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O Bem e o mal a cada dia

Nº 249 : “TRAGÉDIA A PRAZO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Abril de 2016

“Ela fez três intervenções danosas na economia: retenção do preço da energia elétrica, retenção dos preços dos combustíveis e retenção da taxa de juros. Com isso, ela atingiu o máximo de aprovação popular quando estava no máximo dos erros; como a opinião pública não reflete erros ou acertos, senão interesses imediatos, construiu-se uma tragédia a prazo, com apoio da sociedade.” Quem disse isto, a respeito da presidente Dilma Rousseff, foi o ex-ministro Antonio Delfim Netto (1928-…).

Delfim, que foi ministro em diferentes governos da república, acabou por valer-se de um conceito curioso: “tragédia a prazo”. Não é comum; o comum é tragédia súbita e imprevisível. Vejam-se os exemplos, no mesmo dia, da ciclovia no Rio de Janeiro, do stand da construtora em São Paulo e do terremoto no Equador: eventos chocantes. Com o tom de autoridade com que fala, Delfim parece estar indicando que se tratava de uma tragédia previsível. A prazo e previsível – tipo peculiar de tragédia… Existe isso?

Tomo uma tragédia mencionada por Jesus para avaliação paralela: “Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” (Lucas 13. 4,5, ARA). Trata-se de um aviso importante (muito mais do que o do Delfim). Mostra que tragédias podem se abater sobre certos grupos de pessoas, mesmo sem ser mais pecadores do que os demais, delas livres. 

A seguir, Jesus profere uma importante e didática parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.” (versos 6 a 9).

Associando os dois trechos da advertência de Jesus, podemos concluir que, lá em cima, está aquEle que observa tudo e todos; que efetua sua observação em busca de frutos genuínos, que estende seu prazo de observação mesmo quando se prolonga o tempo sem  frutos, e que admoesta: se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou, doutro ângulo: talvez Ele tolere apenas mais “um ano” a ausência de frutos. Ei, que tal você pensar nisto agora?

Não quero parecer fatalista, pregoeiro da tragédia. Mas, não há dúvida de que Jesus também fala de tragédia a prazo, caso cada um de nós não preencha a expectativa divina para a vida pessoal, caso não lhe apresentemos a vida, rendida e submissa, em oferenda de frutos dignos de arrependimento e devoção. Às vezes, é preciso uma chacoalhada. Por analogia, é como disse o primeiro-ministro britânico na cúpula da ONU sobre meio-ambiente: “Precisamos ser mais eficientes em transformar discursos em ações práticas”

Também na análise que faço, isto é válido. Dizer “Senhor, Senhor” não garante boa nota na Sua avaliação. Declarar quanto o amamos, quanto dEle dependemos, quanto queremos atende-lO e servi-lO, sem transformar em prática o discurso, é risco de tragédia a prazo.  Precisamos ser mais eficientes nisto. Na figura da parábola, quem sabe Ele está, por “três anos” procurando frutos, em vão?… A mensagem de Jesus reclama arrependimento sincero, genuíno, e reclama frutos verdadeiros, decorrentes de uma fé saudável.  Que tal busca-lO, com tal atitude, agora mesmo?

A canção de hoje bem que pode ser a minha e a sua oração. Ouça, com nosso Player Online…

ACCORDING TO THY LOVING KINDNESS, FATHER (1953)
Conforme a Tua Infinita Graça
Robert Carlton Savage (1914-1987)

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Até à próxima, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

Nº 248 : “SALIX-BABYLONICA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Abril de 2016

Hoje, veio-me vontade diferente da usual… Lembrei-me de várias coisas… Do cantor e compositor brasileiro Sérgio Reis, o qual tem uma canção que diz: Tô ficando velho, tô ficando fraco; já não sou o mesmo, estou virado em caco; tô mais encolhido do que gato em saco, fui madeira boa que virou cavaco…

À medida que o tempo passa, não apenas vão mudando as forças, mitigando, é claro… Vão mudando, também, os focos, e os gostos. Gosto pelas plantas, por exemplo… Lembrei-me de quando era menino: morávamos numa casa com quintal relativamente amplo. Havia um flamboyant (Ah! Deslumbrante flamboyant, á beira do muro do passeio), havia uma goiabeira (esta ficava perto da casa), havia um canteiro ornamental (onde estava a goiabeira)… Minha mãe plantou, depois, um canteiro de hortaliças (ao lado, no quintal frontal). Adivinha de quem era a incumbência de molhar, todos os dias, os pezinhos de alface, de couve, de taioba, de tempero verde? E, adivinha se eu gostava da tarefa? Pode ser que tenha acertado a primeira, não sei a segunda… Não, aquilo me era enfadonho. Até que ganhei uma muda de cipreste, e plantei-a no mesmo quintal. O gosto pelo crescimento daquela árvore ornamental me foi mudando. Hoje, mais do que então, valorizo o verde. Deslumbra-me…

O Salix-babylonica (Salgueiro-Chorão), por exemplo, é uma planta emblemática, exótica, simbólica. Mais que isso: é linda, exuberante. Seu nome se associa à menção do salmo do exílio babilônico do povo de Deus:

"Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião. Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas, pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira? e eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria" (Salmo 137.1-5, ARA).  

Ah! Que saudade da terra distante, da terra querida, do torrão-natal. Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha? – questionaram os judeus, em pleno exílio babilônico, cinco séculos antes de Cristo. Daí em diante, o ‘salgueiro-chorão’ passou a ser símbolo de nostalgia da terra saudosa.

Faz-me lembrar Jó: Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19.25-27, ARA). Isto ajudaria a responder o questionamento dos judeus em exílio. Com esperança! Com esperança de que O verei, de que com ele estarei [para sempre], de que serei revestido da imortalidade, e de que isto antecipa saudade, mesmo antes de o experimentar. Como diz o apóstolo: “Se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Coríntios 5.1, ARA). Esta é a “nova Jerusalém”, no céu…

O tempo passa, não é verdade? A esperança cresce… O salgueiro-chorão me traz sua mensagem, ligando o Salmo 137 à esperança de Jó… O dia, o Senhor o fez (comum como todos os outros)… Mas, é dia de uma vida, é véspera de uma nova vida, é dia de esperança no meio do caos. Coisa confortante!

Deixo com você uma melodia sugestiva, já pelo título. É uma de minhas lembranças inevitáveis, num dia como hoje. Seu autor viveu a herança maldita da escravidão norte-americana. O piano era seu grande amigo.  

WEEPING WILLOW (1903)
Salgueiro-Chorão
Scott Joplin (1867-1917)

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Até à próxima, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
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N° 247 : “PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Abril de 2016

O ex-presidente Lula tem encontrado em vários de seus correligionários agudas defesas, em face de denúncias tais como a do Ministério Público de São Paulo. Alguns, a exemplo dos deputados federais Paulo Teixeira (SP) e Luiz Couto (PB), evocam o princípio constitucional chamado "presunção de inocência":
"Ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória" (Constituição Federal, Art. 5º, inciso LVII). De fato, este princípio agrega, não só a constituição brasileira, como também a de vários outros países. 

Se, por um lado, é válido para as circunstâncias da vida comum dos cidadãos da terra, não é válido para humanos perante o tribunal divino. Ali, não há "presunção de inocência"; e não há corrreligionário (meu, seu, do Lula ou de quem quer que seja), não há jurista (idem, por melhor que seja), não há tribunal de alçada (por mais competente e egrégio que seja) que possa mudar essa situação. Não existe presunção de inocência, porque, entre os 7,3 bilhões de atuais habitantes do planeta, desde o recém-nascido até à francesa Jeanne Calment, a pessoa mais velha do mundo atual (com 122 anos), não há um inocente sequer – todos são culpados, segundo o julgamento divino. E isto incluiu, no seu tempo, os bilhões que já não mais vivem.  

"Porque todos pecaram e necessitam da glória de Deus" (Romanos 3.23, BCF); "Portanto, assim como por um homem entrou o pecado neste mundo, e pelo pecado a morte, assim passou também a morte a todos os homens, no qual todos pecaram" (Romanos 5.12, BCF). Estes decretos divinos, dentre outros escritos pelo apóstolo Paulo, não deixam margem de dúvida de que o juízo de Deus sobre cada descendente de Adão e Eva é condenatório. Não é preciso praticar isso ou aquilo: é condição penal desde o nascimento… "Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe" (Salmos 51:5, NVI). Para quem examina a Bíblia adequadamente, há de notar que este auto-diagnóstico do  salmista, o rei Davi, é universalmente válido (veja-se, por exemplo, Isaias 64.6). 

A diferença, para certo contingente da humanidade (a extinta e a sobrevivente), é que a culpa recebeu o efetivo benefício da aplicação de sentença condenatória em Jesus – isto é a graça divina. Nele, os culpados que O reconhecem como único e suficiente Salvador, tornando-O Senhor de suas vidas, são feitos "culpados com pena cumprida": a morte de Jesus, substitutiva, expiatória, lhes vale como redenção – saíram de debaixo da sentença condenatória. Os demais culpados ainda estão debaixo da sentença: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3.36, ARC), é o que afirmou Jesus, o Filho. E Paulo arremata: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus; porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.1-2, ARA). 

Presunção de inocência? Cá entre nós pode até valer, enquanto o juízo humano não reconhecer provas da culpa. Mas, lembre-se bem: ninguém poderá reivindicá-la diante de Deus: 'Deus, eu sou brasileiro; na constituição está escrito que sou presumido inocente…'. De jeito nenhum! Deus bem poderia corrigir: 'Ô brasileiro, na minha está escrito, desde há muito, antes que você nascesse, que não há um justo, um inculpável sequer! Você não está redimido pelo meu Filho; logo, não tem como escapar da condenação, que é eterna'. Quem quereria ouvir isso? Então, já que não existe presunção de inocência no tribunal divino, que tal agarrar logo a única chance de redenção, a que está em Jesus, Seu Filho? Isto é graça! E só a graça, em Jesus Cristo, livra da culpa, da condenação eterna. 

Na mensagem cantada de hoje, um clássico. Seu compositor foi marinheiro da marinha real britânica; depois, mercador de escravos. O evangelho da graça era razão de seu desdém, por muito tempo na vida. Até que um dia, no ano de 1750, tremenda tempestade açoitou o navio, que veio a naufragar. Newton sentiu tão imensa fragilidade, tão próxima a morte, que clamou pela graça de Deus; sentiu que somente a graça de Deus poderia salvá-los. Sendo salvo da morte, resolveu render sua vida a Jesus Cristo. A lembrança do episódio levou-o a compor o hino. Os últimos 43 anos de sua vida foram dedicados a pregar a graça divina. Em seu epitáfio se lê: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela graça e misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, perdoado e movido a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir." 

PRECIOSA GRAÇA
Amazing Grace (1779)
John Newton (1725-1807)

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Até à próxima, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

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Nº 246 : “ANATOMIA SÁBIA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Março de 2016

Anatomia é uma palavra interessante; vem do grego… ANA, o prefixo, significa “de novo”, “de volta”; TOMIA, radical, vem de um verbo que significa “cortar”, “dividir”, “dissecar”. Este componente é o mesmo da palavra “átomo” – “o que não se pode dividir”. Aponta para a consideração do corpo, com atenção a cada parte.

A anatomia humana é deslumbrante. Deus colocou dois olhos, e estes são frontais à cabeça. O nariz também tem duas vias. Ouvidos também são um par. Notou? Órgãos que recebem informações têm via dupla, enquanto que a boca, que emite informações, tem via única. Sabedoria divina na anatomia!

Agora, observe os ouvidos: não são frontais à face, como são olhos, narinas, boca. São laterais. Que fantástico! É a sabedoria divina ensinando que ouvir é um empreendimento de dois lados. Ilustro com o caso da pessoa que mais frequentemente exerce a função de juiz – a mãe. A menina lhe chega correndo, para reclamar do irmão, que lhe roubou um brinquedo. A mãe, já treinada no ofício, chama o menino para lhe ouvir as razões… É claro, ela pisou e estragou meu brinquedo; e foi por querer!

Os fatos costumam ter duas faces. Sabedoria divina na disposição anatômica: Deus deu ao ser humano ouvidos, para que mais ouça do que fale: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (Tg 1.19,20, NVI); e os dispôs nas laterais da cabeça, para que se exercite ouvir os dois lados: O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém vem o seu próximo e o examina” (Pv 18.17, ACF). A Escritura tem várias recomendações sobre esse tipo de cuidado: Deuteronômio 19.15 e Mateus 18.16 são dois exemplos.

Mas, o que acontece muito frequentemente? Nos esquecemos de que há uma razão divina para que os ouvidos sejam dois, e dispostos lateralmente; ouvimos uma versão “dos fatos”, e já estamos com o juízo pronto. Nos esquecemos de que “parcialidade no julgar não é bom (Provérbios 24.23, ARA); de que, muito frequentemente, quem conta um conto aumenta um ponto; de que toda moeda tem duas faces;  de que justiça surda para um dos lados não é justiça (parafraseando Rui Barbosa).

E assim, tão logo se ouve uma crítica de alguém, ou uma fofoca, ou um juízo temerário, infundado, sem antes mesmo ouvir o outro lado, nosso juízo já se alinhou com o que fora ouvido. Triste agressão à sabedoria divina na anatomia. Quando exercitamos essa sabedoria, confirmada em preceitos da Palavra de Deus, costumam os horizontes se mostrarem mais claros, as estradas se mostrarem menos tortas, as cenas se mostrarem menos vesgas, as águas se mostrarem menos turvas.

Epíteto (55-135 d.C), o sábio grego, disse: “Deus deu ao homem uma boca e dois ouvidos, para que ouça o dobro do que fala”.  Eis a sabedoria divina: órgãos que recebem informações , ao contrário daquele que emite, vieram com duas vias; e o que foi feito para ouvir, foi instalado lateralmente na cabeça. É sempre sábio, justo e prudente ouvir-se os dois lados, até que a verdade reine!

Num livro de Ray Stedman há um versinho:

No céu vivamos com os santos que amamos

Isto , sim, é que é glória!

Na terra vivemos com os santos que vemos

Bem, isto é outra história!

No século XIX, certo compositor sacro retratou, em poesia, a indagação: Nos encontraremos às margens do rio?  E, em estribilho, afirmou com certeza: Sim, estaremos juntos às margens do rio, o belo rio, onde juntos estaremos aos santos, junto ao rio que flui do trono de Deus! 


SHALL WE GATHER AT THE RIVER? (1864)
NOS REUNIREMOS JUNTO AO  RIO?
Robert Lowri (1826-1899)

Com nosso Audio Player online, você pode ouvir a melodia, para reflexão.
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Até à próxima! (Tg 4.15)
Ulisses

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Nº 245 : “ESTATÍSTICA DUVIDOSA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Março de 2016

No último dia 13, chegou a um número inusitado, surpreendente, o contingente daqueles que foram às ruas de cidades brasileiras, pedindo afastamento da atual presidente da nação. Mas, como sempre, notórias controvérsias quanto ao número apareceram logo. O evento mais eloqüente foi, novamente, o da avenida Paulista. Os organizadores do “#vemprarua” falaram de 2,5 milhões; a Polícia Miltar falou de 1,4 milhão; o instituto de pesquisas Datafolha, sempre mais acanhado, nesses casos, falou de 500 mil (o que já foi um recorde, nos registros do instituto). Que diversidade estatística!

Certo jornalista, de prestigiada revista nacional, evocou passagem do evangelista Mateus, como hipotética “mãe de todas as imprecisões na contagem de pessoas em eventos públicos”. Citando Mateus 14, onde se encontra o registro da alimentação de “cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”, a partir de apenas cinco pães e dois peixinhos, o articulista diz – “pobre Mateus, se tentasse se safar com esses números, nos dias de hoje”.  

De fato, não sei (e não está entre meus primários interesses saber) se, na Paulista, foram dois e meio milhões, um e meio milhões ou meio milhão (muito embora, creia mais nos números da polícia). Imagino que, se os números não coincidem, não é porque cada segmento não disponha de instrumentos estatísticos adequados para acertar e precisar… É por causa de outro tipo de preferência, que induz maquiagem nos números.

Quanto à estatística de Mateus, não é muito sensato discutir a competência do evangelista: como funcionário público da coletoria de impostos que havia sido, certamente estava muito bem treinado para lidar com números e contagens. Por outro lado, o personagem de quem ele retrata o feito – Jesus – tinha competência (leia-se ‘poder e autoridade’) suficiente para, de tão poucos pães e peixes, alimentar até muito mais do que cinco mil. Destarte, é bom, logo de cara tirar o evangelista Mateus desse campo de dúvida, o das estatísticas discutíveis. Até porque, não estamos falando de uma estatística comum: esta pertence ao registro inerrante de Palavra que leva a assinatura do Deus Vivo, acima de Mateus.

Houve uma segunda ocorrência parecida – outra multiplicação para  a multidão: está em Mateus 15. Posteriormente, Jesus previne os discípulos contra o “fermento dos fariseus e saduceus”, isto é, sua falsa doutrina, firmada em distorções da Escritura. Os discípulos pensaram que Jesus lhes falava de pães, e recriminavam-se por não os terem trazido. Jesus, então, lhes cobra: Não compreendeis ainda, nem vos lembrais…?” (Mateus 16.9, ARA), fazendo referência às duas ocasiões em que o pão foi multiplicado.

Numa ocorrência, cinco pães alimentaram cinco mil com sobras; noutra ocasião, sete pães alimentaram quatro mil com sobras também. Os números, aqui, não foram registrados por acaso. Entretanto, não servem ao objetivo de comparações estatísticas… Eis um exemplo de inquirição insana ao texto: Por que com mais pães (sete, em vez de cinco) menos pessoas (quatro mil, em vez de cinco mil) foram alimentadas? Menos importante são os números, a estatística em si, do que o  fato significado. Jesus reivindica a compreensão de verdades autenticadas; dentre elas:

Primeira, atesta que ali, perante aquela multidão e os discípulos, estava o Senhor dos senhores, o enviado de Deus, o Ungido do Todo-Poderoso (Lucas 4.13).

Segunda, que a Providência divina é capaz de suprir toda necessidade (Filipenses 4.19).

Terceira, que seu suprimento é farto, abrangente e com sobras (Provérbios 10.22).

Quarta, que o milagre testifica a favor do verdadeiro, único e suficiente “pão da vida”, o “pão vivo que desceu do céu” (João 6.35, 51 e 58).

Quinta, que, mais do que saciar de pão, Jesus é aquele que promete, para a glória eterna, fartar eternamente, todo aquele que tem fome e sede de justiça! (Mateus 5.6).

Se alguém, como o articulista da revista, quiser perder tempo com suspeitas sobre a estatística de Mateus, que perca. Melhor seria que não! Melhor seria que atentasse nas lições daquele estupendo evento da multidão.    

 

No hino de hoje, a mensagem lembra o milagre à beira-mar… 

 

O PÃO DA VIDA
BREAK THOU THE BREAD OF LIFE (1877)
Mary Artemisia Lathbury (1841-1913) & Willliam Fisk Sherwin (1826-1888)


Ouça, com nosso… 

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Até à próxima! (Tg 4.15)

 

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Nº 244 : “PARA QUEM IREMOS?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Março de 2016

 

Esta é a pergunta: para quem iremos? Uma variante oportuna seria – para onde iremos? Não me refiro à grave crise que o país vive, crise esta tanto política, quanto econômica, quanto, principalmente, ética. Como se vê, essa crise é capaz de mobilizar milhares, milhões nas ruas. Refiro-me a situações vividas como a do casal que conheço… Que luta! É quando a enfermidade assola, quando os problemas se avultam, quando a esperança de que o dia seguinte trará alívio é suplantada pela constatação de que ficou pior…

Entreolharam-se e, um para outro, como que a se perguntarem mutuamente – quem nos socorrerá? No déficit de cada um, quanto a condições de enfrentar a luta que se mostrou, ainda há quem mais deles dependa… Como vai ser? Parece o cenário no qual nada falta para vir, de novo, a interrogação? Para quem iremos?

A ocasião mais marcante em que esta indagação foi lançada já conta milhares de anos. Estava o Mestre Jesus ensinando, um dia depois de efetuar um magnífico milagre: alimentar uma multidão de mais de cinco mil pessoas, tendo em mãos apenas cinco pães e dois peixes. No dia seguinte, de novo estava a multidão em volta dele. Jesus falou algumas verdades, sem dar-lhes pães ou peixes, de tal feita. Acusou-lhes o espírito interesseiro, novamente em busca de alimento, mas não do “pão da vida”; cobrou-lhes a fé nEle mesmo; comparou-os aos ancestrais incrédulos, dos dias de Moisés, que, mesmo tendo recebido diário maná do céu, foram duros de coração; ofereceu-se, Ele próprio, sob a metáfora de sua carne e seu sangue, para que eles dEle se alimentassem…

A esta altura, minguava o número de ouvintes em Sua presença. Jesus arrematou, dizendo que nenhum deles o procuraria de verdade e sinceridade, se não fosse compelido pelo Pai Celestial. Ao ver a quantidade de gente a retirar-se, Jesus ainda se vira aos seus discípulos mais próximos, e questiona: “Quereis vós outros também retirar-vos?” (João 6.67, BCF). E um deles, Pedro, diz: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna” (v. 68).

Para quem iremos, quando vem a enfermidade? Para quem iremos, quando falta o emprego? Para quem iremos, quando a luta é mais severa do que pensamos suportar? Para quem iremos, quando o desapontamento vem de onde jamais esperaríamos? Para quem iremos quando a língua alheia nos fere o coração, ou espalha setas envenenadas que nos atingem? Para quem iremos, quando o caos se instala no governo civil, a corrupção campeia, a desordem se avulta? Para quem iremos, quando a ingratidão dói profundamente? 

Continua valendo a mesma verdade proferida por Pedro, o apóstolo: só há um que tem (e detém) as palavras de vida eterna, capazes de curar (ou, suprir consolo), dar vitória (ou, força para enfrentar), dissipar a decepção (ou, ajudar a superá-la), conter a difamação injusta (ou, ajudar a suportar), realimentar a esperança em dias melhores (ou, fortalecer para piores), fechar feridas insistentes (ou, unta-las com seu bálsamo)… É Jesus! Somente Jesus! Sempre Jesus!  

Em 1940, um cristão do Mississipi, apaixonado pela pregação e pela música evangelísticos, se encontrou com um amigo e vizinho; este estava gravemente enfermo, próximo da partida para a jornada eterna. Procurando ser objetivo, mas sem perder o tato, VCoats perguntou a Joe Keyes se ele já tinha certeza de onde passaria a eternidade. Keyes a ele respondeu com uma pergunta: Onde poderia eu ir, se não fosse para o Senhor? Coats logo se lembrou de Pedro com Jesus, e compôs um belo hino. Elvis Presley o cantou, certa vez, com sua peculiar carga de emoção… Eis, para hoje, o hino. Após a transcrição da letra, nosso audio player online, para ouvir…

WHERE COULD I GO, BUT TO THE LORD? (1940)
PARA ONDE IRIA EU, SENÃO PARA O SENHOR?
James Buchanan Coats (1901-1961)

Living bellow, in this old sinful world
Vivendo cá embaixo, neste velho mundo pecaminoso
Hardly a comfort can afford
Quão difícil que nos proporcione consolo
Striving alone to face temptation sore
Lutando sozinho para enfrentar duras tentações
[Brother, let me tell you] [Irmão, quero te dizer]
Where could I go, but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?

Where could I go, oh where could I go?
Para onde iria eu, para onde iria eu?
Seeking the refuge for my soul
À procura de refúgio para minh’alma
Needing a friend to help me in the end
Carente de um amigo para, enfim, ajudar-me
[Brother, won’t you tell me] [Irmão, você não vai  me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?

Neighbors are kind, I love them everyone
Próximos são gentis, eu amo cada um
We get along in sweet accord
Nós encontramos terna concordância
But, when my soul needs manna from above
Mas, quando minha alma precisa do maná lá de cima
[Brother, won’t you tell me] [Irmão, você não vai  me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?

Life here is grand with friends I love so dear
A vida aqui é agradável com amigos que tanto amo
Comfort I get from God's own Word
Eu encontro consolo na própria Palavra de Deus
But, when I face this chilling hand of death
Mas, quando me defronto com a arrepiante mão da morte
[Brother, won’t you tell me] [Irmão, você não vai  me dizer]
Where could I go but to the Lord?
Para onde iria eu, senão para o Senhor?

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Até à próxima, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional

Nº 243 : “MENE, MENE, TEKEL, UPHARSIM”

O BEM & O MAL, A CADA DIA – Nº 243
Domingo, 06 de Março de 2016

 

    Júlio Rasec, pseudônimo de Julio César Barbosa (nascido em Guarulhos em 1968, e falecido na Serra da Cantareira em 1996), era tecladista do grupo “Mamonas Assassinas”. Junto com todo o grupo, morreu no desastre aéreo de 02 de março de 1996, em que o jatinho do grupo se chocou em solo naquela noite. No dia do último show, antes do acidente, gravou um vídeo amador, no salão de cabeleireiro, no qual revelou:
– Nesta noite eu sonhei com um negócio assim, parecia que o avião tinha caído, não sei…

    Júlio fazia menção da expectativa da primeira viagem internacional da banda, planejada para Portugal, que teria início no dia seguinte. Cerca de doze horas depois, entretanto, junto com todos os demais integrantes da banda, o avião de fato caiu – o jatinho Learjet que os transportava, vindo de Brasília. A mãe do nome principal da banda é evangélica, residente em Guarulhos. Segundo ela, Deus achou que eles eram bons, e chamou a todos de uma vez para Si.

    Há diferentes explicações para sonhos, visões e premonições inesperados, que depois parecem se cumprir na realidade da vida. Pode-se falar também de sonhos e visões que tinham um inequívoco caráter revelacional: quem os recebia (ou quem os interpretava) sabia que estava traduzindo uma realidade futura, comunicada por Deus. A Bíblia confina casos assim. José interpretou sonhos no Egito; os magos que visitaram Jesus recém-nascido foram advertidos em sonho; José, esposo de Maria, também foi advertido em sonho por Deus.

    Daniel, o profeta de Deus, nos oferece outro caso. Ele estava no reino babilônico de Belsazar. Já havia interpretado sonhos de Nabucodonozor, ancestral de Belsazar, dotado da sabedoria do Espírito divino. E, agora, estava com a incumbência de interpretar nova ocorrência: na festa de Belsazar (Daniel, capítulo 5), em que este zombava de Deus, ostentando sua peculiar soberba, aparece uma mão humana escrevendo na parede: MENE, MENE, TEKEL, UPHARSIM. Que língua, que mistério isto encerrava? Daniel proporcionou, com advertências, o significado:
"E este é o significado dessas palavras: 
Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim.

Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta.
Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas"
(Daniel 5.26-28 –  NVI).
Que alarmante e desastrosa previsão! Sem mais demora, Belsazar tombou, morto, sob a invasão de Dario, o medo.

    Já pensou se Deus mandasse uma ‘premonição’ parecida a você, hoje? Uma mensagem, um sonho, alertando: Teus dias estão contados, chegaram ao fim. Você foi pesado na balança de Deus, mas foi achado em falta. Tudo o que você fez e construiu, até hoje, vai agora para mãos alheias… Que tal? Nada bom, não é mesmo?

    A Bíblia diz que há obras nobres, que permanecem, semelhantes a edificações de ouro, prata e pedras preciosas e obras inúteis, vaidosas, vãs, que se pulverizam, semelhantes a edificações de madeira, feno e palha (I Coríntios 3.12). Que tal você tomar jeito, e passar a seguir o ‘sagrado manual de construções de vida’ – a Bíblia Sagrada, para não correr esse risco? Ouça bem: “O mundo passa, e também a sua concupiscência; mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (I João 2.17, BCF). Não espere por premonições, não espere por sonhos, não espere por visões. Da maneira própria de Deus, as advertências já estão escritas. Tudo o que Deus tinha a dizer, já disse, na Escritura Sagrada. Ela é inteiramente suficiente: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (II Timóteo 3.16,17, NVI).

    Mas, eu acho que sei o  que você deve estar pensando: Isso não é comigo – eu já tenho uma Bíblia. Então, eu te digo: Acorda do seu sonho inútil e enganoso – não estou falando de TER, estou falando de LER, OBSERVAR e ATENDER! Antes que, mesmo de maneira diferente, te apareça uma mão escrevendo na parede!…

A mensagem musical de hoje pode ser ouvida, também, em versão de língua portuguesa, se você quiser, na mensagem 217 – Paixão. A compositora é nora de Jack Wyrtzen (1913-1996), o fundador de Palavra da Vida (Word of Life International), esposa de Ron e cunhada de Don Wyrtzen. Como toda a família Wyrtzen, recebeu a fortíssima influência de uma vida apaixonada pelo evangelho, como foi Jack. Abaixo da transcrição da letra (traduzida), nosso  AudioPlayer Online…

TO BE WHAT YOU WANT ME TO BE, DEAR LORD (2003)
PARA SER O QUE QUERES QUE EU SEJA, QUERIDO SENHOR
Christine Wyrtzen (1954-…)

To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
I've only just begun
Eu apenas tenho começado
To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
Until the race is won…
Até que a jornada seja vencida…

Have your own way, Lord, have your own way
Faça-se a Tua vontade, Senhor, faça-se…
You are the potter, I am the clay
Tu és o oleiro, eu sou o barro
Mold me and make me after your will
Molda-me e faze-me conforme Tua vontade
While I am waiting, yielded and still.
Enquanto espero, rendido e submisso.

To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live so the world can see
Viverei de modo que o mundo possa ver
The image of your Son, dear Lord
Unite our hearts as one
Una nossos corações, com um só
To be what you want me to be, dear Lord
Para ser o que queres que eu seja, querido Senhor
I'll live for eternity
Viverei pela eternidade
To be more like your Son, dear Lord
Para ser mais como Teu Filho, querido Senhor
Until the race is won…
Até que a jornada seja vencida…

Lord, have your own way!
Senhor, faça-se a Tua vontade!

AUDIO PLAYER ONLINE (Controle de Volume à direita)

Até à próxima… (Tg 4.15)
Ulisses
 

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel
ARA – Almeida Revista e Atualizada
ARC – Almeida Revista e Corrigida
BCF – Verão do Padre Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional

N° 242 : “QUAL CRISTIANISMO É O SEU? (E O MEU?)”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Fevereiro de 2016

 Por causa de frases de efeito, interpretadas como atentados emocionais à boa fé do povo norte-americano, o candidato republicano Donald [John] Trump (1946-…) vem sofrendo críticas de vários lados. Ex-presidentes mexicanos o criticaram por afirmações dele que consideram xenófobas; chegaram a compará-lo a Hitler, devido ao que consideram exploração massiva de apelos psicológicos  reprováveis. Seu discurso, interpretado como populista, racista e de nacionalismo radical anti-imigratório, é visto como uma ameaça ao perfil do país. O bispo pontificial de Roma, Francisco, chegou a por em dúvida sua auto-declaração, de ser um cristão.

   É sabido por lá, em todo o país, que Trump se declara um protestante presbiteriano.  De fato, encontra-se filiado a uma congregação local presbiteriana, da Presbyterian Church (USA). O liberalismo licencioso dessa igreja já vem se tornando conhecido por algumas décadas. A herança que o presbiterianismo dos séculos XVIII e XIX procurou deixar na nação, praticamente não se vê mais na agremiação religiosa de Trump (com algumas exceções). Um dos seus destacados protagonistas, até certa altura do século XX, John Gresham Machen (1881-1937), chegou a duvidar, também, de quanto do cristianismo puro ainda havia na sua própria igreja de então.

   Uma pergunta incômoda, porém pertinente, pensando nos dias em que estamos vivendo, é: Qual cristianismo é o seu (ou o meu)? Será aquele dos simples e humildes de espírito, como postulou Jesus nas ‘Beatitudes’ do evangelho (Mateus 5)? Ou será o dos arrogantes e soberbos, em pensamentos, palavras e ações? Será o dos “misericordiosos”, ou será o dos implacáveis? Será o dos “puros de coração”, como, ainda na mesma prédica, o Filho de Deus conclamou, ou será o dos que o mantêm contaminados com as práticas e aspirações impiedosas da carnalidade? 

   Será que o cristianismo que professamos é aquele que, na conclamação paulina, se alegra com os que se alegram, e choram com os que choram (Romanos 12.14-15)? Ou será que, ao contrário, é daqueles que se aborrecem e se contorcem de raiva e inveja quando a hora, o reconhecimento, o dote, a conquista, chegam ao meu semelhante, mas não a mim? Ou, ainda, que em vez de chorar com os que choram, e condoer com eles, é dos que passam ao largo, na indiferença, como o sacerdote e o levita hipócritas, da parábola do ‘bom samaritano’ (Lucas 10)?

   Será que o cristianismo que professamos é o dos que honram e adoram o Senhor em “espírito e em  verdade” como ele mesmo requer (João 4), ou será o dos que cumprem, lamentavelmente, a profecia de Isaias, por Jesus relembrada – “este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens” (Mateus 15.8,9, BCF).

   Para por um termo nestas indagações, que poderiam ir muito mais longe: será que o cristianismo que professamos é daquele tipo que até exulta em provações, através das quais fica provado que a nossa fé é muito mais valiosa do que ouro, e resulta em glória, louvor e honra a Jesus Cristo, como reivindica o outro apóstolo (I Pedro 1.6,7), ou é daquele tipo mascarado e falsificado, que se pulveriza e mancha a honra  do evangelho, e do Nome que está sobre todo nome que ele visa ostentar, por poucas situações adversas?

   Será que é preciso que chegue um desconhecido, e diga: seu cristianismo não é o verdadeiro cristianismo? Ou será que vamos deixar para ouvir isto naquele dia, em que estivermos diante do Juiz do Mundo? Será possível que, diante Dele, ainda reveremos cenas e episódios, dos quais nos envergonharemos, ao constatar que a atitude, a palavra, o pensamento, não correspondeu ao verdadeiro cristianismo? Ou será, enfim, que poderemos ouvir como disseram dos apóstolos: “e reconheceram que eles haviam estado com Jesus” (Atos 4.13, ARA)?

   Finalizo, “encomendando” sua audição da mensagem cantada de uma oração, oportuna oração… É cantada por coro masculino da minha cidade, com solo de um amigo e irmão.

PERDOA-ME, SENHOR (1987)
Hiram Rollo Júnior (ministro da Palavra e ministro de música)

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses 

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana

ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional

N° 241 : “DEUS ESCONDIDO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Fevereiro de 2016

 

A única oração que Karen Bell conseguiu fazer, naquele momento de dor extrema, foi – “Oh! Meu Deus, meu bebê, oh! Meu Deus! Mas, onde estava Deus? Estava Ele escondido? Sua filha, Rebecca Bell, estava morrendo, aos dezessete anos de idade, apenas. Por qual motivo? Um aborto, oculto dos pais, cumulado com septicemia, devido à infecção pulmonar. O caso alcançou repercussão mundial; o dia era 16 de setembro de 1988, na cidade de Indianápolis, nos Estados Unidos.


Karen conta que Becky era uma menina doce, alegre, honesta, cheia de vida, muito ligada à família. Entretanto, o namoro que começou aos 16 anos lhe mudou os hábitos. Um namoro fora de limites – quão desastroso é! Frequentemente, os desastres são irreparáveis. Àquela altura, Becky já caminhava sua vida a uma distância dos pais maior do que a do namorado. Sua melhor amiga atestou que o namoro envolvia sexo. O rapaz assegurou que era estéril, devido a uma enfermidade na infância. Mas, a gravidez veio. Becky, cheia de temor, não contou aos pais. Procurou uma clínica de aborto. Sendo  menor, precisava de autorização dos pais; ou então, judicial. Becky não buscou, nem uma nem outra. Antes, procurou alternativas para o fazer, sem conhecimento dos pais. Essa criança não pode viver! Ela é filha do demônio! Foi o que disse à amiga. Poucos dias foram necessários para o avanço avassalador de uma infecção, presumida por uso de algum instrumental não adequadamente esterilizado, que lhe tirou a vida ainda tão jovem. 

 

 

Há ocasiões em que Deus parece distante; talvez oculto; quem sabe, escondido! Pelo menos, é assim nossa tendência de pensar, quando nos vem a desdita. O poeta exclamou: “Deus, ó Deus, onde estás, que não respondes? Em que mundo, em que estrela Tu te escondes, embuçado nos céus?”  (Castro Alves, em Vozes D’África). Até o salmista questionou: “Por que, Senhor, te conservas longe? E te escondes na hora da tribulação?” (Salmo 10.1 – ARA). E, não somente Davi… Também no salmo dos filhos de Coré se percebe o clamor: “Levanta-te! Por que dormes, Senhor? Levanta-te, e não nos desampares para sempre! Por que apartas teu rosto, te esqueces da nossa miséria e tribulação?” (Salmo 44.23,24 – BCF). 

Mas, qual o que! Isto não passa de um lamurio natural, próprio de quem está em desespero, ou de quem não conhece a Deus de verdade; ou, de quem O conhece, mas se vê sufocado pela angústia! Não existe Deus escondido! Ao contrário, Ele está lá em cima, e aqui, e em toda parte, onipresente que é. Vale a pena ler todo o Salmo 139 (138, na versão de Figueiredo), de onde se extrai: “Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá” (Salmo 139:7-10 – NVI). 

Esta é a verdade traduzida pelo Espírito de Deus: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Salmo 145.18 – ARC). Não há Deus oculto! Pode não se manifestar, Ele, no tempo que o homem aspira – Ele é soberano sobre o tempo! Pode não se manifestar, Ele, no modo que o homem deseja – Ele é soberano sobre o modo. “E o coração do sábio conhece o tempo e o modo” (Eclesiastes 8.5 – ARA). Mas, que se reconheça de uma vez por todas: Não há Deus escondido! Nunca houve! Jamais haverá!

Verner Geier, cá no Brasil, disse: “Era 01.30h, madrugada, Setembro de 1980. Era a minha vez: Mary (minha esposa) e eu nos revezávamos para cuidar do Billy (2 anos) e do Davi (apenas um mês de vida). Levantei-me, cuidei deles, e tentei voltar a dormir, mas os problemas dos dias correntes vieram-me à mente;  fugiu-me o sono.  Abri a Bíblia e parei no Salmo 142. Que conforto! Logo, me veio uma melodia… Levantei-me, plena madrugada, fui ao piano, e comecei a escrever a partitura. Além disto, harmonizei as quatro vozes, metrifiquei as estrofes. Olhei pro relógio: 7 da manhã… Com a minha voz, clamo ao Senhor… A Deus, toda a glória! ” 

Ouça, aqui, o hino, sob a interpretação do Coral Vozes do Calvário (Campinas, SP), em companhia da Orquestra Filarmônica Messiah.  
Segue a letra, para o caso de ser útil… Mais abaixo, nosso Audio  Player, para a execução… 

SALMO 142
(COM A MINHA VOZ CLAMO AO SENHOR, 1980)
Verner Geier  

Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Quando aqui dentro de mim esmorece o meu espírito,
Tu então conheces minha vereda
Olho à mão direita e vejo: Não há quem me conheça,
Não há ninguém onde me refugiar!…

Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Ó Senhor a Ti clamei, pois Tu És o meu refúgio
E o meu tesouro entre os viventes
Vem, atende ao meu clamor, estou muito abatido
Livrar-me vem do forte tentador!…

Com a minha voz clamo ao Senhor,
Com a minha voz ao Senhor suplico
Diante d'Ele a queixar-me eu estou,
Diante d'Ele exponho a minha aflição
Tira-me desta prisão e assim louvarei Teu nome
E então os justos me cercarão
Meu Senhor, eu clamo a Ti: Oh, vem livrar minh'alma
E cantarei que me fizeste bem!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses 

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil

BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional

N° 240 : “O BANHEIRO E A BALEIA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Fevereiro de 2016

Qual a semelhança entre a dona Maria Josefa, de São Roque (SP), e o filho de Amitai, da Galiléia? Eu conto já…

Maria Josefa da Silva, 73 anos, moradora sozinha de um apartamento na Vila Aguiar do município paulista, recebeu telefonema de uma das filhas. Elas sempre ligam, ou visitam, ou levam… Naquela semana, de Janeiro deste ano, a filha estava com impedimentos para ir ver a mãe. Mais ou menos assim, foi a conversa:

Tudo bem com a senhora?
– Tudo bem!
– Não vou poder ir nem hoje nem amanhã, tudo bem?
– Tudo bem…  

Na Quinta, dia 07 de Janeiro deste ano, dona Josefa entrou no banheiro. Ao tentar  sair, a maçaneta da porta se soltou em sua mão. Ela sempre carrega o celular, mas, naquele dia, sabe-se lá por que cargas d’água, não levou. Tentou de tudo para abrir a porta, presa por dentro que estava. Qual o que!… Gritou, gritou, ninguém ouvia.  Esmurrou a porta, tentando que alguém lhe ouvisse a agonia, ou que a porta se destravasse; qual o que!… Veio a noite de Quinta. O jeito foi improvisar uns panos, como a toalha, no chão do banheiro, para tentar dormir. Afinal, na Sexta de manhã, certamente chegaria alguém, e salvá-la-ia…  Mas, a Sexta repetiu a Quinta. Fome apertando, sede… O jeito foi encher o estômago com água da torneira, antes que o delírio compelisse algo pior. E a hipertensão? Sem remédio! Literalmente. Mais uma noite no chão frio e duro do banheiro. Só no Sábado pela manhã uma vizinha ouviu os gritos, já enfraquecidos, da idosa. Chamou o Corpo de Bombeiros, que efetuou o resgate.  No celular, que ficara do lado de fora, nenhuma chamada perdida…

O filho de Amitai com quem a comparo foi Jonas, o profeta.  Deus o convocou, desde uma pacata cidade de Zebulom, para ir pregar na grande metrópole mundial de Nínive. Nínive, naquele tempo, tinha dias parecidos com nosso Brasil, especialmente quando do período de Carnaval (ver Jonas 1.2). Mas, Jonas resolveu fazer algo que, muito equivocadamente, julgou possível (ver o verso 3 : Jonas 1.3). Resultado: Jonas permaneceu preso, por três dias e três noites, no ventre de um grande peixe. Quando se diz de uma “baleia”, não passa de mera conjectura; até porque, no rigor da classificação de Lineu (1707-1778), baleia não é peixe – é mamífero! Mas, não importa. 

 Escuta: se você está entre aqueles que acham que o evento é mera lenda, mito ou ficção, melhor se cuidar. Jesus credenciou historicamente a narrativa, ao usa-la como comparação quanto a si. Observe com maior atenção os versos 39 a 41 em Mateus 12.39-41. Sabe por que Jesus permaneceu “três dias e três noites” no seio da terra, quando expirou, após o suplício do Golgota? Para livrar a minha e a sua alma de uma eternidade no inferno, de onde não há retorno. Atente bem ao  que Ele afirmou, nos versos finais (43 a 50) de Marcos 9.

 Dona Josefa teve um imenso alívio quando os bombeiros romperam a porta do seu banheiro, livrando-a daquela clausura angustiante.

 

– Achei que eu ia morrer ali dentro!  – foi o que exclamou, na hora! [Jonas, quase…]

Mas, pelo que Jesus ensinou, tomando o episódio de Jonas como advertência profética da Sua própria clausura na sepultura, em favor de livrar-nos, do inferno não há retorno, não há saída, não há recurso, não há livramento. A não ser com Jesus… Mas tem que ser hoje! Agora!    

De minhas antigas gravações da WKES Keswick Radio, uma conversão para nossa mensagem musical. Não sei quem canta, nem quem compôs. Mas sei quão oportuno apelo é…

Richard Dawkins (1941…), o famoso biólogo evolucionista britânico, disse perante as câmeras da tevê: “Se eu encontrar com Deus, no dia em que eu morrer, vou interrogá-lo sobre duas coisas: que deus és tu? Zeus? Thor? Baal? Mithra? Yahweh? E por  que permitiste tanto sofrimento, para te esconderes de nós? 

 Ouça, com nosso Audio Player online, logo após a letra (original e tradução)…

BEFORE YOU DIE, MEET THE LORD
ANTES DE MORRER, ENCONTRE-SE COM DEUS

Before you die, meet the Lord
Antes de morrer, encontra-te com Deus
Reach out and take His hand, heed His Word
Sê alcançado por Sua mão, dá ouvidos à Sua Palavra
Confess to Him you’re wrong, eternity is long!
Confessa a Ele que estás errado, a eternidade é longa!
Before you die, meet the Lord!
Antes de morrer, encontra-te com Deus!

If you could see and know just what a future holds
Se puderas ver e saber o que reserva o futuro
You’d never take a chance and loose your soul
Jamais terias chance, e perderias tua alma
But God above can see from here to eternity
Mas Deus do alto pode ver, daqui para a eternidade
So give it a thought my friend: meet the Lord!
Portanto, pense nisto, meu amigo: encontra-te com Deus!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
Ulisses

 Notas das citações bíblicas: 
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional