover…  
There is no storm too dark God cannot calm it…
Não há tormenta tão densa que Ele não não possa acalmar… 
There is no sorrow too deep He cannot soothe it… 
Não há angústia tão profunda que Ele não possa amainar…

If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my brother, that He will carry you! 
Eu sei, meu irmão (…) que Ele susterá você!
If He carried the weight of the world upon His shoulders
Se Ele susteve o peso do mundo sobre Seus ombros 
I know, my sister, that He will carry you! 
Eu sei, minha irmã que Ele susterá você!

He said – Come unto me all who are weary, and I will give you rest!
Ele disse – Vinde a mim todos vós que estão cansados e eu vos darei descanso!
[ Ao começo, novamente ]

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional