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Author Archives: Ulisses Horta

N° 310 : “NÃO ME IMPORTA!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Agosto de 2017

As décadas de Cinquenta e Sessenta viram, no Brasil, o  florescimento de movimentos e organizações que alcançaram muitos jovens da época e os mobilizaram nas fileiras cristãs evangélicas. A partir de 1952, chegaram os pioneiros da Mocidade para Cristo – Donald Philips, Paul e Jane Overholt. Pouco depois, chegaram os pioneiros do Palavra da Vida – Haroldo Reimer e Ary Bollback. Estes últimos, começaram seu ministério missionário no Brasil entre índios Xavante. Poucos dias atrás, o pastor Reimer foi ao Araguaia, onde recebeu, por batismo, novas gerações dos primeiros Xavantes que ele mesmo batizou, sessenta anos atrás. Emocionante! Fui convidado para a marcante celebração, mas não tive condições… Perdi a festa (e o privilégio)!

Aquela geração, seguidora dos pioneiros norte-americanos, a saber, Jack Wyrtzen (1913-1996), Torrey Johnson (1909-2002), e o próprio Billy Graham (1919-…), influenciou uma nova geração quase inumerável. Como disse Waylon Moore (1928-…): “só o céu dirá quantos mais compõem essas fileiras…”. Muitos e muitos pregadores e missionários surgiram sob sua influência. Também, hinos e canções marcantes. Reproduzo, aqui, uma delas, que me marcou, nas décadas de Sessenta e Setenta:

Não me importa se o sol não brilhar: Jesus é meu, sim, sempre meu!
Não me importa se escurecer, Cristo comigo está!

Nunca me desampara, pois seguro estou
Nas horas difíceis, sim cantando eu vou
Sempre alegre e alegre, pois
Não me importa se o sol não brilhar: Cristo comigo está!
(Composição original em 1951: Why Should I Care? de Phillip Stanley Kerr, 1906-1959).

Provavelmente a geração atual nunca cantou, ou nem ao menos ouviu. Não é difícil de aprender… A melodia é simples, e muito harmônica, bonita. Mas, é difícil de cantar. Não me refiro à melodia: refiro-me à letra. Refiro-me à declaração pessoal em que ela se transforma, quando pronunciada. Quem refletir seriamente no que estará cantando, e analisar a si próprio, sua real disposição interna, seriamente, talvez não se atreverá.

É preciso ter uma disposição férrea, como a de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, amigos de Daniel – homens tementes a Deus. Eles eram administradores de províncias no grande império da Babilônia. O rei Nabucodonosor havia erigido uma grande imagem de escultura para ser adorada, em sua própria honra, por todos no império. Mas, os três, tementes a Deus que eram, levando a sério o Segundo Mandamento (ainda que com o risco de suas próprias vidas), se recusaram a obedecer ao rei. Era uma questão de escolha entre duas opções em frontal conflito: obedecer ao rei, ou obedecer a Deus… Não tiveram dúvidas! Sua resposta foi: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer" (Daniel 3.16-18, NVI).

Aqueles três sabiam que Deus é soberano; Ele governa até sobre os poderosos. Sabiam, também, que, em Sua soberania, Ele realiza Seus feitos de acordo com Seus planos, com Seu querer, com Sua sabedoria proposital; não, de acordo com preferências de qualquer criatura (mesmo que profundamente temente a Ele). Além disto, aqueles três já tinham sua decisão sobre ante quem se curvarem: se curvariam ante o Soberano Celestial Todo-Poderoso e Eterno; não, ante o terreno soberano, poderoso em escala finita  e temporária.  

É assim! Tiago nos lembra: "Se o Senhor quiser, não somente viveremos, como faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.15, ARA). Assim, fica claro, mesmo que implícito: se o Senhor não quiser, nem faremos isto ou aquilo, e nem tampouco viveremos. Mas, que isto importa? Importa é estar com Cristo. Aqui, ou, ainda melhor, “lá”! Se o sol  não brilhar, se o céu toldar, se o mundo se revirar, se o amparo  humano  faltar, se a força falhar, se a base embaixo afundar, se a saúde o  tempo levar, se o fim do túnel se ocultar, nada vai  importar… Melhor é com Cristo estar! Sempre melhor.

Phillip Stanley Kerr parou de compor e de cantar aos 53 anos de idade, apenas. Foi para a glória celeste, cantar com mais propriedade e infindo gozo! Os três, na Babilônia, disseram ao rei: se o Senhor não quiser nos livrar de sua fornalha, ó rei, não importa! Não nos curvaremos à imagem!  Teríamos a mesma coragem?

Num episódio entre três testemunhos de pessoas enfrentando a dureza do câncer (todos três, inclusive seu próprio irmão, foram vencidos pela doença), Bill Gaither cantou a canção que desfecha a nossa mensagem de hoje. Ela se ‘inspira’ no apelo daquele pai angustiado, de Marcos 9.24. Depois da poesia traduzida, nosso player…

I BELIEVE, HELP THOU MY UNBELIEF (1975)
Eu CREIO, AJUDA-ME NA MINHA FALTA DE FÉ

Bill (1936-…) & Gloria Gaither (1942-…)

I believe, help Thou my unbelief
Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé
I take the finite risk of trusting like a child
Tomo o risco finito de confiar como uma criança
I believe, help Thou my unbelief
Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé
I walk into the unknown trusting all the while!
Caminho rumo ao desconhecido, confiando o tempo todo!  

I long so much to feel the warmth
Aspiro tanto sentir o ardor

That others seem to know
Que outros parecem conhecer
But should I never feel a thing
Mas, se nunca eu sentir coisa alguma
I claim Him even so!
Eu clamo a Ele, mesmo assim!
I believe, help Thou my unbelief
Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé
I walk into the unknown trusting like a child…
Caminho rumo ao desconhecido confiando como uma criança…
I walk into the unknown trusting…
Caminho rumo ao desconhecido confiando…

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

N° 309 : “FÉ & MILAGRE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Agosto de 2017

Não é de hoje que cristãos confundem milagres com alvos da genuína fé do dia-a-dia. Essa confusão se mostra quando alimentam expectativas de milagres como se fossem sinais visíveis de sua fé, como se fossem objetos de promessas que lhes pertencem. Por conta disso, nutrem expectativas de se cumprirem, em suas vidas, promessas que, na verdade, não lhes pertencem.

Exemplo disto se viu, nestes dias, na atitude do pastor Jonathan Mthethwa. Um jornal do Zimbabwe, país africano, divulgou que ele resolveu desafiar a natureza, assim como Jesus fez. Em Mateus 14, lê-se que Jesus, depois de despedir a multidão à qual ele alimentou, miraculosamente, com a multiplicação de cinco pães e dois peixes, subiu ao monte próximo da margem do Mar da Galiléia para orar. Seus discípulos tomaram o barco e rumaram para Genesaré, do outro lado. E Jesus foi ao encontro deles, alta madrugada. O detalhe é que Jesus foi visto pelos discípulos, que estavam no barco, do lado de fora deste, andando por sobre as águas. Ele não estava em outro barco; simplesmente, mas sobrenaturalmente, desafiou a lei da gravidade.

Então, num rio do Zimbabwe, chamado de Mpmumalanga, o pastor resolveu dar uma demonstração de fé e poder, imitando Jesus. Para isto, ficou uma semana, previamente, em oração e jejum.  Mpmumalanga significa “terra do sol nascente”. Jonathan entrou no rio, e foi se afastando, diante dos olhos de muitas pessoas, proclamando que andaria por sobre as águas. Mas, antes que conseguisse ao menos flutuar na horizontal, aconteceu uma tragédia: um dos membros da igreja do pastor, ali presente, relatou que, estando a cerca de trinta metros da margem, foi violentamente atacado por três grandes crocodilos, que deram cabo de sua vida quase instantaneamente. Muitos outros viram isto. O resgate da cidade, então chamado, nem teve tempo para o socorro.

Em muitas igrejas vejo (e ouço) crentes cantando que Deus vai  lhe fazer mover no sobrenatural,  que se diante deles não se abrir o mar, Deus vai lhes fazer andar por sobre as águas…  Outros, cantam sua aspiração sob a lembrança do episódio miraculoso de Marcos 5, em que uma mulher hemorrágica foi curada só de tocar nas vestes de Jesus. Pode até ser que seja mero uso de licença poética, como alguns chegam a defender. Mas, a verdade é que tais cânticos, e atitudes como a do pastor no Zimbabwe, insinuam (quando não até reivindicam) um tipo de fé sem autenticidade. Há muitas ocorrências e muitas promessas de feitos sobrenaturais, na Escritura, que pertencem apenas a quadros particulares da Revelação; não pertencem a outros personagens da história do povo de Deus. Reivindicar tais promessas, alimentar esse tipo de fé é um grande equívoco… Pode ser frustrante, desastroso mesmo, como no caso do rio Mpmumalanga.

Bater com um cajado na beira do rio provavelmente não vai abri-lo, só porque Deus deu essa promessa a Moisés; Deus deu a promessa a Moisés, e só a Moisés, para uma única ocasião. Orar em cima do cestinho de pães e peixes provavelmente não vai repetir o feito de Jesus. Andar por sobre as águas não é uma promessa que alguém mais possa reivindicar, como demonstração de sua fé, só porque a Pedro foi dado esse privilégio, momentaneamente; Pedro andou um pouquinho, e depois nunca mais… Todas as outras ocasiões em que Pedro precisou cruzar sobre águas, usou barcos.  

Há uma grande e generalizada confusão entre muitos seguidores da Palavra de Deus, por não saberem entende-la e usa-la. Outro exemplo disso é a definição de fé em Hebreus: “Fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus 11.1, ARA). Alguns são convencidos por pregadores enganados (e enganadores) de que podem sonhar grandes sonhos, até para ganhar o mundo, como o colombiano César Castelhanos garantiu aos seus discípulos. Este mesmo afirmou que Deus lhe deu uma promessa semelhante à que havia dado a Abraão: uma descendência (de discípulos) como a areia do mar, como as estrelas do céu.

Ora, a fé de que fala o texto em Hebreus não é a dos anseios e sonhos pessoais; não é a que espera o que parece impossível aos homens, ainda que possível para Deus. Aquela fé ali pontuada é a fé no cumprimento de promessas que Deus deu a todo o seu povo. É disto que falam as palavras antecedentes em Hebreus. São as promessas registradas na Escritura – revelação de Deus para todo o Seu povo, em todos os tempos – que ainda não se cumpriram, que consiste nas coisas que se esperam, nos fatos que se não vêem. No caso particular dos hebreus, eram as promessas do Antigo Testamento, que começavam a se cumprir…

Milagres podem acontecer – e alguns acontecem. Não são a provisão corriqueira de Deus para o Seu povo. São muito extraordinárias. Os que alimentam expectativas de que o extraordinário se transforme em usual incorrem em grande erro. E ainda podem causar dano à fé de muitos neófitos.  Muito cuidado! Milagre não é sinal de fé verdadeira… Não é provisão divina corriqueira.  Não sejamos incrédulos, mas também não sejamos tolos!

"O Maior Milagre" (It Took a Miracle"), de John W. Peterson (1921-2006), é a nossa mensagem melódica para terminar esta reflexão. Ouça, com nosso.. 

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 308 : “QUESTÃO DE OPORTUNIDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Agosto de 2017

Atribui-se ao juiz federal Sérgio Moro (1972-…) a seguinte mensagem, divulgada por várias mídias: "Quando se tem oportunidade de furtar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópia pessoal na máquina Xerox do trabalho, não se perde a oportunidade. Quando se tem oportunidade de furtar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta, na hora do almoço, para a empresa reembolsar, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de roubar R$ 30,00 (trinta reais) de um artista comprando um DVD pirata, não se perde oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 250,00 (duzentos e cinquenta) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TV’s a cabo, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 2.000,00 (dois mil reais) escondendo um defeito do seu carro na hora de vendê-lo, enganando o comprador, não se perde a oportunidade. Muitos  não  perdem  nenhuma oportunidade, devolvem a carteira mas furtam o dinheiro, sonegam imposto de renda, dão endereço falso para adquirir benefícios que não tem direito, etc, etc. etc… Bom, se você trabalhasse no Governo, e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 (um milhão), com certeza, se você não perde uma oportunidade iria aproveitar mais esta oportunidade. TUDO É UMA QUESTÃO DE ACESSO E OPORTUNIDADE. O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não são só a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles, são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os  políticos  de  hoje foram ontem oportunistas e se não mudarmos a estrutura de valores de nossa sociedade e trazer a Ética e a Moral como pilares do comportamento nunca seremos um povo realmente honesto e justo!”

Há fontes que afirmam que esta mensagem não é, verdadeiramente, de Sérgio Moro. Admite-se que alguém, menos famoso, quis passar a mensagem, e valeu-se do nome dele para aumentar a repercussão. Seja como for, a mensagem é digna de reflexão. É assim mesmo: se um determinado livro é disponível por certa editora, mas fica mais barato (ou mais ‘conveniente’) ‘xerocá-lo’, muitos vão fazer isto. Se o troco veio a mais, lá no caixa, por que alertar o caixa e devolver? “Não tenho culpa se ele errou!”, ainda costumamos dizer, de um lado do cérebro para o outro, justificando a retenção do alheio .

O maior especialista em natureza humana diagnosticou exatamente isto, e ainda com mais detalhes: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9, ARA). Neste caso, não se há de estranhar quanta indiferença ainda se veja quanto aos mandamentos:

Oitavo: “Não furtarás!”

Décimo: “Não cobiçarás…”

Quero considerar, nas poucas linhas que me restam neste texto, o cenário do segmento que se chama cristão (especialmente o evangélico). Será que estamos de brincadeira com Deus? Será que estamos menosprezando os padrões éticos que Ele demanda, incorrendo em práticas semelhantes (ou iguais) às da mensagem acima, atribuída ao juiz? Será que estamos fazendo pouco caso da necessidade de fazer diferença no meio da nossa geração, da necessidade de pagar o preço da integridade, da honestidade, da fidelidade? Será que estamos olvidando, levianamente, o imperativo de levar, em nós, as marcas de Cristo (Gálatas 6.15-17)?

Infelizmente, em diferentes contextos tenho ouvido palavras de recriminação quanto a crentes que são vistos como iguais (ou até piores) que os não crentes. Que tempo desafiador! Jesus disse: “…todo discípulo que for perfeito [que for bem preparado, bem instruído], será como seu mestre” (Lucas 6.40, ARC, com alternativas em NVI  e ARA). Por este ângulo, se não estamos conseguindo ser como nosso Mestre, o Excelente, falha nossa! Somos maus aprendizes.

Povo de Deus, é preciso espelhar Cristo com mais propriedade, e com mais visibilidade. A geração à nossa volta está clamando por isto, como pedras que clamam. “Questão de oportunidade” que tira vantagem de tudo (inclusive do ilícito) não é oportunidade boa, louvável. Oportunidade boa e louvável é aquela que nos enseja pagar o preço do caráter, da retidão. Como ele – Cristo – pagou: Foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas, sem pecado” (Hebreus 4.15).  

Nosso hino de hoje foi composto por alguém que, com 28 anos de idade, teve que lutar contra um câncer. A luta levou-lhe um olho, mas não lhe levou a disposição de ser um imitador de Cristo. Sua composição, pouco tempo depois, retrata esta aspiração. Após a letra traduzida, nosso Player online…

A SERVANT’S HEART (1987)
Coração de Servo

Ron Hamilton (1950-…)

Make me a servant like you, dear Lord,
Faz-me um servo igual a ti, querido Senhor
Living for others each day

Vivendo para outros cada dia
Humble and meek,

Humilde e manso
Helping the weak,

Ajudando os frágeis
Loving in all that I say…

Com amor em tudo que falar…

Give me Lord, a servant's heart
Dá-me, Senhor, um coração de servo
Here's my life, take ev'ry part.

Eis minha vida, toma-me por inteiro
Give me, Lord, a servant's heart.
Dá-me, Senhor, um coração de servo
Help me draw so close to You
Ajuda-me a andar bem perto de Ti

That Your love comes shining through
Que Teu amor brilhe em mim
Give me, Lord, a servant's heart,

Dá-me, Senhor, um coração de servo
Give me, Lord, a servant's heart.
Dá-me, Senhor, um coração de servo

Make me a witness like You, dear Lord,
Faz-me testemunha como tu és, querido Senhor
Showing the love of the cross,

Mostrando o amor da cruz,
Sharing your Word till all have heard,
Compartilhando Tua  Palavra, té que todos a ouçam

Serving whatever the cost…
Servindo seja a que preço for…

AUDIO PLAYER ONLINE

Abraços, até à próxima

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 307 : “HISSOPO: MAIS QUE 1001 UTILIDADES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Julho de 2017

Pergunta de cultura quase inútil: em que país do mundo está o recordista mundial (de acordo com o Guinness, o Livro dos Recordes) em prestação de serviço de campanhas publicitárias para uma única empresa? Se você arriscou o Brasil, acertou. O ator Carlos Moreno, nascido em São Paulo em 1954, por quase 40 anos (desde 1978) garoto-propaganda de uma única marca, desempenhou diversas vinhetas publicitárias na tevê para a Bombril. Isto, além de outras mídias. 

Em 2004, depois de 16 anos de campanhas, a indústria achou de rescindir seu contrato. Resultado: o fabricante concorrente começou a crescer, enquanto Bombril perdia espaço. Logo chamaram Moreno de volta, e ele permaneceu a serviço da marca até 2016. Ao lado da lã de aço, outros produtos da indústria completam o conjunto, todos relacionados ao setor de limpeza. O slogan se tornou famoso: mil e uma utilidades. É claro que é uma força de expressão, que quer insinuar ilimitadas possibilidades de aproveitamento…

Vou aproveitar o embalo, e falar de um outro agente de limpeza que ultrapassa a alegada eficiência do produto de “mil e uma utilidades”. É verdade: tem mais, muito mais do que “mil e uma utilidades”. Limpa as vestimentas, limpa os calçados, limpa os pés, limpa as mãos, limpa os ouvidos, limpa os olhos, limpa a boca, limpa o sangue, limpa o caminho, limpa o horizonte, e assim por diante…

Como precisamos desse agente de limpeza! A sujeira, a impureza, as nódoas, a corrupção, a contaminação, enfim, toda forma de pecado, carece essencialmente desse agente. A luta contra o pecado nos parece, às vezes, repetitiva e enganosa. Quem já não repetiu, por vezes, o mesmo pedido de perdão a Deus, em suas confissões? Muitos de nós gostaríamos que Deus usasse, em nosso benefício, uma espécie de varinha de condão… Tocou com a varinha, pronto! Ficamos livres de reincidir naquele pecado, ou naquele outro.

Certa feita, Jesus curou a um leproso de um modo que muitos de nós gostaríamos que tratasse nossa prática de pecado. A história se deu assim: E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.  E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra(Mateus 8.1-3, ARC).

E, assim sonhamos: Senhor, livra-me desse meu pecado, que sempre está me atazanando… Vem Jesus, nos toca, dizendo: Quero! Não peques mais nisto! Seria esplêndido, se fosse assim… Mas, não é assim que Deus opera a limpeza. O salmista orou: “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51.7, ARA). Então, Deus usa hissopo. Aí está um produto muito mais eficiente do que qualquer da propaganda do Carlos Moreno. E o que é hissopo? Trata-se de uma planta, que sempre foi muito utilizada para diversos fins, inclusive na limpeza.

Obviamente que Deus não purifica o nosso pecado com plantas… Trata-se de uma figura de linguagem. Jesus apontou com clareza, sem figuras, qual “hissopo” Deus usa para fazer a nossa limpeza de pecados: “Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado” (João 15.3, NVI). Ninguém se iludirá, pensando que Jesus já resolveu o problema do nosso pecado de uma vez por todas. Fosse assim, não exortaria a permanecermos ligados a ele. O que fica fora de dúvida, com base na afirmação, é que o “hissopo” de Deus, para limpeza espiritual das nossas impurezas, é a Palavra de Deus!

Varinha de condão? Qual o que! Toque milagroso? Espere sentado! Quer dissipar, definitivamente, a dúvida? Leia, com calma e atenção, o Salmo 119. Como num cântico, em que o refrão se multiplica mais de uma centena de vezes, repete-se o agente, como exemplifico: Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (Salmo 119.9, ACF). É uma infeliz ilusão ficar somente pedindo a Deus que nos afaste desse ou daquele pecado. Sem o “hissopo” da Palavra de Deus, que tem mais do que 1001 utilidades, não acontece. O método de Deus não é por mágica: é pela Sua Palavra, Seus mandamentos, Sua lei, Seus testemunhos, Seus decretos, Suas promessas, etc… É fácil descobrir a razão de sermos tão fragilizados ante as tentações: falta de “hissopo”!

Você quer ser vencedor contra o pecado, contra sua reincidência tenaz, contra seu assédio letal? “Hissopo”! Todo dia, toda hora… Na mente, no coração, diante dos olhos, pelos ouvidos, nas mãos… Jesus Cristo deu o seu sangue para purificar a igreja, limpar os fiéis… Como? “Pelo lavar da água por meio da Palavra” (Efésios 5.26). “Hissopo”, isto é, a Palavra de Deus, é muito mais eficiente do que Bombril, Limpol, e todos os demais produtos de limpeza, juntos… São mais do que 1001 utilidades!

 

Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 306 : “REENCONTRO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Julho de 2017

No último dia 18 de Abril, meu neto, Matheus, estaria completando um ano de idade, em São Paulo. Conforme previamente combinado, lá estaríamos – Maiza, Ulissinho e eu. Entretanto, como desde o meu acidente de Novembro de 2015, dirigir longos trechos foi algo que ficou mais penoso para mim, decidimos ir de avião. Meu filho, em sua peculiaridade pessoal, adora…

Já no espaço aéreo paulista, a viagem foi ficando cada vez mais desagradável e perigosa: tempo fechado por tempestade, raios, muita turbulência. A aproximação de Congonhas foi horrível. Na primeira tentativa, a poucos metros da cabeceira “Bandeirantes”, o piloto arremeteu, tal o risco. Não houve como não vir à minha lembrança o fatídico voo JJ3054, de 17 de julho de 2007. 

Aquele vôo, originário de Porto Alegre, pegou a cabeceira oposta de Congonhas. Sem conseguir parar nos menos de dois mil metros de pista, a tentativa de “cavalo de pau”, antes que caísse na confluência da Bandeirantes com a Washington Luís, não resultou como esperado: a aeronave cruzou por cima desta última avenida, chocou-se contra o prédio da própria companhia aérea (além do posto de gasolina contíguo), e explodiu em chamas… 187 vidas ceifadas dentro do aparelho, e mais 12 em solo!

Excessos de desmazelos, descuidos e ganâncias acarretaram o acidente. Pista liberada por autoridades sem estar em condições em dia de chuva torrencial, aeronave com defeito no reverso, com extra peso (por causa de um abastecimento excessivo em Porto alegre, só para ‘aproveitar’ combustível mais barato), fase de “apagão aéreo” brasileiro, tecnologia ultrapassada, teimosia em não se deslocar o pouso para Guarulhos, e possível falha humana no momento crítico, foram as causas apontadas para o acidente.

Dario Scott, pai de uma garota que tinha 14 anos quando morreu no acidente, preside a associação das vítimas. Ele se diz pessimista quanto à possibilidade de, passados dez anos, alguém ainda ser responsabilizado pelo acidente. Até agora, os três apontados têm sido absolvidos. “Acho que o culpado fui eu, que escolhi mal a companhia aérea e o aeroporto para onde mandei minha filha. Agora me resta a pena perpétua de nunca mais poder abraça-la”.  

“Nunca mais” é uma expressão por demais radical. Diferente foi a expressão de minha cunhada, e suas irmãs, poucos dias atrás, quando sua mãe foi ‘vencida’ por uma leucemia recentemente descoberta. O sentimento da separação era doloroso, sem dúvida. Mas, a expectativa de reencontro era firme e convicta. De onde vinha?

A palavra de Deus é a fonte de tal expectativa. Primeiro, porque afiança que não pertencemos a este mundo; estrangeiros e peregrinos no mundo” (I Pedro 2.11), é a maneira como a Escritura se refere aos que, redimidos no sangue de Cristo, aguardam a morada celeste. Pela morte, apenas passamos da morada de tenda provisória desta vida para a morada permanente da eternidade.

Segundo, porque afiança que a morte não é o último evento: “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual.” (I Coríntios 15.42-44, ARA). Ao comparar a morte à semeadura, a Palavra de Deus é sábia, porque compara o corpo sepultado à semente lançada na terra, que um dia brota à vida de novo.

Terceiro, porque aponta que a sequência da morte promete reencontro: Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles [‘os que dormem’, ‘os que morreram em Cristo’, cf versos 15 e 16] nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.17, ACF). Davi, quando perdeu seu filho, disse, consolado: “Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim” (II Samuel 12.23, NVI). No Antigo Testamento é repetida a expressão “e foi reunido ao seu povo”, referindo-se à morte dos fiéis de Deus: Abraão, Isaque, Jacó, Arão, Moisés, etc…

O fato é que, se somos abrigados sob a graça divina, se somos agasalhados sob Sua misericórdia redentora, não podemos dizer ‘nunca mais o veremos’, ‘nunca mais a abraçaremos’… Haverá um reencontro, e essa expectativa é confortante, é consoladora. “Mas, vós chegastes ao monte Sião, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, ao congresso de muitos milhares de anjos, e á igreja dos primogênitos que estão arrolados nos céus, e a Deus, que é o juiz de todos, e aos espíritos dos justos consumados” (Hebreus 12.22,23, BCF).

O autor da peça musical que encerra a mensagem de hoje nasceu em uma propriedade rural de Oklahoma. Depois de anos de trabalho duro, plantando e colhendo algodão, sua aptidão para a música levou-o ao serviço de seu Redentor. Havendo composto mais de 800 hinos, estão alguns deles entre os mais lembrados do século XX. No seu primeiro verso, o autor toma emprestado um termo dos antigos poetas gregos – Elísio. Para Homero, era a terra paradisíaca das extremidades do mundo, terra dos virtuosos; para Hesíodo, eram as ilhas paradisíacas dos bem-aventurados. Cantam Donnie Sumner e seu tio, J. D. Sumner (1924-1998). Após a transcrição traduzida da letra, acione nosso Audio Player online, para ouvir…

I’LL MEET BY THE RIVER (1959)
Te Encontrarei Junto ao Rio
Albert Edward Brumley (1905-1977)

Over on the bright Elysian shore, 
Lá na brilhante praia Elisiana
Where the howling tempest comes no more,
Onde a uivante tempestade não mais ocorre
I'll meet you by the river, some sweet day!
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
Far beyond the partings and the tomb, 
Muito além das despedidas e do túmulo
Where the charming roses ever bloom,
Onde as charmosas rosas sempre florescem
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!


I'll meet you by the river some sweet day,
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
By the bright and shining river far away 
Junto ao brilhante e reluzente rio, lá, distante 
After we’ve flown these prison bars, 
Depois que nos tenhamos livrado destes grilhões
To a city far beyond the stars,
Rumo a uma cidade bem além das estrelas 
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

After all the disappointments here, 
Depois de todos os desapontamentos de aqui
After all the shadows disappear,
Depois que desaparecerem todas as sombras
I'll meet you by the river some sweet day 
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
When the evening sun at last goes down, 
Quando o sol decadente finalmente se for
When we go to wear a robe and crown,
Quando estivermos para vestir o manto e a coroa
I'll meet you by the river some sweet say.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 305 : “APRENDENDO A ESPERAR”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Julho de 2017

“Ela saiu para visitar a avó, mas não chegou lá. Nós a procuramos pela estrada, por todo o trajeto, mas nem sinal. A espera, nestes dias, foi terrível”. Assim a mãe da jovem Carolina Laila Soares, de Iturama, retratou a espera de quatro noites e três dias, sem notícias da filha.

Carolina saiu de sua casa, em Iturama, MG, para visitar a avó no distrito de Alexandrita. No caminho, porém, resolver desviar a rota, e seguir até Jales, SP, para visitar amigos. No trajeto, o veículo que dirigia, no começo da noite, despencou por uma ribanceira de dez metros de altura, e foi parar num buraco profundo, à beira de um riacho, à margem da rodovia. Carolina conseguiu sair do veículo arrastando-se, até à beirada do riacho; gritou por socorro seguidas vezes, mas ninguém lhe ouviu.

Ao arrastar-se pela terra, agravou o quadro que lhe acometeu, e perdeu as forças ao cair com metade do corpo no ribeirão. Amanheceu o primeiro dia, a esperança voltou; mas o dia inteiro se passou, sem que ninguém lhe socorresse. Com fraturas na bacia, na perna e na costela, suas forças se esvaíam. A segunda noite foi pior; a água do ribeirão era suja, mas não havia outra alternativa contra o risco de desidratação. A família começou a procurar por todo o trajeto previsto, sem sinal; sua mãe temeu por tudo o que imaginou.

Segundo dia, terceira noite, e nada. Esperar pelo que se anseia, quando passa o tempo, não é fácil. Terceiro dia, nenhum socorro. Ao amanhecer da quarta noite, um trabalhador rural avistou o carro todo retorcido. Só quando chegou perto, viu a moça, meio corpo dentro d’água. Carolina foi levada ao hospital de Fernandópolis, com quadro de desidratação, desnutrição, hipotermia, anemia, oximetria baixa, embolia pulmonar, além das dores pelas fraturas e dos riscos de infecção. A espera chegava ao fim…

Esperar é um exercício. Às vezes, não tão saudável. A própria Escritura diz: “A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore de vida” (Provérbios 13.12, NVI). A fé, quando firmada em promessas já possuídas, produz uma esperança saudável; por isto é certeza de coisas esperadas, isto é, promessas reveladas, ainda que apontando para fatos ainda não visualizados (conforme Hebreus 11.1).

Esperar pela provisão divina é também exercício; exercício para a fé, para as têmperas da alma. Quantas vezes Deus se atrasa nas Suas provisões? Que pergunta! E Deus se atrasa alguma vez? Quem sabe alguma coisa dos atributos de Deus sabe que não: onisciência, onipresença, onipotência, soberania, sabedoria… Todos os Seus  atributos são revestidos da perfeição.

Mas, se é assim, por que tantas vezes somos tentados a olhar para o relógio, para o calendário, e olhar para a direita e para esquerda, como se estivéssemos prontos a denunciar o atraso de Deus, como se estivesse Ele para aparecer de algum dos lados? Quando é que isso ocorre? Quando uma enfermidade surge por dentro, ou ao lado… Quando uma fonte de renda se faz necessária… Quando uma reconciliação é aspirada… Quando uma solução importante é ansiada…  Quando um sonho é acalentado… Quando a expectativa de uma redenção é nutrida…

Mas, Deus nos põe a esperar, não poucas vezes. Sim, porque Ele tem o Seu tempo, que não se sujeita ao nosso tempo. O salmista, que experimentou muitas esperas, declarou: “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Salmo 40.1, ACF). Porque Deus nunca perde a capacidade auditiva.

O Senhor ensina, pelo Seu profeta, algo da mais alta importância: Os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaias 40.31, ARA). Esperar pelo acaso desgasta; esperar pelos homens, desaponta; esperar pela natureza impessoal e involuntária, ilude; esperar pelos astros, é insano; esperar pela força própria, é correr atrás do vento; esperar meramente por esperar é insensato…

Esperar no Senhor traz uma força misteriosa: a força que renova as forças pessoais, que se exaurem facilmente. No Senhor, esperar muito ou pouco não faz diferença: as forças se renovam, no muito ou no pouco. A esperança que se cultiva no Senhor não cria fadiga; pelo contrário… Parece uma contradição; mas, note: se esperar no Senhor faz renovadas as forças, esperar no Senhor mais do que a expectativa primária poderia agasalhar é contar com a força misteriosa que faz mais vigoroso o renovo. Por isto, aprender a esperar é imprescindível!  

Certo homem, artista, apresentador de rádio, se converteu a Cristo em 1949, com uma pregação de Billy Graham, também pelo rádio. Logo no início, ele descobriu que Deus tratou suas ansiedades fazendo-o esperar. Quantas coisas esperou de Deus, que parecia, às vezes, ta5dio em lhe ouvir. O texto acima, de Isaias 40, lhe foi de especial valor.Dali, compôs belíssimo hino, que hoje desfecha nossa mensagem. Acompanhe, clicando nosso player online após a apresentação da letra…

TEACH ME,LORD,TO WAIT (1953)
ENSINA-ME, SENHOR, A ESPERAR
Stuart Hamblen (1908-198)

Teach me Lord to wait, down on my knees
Ensina-me Senhor a esperar, quedado, de joelhos

Till in Your own good time You answer my plea
Até que, no teu bom tempo, respondas meu clamor

Teach me not to rely on what others do
Ensina-me a não confiar no que confiam outros

But to wait in prayer for an answer from You
Mas a esperar em oração por tua resposta

 

Teach me Lord to wait while hearts are aflame
Ensina-me, Senhor, a esperar, enquanto arde o coração

Let me humble my pride and call on Your name
Faz-me humilhar meu orgulho e por Ti clamar

Keep my faith renewed, my eyes on Thee
Mantem renovada a minha fé, meus olhos em Ti

Let me be on this earth what you want me to be
Faz-me estar, neste mundo, onde queres que eu esteja

 

They that wait upon the Lord shall renew their strength
Aqueles que esperam no Senhor renovarão as suas forças

They shall mount up with wings as eagles
Subirão com asas como águias

They shall run and not be weary
Correrão e não se cansarão

They shall walk and not faint
Caminharão e não desfalecerão

Teach me Lord, teach me Lord to wait!
Ensina-me Senhor, ensina-me Senhor a esperar!

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Abraços, boa semana !

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 304 : “PRECISAMOS DEIXAR A TERRA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Junho de 2017

Ele consta da lista das dez celebridades mundiais mais influentes. Isto mesmo: na lista da prestigiada revista Forbes, liderada pela respeitada apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, que conta com gente como o cineasta Steven Spielberg, o físico inglês Stephen Hawking (1942-…) ocupa o oitavo lugar entre os mais influentes do mundo. O fato de ser portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), que lhe tirou todos os movimentos dos membros, não o impediu de ser mundialmente reconhecido como cientista e professor de Cambridge.

Pessoalmente, gosto de observar as linhas do pensamento de Hawking. Não por apreciá-las; não é isto! É meu prazer observativo mesmo. Por exemplo, uma de suas recentes declarações: “Estou convencido de que precisamos deixar a terra”. De acordo com uma grande revista brasileira, especializada em jornalismo sobre ciência, ele antes pensava que as previsões de saturação do uso dos recursos naturais, pela humanidade, e o esgotamento das provisões, nos dariam mil anos, no máximo, para ‘usufruir o planeta’.

Agora, ele abreviou radicalmente esse prazo: está requisitando que dentro dos próximos três anos o homem volte a pisar a lua; e que, até 2030, instale lá uma estação de trabalho. Esse ensaio serviria para acelerar a conquista de Marte. E que, em cem anos, o homem seja apto a viver fora do nosso planeta. Seria uma espécie de redenção.

Muitos pensam que a decisão do presidente Donald Trump, de abandonar o Acordo Internacional de Proteção Climática, fez Hawking mudar de ideia, urgenciando a empreitada. Daí, seu apelo: precisamos sair do planeta, precisamos deixar a terra. O britânico não está descartando a luta para preservação ecológica. No entanto, está bem menos otimista quanto a essa luta, do que, digamos, um ano atrás.

Gerard van Groningen (1921-2014) foi um dos expositores mais claros sobre os três mandatos da criação, encontrados em Gênesis: o mandato cultural, o mandato social e o mandato espiritual. De fato, sob o mandato cultural, é notória a obrigação do ser humano em zelar pela criação divina, posto que é propriedade divina, não humana. Sob o mandato social, é obrigação do ser humano, de zelar pelo bem-estar dos seus semelhantes, e cuidar que as relações interpessoais sejam procedidas conforme as prescrições do Criador. E, sob o mandato espiritual, é obrigação do ser humano buscar a relação com o próprio Criador da maneira mais aprovada possível – aprovada por Ele! E que, nesta relação espiritual com o Criador, os demais mandatos se tornem subservientes, para serem adequadamente cumpridos.

O problema é que Hawking, que está entre os dez cérebros mais influentes do mundo, não acredita num Criador (embora, no passado, já tenha admitido a hipótese), nem situa as relações humanas com a natureza e com seus semelhantes debaixo da soberania divina. Mas, não posso dizer que seu apelo não contenha uma verdade. Sim, precisamos deixar a terra.

Não sei se vamos gastar mil anos, como antes Stephen Hawking supôs… Não sei se chega a cem anos, o prazo de validade deste mundo, como agora apregoa… Mas, de uma coisa sei: a salvação da humanidade não está na colonização da lua, nem na colonização de Marte, nem de qualquer outro lugar do cosmos.

Vamos deixar a terra, sim… Com certeza! E, parece que não vai tardar… Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.16,17, ARC).

Aliás, por mais que a maioria subestime – e, veja: estou falando, inclusive, de cristãos – a terra não demora a chegar ao fim de sua missão, quanto aos propósitos divinos para a presente era. Depois disto, vamos todos deixar a terra. O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada” (II Pedro 3.10, NVI).

De minha parte, tenho a segurança de que também deixarei a terra, sabendo para onde vou. Minha segurança provém da seguinte garantia: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João 14.2,3, ARA). Pois, “eu [também] sei em quem tenho crido, e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (II Timóteo 1.12, ACF). Espero que você possa dizer o mesmo…

Em 1972, o mundo passava por grandes turbulências: Watergate, o massacre das Olimpíadas de Munique, na Alemanha, dois terríveis acidentes aéreos (Andes e Espanha), sequestros, o grande incêndio do edifício Andraus, em São Paulo, a ameaça de explodir uma guerra entre U.R.S.S. e EUA, etc… Neste cenário alarmante, o compositor sacro afro-americano, aos trinta de idade, compôs um belíssimo hino. Ligue a caixa de som, clique no Audio Player online, após a letra transcrita e traduzida.       

IT WON'T BE LONG (1972)
NÃO VAI TARDAR 
Andrae Edward Crouch (1942-2015)

It won’t be long, then we’ll be leaving here
Não vai tardar, e então vamos partir daqui 
It won’t be long, we’ll be going home!
Não vai tardar, estaremos indo 'para casa' (REPETE).

Count the years as months, and count the months as weeks
Conte os anos como meses, e conte os meses como semanas
And count the weeks as days: any day now, we'll be going home!
E conte as semanas como dias: e qualquer dia desses, então, estaremos indo 'para casa'.

LOCUÇÃO:
You look around the world today, you see trouble and heartache on every side
Você vê o mundo de hoje à volta, vê problemas e aflição por todo lado
But the Father says : Don’t worry! For I've called you by my Name, and you are mine…
Mas o Pai diz: Não se turbem! Pois vos chamei pelo meu Nome, e vós sois meus…
So, when the flames of affliction threaten to ravage your soul
Logo, quando as chamas da aflição ameaçam devastar sua alma
When the mighty waves of strife threaten to wash over that old ship of Zion   
Quando as poderosas vagas de conflito ameaçam encobrir a nauzinha de Sião 
Remember : that it won’t be long!
Lembrem-se: Não vai tardar!
For Jesus said – friends, I’m gonna leave you now
Pois Jesus afirmou – amigos, vou deixá-los agora
But just as sure as I’m leaving you, I’m coming back to receive you
Mas tão certo quanto os deixo, voltarei para recebê-los
And when he comes again this corruptible is gonna put on incorruption
E quando ele voltar, este corruptível vai se tornar incorruptível
This mortal is gonna put on immortality 
Este mortal vai se tornar imortal
For we shall be changed !
Porquanto nós seremos transformados!
……………………………………

We shall be like Him (3x) any day now : We’ll be going home !
Nós seremos à semelhança dEle (3x), qualquer dia desses: estaremos indo para 'casa'.

It won't be long (it won't be long, it won't be long)
Não vai tardar… (não vai tardar, não vai tardar)
Then we'll be leaving here (going home)
Então nós partiremos daqui(indo para 'casa')
It won't be long (it won't be long, it won't be long)
Não vai tardar… (não vai tardar, não vai tardar)
We'll be going home (people, listen to us : it won't be long)
Estaremos indo para casa (pessoal, ouçam-nos: não vai tardar)
It won't be long (then we'll be leaving here)
Não vai tardar… (estaremos partindo daqui)
Then we'll be leaving here (you'd better be ready)
Então estaremos partindo daqui (é melhor que você esteja preparado)
It won't be long : we'll be going home!
Não vai tardar : estaremos indo para 'casa'!

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Abraços, boa semana !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 303: “ANÁTEMA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Junho de 2017

Eu ouvi a seguinte declaração, e parei para pensar: “Quando eu vejo famílias procurando escolas que falam a mesma linguagem que eles, eu ficou um pouco assustada porque é colocar a criança sob a ditadura de um pensamento único”. Quem defendeu isto foi a psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão (1955-…). Rosely tem uma coluna na Band News, e escreve semanalmente para a Folha de São Paulo. Grande revista nacional a considera a maior autoridade paulistana na educação de filhos, e uma das maiores do país.  

Foi Rosely a quem ouvi defender que os pais, em casa, podem exercer seu direito de monitorar e censurar o que os filhos lêem ou vêem; mas, para ela, esse direito inexiste no ambiente da escola. Ao ouvir, tocou a campainha e acendeu a luz amarela na minha consciência. Quando a percebo defendendo que a cosmovisão que se aprende na escola, que é livre, é maior do que a cosmovisão que se aprende com os pais, que é privada, preocupa-me. Quando a percebo defendendo que a “escola deveria oferecer, ao seu alunado, uma visão de mundo na perspectiva do conhecimento”, que é mais ampla, e que permite olhar criticamente para o que os pais ensinam, preocupa-me ainda da mais. A campainha tocou mais forte, e a luz dela ficou vermelha.

Pelo que ouvi na sua coluna no rádio, tive a percepção de que ela sustenta que o ensino paterno (mais limitado e censurado) está sujeito ao ensino da escola (mais amplo e livre), onde a criança, o adolescente, o jovem tem uma visão da realidade como ela é. Pareceu-me ouvir que, sem a escola, que amplia os horizontes de percepção de mundo e de vida, essa criança, ou adolescente, ou jovem, ficará bitolado. E o pior: pareceu-me que, colocando as duas matrizes de aprendizado na balança – a familiar e a escolar – esta última é muito mais rica e libertadora, para ela.

Pensar nisto, para alguns, já cria alguma resistência. Se for para mexer com as liberdades dos filhos, melhor não pensar. Ou, pior: se for para mexer com as comodidades dos pais, melhor não pensar. Muitos pais não estão se interessando, como deveriam, pelo que seus filhos estão aprendendo ou enfrentando na escola. Não raro, quando ‘acordam’, a catástrofe já se instalou. Mais cômodo lhes é, ao chegar em casa, espairecer à frente de uma tevê; ou, debruçar-se sobre a internet, facebook, etc.

Muitos só descobrem o mal que causa, a seus filhos, a submissão aos princípios construtivistas da escola moderna (leia-se “filosofia’ de Jean Piaget, 1896-1980), quando quase não há mais jeito. Quando os sentidos são lentos para perceber o dano, na mente da moçada, que o grau de politização da formação de opiniões vai produzindo, são lentos para perceber, também, os nefastos efeitos que essa estratégia acarreta. Quando os sentidos são lentos para descortinar a tática vil de minar os valores morais dos fundamentos cristãos, com suas ideologias de gênero, quando são lentos para notar a sedução ardilosa e diabólica das ‘indiscutíveis explicações’ evolucionistas, haverá choro (quem sabe, ranger de dentes) quando os efeitos já estiverem consolidados.

Pais, acordem! Há uma tirania mundana, ou melhor, infernal, infiltrada na gestão do saber, a que se tornam sujeitos nossos filhos. Profiro um ‘anátema’ para essa ideia infame, de que a escola deve ser livre para administrar o conhecimento, cujos efeitos até servem de instrumento crítico para o que se aprende em casa (ou, na própria Escola Bíblica Dominical). Pais, despertem!

Os parâmetros seguros ainda estão lá, naquele livro milenar do Criador. Ali, na Bíblia, aprendemos que, com todo o amor que se nos demanda a educação (Colossenses 3.21), não se pode subestimar a necessidade da legítima correção: “…criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6.4, ARA). Com todo o interesse em que também nossos filhos alcancem a maturidade (Efésios 4.14,150, não se pode subestimar de que o alvo maior é levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo (II Coríntios 10.5, ARA). Com todo o incentivo a prezar pela investigação de toda a ciência, e de todos os mistérios, próprio do mister escolar, não se pode olvidar que o fim maior é reconhecer a glória de Deus, o Criador: Deus fez isso [todas as coisas] para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele(Atos 17:27,28, NVI).

Sim! Profiro um anátema a essas filosofites e psicologites modernas, doentias, humanistas, falsas, enganadoras, nocivas, tiranas, letais. Profiro um anátema a esses conceitos atraentes, que continuam pavimentando o pedestal do homem, quando, na realidade, estão armando seu cadafalso. Afirmo como o apóstolo João: “Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (III João 4, ARC).

Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia captura isto com maestria. Sua base foi esse relato do evangelista Lucas. Ela segue abaixo, certamente composta no terceiro quadrante do século XIX. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Após as letras, nosso Player online…

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e minhas tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Cristo
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus  … !!!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 302 : “CONFIO NA JUSTIÇA!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Junho de 2017

“A Justiça prevaleceu!”. Foi assim que, segundo a imprensa, o presidente Michel Temer comemorou o resultado do julgamento da chama Dilma-Temer. Como o Brasil inteiro sabe, foram quatro votos pela absolvição da chapa e três votos pela condenação. O objeto era julgar se houve corrupção e abuso de poder econômico nos gastos da campanha dos dois, em 2014.

Na verdade, na verdade, Dilma já não estava sob julgamento em termos práticos e imediatos, uma vez que já tinha sido afastada da presidência. Esse julgamento era de suma importância para Temer, que está presidindo o país. E, como a maioria produzida por um único voto acabou declarando que não houve abuso, que não houve corrupção, suficientes para extinguir o mandato, que já está perto do fim, continua ele presidindo…

A comemoração do presidente faz sentido. Antes mesmo do julgamento por 4 a 3, ele já dizia que confiava na Justiça. É claro que a recente indicação, por ele mesmo, de dois novos membros para o TSE, podia ajudar nessa confiança. Aécio Neves, ora afastado do seu mandato no senado (e cada vez mais complicado), também diz: “Confio na Justiça!”.

O ex-presidente Lula, a ex-presidente Dilma Roussef, o deputado Rodrigo Maia, o senador Eunício de Oliveira, o senador Renan Calheiros, e mais um punhado de políticos sob acusações aqui e ali, têm algo em comum com Temer e Aécio: todos igualmente confiam na Justiça. Diferentemente dos brasileiros, ao que parece: pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, de 2016, mostra que não chega a 30% o percentual da população que confia na Justiça brasileira.

Eu confio na justiça! Estou dizendo, e repito: eu confio na justiça! Mas, não estou, aqui, referindo-me à Justiça Eleitoral, à Justiça Federal, aos diversos órgãos de Justiça estaduais, ou mesmo ao Supremo Tribunal Federal, ou ao Superior Tribunal de Justiça. Não os incluo na minha declaração; o que penso deles, não cabe aqui escrever; é cá, comigo! Porque, meu objetivo, a partir destas linhas agora, focaliza outra justiça.

Confio na justiça de Deus! É justiça cuja perspectiva é um tanto diferente. Primeiramente, Ele não precisa de todo o trabalho de uma força-tarefa, de investigadores, para estabelecer o Seu juízo: “Pois Deus não precisa observar por muito tempo o homem antes de o fazer ir a juízo perante ele” (Jó 34.23, ARA). O olhar de Deus, profundo e perscrutador, já tem tudo descortinado diante dos Seus olhos.

Entretanto, trata-se de uma justiça acompanhada de misericórdia infinita. Tão infinita, que admitiu recair todo juízo de toda a sentença de pecadores como nós, aos quais tem redimido, sobre a pessoa justa e santa do Seu Filho: “O Senhor carregou sobre ele [Jesus, Seu Filho] a iniqüidade de todos nós” (Isaias 53.6, BCF). Por isto, a autoridade bíblica declara: “Ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (II Pedro 3.9, NVI).

No entanto, mesmo sendo cheio de misericórdia, longânimo e desejoso de encontrar arrependimento no coração humano, Deus não admite provocações, ironias, desrespeitos ou acintes, como se vê em certas audiências judiciais (como já se viu à frente do juiz Sérgio Moro). Deus, não: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7, ARA). Se o homem semeia atitudes dignas da misericórdia divina, colherá a misericórdia divina; se, porém, semeia atitudes dignas da disciplina divina (para certos casos), ou até do castigo divino (para  outros certos casos), o que colherá este homem? Ou colherá a disciplina de Deus, ou colherá o castigo de Deus.  

Por isto, é de suma importância dar devida atenção às advertências bíblicas sobre a justiça de Deus. Por tais advertências, sabemos que há uma vida eterna para os que estiverem sob a justiça remidora de Deus; mas, há um castigo eterno para os que estiverem sob a justiça punitiva de Deus. E, por elas ainda, sabemos que tudo depende do Supremo Advogado de defesa: “Se alguém pecar, temos Advogado para com o Pai – Jesus Cristo, o justo!” (I João 2.1, ACF). Por que ele se dispõe, hoje, a ser nosso advogado? Porque “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (II Coríntios 5.19, ARA).  

Você, como Temer, Aécio, Lula, Dilma, e os demais políticos afetados pela Lava-Jato, crê na Justiça dos homens? Tudo bem! Problema momentâneo seu! Agora, você crê na perfeita justiça divina? Sim? Vantagem eterna sua! Não? Problema eterno seu! Eu creio na justiça! Na justiça divina, creio, sem reservas. No fim, é esta justiça que há de, em verdade, prevalecer!…

Escute, prá finalizar…

O QUE MEU MESTRE ME DIRÁ
Paul Johnson

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br

N° 301 : “AD QUEM IBIMUS?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Junho de 2017

Dilma Roussef ‘profetizou’? Pouco tempo atrás, quando a delação dos executivos da empresa Odebrecht, na Operação Lava-Jato, estava para acontecer, a ex-presidente fez uma predição:
– Não vai sobrar ninguém…

E agora, o que se vê? A prisão de Lula já está pedida, pelo Ministério Público Federal… A imprensa alardeia que, se o ex-ministro Antonio Palocci contar (nem precisa ser tudo) o que sabe, a prisão de Lula será longa… Frustram-se seus fãs… Diz, ainda, que o ex-ministro Guido Mantega pode fazer o mesmo… Se isto acontecer, a previsão é que Dilma não escapa… Temer, para seus adeptos, parecia ir tão bem!… Agora, a coisa está só complicando pra ele (frustrando quem torce por ele)… Aécio Neves, a cada dia que passa, parece mais complicado com a Justiça (seus seguidores já tomam sumiço)… A lista de políticos denunciados pelo dono da JBS tem seus milhares…

Parece que voltamos aos tempos de Rui Barbosa. Lembra dele? Foi quem disse:


“De tanto ver triunfar as nulidades
De tanto ver prosperar a desonra
De tanto ver crescer a injustiça
De tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus
O homem chega a desanimar-se da virtude
A rir-se da honra
A ter vergonha de ser honesto”

No fim das contas dessa rebordosa toda, quem vai sobrar? Vem eleição aí, pela frente… Haverá algum candidato ‘ficha limpa”, depois dessa devassa? Quem vai sobrar? Essa é a pergunta que muitos estão fazendo… Será que a Dilma ‘profetizou’, quando isto disse? Ou estaria demonstrando que ela também poderia fazer uma extensa delação premiada? As pessoas, enfim, se perguntam – para quem iremos nós?

Não é a primeira vez que vejo esta pergunta, com destaque. Muito tempo atrás, Jesus tinha seus discípulos junto de si, quando estes e ele começaram a perceber a multidão lhe virando as costas para ir embora. Não queriam ouvir o que ele tinha a dizer… Queriam saber se havia mais pão e peixes para distribuir… Estavam interessados no “bolsa-família” de Jesus…

Mas, qual o que?! Naquele dia, nada de peixes, nada de pães. Ele lhes falava dele próprio, numa linguagem figurada… eu diria: para escandalizar, mesmo! Ele lhes dizia:
“Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede” (João 6.35, NVI). Então, lhes acrescentou Jesus que o pão, na sua metáfora, era a sua própria carne, que seria dada em sacrifício salvador.
Os mais afoitos, líderes da palavra na multidão, rápidos no gatilho da língua e lerdos na percepção do coração e da mente, criticaram: "Como pode este homem nos oferecer a sua carne para comermos?" (João 6.52, NVI). Logo, então, começaram a se retirar, um após outro. Sem pão, sem peixes, fazer o que na frente desse pregador de canibalismo?…  (Provavelmente pensaram).

Foi aí que Jesus se virou para seus próprios discípulos, os “Doze”, e perguntou:
– Não quereis também vós retirar-vos? (João 6.67, ARA). Então, Pedro, diante de todos, proclamou indagando: “Domine, ad quem ibimus? Verba vitae aeternae habes” (no velho latim que traduziu o grego, que traduziu o aramaico, que, em Português, é: “Senhor, para quem iremos? Quem tem as palavras de vida eterna és tu!” (João 6.68, em minha tradução livre).

Domine, ad quem ibimus? Senhor, para quem iremos? Toda vez que ouço um novo nome na lista de fichas sujas da política, ou que ouço algum decepcionado exclamar – para quem iremos?, não consigo evitar de lembrar de Jesus e Pedro, nesse episódio.  

Jesus pode nos proporcionar pão e peixe, e toda sorte de alimentos ou bens? Pode! Pode dar-nos, ele mesmo, que é o soberano do universos, o Rei dos Reis, melhores governantes, juízes e legisladores? Pode! Pode ele dar-nos muito mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos (Efésios 3.20)? Claro que pode…  Mas, a mais importante pergunta é: buscamos e seguimos a Jesus por causa de bons alimentos, de bens almejados, política promissora, e tudo mais, ou porque só ele tem as palavras de vida eterna, de que carecemos mais que tudo?   

Se alguma das expectativas daqui se frustrar, será motivo para frustração com o Senhor? Não, claro que não! Se alguma coisa nos faltar, no presente ou no futuro (mesmo um candidato à altura para o governo), nenhum problema… Ad quem ibimus?  Estamos com Pedro: Senhor, para quem iremos? Palavras de Vida Eterna, só tu tens!…

A mensagem musical de hoje, do Grupo Elo, proclama Seu Nome – o Autor da Minha Fé!

AUTOR DA MINHA FÉ (1988)
Paulo Cezar da Silva (1952…) 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

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