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O Bem e o mal a cada dia

N° 239 : “APOSTASIA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 31 de Janeiro de 2016
 
 
Nos últimos dias, o mundo se estarreceu com uma notícia vinda da Síria. Em frente ao prédio onde antes funcionava o Correio da cidade de Raqqa, um jovem jihadista de 20 anos, chamado Ali Saqr Al-Qasem, executou com um tiro de fuzil na cabeça a própria mãe. Leena Al-Qasem foi até Raqqa, onde residia até o levante do Estado Islâmico, e onde e funcionária do Correio. Procurou pelo filho para demove-lo de continuar junto ao ISIS (Islamic State of Iraq and Syria), com o argumento de que o califado está prestes a sofrer um massacre. 

 

Ali, seu filho, que, segundo informações que a imprensa obteve, era tido como delinquente e consumidor de drogas, denunciou sua mãe junto aos seus superiores. Como resultado, eles exigiram do rapaz uma prova de fidelidade ao afã jihadista: deveria executar a própria mãe em ato público. E assim se deu: Leena recebeu, em troca da investida de tentar arrancar o filho daquela vida, um tiro na cabeça, vindo do gatilho do filho. Centenas, ou perto de dois milhares de pessoas presenciaram o ato. Qual foi o veredicto de condenação de Leena? Apostasia! Ela foi condenada pelo “crime” de abandono da fé islâmica, e pelo “crime” de tentar carregar um militante na sua apostasia. Depois da execução, Ali Saqr Al-Qasem posa em foto publicada em redes sociais: barba estilo salafista, bigode rapado, braço esquerdo aferrado ao seu fuzil, indicador direito apontando para o céu, em atitude de invocação de sua fé. 

“Apostasia” é uma palavra de etimologia grega: apo + stasis, que significa estar (permanecer, abandonar) longe de um compromisso prévio. Em matéria de fé, representa seu abandono. Ontem mesmo conversei com duas pessoas, em momentos e lugares distintos, que reconheceram estar, lamentavelmente, em condição de apostasia, quanto à fé cristã. E a Escritura Sagrada tanto prevê quanto adverte contra a apostasia. No Antigo Testamento, sucessivos períodos de apostasia do povo de Deus. É triste a constatação: Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que chamam ao Altíssimo, nenhum deles o exalta (Oséas 11.7 – ARC). Quando chega o fim do período vétero-testamentário, depois de tantas advertências dos profetas, não se percebe mudança no cenário: Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes” (Malaquias 3.7 – ACF). 

No Novo Testamento, Jesus dá indicação clara de duas causas freqüentes da apostasia; a primeira, a da superficialidade quanto ao conhecimento e à prática da Palavra de Deus: “O que recebe a semente no pedregulho, este é o que ouve a Palavra, e logo a recebe com gosto; porém, ele não te raiz, antes é de pouca duração, e quando lhe sobrevêm tribulação e perseguição por amor da palavra, logo se escandaliza” (Mateus 13. 20,21 – BCF); outra, a da fascinação dos atrativos deste mundo: “E o que recebe a semente entre espinhos, este é o que ouve a Palavra, porém, os cuidados deste mundo e o engano das riquezas sufocam a Palavra, e fica infrutífera” (Mateus 13. 22 – BCF). E o apóstolo adverte severamente, no tocante ao tempo em que estamos vivendo: Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (I Timóteo 4.1 – ARA). 

Como Deus trata a apostasia? Bem, sabemos que Deus é amor, e que a mensagem do evangelho que enaltece o caráter amoroso de Deus  é doce, suave e agradável. Mas, não se pode duvidar da justa severidade de Deus. Se você anda encantado com as facilidades e os apelos, bem como as realizações e os ganhos, que parecem fazer deste mundo um lugar tão bom, tão atraente, vaidosamente aprisionado aos seus encantos, muito cuidado! Se você é daqueles que, de tão superficiais no conhecimento (teórico e prático) da Palavra de Deus, raso no decifrar os Seus propósitos para a existência, muito cuidado. Esses sintomas são os primeiros sinais da apostasia. Sabe o que Deus tem a dizer?  Três coisas sérias: 

1)    “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, Ele corta!” (João 15.2 – ARA).
2)   “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Cor 11.30-32 – ARA).
3)   Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca” (Apocalipse 3:16 – NVI).

Cair nas graças do amor de Deus é excelente coisa; entretanto, “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31 – ARA). É pior do que cair na condenação do ISIS, por apostasia. Portanto, se você é cristão, ou quer ser cristão, não brinque com Deus! “Não queirais errar; de Deus não se zomba” (Gálatas 6.7 – BCF). 

Nosso hino de hoje é cantado na voz dos Arautos do Rei, em antiga gravação (1963) convertida, disponível em nosso Áudio Player online.

COMO ESTÁS COM TEU DEUS
HOW ARE YOU (1929)
Virgil Oliver Stamps (1892-1940)

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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses  

 Notas das citações bíblicas: 
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

 

N° 238 : “NINGUÉM MAIS HONESTO DO QUE ELE…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Janeiro de 2016
 

No último dia 20, o Brasil tomou conhecimento de uma declaração corajosa (bem, eu gostaria de ter usado outro adjetivo, mas vai este, por enquanto): “Se tem uma coisa de que me orgulho, e que não baixo a cabeça para ninguém, é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu; nem dentro da Polícia Federal, do Ministério Público, da Igreja Católica, da igreja evangélica, nem dentro do sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido…” A declaração é da autoria do ex-presidente Lula, ocorrida no denominado Instituto Lula (São Paulo), foi gravada e publicada, causando enorme repercussão.

Todos que, por mais tempo, têm lido estas crônicas, sabem que não as uso para qualquer espécie de militância política. Nem desta vez usarei. No entanto, tenho que registrar quão raro é ouvir (ou ler) uma reivindicação tão corajosa, independentemente de quem a tenha feito. Preciso refletir sobre isto. E convido você, que me lê, a refletir também. Numa primeira ótica, preciso de um juiz neutro e isento para avaliar a reivindicação. Numa segunda ótica, preciso de um exemplar humano neutro e isento para fazer comparação. Então, vamos lá?

Quanto ao juiz neutro e isento, talvez você pense que tenho em mente o juiz federal Sérgio Moro para a tarefa… Se pensou, errou! Preciso de um muito mais neutro e isento. E já sei quem vou escolher. Francamente, não sei qual o juízo dele sobre o Lula, especificamente falando. Mas, o que sei do juízo dele sobre o ser humano, em geral, me é suficiente. Por intermédio do profeta Jeremias, eis um veredicto dEle: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9 – ARA). O juiz mais isento – o próprio Criador – declara que o coração humano é enganoso e desesperadamente corrupto. Ao ouvir um juiz como Deus efetuar tal veredicto, qual sentimento, qual atitude seria aconselhável abater-se sobre o espírito humano? Jamais a do ufanismo.

Por intermédio do profeta Isaías, esse mesmo juiz inatacável compele a um reconhecimento sincero: Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe” (Isaias 64.6  -NVI).  Quão saudável é, para o homem honesto, reconhecer sua miserabilidade, sua pecaminosidade, sua fragilidade, diante do Todo-Poderoso! 

Quanto à comparação, a quem vou buscar? Busco o apóstolo Paulo. Não obstante ter encorajado seus leitores a serem imitadores de Cristo, à semelhança do que ele próprio buscava ser (I Coríntios 11.1), mostrou um tipo singular de ousadia, ao afirmar: “Fiel é esta palavra, e digna de toda aceitação: que Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais o principal sou eu” (I Timóteo 1.15, BCF). Quão significante, não? 
Se levarmos em conta que, excetuando os críticos tendenciosos, um número considerável de pensadores tem considerado Paulo o homem que mais influência positiva trouxe ao mundo ocidental, na era cristã, ‘ouvir’ um homem de tal envergadura tributar gratidão a Deus por tê-lo alcançado em redenção, “o maior dos pecadores”, desencoraja a buscar modelos de honestidade, de probidade e de simplicidade, senão em heróis assim: homens que procuraram imitar a Cristo; homens que desafiaram o mundo a espelhar o maior dos mestres, homens dos quais o mundo não era digno, os quais andaram errantes em montes, em desertos, em cavernas e grutas, sob torturas e perseguições por amor a Cristo, testificando de sua fé, demonstrando sua fidelidade ao Senhor dos senhores… Alguns, como diz a Escritura (Hebreus 11. 35-40), enfrentaram zombarias e açoites, outros foram acorrentados e aprisionados, outros apedrejados, outros serrados ao meio, outros mortos ao fio da espada, afligidos, maltratados… Estes, sim – que morreram sem alcançar a plenitude da promessa, aguardada para depois do Dia do Juízo vindouro – são verdadeiros modelos em quem se pode espelhar. E isto, na medida em que, a despeito de falhas que também tiveram, mostrassem o caráter daquEle de quem até Pilatos testificou: “não vejo neste homem motivo algum para acusação” (João 19.4 – NVI).  

Ninguém é mais honesto do que Ele! Jamais foi! Jamais será! Entre outras razões, por isto é o meu referencial!

No início dos anos setenta, o grupo Vencedores por Cristo tornou conhecido em nosso idioma precioso antema de um pródigo compositor australiano. Nela, ele retrata seu grande amor por aquEle que se tornou seu grande referencial de vida, desde que por Ele fora alcançado. Ouça (relembre, quem sabe), com nosso Audio Player online… 

QUANTO AMO, SIM, A CRISTO
MY LOVE FOR HIM (1921)
Robert Harkness (1880-1961)

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Bom Domingo, boa semana,
Ulisses  

 Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

N° 237 : “CAPSULA MUNDI”

 Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Janeiro de 2016

Que árvore você quer ser, quando morrer? Isto mesmo: que árvore você quer ser? Um flamboyant ou um ficus? Quem sabe, um frondoso Ipê, ou um singelo Cinamomo? Talvez uma exuberante Bandarra, ou um frondoso Jequitibá? Uma Paineira, um Oiti, uma Sibipiruna… Iche! Opções não faltam. Estou falando do exótico projeto italiano, denominado Capsula Mundi. Projeto que tem uma ideia revolucionária: em vez de se derrubar árvores para construir caixões, produzir árvores, reflorestar o planeta… A partir de cadáveres!

A ideia provém de dois designers italianos: Anna Citelli e Raoul Bretzel. Como seria? A pessoa escolhe, em vida, em que árvore quer, biologicamente, se transformar, quando morrer. Pode até colocar no testamento, se quiser. Familiares seriam os primeiros incumbidos de cumprir sua vontade. Morrendo, em vez de ser colocado num caixão de madeira, seria colocado, em posição fetal vertical, numa cápsula ecológica, biologicamente degradável, em forma de ovo. Essa cápsula, ou seja, esse “ovo”, seria depositado na terra, sobre o que seria plantada a mudinha da árvore desejada. As raízes da muda deveriam ser situadas bem no topo do ovo, de modo a nutrir-se da matéria orgânica corporal em decomposição. Com o tempo, em vez de familiares virem reverenciar memórias à frente de um túmulo, o fariam sob a copa de uma árvore. O apelo pode até ser ecológico, mas dá a impressão de conter uma idéia meio mística, meio panteísta.

Que tal estas três espécies: carvalho, cedro e palmeira? Não exatamente da forma como os dois designers italianos propõem. Da forma como o designer da vida propõe. Veja só: Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça” (Salmo 92.13-15, NVI). Quanto à terceira opção: “Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória (Isaías 61.3, NVI).

Segundo a Bíblia, há a expectativa escatológica de que venhamos a nos ‘transformar’ em palmeiras, cedros e carvalhos. Como em quase toda palavra escatológica da Escritura, pode-se identificar um elemento presente e outro futuro nessa expectativa. Explicando: Os “justos” são aqueles que tomaram para si o único e fiel advogado junto a Deus – Jesus Cristo, o justo (I João 2.1); com isto, mesmo ainda pecadores são justificados no Cordeiro de Deus. E na glória eterna, serão transformados à semelhança da humanidade perfeita do Filho de Deus. “Florescer” significa mostrar uma forma de vida diferente, com cores que se desenham pelo caráter do evangelho; com perfumes e aromas que se fazem notórios nos ambientes em que se encontram, fazendo diferença saudável nesses mesmos ambientes. E, na glória eterna, hão de florescer como um jardim imenso e opulento, na presença do Todo-Poderoso.    

A palmeira e o cedro são símbolos de resistência e capacidade de sobrevivência (mesmo em condições adversas), de longevidade, de força, de beleza. “Plantados na casa do Senhor” significa o cultivo de vida sob o temor do Senhor e de Sua Palavra, sem a leviandade do ‘faz-de-conta’. Dar frutos ainda na velhice significa cumprir, com viço, toda a missão de vida outorgada por Deus, quer dure ela poucas dezenas de anos, quer chegue ao entorno de um século. E, na eternidade, esse viço será inigualável e inesgotável.

No texto do profeta Isaías ainda se fala do “carvalho”, plantado pelo Senhor. Faça uma pesquisa comparativa sobre as qualidades da palmeira (uma “imperial”, por exemplo), de um cedro, ou de um carvalho. É comum as tempestades arrancarem árvores inteiras do solo; dificilmente isto acontece com um carvalho. Suas raízes se instalam de uma tal maneira, que a tempestade da superfície não o abala no subsolo. De acordo com a Bíblia, essa ideia de nos transformarmos em árvores (aqui, no sentido simbólico) já foi pensada por Deus. E, para que? O profeta responde: para a manifestação da Sua glória!

Retomo a pergunta inicial deste texto, com um acréscimo: que árvore você quer ser, aos olhos de Deus, não apenas quando morrer, mas enquanto viver? Seja uma palmeira, seja um cedro, seja um carvalho – aí está a verdadeira capsula mundi, a cápsula de vida, de referencial de justiça, de manifestação de glória ao Criador e Redentor! Ele é a nossa rocha! E nEle não há injustiça! Para isto, não é preciso esperar o dia do sepultamento: melhor é sê-lo desde já!

Em 1929, a esposa de um pastor e evangelista compôs um poema a partir da experiência de vida, com base na reflexão sobre as promessas de que falamos. Ela não conheceu os pais: perdeu-os quando ainda na primeira infância, e foi criada num lar batista de órfãos, no estado do Texas. Casou-se com um descendente de judeus vindos da Alemanha, que fugiram dos horrores da 1ª Guerra Mundial. Seu esposo se converteu numa campanha evangelística. Os rigores do inverno no hemisfério norte, em determinadas regiões, destruíam (e ainda destróem) toda vida "verde". As rosas do jardim de Janie Metzgar se acabaram completamente, com a chegada do inverno. Seu poema falava do contraste entre esse cenário do inverno e a revitalização da primavera. Ela ansiou pela primavera outra vez. E ela pôs-se a pensar no céu. E assim, nasceu o poema. Anos mais tarde, seu próprio filho inseriu no poema uma formatação musical. Ei-los, ambos,  em nosso anexo de hoje. Não fala de palmeiras, de cedros ou de carvalhos; mas, não escapa do assunto… Após a transcrição da letra (traduzida), nosso AudioPlayer online…


WHERE THE ROSES NEVER FADE (1929)
Onde as Rosas Nunca Murcham)
Janie West Metzgar & Robert Metzgar
Choir: Where the roses never fade

Coral : Onde as rosas nunca murcham
I am going to a city
Estou a caminho de uma cidade
Where, where the streets gold're laid
Onde as ruas são pavimentadas de ouro
And they say the tree of life right there is blooming (besides that crystal water)
E, diz-se que lá a árvore da vida constantemente floresce (ao lado do rio de cristal)
And, and the roses never fade
E, as rosas nunca murcham. 

Chorus:
Here they bloom, but for a season

Por aqui, elas florescem, mas apenas por uma estação
And, oh Lord, all of their beauty is decayed
E, ó Senhor, toda a sua beleza logo fenece
But I wanna tell you about it now
Mas, quero falar-lhe disto agora
I am going to a city
Estou a caminho de uma cidade
Where, where  the roses never, never fade
Onde as rosas nunca murcham!

Loved ones gone to be with Jesus,
Os queridos que foram se encontrar com Jesus
In their robes of white arrayed (oh, yes they are!);
Em suas vestimentas brancas enfileirados (oh, sim, eles estão)
Now are waiting for my coming,

No presente aguardam pela minha chegada
Where the roses never fade.
Onde as rosas nunca murcham.

AudioPlayer online (controle de volume à direita) 

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses  

 Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

N° 236 : “FÁBIO, ZAQUEU”

 Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Janeiro de 2016

"Sou um cara religioso, filho de Ogum, que é meu orixá, e sempre ouvi dos meus guias espirituais que a rua é minha casa, que ela me protege e me dá forças. Neste último Ano Novo, tive uma prova disso”. Assim o advogado carioca Eduardo Goldenberg começou a relatar uma inusitada história. Como todo ano, saiu no 31 de Dezembro para o “Reveillon de Copacabana”. Diferentemente, porém, dos demais anos, acabou levando consigo a carteira, onde estavam documentos, dois cartões de crédito, o cartão de visitas profissional e R$ 1.017,00.  No metrô apertado, sentiu quando lhe enfiaram a mão no bolso; tarde demais: a carteira já tinha ido.

No dia seguinte, um policial lhe devolveu a carteira com os documentos, resgatada por um anônimo. Mais quatro dias, uma surpresa: chega ao escritório, dá de cara com um envelope, onde estava um bilhete: “Dr. Eduardo, estou devolvendo seu dinheiro que eu peguei da sua carteira no dia 31 em Copacabana. Não dormi arrependido e peço que me perdoe. Feliz Ano Novo. Só tirei cinquenta reais pra comprar uma champanhe pra minha mãe. Fábio (SIC)”. Não vou julgar o Fábio; afinal, o que ele fez, após o roubo, já foi um tanto inusitado.

Mais inusitado ainda foi o que aconteceu com certo fiscal de arrecadação tributária, por nome de Zaqueu. Naquele tempo, corrupção, propina, extorsão também já eram conhecidos de agentes públicos. Jesus passava por sua cidade, e ali ele era um dos chefes da coletoria tributária. Curioso para ver Jesus, mas sendo de baixa estatura, subiu numa árvore, no caminho por onde Jesus passaria. Quando este passou, viu-o e disse: “Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua casa” (Lucas 19.5; BCF). A alegria daquele homem foi grande! Ele desceu correndo e, incontido, recebeu Jesus em sua casa.

Assim como na história do advogado Eduardo, que não revela que fatores levaram o “Fábio” a devolver quase todo o dinheiro que havia roubado, assim também na história relatada pelo evangelista: falta a revelação de qual o fato, em que momento, por qual circunstância, ocorreu o inesperado, o imprevisível. De repente, Zaqueu disse a Jesus: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lucas 19.8; ACF). Nada de meio termo; nem um tostãozinho para champanhe, ou coisa parecida.

Dois detalhes tornam a história de Zaqueu um tanto mais relevante do que até agora se sabe do “Fábio”: primeiro, foi o encontro com Jesus, naquele dia, que efetuou a mudança evidenciada pela atitude. A transformação que levou aquele homem a restituir, ao quádruplo, qualquer defraudação a outro semelhante, decorreu do encontro com Jesus. Nota de parêntesis: imagino que, se fosse nos nossos dias, tal promessa seria  impossível a alguns, de cumprir… O segundo detalhe, mostra-se no testemunho de Jesus. Naquele dia, não só a pessoa de Jesus entrou na casa de Zaqueu – também a salvação, que somente Ele pode propiciar. “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12; NVI).  

A história do “Fábio”, diante do advogado Eduardo Goldenberg, impressiona; é altamente incomum. A história de Zaqueu, perante Jesus Cristo de Nazaré, impressiona muito mais. É um episódio que mostra o que a presença de Jesus, e a sua redenção, podem efetuar. Não só podem… Devem! Se a transformação proporcionada por Jesus a qualquer de nós não produz efeito semelhante, alguma coisa falta! Se, a alguém, ainda não ocorreu a transformação advinda da presença e da redenção de Jesus, falta tudo! “Porque sem mim, nada podeis fazer!” (João 15.5; ARA). 

Prá terminar, ouça a composição bela composição-testemunho de hoje. Foi escrita por um casal, dos mais ricos compositores sacros contemporâneos… 

SOMETHING BEAUTIFUL, 1971  
(ALGO BELO)

Bill (1938… ) & Gloria Gaither (1942…)

Something beautiful, something good
Algo belo, algo bom
All my confusion He understood
Toda a minha confusão, Ele teve compreensão
All I had to offer Him was brokeness and strife
Tudo o que eu tinha a oferecer a Ele [de mim mesmo] era ruptura e demanda 
But He made something beautiful of my life!
Mas Ele fêz algo belo da minha vida!

 

If there ever were dreams
Se alguma vez houve sonhos
That were lofty and noble
Que fossem sublimes e nobres
They were my dreams at the start
Eles foram meus sonhos, no começo
And my hopes for life's best
E minhas expectativas pelo melhor da vida
Were the hopes that I harbored down deep in my heart
Foram expectativas que eu abriguei no fundo do meu coração
But my dreams turned to ashes, my castles all crumbled,
Mas meus sonhos se transformaram em cinzas, meus castelos todos desabaram
My fortune turned to loss
Minha sorte se tornou em perda 
So I wrapped it all, in the rags of my life
Então eu empacotei tudo nos trapos da minha vida
And I laid it at the cross…
E depositei tudo [aos pés] da cruz…


Oh! How I Love Jesus; oh! How I Love Jesus
Oh! Como eu amo a Jesus; oh! Como eu amo a Jesus 
Oh! How I Love Jesus, because He first loved me!
Oh! Como eu amo a Jesus, porque ele primeiro me amou!

AUDIO PLAYER ONLINE (Controle de volume à direita) 

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) ! 
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

 

 

 

 

 

 

N° 235 : “O QUE EU APRENDI NO VELHO ANO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Janeiro de 2016
 
Nesta semana encerrada, li uma crônica que chamou minha atenção já pelo título: “Dez Coisas Que Aprendi em 2015”. Nela, o cronista elege as dez coisas que aprendeu no ano findo, explicando porque as elegeu. Amostra que seleciono:
  • Mãe faz muita falta (ele perdeu a sua, em 2015)
  • Mudar de vida é bom, mas custa (eu, talvez dissesse – mudar de vista custa, mas é bom!)
  • A vida interior precisa de atenção (só que a vida interior dele foi regada pela mescla de conceitos do guru de influência indiana Janderson Fernandes de Oliveira – 1965…, auto-denominado “Sri Prem Baba”, com os do crítico ateu, judeu-americano, Sam Harris – 1967…).
  • Sentir-se perdido é o primeiro passo (ele revela que, diante das múltiplas incertezas da vida, sua “bússola” costumava ser a psicanálise; só que, hoje, se sente “perdido” até com relação a que “bússola” usar). 


A partir da breve leitura, decidi arriscar-me em duas aventuras: primeira, eleger também dez coisas que aprendi em 2015; a segunda aventura, a de ponderar sobre as dez do cronista. Ao tentar iniciar a primeira aventura, logo veio-me à lembrança o desafio do Maior Mestre, o genuíno: “Porque os filhos deste século são mais sábios, na sua geração, do que os filhos da luz” (Lucas 16.8, BCF). Se um cronista, inspirado no sincretismo entre pensamento oriental e o de um cientista cético, pôde eleger dez aprendizados num ano, sinto-me desafiado à mesma empreitada. Contudo, em vez de gurus orientais e pseudo-sábios, vou apontar a influência de um mentor que os supera em medida infinita. Pela via trilhada com esse mentor, serão muito mais do que dez; do que cem, quiçá… Mais que o dobro de cem…

Ao tentar ponderar nos tópicos retratados na crônica, percebi que uma linguagem magnética, bem estruturada, até poética, pode inebriar. Quanto ao primeiro que selecionei, não tenho a menor dúvida (embora, pela graça de Deus, ainda não tenha passado por experiência como a do cronista). Quanto ao segundo tópico, também não tenho dúvida. Aliás, em tempos como os nossos, nos quais muitas mudanças fáceis encaminham para o abismo, mudanças saudáveis certamente ‘mostram a conta’; mas valem a pena. Uma pequena pausa: será que deu para cada um dos meus generosos leitores pensar um pouco no que são essas mudanças fáceis, que levam ao abismo? A própria Palavra de Deus afirma: “Abismo chama abismo, ao rugir das cachoeiras” (Salmo 42.7, NVI). Esse salmo propõe uma pedagógica indagação, por antítese: “Direi a Deus, minha Rocha: Por que te esqueceste de mim? (v. 9). É implicitamente eloquente a percepção de que tal inquirição só é legítima na via oposta – Deus é quem tem o direito de inquirir: Por que [põe aí seu nome, que eu ponho o meu] tanto te esqueces de mim? Eis uma das coisas que aprendi, em 2015…

Quanto ao terceiro tópico que selecionei, vou economizar palavras, e logo dizer que a consideração quanto ao quarto tópico ajuda em ambos. Também me sinto inclinado a pensar-me perdido, às vezes… Entretanto, “o Filho do homem [que é Jesus Cristo] veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10, ARA). Outra coisa que aprendi é que não posso mudar de ‘bússola’! Oh! Isto é glória! Já tenho uma ‘bússola’, infalível: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos” (Salmo 119.105, ARA). Portanto, com essa ‘bússola segura’ ninguém se sentirá perdido, em definitivo; “As palavras que eu vos tenho dito são Espírito e são vida” (João 6.63, ARA). Pois, este é mais um aprendizado seguro: só Ele tem palavras de vida, e vida eterna; portanto, para quem mais irei? – parafraseando o apóstolo Pedro (João 6.68).     

Na mensagem cantada de hoje, dois irmãos comprometidos até fim da vida com o Senhor retratam suas experiências. Eles tinham uma "bússola infalível", e ela os guiou até adentrar a eternidade. Ouça, com nosso AudioPlayer Online… 

 
HIS WAY, MINE (1955)
Deus Tem Um Plano
Composição: Bo Baker Jr. (1923-2010) / Richard Dee Baker (1927-2011)
Tradução: Joan Larie Sutton (1930…)
Interpretação: Lia V. M. F. Oliveira

AudioPlayer online (controle de volume à direita)
   

Boa semana, abençoado Novo Ano, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses


Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 234 : “EM 2016, REINVENTAR…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Dezembro
 de 2015
 
"Fiquei com o estereótipo de evangélica. É bom para o meu lado pessoal, mas como artista não é bom na essência. Quero mais do que nunca mostrar que sou uma artista e que sei me comunicar com o público". Segundo várias publicações da mídia, foi assim que a artista e personagem gospel ‘Mara Maravilha’ se pronunciou, numa entrevista de programa de rádio, recentemente. A afirmação (junto a outras) foi suficiente para que muitos instrumentos da mídia veiculassem que Mara quer renunciar à imagem pública de evangélica, reafirmando-se como artista. Inclusive, com o sonho de assumir um programa televisivo, trazendo à tona lembranças do passado.

 

Baiana de Itapetinga, Eliemary Silva da Silveira (1968…) nasceu de família muito humilde. Depois de vir para São Paulo, com a mãe, teve sua carreira artística alavancada quando contratada pela tevê de Silvio Santos. Do foco com crianças, acabou não resistindo ao assédio e se expôs publicamente em fotos indecorosas. A vida pessoal sempre foi de muita turbulência – tentativas de suicídio, sucessivos casamentos e sucessivas separações, etc. Entre 1996 e 1997, surpreendeu com a filiação a uma igreja evangélica, vindo a batizar-se. Surgia a fase gospel da artista. Neste ano, convidada a participar de um reality show de tevê, foi confrontada se participaria do programa para levar a palavra de Cristo aos demais  participantes; também segundo a mídia, teria  dito que não estava ali para evangelizar pessoas, mas para jogar e vencer.  Após o programa, do qual foi eliminada, teria dito o que se vê no início desta mensagem. Segundo a mídia, ela quer “se reinventar em 2016”.  

De fato, 2016 está às portas, e traz uma excelente oportunidade para ‘reinventar’. Mas, até certo ponto. Valores, princípios, pensamentos, compromissos, práticas e hábitos saudáveis não podem ser ‘reinventados’; antes, precisam ser cuidadosamente cultivados. Quando falo disto, me lembro da samambaia rendada (também conhecida como “renda portuguesa”) que temos em casa. De vez em quando, especialmente quando mais viçosa, vem, sorrateiramente, alguma mariposa incógnita e põe nela uns ovos. Dentro de poucos dias, as folhas começam a sumir, a ser picotadas: os ovos viraram lagartas, e fazem delas suas refeições. O pior é que as lagartas são tão verdinhas quanto as folhas, e com elas se confundem. Se demorarmos para enxergar o  assalto, acaba-se a folhagem (já nos aconteceu, num período de viagem). Assim, além de água e adubos, a plantinha precisa dos cuidados manuais do cultivo, e da extinção das pragas daninhas.

Assim é, também, o desafio para o novo ano. O que é de valor precisa se cultivado. As pragas, as lagartas, as larvas daninhas do cotidiano também têm o poder de confundir, de parecer com o que deve ser cultivado; elas precisam ser arrancadas sem dó. Vá você, que gosta de plantas, ficar com pena das lagartinhas verdinhas, tão aparentemente indefesas, pra ver o que acontece. E, não são poucas essas larvas nefastas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes” (Gálatas 5:19-21, NVI).  Além disto, a prática da falsidade e da mentira, coisas que Deus odeia (Provérbios 12.22 e Apocalipse 22.15).  Deu tempo para refletir um pouquinho em cada ‘larva’? Só nas citações acima, são dezessete ‘espécies’ diferentes, além de uma designação genérica – coisas semelhantes – que extingue o espaço para escapar. Se acharmos que nada há para refletir em cada ‘espécie’ daquela, que não nos diz respeito, o Novo Ano já entra computando uma boa chance de desastre pessoal. Com o perdão da palavra dura: se você pensa que não sofre o ataque da ‘larva’ da embriaguez, talvez a inveja; se você pensa que não sofre o ataque da feitiçaria, talvez a impureza, ou a discórdia, ou o ciúme (que não é só conjugal), ou o egoísmo, ou a promoção de dissensões de facções, ou a mentira, ou a falsidade, a hipocrisia… Vamos analisando com cuidado as ‘folhas’, vamos  descobrindo as ‘lagartas’ a expurgar… 

Mas, há o que não se pode reinventar; por que? Cultivar, é o que importa: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5.22, ARA). Qualidades que estão ficando raras. Estas não podem ser suplantadas; nem em 2016, nem em ano algum. Se a artista quer mesmo se reinventar na feição artística, em detrimento de uma genuína identidade que deve portar alguém comprometido com os valores que Deus preza, devo dizer que não está num bom caminho. Aos seus discípulos, eis o que diz Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.16, ARC). Assim seja o nosso 2016! “Reinventar”, só quanto à supressão das larvas; quanto a refletir a luz de Cristo, jamais, senão, apenas, cultivar mais e mais! 

Nossa poetisa musical de hoje queria muito, quando jovem, seguir carreira em favor de Seu Salvador correndo o país; no entanto, a debilidade de saúde do seu próprio pai a reteve. Refletindo sobre o propósito de Deus diante de tal frustração, ela chegou à conclusão de que não é imprescindível grandes deslocamentos para servir ao Redentor: é possível fazer brilhar a candeia por Cristo, mesmo na esquina onde se trafega todo dia… Ouça em português, com o nosso Audio Player Online…. 


BRILHA NO MEIO DO TEU VIVER
Brighten the Corner Where You Are (1913)

Letra: Ina Mae Duley Ogdon (1872-1964)
Música : Charles Hutchinson Gabriel (1856-1932)
Interpretação: Lia V. M. F. Oliveira 

 

 

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Boa semana, abençoado Novo Ano, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

 

N° 233 : “PROMOÇÃO DE NATAL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Dezembro de 2015

Certas campanhas publicitárias do comércio causam grande impacto, impregnam no consciente coletivo, imprimem uma lembrança forte da marca; no entanto, costumam ‘dar com os burros n’água’… Foi este o caso de certo estabelecimento varejista nacional, com o mote de campanha – “quer pagar quanto?”. Na vinheta, divulgada por todos os canais de tevê, o ator Fabiano Augusto Fossa de Araújo abordava supostos clientes na loja, que exibiam visível satisfação de ouvir a pergunta, incrédulos. A campanha chegou a gerar muitos processos de clientes que, chegando ao caixa, ofereceram quantia irrisória por um caro produto. Também gerou processos por parte de funcionárias, que eram obrigadas a ostentar um broche com o mote de campanha; condenações por danos morais foram pagas, por conta do constrangimento de piadas e provocações que elas ouviam… A empresa abandonou a campanha.

Bem! O Natal ‘taí… Tenho uma campanha parecida para divulgar. Nada melhor do que uma boa promoção de Natal. E, se eu dissesse, na minha campanha – quer pagar quanto? Talvez, fosse vista como plágio… Mas, nem preciso: minha campanha vai oferecer os ‘produtos’ de graça. É, de graça! Não vou entrar  nessa onda mercantilista, ávida por lucros, que se cria em torno do Natal… ‘Produtos’ de graça – eis a minha campanha. 

O que tenho para oferecer? Nem meu é; sou apenas um ‘representante’ (parecido com um representante comercial). Minha ‘promoção de Natal’ está oferecendo quatro produtos da fonte que eu represento: água pura (muito oportuna, por estes dias), vinho (não é, exatamente, meu caso; mas, para alguns, não pode faltar, no Natal), leite (se for de boa qualidade, não pode faltar nunca) e finos manjares (o que mais poderia ser tão próprio, no Natal?).

E, para mostrar que a minha promoção de Natal não é “propaganda enganosa”, vou logo mostrando meu mandato de representação: Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares” (Isaias 55.1,2, ARA). As águas são puríssimas, cristalinas, de fontes garantidas e livres de pagamento de concessão. O vinho e o leite são da melhor qualidade – mais do que na vila de Provesende, no vale do Douro, em Portugal; muito mais do que o que se saboreia em Provence, na França. E os finos manjares são tais que jamais se viu no mundo. E está posta minha promoção de Natal. 

Para evitar, definitivamente, que me acusem de propaganda enganosa, preciso fazer um aviso importante: esses produtos não são falsos, nem imaginários – são reais! Mas, são metafóricos! Simbolizam bens superiores do que aqueles que se podem adquirir na mais requintada delicatessen.  No entanto, para ganhar a promoção, seria útil conferir todo o contexto da passagem bíblica. Por resumo, acrescento: “Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de bom grado” (Isaías 55:6,7, NVI).

"Água pura’, “vinho e leite”, “finos manjares” são bens gratuitos, porque conquistados pelo sacrifício da vida daquele que o primeiro Natal nos trouxe, da parte de Deus. São destinados àqueles que dão atenção de alma e coração aos versos 6 e 7 acima. São bens preciosos que pertencem ao gozo eterno para usufruir junto ao Cordeiro de Deus, genuína e única dádiva natalina de Deus ao mundo. E a boa notícia é que os aperientes destes manjares já podem ser provados por aqui mesmo. Na eternidade, certamente serão de um sabor e de um prazer inimagináveis, hoje; mas no presente já há prévias…

Quer pagar quanto? Pra que pagar, por que pagar, se tudo que devia ser pago já o foi, pelo menino da manjedoura, que se deu na cruz por nós? A ‘promoção’ é de graça; inteiramente de graça. Para tomar parte, basta buscar ao Senhor (enquanto se pode achar; haverá tempo em que a oportunidade de achá-lo deixará de existir); clamar por Ele (enquanto está perto, para ouvir; haverá tempo em que não mais ouvirá). É preciso abandonar caminhos errados e erráticos; é preciso descartar pensamentos condenáveis. Promoção natalina melhor não há, porque não há melhores presentes do que os bens da graça divina!
Com base no texto de Isaías 55, deixo a mensagem musical interpretada pelos Heritage Singers, com arranjo e adaptação de Max Mace (1937…)
Depois da transcrição da letra (com tradução livre), nosso AudioPlayer online… 

COME TO THE FOUNTAIN (1974)
Vinde à Fonte

Tenderly, lovingly, Jesus meet you now – “Come follow me!”
Ternamente, amavelmente, Jesus te encontra agora:
“Vem, segue-me”
Silently, prayerfully, asking you to share eternity
Silentemente, intercessoriamente, convidando-te à eternidade
There’s no selfish motive on His part
Não há motivo egoísta de Sua parte
He just wants to hear your broken heart
Ele apenas quer ouvir teu coração contrito
Come to Him, with your sin
Vem a Ele, com teus pecados
He will give you lasting peace within
Ele te dará paz interior duradoura
Come and receive Him today!
Vem e recebe-o hoje!

Come everyone who is thirsty
Vinde, todos vós que estais sedentos
Come everyone who is dry
Vinde, todos vós, que estais sequiosos
Come to the fountain of Jesus
Vinde à fonte de Jesus
Drink and you’ll be satisfied!
Bebei e sereis satisfeitos!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses. 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

N° 232 : “PERMANEÇA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Dezembro de 2015

Três pequenas histórias que se entrelaçam para a mensagem de hoje:
Anne Frank (Annelies Marie Frank, 1929-1945), a menina teuto-judia que se tornou personagem central do livro (e filme) O Diário de Anne Frank, foi incluída pela prestigiada revista Time na lista das cem maiores personalidades mundiais do século XX. Em Dezembro de 1944, vivia ela seus últimos dias no campo de concentração nazista de Bergen-Belsen. Antes, viveu oculta com a família, mais três membros de outra família, e ainda um dentista deles conhecido, no Achterhuis (o “Anexo Secreto”) do edifício onde estava o apartamento de seu pai. A esperança do fim da guerra, do fim da perseguição aos judeus, sustentou a todos, de modo a permanecer ocultamente por dois longos anos, mais 29 dias, naquele esconderijo. Muitas vezes, a lembrança dos salmos de refúgio vinha à lembrança. Em 04 de Agosto de 1944, devido a uma denúncia anônima, a polícia alemã invadiu o apartamento e o esconderijo, levando todos cativos. Todos morreram, ou em campos de concentração, ou na câmara de gás, exceto Otto Frank, pai de Anne.

Em Dezembro de 1549, Thomas Cranmer era o arcebispo da Cantuária, na Inglaterra, e tutor do rei Eduardo VI, então com doze anos de idade. Responsável por criar um livro de doutrina e um livro de ritos religiosos para a Igreja da Inglaterra, recentemente aderida à Reforma, incluiu Cranmer uma data cerimonial para lembrete à nação, incentivando-a a voltar e a permanecer no estudo da Bíblia, a Palavra de Deus. E assim, surge o dia da Bíblia – segundo Domingo de Dezembro. Pouco tempo depois, morre, sob a perseguição do reinado da Maria, a irmã sucessora de Eduardo VI, chamada “a Sanguinária”. 

Por volta do ano 52, o apóstolo Paulo carregou em sua companhia, da cidade asiática de Listra, um jovem chamado Timóteo. Por volta do ano 66, estando preso em Roma, onde seria martirizado, escreve ele a Timóteo, que estava em Éfeso. Timóteo era como um filho para Paulo, que já previa seu fim. Entre as palavras destinadas ao ‘filho’, estas, de nosso especial interesse agora: Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (II Timóteo 3.14,15, NVI). No início do capítulo, Paulo descreve quão difíceis eram os dias – uma humanidade cheia de egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemadores, rebeldes para com os pais, ingratos, sem temor de Deus, sem consideração pela família, arrelientos, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, avessos ao bem, traidores, precipitados, soberbos, amantes dos prazeres, mas não de Deus… Notou como era parecido com o século XXI?

Qual palavra é comum nas três histórias? O verbo “permanecer”! Anne Frank, sua família, seus companheiros de refúgio, permaneceram nele, em condições bastante adversas, sob tensão e medo diários, por causa de esperança, em plena guerra do século XX. Cranmer, grande responsável por uma volta à Bíblia na Inglaterra do século XVI, encorajou seu povo a permanecer no cultivo do aprendizado da Escritura Sagrada, o que seria de crucial valor nos terríveis dias que se seguiriam.  Paulo exorta a Timóteo, no meio de um século tão parecido com o nosso, a permanecer na coisas aprendidas nas “sagradas letras” da Palavra de Deus.

Você, como eu, também acha que os dias de hoje são nefastos como foram os dias de Timóteo? Você, como eu, também acha que os dias que virão pela frente podem ser mais duros e adversos do que os que nossa geração já tem vivido? Você, como eu, também acha que a esperança em firmes e seguras promessas divinas, é a única forma de enfrentar os duros dias que a nossa geração está vivendo? Então, vale a pena reavivar o conselho paulino: permaneça nas sendas aprendidas nas Sagradas Letras da Escritura! Repito: PER-MA-NE-ÇA! É por ela que o "Bom Piloto" conduz, de modo agradável a Deus, nossas frágeis vidas. 

A autora do hino hoje era esposa do ministro metodista John D. Wilson, na Pensilvânia. As lutas do ministério, junto com aquelas da lida familiar, eram sempre intensamente compartilhadas pela esposa. Também o era a deposição dessas lutas diante do Todo-Poderoso, em oração. Numa dessas épocas, sentindo como se estivessem num pequeno barquinho no meio de um mar revolto, o texto bíblico lido em Isaias 41.10 (clique para conferir, se quiser) trouxe a Emily um grande conforto, conforto esse que ela partilhou com o esposo. Da letra da Palavra de Deus à letra do hino foi pouco tempo que passou, logo a seguir. Ao piano, acrescentou Emily a música, e então temos esse belo hino em versão de língua portuguesa. Depois da transcrição da letra, nosso AudioPlayer online… 

OH, NÃO TEMAS, SOU CONTIGO (1895)
(I WILL PILOT THEE)
Emily Divine Wison (1865-1942)
1. Se a fé por vezes falta, 
   Quando o sol não posso ver, 
   A Jesus eu digo humilde: 
   Oh, vem meu piloto ser…

CORO: "Oh, não temas, sou contigo, 
      Teu Piloto até o fim!
      Não te importes com o perigo – 
      Eis a mão, confia em Mim.
"

2. Quando a tentação me envolve 
   E não posso a Cristo ver,
   Eis que em meio à tempestade, 
   Ouço o Salvador dizer:

3. Quando a alma está ferida 
   Pelas ondas da aflição, 
   Volvo o olhar ao meu Piloto, 
   E este canto escuto então:

4. Se do mar à praia chego,
   Mesmo havendo turbilhão, 

   Vejo meu Piloto ao lado,
   Creio em Sua direção.

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses. 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 231 : “IMPEACHMENT”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Dezembro de 2015
 

Em 1992 foi com o Collor; antes de consumar-se o processo, no Congresso Nacional, renunciou ao mandato. Desta vez é com Dilma. A Lei de número 1079, de 10 de abril de 1950, está sendo evocada no parlamento brasileiro, para fins de apreciar possíveis desvios de conduta administrativa da mandatária nacional. Será a segunda vez, na história da república brasileira. Se o processo de julgamento legislativo for aberto, mas absolver a presidente, segue ela seu governo. Mas, se for considerada culpada de crime de responsabilidade, sofrerá o impeachment.

A palavra inglesa, que significa “impedimento”, firmou-se em nosso jargão depois do escândalo de Watergate (1974), envolvendo o então presidente norte-americano Richard Nixon. Depois dele, outro processo foi o que atingiu Bill Clinton. Tal como lá, aqui representa a impugnação, o impedimento à continuação do mandato. Neste caso, assume o vice. O processo pode ser demorado, caso o acolhimento de denúncia seja referendado. Veremos!…

Não é só no plano político que ‘impeachment’ é aplicável. Há um outro plano em que também se torna, e os alvos são mais numerosos. Note o que diz esta advertência: Venho em breve. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Apocalipse 3:11, BCF). O que isto pode significar? Eu te proponho uma cena, para imaginar. Imagine uma fila, à entrada do céu, no último dia desta era, e uma pilha de coroas de glória, já preparada para muitos que se apresentarem diante de Deus. Sim, há promessa sobre isto: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória” (I Pedro 5.4, ARC). No entanto, chegando sua vez, aquele que lá estará, incumbido de distribuir as coroas de glória, olhe para você, depois olhe para a lista em sua mão, depois olhe de novo para você, e proclame, diante de toda a multidão: IMPEDIDO! Tomem essa coroa que ele julgou poder receber, para entregar a outro, que esteja apto!!!

É claro que parte do que digo é da minha imaginação. Mas, o que aqui é imaginado não desmente o que é verdadeiro e revelado. A Bíblia diz que muita gente com alguma bagagem de religião (muita ou pouca, não importa) vai se encontrar, naquele dia, na presença do Filho de Deus, entronizado para julgar o mundo. E, dentre estes, haverá quem tenha que enfrentar o ‘impeachment’ divino, sendo impedido de adentrar a glória eterna. “Nunca os conheci;  afastem-se de mim, vocês, que praticam o mal” (Mateus 7. 23, NVI). E olha que eram religiosos, na previsão de Jesus.   

"Impedido”! Você quer ouvir isso? Certamente que não. Cuide, enquanto é tempo, de garantir sua aprovação no julgamento de entrada do céu. A pior coisa que pode acontecer a alguém é o impeachment celeste. É irremediável. Não tem aquele jeitinho de renunciar direitos, temporariamente, para reconquista-los depois. Lá não será assim. Se alguém chegar à porta do céu, e receber o impeachment do Senhor dos senhores, fica ‘inelegível’ para sempre. Caminho sem volta… É preciso, aqui e agora, tomar parte no pacto eterno do Filho de Deus; do contrário, sem chance!

Ah! E para quem já se sente seguro de que de modo algum vai enfrentar o impeachment à porta dos lugares celestiais, lembre-se da palavra dita aos cristãos de Filadélfia, na Ásia Menor, já mencionada: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”!  Pare de se enganar, com fachada de cristão, porque a Deus ninguém engana.

Ouça com atenção a mensagem cantada de hoje.

O QUE RESPONDERÁS (1973)
Ottis H Skilling (1935-2004)

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

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N° 230 : “POR POUCO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Novembro de 2015
 

“Meu anjo da guarda é forte. Ele não pode bobear não… Ele tá sempre ativo!” O autor dessa frase foi exibido em imagens de tevê, há poucos dias. No dia 09 de novembro último, na cidade de Barra do Piraí (RJ), o vídeo gravou Sebastião Caldas, 67 anos, atravessando a via férrea. As cancelas de nível para pedestres estavam fechadas; mesmo assim, ele atravessou a linha e, por pouco – pouquíssimo mesmo – não é atingido em cheio pela composição.  Quando lhe mostraram as imagens da sua ‘sorte’, ele desdenhou do risco que correu com essa afirmação. Disse, ainda, que não sentiu nem o vento.

Por pouco, também, o acidente que sofri por estes dias não me acarreta conseqüências bem mais graves. Seguindo, como de costume, bem cedo do dia, para meu local de trabalho, fui atingido por um veículo cujo motorista resolveu, subitamente, tomar a contramão para uma ultrapassagem, em pleno cruzamento de vias. Quem viu a cena do acidente disse que eu nasci de novo; que, por pouco, fiquei livre de conseqüências mais graves: ‘apenas’ fêmur direito fraturado, na altura do colo da bacia. Já operado, vou superando os dias da recuperação. 

Também por pouco, certa autoridade governamental se renderia às verdades proclamadas por um determinado presidiário incomum. A autoridade era o rei Herodes Agripa II (27 d.C.-100 d.C.); o presidiário era o apóstolo Paulo que, pouco depois, seguiria ainda preso para Roma. O rei Agripa, depois de ouvir um magistral testemunho discursado por Paulo em Cesaréia, disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão. O que Paulo redarguiu foi ainda mais memorável: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias” (Atos 26.29, ARC).  

Por pouco ou por muito! Que quis dizer Paulo, com “se tornassem tais qual eu sou”? Um pequeno resumo do seu discurso esclarece: fui religioso, e muito; no rigor da minha religião, pensava que Jesus, o Nazareno, era um estorvo à religião e eu tinha que combater esse estorvo; numa das minhas jornadas com esse fim, Ele veio a mim, e tirou a cegueira dos meus olhos; a minha religião falava da esperança da promessa eterna; mas, somente quando me encontrei com Jesus, foi que consegui tomar posse daquela esperança, do que eu sou, hoje, testemunha. Paulo queria dizer – quisera eu, ó rei, que você conhecesse a Jesus e a esperança da promessa, tal como hoje eu conheço.  

O rei Agripa também era religioso. Talvez pensasse conhecer a esperança. Entretanto, por pouco, deixou passar a oportunidade de conhecê-la. Por pouco, teria sido persuadido. Que pena! Quanta coisa deixa de acontecer, por pouco. Por pouco, ‘seu’ Sebastião deixa de ser esmagado pelo trem, em Barra do Piraí; por pouco, meu acidente deixa de me causar uma lesão mais grave, ou a própria morte; por pouco, o rei Agripa poderia ter sido persuadido sobre a verdadeira esperança da glória eterna, que a sua religião não lhe era capaz de suprir. Quem sabe, por pouco o meu leitor de hoje também deixa de usufruir os maiores e mais ricos benefícios dessa esperança em Jesus, porque alguma coisa, em sua vida (quem sabe, a própria religião) é seu obstáculo… Se é assim – por pouco ou por muito, como disse Paulo – que tal superar, muito ou pouco, o obstáculo que seja? Nada é mais glorioso, mais confortador, mais compensador, do que viver sob essa esperança. Mas, por pouco, muitos hão de perder sua glória, conforto e recompensa!    
 

"Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel" (Hebreus 10.23, NVI)
Aqui, em cima desta cama, recuperando-me, um hino especial vem à minha mente, e eu o compartilho.

O seu autor viveu uma experiência profunda de reflexão sobre o assunto, com a qual chegou à conclusão do poema composto.
A voz, é a inesquecível voz de Jake Hess (1927-2004), figura também inesquecível. Após a letra (traduzida), nosso Audio Player Online

SO MANY REASONS (1964)
TANTAS RAZÕES
David Reece (1928-1999) & Jimmie Davis (1899-2000)

Grupo:
So many reasons why I love the Lord,
Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las
So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra 
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las. 

Jake Hess:
One is how He saved me at an old-time altar,

Uma [delas] é como Ele me salvou diante de um altar daqueles, dos antigos 
He placed within my heart this joy I know
Ele pôs dentro em meu coração este gozo que [agora] eu conheço 
He changed my life completely,
Ele mudou minha vida completamente 
Gave me hope for tomorrow,
Deu-me esperança face ao amanhã 
That's the reason why I love Him so !
Eis a razão porque eu tanto O amo !
(Lágrimas rolam da face daquele que canta)

So many reasons why I love the Lord,
Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las
So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra 
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las; 
There's just so many reasons I can't count them.
Simplesmente há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las. 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

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