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Author Archives: Ulisses Horta

N° 359 : “ALMA – VENDIDA OU COMPRADA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Outubro de 2018

Estamos a caminho do segundo turno da eleição presidencial brasileira. Os candidatos, e seus correligionários, trabalham incessantemente, porque, agora, restam somente dois: a derrota de um é a vitória do outro. Uma de suas estratégias é a de capturar o apoio de quem ficou para trás, desde os candidatos superados, aos seus eleitores.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é, certamente, o mais cortejado dos ex-presidentes vivos. Em recente manifestação, declarou explicitamente que não conseguirá votar no candidato que está na dianteira; parece que, sendo personagem histórico da esquerda brasileira (ainda que da linha do seu estilo), não conseguiria digerir um presidente tido como da direita. Quanto ao candidato da esquerda, disse:
– “Eu me dou com ele…”

Entretanto, quis passar a impressão de que, para que esse candidato possa começar a propagar que conta com seu apoio, FHC ainda tem obstáculos a superar. Como se ainda estivéssemos com múltiplos candidatos. Em sua tirada, insinuou que está acima de todos, porque já tem uma história construída e não precisa ser moralmente coagido neste momento. Declarou:
– “Não estou vendendo a minha alma ao diabo”.

Essa é uma expressão típica como figura de linguagem. Significa, para a pessoa que a usa, que não está sacrificando sua história, sua reputação, em troca de alguma glória da qual não precisa. Pertence ao acervo dos mitos – o “Mito Faustiano”. Conta-se que o alemão Johan Georg Faust (1480-1540) foi o primeiro a “vender a alma ao diabo”. Contemporâneo de Lutero (1483-1546), Fausto fez um trato com o diabo, renegando sua fé; queria viver muito mais tempo que o esperado, de modo a alcançar maiores glórias no mundo. Segundo o mito, o contrato durou 24  anos, quando Fausto descobriu que não conseguiria libertar-se de servir a Satanás. Sua alma estava vendida a ele…

Se Fernando Henrique tem sua alma vendida ao diabo, ou o Fausto do mito a tinha, num sentido espiritual, não sei. O que sei é que quem comparece a este mundo, passa por ele, e encerra a jornada, sem que sua seja alma resgatada pelo Filho de Deus – Jesus Cristo – não tem sua alma vendida ao diabo… Não é bem assim que se conta o fato. É bem pior: ninguém a vendeu ao Maligno Satã… Sua alma já está entregue ao príncipe das trevas desde antes de ter nascido… Tão simples quanto trágico! Ou, tão trágico quanto simples, se alguém preferir esta ordem…

Preste atenção: “E, se o nosso evangelho ainda está encoberto, naqueles que se perdem está encoberto; nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos infiéis, para que lhes não resplandeça o farol do evangelho da glória de Cristo, o qual é à imagem de Deus” ( II Co 4.3,4, BCF).

Quem é o “deus deste século”, na linguagem da revelação apostólica? Sem entrar em muitas minúcias explicativas através do texto bíblico, vou direto ao ponto: é o diabo! Eis como ele é identificado, em paralelo, no Apocalipse: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo…” (Ap 12.9, ARA). Este mundo está, por assim dizer, entesourado para o Juízo Final, ao tempo em que está sujeito a inúmeras seduções satânicas.  

Mas, se a ideia da expressão for evocada sem pensar-se no verbo “vender” como um ato deliberado no tempo, e sim como uma circunstância, então, podemos afirmar, sem margem de dúvida: ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se o senhor, ou qualquer outro político do momento, ou qualquer cidadão não político, do Brasil ou do resto do mundo, não tiver sua alma redimida e resgatada pelo sacrifício único de Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Salvador, sua alma está, sim, vendida ao diabo.  

Então, o que fazer? O apóstolo Paulo lembra aos presbíteros de Éfeso que a igreja de Deus é constituída por redimidos que Jesus comprou com o seu próprio sangue (Atos 20.28). Se Jesus já comprou a minha alma, que mais posso por ela pagar? “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da Salvação, e invocarei o nome do Senhor” (Salmo 116.12, ARC).

No fim das contas, pela perspectiva que ultrapassa esta vida, o  veredicto está posto, porquanto procede daquEle que tem, em suas mão, tanto as chaves do céu quanto as correntes do inferno: ou a alma está comprada para a eternidade com Deus, ou está vendida ao diabo, para a eternidade de choro e ranger de dentes. Sem meio termo!   

Falando em alma, fique com a mensagem cantada do Prisma:

ONLY JESUS CAN SATISFY YOUR SOUL (1965)
SOMENTE JESUS PODE SATISFAZER SUA ALMA
Lanny Wolfe (1942 – …)   

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 358 : “ESPERANÇA OU DESOLAÇÃO?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Setembro de 2018

Hora de votar: deputado estadual, deputado federal, governador, senador e presidente da república. Oitenta por cento dos deputados federais busca sua reeleição; sessenta e cinco por cento dos senadores, também… Boa parte dos senadores desistiu de reeleição ao senado, e resolveu tentar ser deputado.

Quanto aos candidatos a governador, o povo reclama da maioria, mas o povo gosta deles assim mesmo, pois vários que estão envolvidos em denúncias e investigações estão liderando as pesquisas nos estados. É um fenômeno curioso, no nosso país: a imprensa mostra que a grande maioria dos candidatos a governador é constituída dos que têm maiores índices de rejeição… Não é hilário?

A democracia brasileira mostra sua escassez de valores, quando repete figuras já carimbadas, associadas a notícias nada dignas e honrosas, e aponta grandes chances de que sejam, de novo, alçadas a cargos públicos.

Andei procurando um cenário bíblico com o qual eu pudesse comparar o cenário brasileiro, ao ensejo desta eleição. Confesso que tive vontade de começar minha procura pelo Apocalipse! Me contive, e fui ao Gênesis… Encontrei um episódio na vida de Abraão: a história de Ló em Sodoma e Gomorra. Muito do que se vê hoje no Brasil faz lembrar Sodoma e Gomorra.

Avancei mais um pouco… Encontrei outro episódio, no tempo dos juízes: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia mais reto” (Juízes 21.25, ARA). É o que se vê… Talvez, a semelhança seja bem expressa com o uso do ditado popular: cada cabeça, uma sentença…

Avancei mais ainda: cheguei ao tempo de Elias, Acabe e Jezabel… Que grande missão Deus tinha reservado para Elias, conforme se vê em I Reis 18: enfrentar, sozinho, oitocentos e cinquenta profetas falsos e idólatras, amparados pelos poderes dos monarcas. O que o povo estava para ver era um conflito desigual, com o profeta de Deus de um lado, e uma multidão do outro…

Elias não estava só! Deus estava com ele, e ele estava com Deus! Os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, mais os quatrocentos profetas do poste-ídolo foram vencidos e derrotados. Que épico, que marcante episódio. E depois? Depois, vemos um Elias ameaçado por Jezabel, fugitivo, amedrontado, depressivo, pedindo para si a morte. Da euforia e do triunfo à desolação.  O homem de Deus se sentiu só e sem alento. Mas não: Deus tinha mais três missões para ele, e lhe revelou que ele tinha sete mil do seu lado – gente que não se dobrou a Baal…

E o nosso cenário, às vésperas desta eleição: é de esperança, ou de desolação? E se Deus quiser que a nação, no presente, se curve ainda mais a Baal? E se Deus quiser que a perseguição progrida? A perseguição ideológica, a perseguição moral, a perseguição ética, a te a religiosa? E se Deus quiser que os contemporâneos discípulos de Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895) nos governem de novo? E se Deus quiser que os valores de família, de austeridade, de princípios, de liberdade espiritual sejam ainda mais atacados? Que faremos? Pediremos para nós a morte, como Elias pediu?

Não só nos é lícito pedir a Deus que não suceda o descalabro! É nosso dever contribuir para evitá-lo!… Mas, devemos estar preparados para o fato de que a vontade de Deus seja diferente da nossa…

Avanço mais, em minha Bíblia, e encontro enorme pertinência nas palavras do profeta Habacuque, para reflexão em nossos dias: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida. Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (Hc 1.2-4,13, ARA)

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3.17,18, ARA).

Ao final do dia desta eleição, saberemos o que Deus nos terá reservado. Mas, estejamos preparados para a a hipótese de uma vontade divina diferente da nossa. Há esperança, mesmo na desolação!

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 357 : “EM TEMPOS DE ELEIÇÃO, DOIS BRASIS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Setembro de 2018

Em 1956, um estudioso francês do Direito e das Ciências Sociais, chamado Jacques Lambert (1901-1991), publicou um artigo que, em 1957 se transformou em livro, publicado em seu país: “Os Dois Brasis”. Seu livro foi fruto de uma apurada pesquisa sobre o nosso país, e é situado no contexto da transição do governo Vargas para o governo JK.

Nesse livro, o autor retrata os contrastes que seu título sugere: um país de proporções continentais, em que uma minoria aristocrata difere de uma maioria plebéia; uma minoria que detém grandes riquezas, em face de uma maioria entre a pobreza e a sobrevivência mediana; uma minoria amplamente escolarizada, ante uma maioria semi-escolarizada; uma minoria possuidora de grandes extensões de propriedades, face uma maioria que mal conseguia possuir a própria moradia; uma minoria relativamente esclarecida quanto aos rumos da nação, contrastada com uma maioria que lhe ignora os veios e as tendências, tanto na superfície quanto no submundo.

Essa minoria, altamente corrupta e egoísta, conseguia dominar a maioria, e torna-la sua massa de manobra. Portanto, “dois brasis”: um Brasil promissor e um Brasil atrasado. Politicamente, uma maioria sempre descontente e dependente de benesses que poderiam ser traduzidos em votos, para preservar a opulência da minoria.

Nos tempos recentes, provavelmente sem qualquer inspiração em Lambert, há quem brinque ou ironize com a hipótese de que se divida o país, para satisfazer os cidadãos dos “dois brasis”: um “brasil” abrigaria os que teimam em gostar dos ídolos populistas, marxistas, bolivarianos, apoiadores de causas nefastas como a ideologia de gênero, o socialismo, o estatismo, o liberalismo ético, o espírito anti-cristão, etc… Outro “brasil” abrigaria a população que aprecia os valores opostos.

Dando corda à utópica ideia, digo que seria difícil, por exemplo, dividir como “Brasil do Sul” e “Brasil do Norte” (como ocorreu em outros países que se dividiram entre norte e sul): seria necessário deslocar grandes massas de gente, tanto para o sul quanto para o norte; a mesma coisa ocorreria se fosse “Brasil Oriental” e “Brasil Ocidental”… Em países onde isso aconteceu, até já se reuniram…

Quer saber? Constato que é melhor (e inevitável) deixar como está. Brasileiros cristãos, conservadores, que prezam por bons valores de família e de tradições morais, não marxistas, não socialistas, têm que conviver com brasileiros de posições diferentes e opostas.

Aproveito para dizer que é assim mesmo que Jesus previu quanto à convivência de cidadãos do reino dos céus e militantes do império das trevas, no mundo. A Bíblia diz: “Ele nos libertou do império das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção…” (Colossenses 1.13,14ª).  

E, depois disto, o que fez com cada um? Encaminhou os cidadãos do reino do Filho do Seu amor para algum lugar específico e particular do planeta? Não! Deixou-os no mesmo continente, no mesmo país, na mesma cidade (exceto quando Ele chama alguns deles para uma missão, noutro lugar).

Continuamos no mundo, vivendo no mundo, sofrendo o mundo, enfrentando o mundo – por enquanto – para vencer o mundo. “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (I João 5.4,5, ARC). E, quando tudo findar, essa vitória chegará ao seu auge.

Por esta razão, Jesus orou pelos seus redimidos, mas, na sua oração, não pediu um lugar especial e separado para eles, enquanto estando no mundo: “Eu não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal” (João 17.15, BCF).

É certo que Jesus disse, com referência aos seus: “Eles não são do mundo, assim como eu do mundo não sou” (João 17.16, ARC). Cidadãos do reino de Jesus Cristo, que é o Filho do amor de Deus, não são privilegiados com um lugar separado no planeta, enquanto no mundo. Um dia, serão privilegiados com um lugar separado e eterno, no céu. Mas, enquanto no mundo, não são e nem podem ser separados.

Se forem separados, como serão sal e luz do mundo (Mateus 5.13-16)? Como poderão produzir muito fruto, como seu Senhor espera (João 15.16)? Então, podemos aguardar aquele dia glorioso, em que seremos separados e transportados para um lugar onde há somente gozo, paz e alegria, por toda a eternidade. Enquanto esse dia não chega, estamos no mundo, convivemos com o mundo, enfrentamos o mundo, até sofremos o mundo… Vençamos o mundo!… Com a nossa fé!!!…

Finalizo com a mensagem cantada do Logos…

O FIM DA ESPERA (1984)
Paulo Cézar Gonçalves (1950-…)

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Ulisses

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N° 356 : “ÂNIMO DOBRE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Setembro de 2018

Dizem, por aí, que o gênio já nasce gênio. Suponho que quem repete essa tolice provavelmente não conhece a biografia da maioria dos ‘gênios’ que impactou este mundo. É o caso, por exemplo, de Thomas Alva Edison (1847-1931).

Dele é uma frase já amplamente conhecida: "O gênio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração" (Revista Harper's, Setembro de 1932). E não é de se estranhar: Edison testou perto de cem experimentos para inventar a lâmpada elétrica incandescente, e sempre havia um problema para que a lâmpada durasse… Quando lhe criticaram porque continuaria tentando, se já tinha esgotado quase cem tentativas que não deram certo, respondeu ele:
– Vou tentar de novo, sim; pelo menos, agora já sei cerca de cem maneiras que devo evitar, para conseguir meu objetivo!

Edison nunca se firmou numa escola, quando pequeno: irrequieto, perguntador, não aplicado… O professor não o aguentou mais do que três meses, quando ele tinha oito anos de idade. Depois disto, nunca mais frequentou uma escola. Aprendeu o que aprendeu com sua mãe, em casa, e sozinho, lendo e estudando por conta própria. Chegou a ter dois sérios acidentes com o “laboratório de química” uque montou para si…  

Mesmo assim, fundou ele nada menos do que 14 empresas e patenteou nada menos do que 1093 inventos. Entre as empresas, a potência mundial conhecida como General Eletric; entre os inventos, o fonógrafo (o ancestral do toca-discos), o microfone a carvão, que passou a ser usado nos telefones, o projetor de cinema e, o mais famoso e universal de todos os inventos: a lâmpada elétrica incandescente.

Tamanha foi a sua fama, como inventor, que o país – os Estados Unidos da América – o reverenciou como o mais útil cidadão da América. Aquele pastor, que foi seu professor por três meses apenas, numa cidadezinha do interior, e logo pediu os pais para retirá-lo, jamais imaginaria que o estudante rejeitado, aos oito anos, seria a celebridade ante o qual o mundo se curvou…  Mas, o que chama atenção em Thomas Alva Edison? A capacidade de aguentar as críticas e não desistir…

Hoje em dia, difícil é persistir; mas fácil é desistir… O casal mora em determinado lugar da cidade, e logo se cansa do lugar, ansiando por morar em outro; uma pessoa assume uma função na igreja, um ofício, ou um cargo, e logo está ansiando com o dia em que vai deixa-lo a outro; pastores se cansam das igrejas, e querem ‘ares novos’, noutra igreja… O mesmo ocorre com o trabalhador de uma empresa: em pouco tempo, começa a achar que está no lugar errado; também anseia por ‘ares novos’…

Mudamos as coisas de lugar com muito mais velocidade, porque muito mais rapidamente nos cansamos de vê-las onde estão… Mudamos de roupas, de carro, de smartphone, de copo, de sandália e sapato, com velocidade recorde, a mesma velocidade com a qual nos cansamos de ver tais coisas conosco, enquanto o  mercado vai impondo as novidades. Mulheres, em pouco tempo, estão pensando sobre quanto tempo vão aguentar, junto de seus maridos; homens, em pouco tempo, estarão perguntando a si mesmos quanto tempo vão agüentar junto com suas esposas…   

Somos a geração que fica, o tempo todo, aspirando por ‘ares novos’… Enquanto isso, sofrem as pessoas ao nosso lado, no ambiente de trabalho; sofre a comunidade da igreja, por não poder contar conosco com o mesmo vigor, depois de pouco tempo; sofre a família, porque parecemos torturados com a “mesmice”…

Até Deus pode se indignar conosco, porque não lhe servimos com a mesma disposição do primeiro momento. “Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2.4, ARA). Assim, nos tornamos inconstantes, esmorecendo com muita facilidade, e desgostando ao Senhor… Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos” (Tiago 1.7,8, ACF). Dobrez é aquela qualidade negativa das pessoas que desanimam com facilidade.

Em vez disso, deveríamos ser como Davi, quando chegou à sua cidade de refúgio – Ziclague – que estava incendiada pelos amalequitas, os quais levaram cativos os idosos, as mulheres e as crianças de Davi e seus guerreiros? Lembra? Não? Sugiro que leia, em I Samuel 30.1-6. Com tal modelo de encorajamento, o ânimo dobre fica de fora… Teremos mais persistência; menos dependência de tantos e tão frequentes ‘ares novos’!…  

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

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ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
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N° 355 : “A LANTERNA DE DIÓGENES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Agosto de 2018

Andar pela cidade, com uma lanterna acesa, atitude de investigação e procura, em plena luz do dia? Isto não poderia ser coisa de gente de juízo… Ou, será que sim? Será que seria uma aula prática de crítica à sociedade corrupta à sua volta?

Diógenes de Sinope nasceu em 412 antes de Cristo, nessa cidade da Ásia Menor (hoje, território turno), mas não demorou e foi parar em Atenas, na Grécia.  Lá, como sinal de protesto contra a luxúria e a gastança, adotou como lar um grande barril, que acomodou numa das ruas da cidade. Era a sua marca na preferência pela vida simples e frugal.

Foi ele contemporâneo de Platão (427-347 a.C.), mas acabou sendo discípulo de outro dos discípulos de Sócrates: Antístenes (445-365 a.C.).  A escola filosófica de Antístenes recebeu um nome que hoje não seria muito simpático: a “escola do cinismo”. Era um estilo de cultura filosófica em que a crítica sagaz e o cinismo faziam parte do método.

Com seu estilo de vida, tornou-se um símbolo de “liberdade”, segundo o conceito de alguns. Por exemplo, assim se pronunciou Epícteto (50-135, da era cristã) sobre ele:
‘Se quiseres que eu te mostre um varão verdadeiramente livre, apresentar-te-ei Diógenes. E de que modo chegou ele a ser livre? Destruindo em si tudo quanto o pudesse tornar presa da escravidão; desligado de tudo, completamente isolado, nada possuía. Dava tudo o que lhe pedissem… Estava aí a sua liberdade.”

Conta-se, em algumas de suas biografias (talvez até lendárias), um episódio muito curioso com ninguém menos do que Alexandre, o Grande (356-323 a.C.): Alexandre ficou curioso para conhecer o bizarro personagem, e foi até ele; lá chegando, aumentou sua curiosidade com o que viu, enquanto que, com sua posição, fazia sombra a Diógenes. Assim, o grande general perguntou ao filósofo-mendigo:
– O que posso fazer por você?
E a resposta foi:
Não me tires o que não me podes dar, apontando para o sol… Ou:
– Comece saindo já da frente, porque está tampando-me o sol!  

Tanto impressionou Alexandre que, a voltar este de uma de suas campanhas, tendo seus soldados a zombar do singelo homem, Alexandre os repreendeu, dizendo que, se não tivesse nascido “Alexandre”, gostaria de ter nascido “Diógenes”. Sua vida findou em 323 a.C., em completa pobreza, mas deixou marcas perenes.

Um de seus muitos episódios extravagantes se deu quando começou algo que depois se tornou habitual: sair pelas ruas, a plena luz do dia, com uma lanterna acesa nas mãos… Com o tempo, todos já sabiam a resposta que, do início, lhe perguntaram olhos arregalados, sobre o que fazia:
– Procuro por um homem, um homem que seja honesto!
Um episódio pitoresco como este faria muito sentido hoje em dia; especialmente nestes tempos de escolhas de representantes políticos. Gastaríamos muitas pilhas e lanternas, provavelmente… Como diria Cícero (106-43 a.C.): “Que tempos! Que costumes!”

Nestes tempos de altíssimos índices de decepção com políticos, nem é preciso lembrar quão inútil é confiar neles e esperar por eles, se não tiverem genuíno temor de Deus. Basta lembrar a fonte divina, sábia e infalível: “Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus” (Salmos 20:7, NVI).  

Como nosso país está carente de homens moldados por, pelo menos, um molde parcial do caráter de Cristo Jesus. Mas, não estamos muito sós: se estendermos atenção por várias outras nações, inclusive do chamado “primeiro mundo”, nada muito diferente… E, se recolhermos a atenção para um universo mais perto, dentro dos próprios círculos rotulados de cristãos, encontraremos muitos exemplares devedores. E quanto a nós mesmos? Que tal uma auto-crítica?

O ideal divino é: E todos nós [isto é, cada cristão que quer fazer jus a este nome] com o rosto desvendado [isto é, dando a cara com coragem e integridade], contemplando, como por espelho, a glória do Senhor [isto é, conhecendo de verdade o modelo perfeito que ele é], somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem [isto é, nos assemelhamos a ele, refletindo-o], como pelo Espírito do Senhor [porque, se depender só de nós, adeus viola](II Co 3.18, ARA).

Vem à minha memória o cântico que aprendi ainda na infância, originado do “Exército da Salvação”; aqui, cantado em Inglês, mas com letra vertida em Português…

“LET THE BEAUTY OF JESUS BE SEEN IN ME” (1916)
Que a Beleza de Cristo se Veja em Mim
Albert William Thomas Orborn (1886-1967)


Que a beleza de Cristo se veja em mim
Toda a sua admirável pureza e amor
Oh! Tu, chama divina, todo meu ser refina
‘Té que a beleza de Cristo se veja em mim!

Ouça, com nosso…

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N° 354 : “O PARADOXO DE FERMI”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 19 de Agosto de 2018

Enrico Fermi nasceu em Roma, Itália, em 1901, país onde doutorou-se em Física. Em 1938, ganhou o Prêmio Nobel de Física; no mesmo ano, devido à intolerância para com judeus na Itália e na Europa, mudou-se para Nova York, e passou a lecionar na Universidade de Columbia. Naturalizou-se norte-americano em 1944 e foi lecionar na Universidade de Chicago, cidade onde faleceu, dez anos depois.

Por causa de uma brincadeira, seu nome foi adotado para o famoso “Paradoxo de Fermi”. A brincadeira se deu quando ele e alguns colegas viram uma matéria no jornal, em que se estampava uma caricatura de extraterrestres descendo de sua nave em Nova York, para roubar objetos nas ruas da cidade. Em tom de brincadeira, os colegas começaram a falar dos extraterrestres desenhados no jornal como se eles realmente existissem…  Daí, Fermi, que sempre foi um agnóstico (duvidando de que se possa ter algum conhecimento ou certeza fora da realidade visível) com humor também, perguntou:
­– E onde eles estão?  [Os extraterrestres]!

Pronto! Criou-se o Paradoxo de Fermi. O paradoxo consiste em contrastar-se a suposta multidão de fatores que cientistas enumeram a favor de formas de vida fora da terra, com a total e intrigante ausência de evidência delas.  

Os cientistas estimam que há, no universo, pelo menos 100 bilhões de galáxias mais ou menos semelhantes à nossa – a Via Láctea. 100 bilhões de galáxias… Deu pra imaginar? Além disto, estimam que só na nossa Via Láctea (uma galáxia, no meio dessas 100 bilhões outras), haja mais de 100 bilhões de estrelas, similares, maiores ou menores do que o nosso “sol”, e muitos com planetas em volta de várias delas. Alguém aí consegue fazer, de cabeça, a conta? 100 bilhões de galáxias vezes 100 bilhões de sistemas solares (ou estelares)… Me empresta uma calculadora gigante!

Isto não te deixa impressionado? A mim, deixa, e muito! Não por causa do número, que me faz enrolar a língua e os neurônios no cérebro, só de tentar a multiplicação.  Mas, sim, por causa da singularidade de um planetazinho, num certo lugar (órbita) de um sistemazinho solar em meio a outros 100 bilhões, numa certa posição de uma única galáxia no meio de 100 bilhões de outras: a nossa terra.

Foi a esse planeta, no meio de bilhões de bilhões, que Deus determinou mandar seu único Filho, seu unigênito Filho. Deus não tinha (e nem tem) bilhões de filhos; tampouco bilhões de bilhões (sextilhões). Deus tinha (e tem) um só: Jesus Cristo. E, embora exista possibilidade quanto a imensidão do poder divino, não existe a menor possibilidade razoável de que Deus tenha mandado esse único filho em sucessivas missões redentivas a outros planetas, eu outros sistemas, em outras galáxias deste imenso universo.

Tampouco existe uma única chance razoável de que o Filho de Deus, depois de ter-se feito homem neste minúsculo planetazinha deste imenso universo, tenha-se transmudado em extraterrestre de qualquer outro planeta para também salva-los. Não é isto estupendo, fantástico, maravilhoso, emocionante, e gratificante? Se Deus tivesse mais algum ser vivo em qualquer outro lugar do universo, esse outro ser vivo também seria carente de redenção, porque todo o universo, com todas as suas criaturas, se tornou condenável aos olhos de Deus! E, se Deus tivesse que salvar algum deles, não teria outra escolha (em tese) senão pelo Seu Filho, Seu Único Filho!  

Primeiro, pense: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” (João 1.1-3, ARA). Quando nada havia, nenhum planeta, nenhum sol, nenhuma estrela, nenhuma galáxia, ele estava lá, com Deus, o seu Pai.  Agora, avance: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1.14, ARA). Saiu ele das alturas inimagináveis daquela imensidão fora do universo, e desceu justamente aqui, para ser um de nós e habitar entre nós… Mais um passo adiante, agora: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. (João 1.10, ARA). Ele fez todo o universo, e fez também o nosso planeta; para aqui somente ele veio…

Será que você consegue se sentir um privilegiado, como eu me sinto, ao saber que, dentre tantas galáxias, tantos sistemas solares, e tantos planetas, ele veio para nós, exclusivamente para nós, aqui no nosso mundo? Que, justamente (e unicamente) aqui veio Jesus trazer (ser) o meio de salvação da ira vindoura do Juízo Final? Não é estranho que, muito mais importante que a diversidade imensa e intrigante do universo, é a singularidade revelada do Filho de Deus – Redentor – que veio a este mundo, somente? Não é um paradoxo mais impressionante que o de Fermi? Não é um privilégio de valor maior do que tudo quanto possa valer todo o imenso universo? Pense…

No final do anos sessenta, o casal que compôs o hino do nosso desfecho estava angustiado com muitas incertezas. A mensagem do hino é resultado do que lhes confortou…  

Porque Ele Vive
BECAUSE HE LIVES (1971)
Bill (1936) and Gloria (1942) Gaither

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Ulisses

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N° 353 : “EFEITO MANADA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 05 de Agosto de 2018

Estima-se que o Brasil tem um rebanho bovino de 220 milhões de cabeças; maior, portanto, do que a população humana do país, que é de 214 milhões. Oitenta por cento desse rebanho bovino brasileiro é da raça nelore.

A raça nelore é originária da Índia, onde, para a maior parte da população, o boi é um animal sagrado. Proveio do distrito de Nelore, que fica nos arredores de Madras, oriente indiano.  No Brasil, popularizou-se por causa de sua fácil adaptação ao clima quente tropical. Diferentemente da Índia, onde o boi, além de reverenciado, só serve aos humanos para fornecer leite e transporte, no Brasil é objeto do altíssimo consumo de carne, inclusive para exportação.  

Bovinos são animais de vida tipicamente coletiva. É muito comum o produtor tomar certos cuidados com o “efeito manada”. Por causa desse efeito, ao que parece, surgiu o ditado – “por onde passa um boi, passa uma boiada”! Mas, o que vem a ser o “efeito manada”? É o fenômeno pelo qual um rebanho segue a atitude de determinado animal que, por um momento, se torna um líder. Se um membro da manada pular uma cerca fugindo do pasto, é bastante provável que todo o restante (ou quase) da manada vá atrás e pule também.

Por estes dias, o “efeito manada” deixou um produtor rural do município de Castelo, ES, em profunda desolação. Giovani Dorigheto havia adquirido 29 reses no dia anterior ao fato. Investiu economias de muitos anos. Passada a noite, soltou as reses num pasto cedo pela manhã, mas não se deu conta do risco. Havia uma pedra sobre uma encosta. Um dos bois avançou por essa pedra, acabou caindo ribanceira abaixo, e morreu. As outras reses, uma a uma, fora atrás – todas, menos uma só – e foram caindo também. O vaqueiro ouviu o barulho dos primeiros animais, correu para ver, e desesperou-se vendo cair uma por uma, sem nada poder fazer…

Ver o vídeo e ouvir a voz do produtor, desolado com o prejuízo de cerca de 40 mil Reais, de fato foi de dar dó… Tanto que, um dia depois, outro produtor rural que também viu se solidarizou e doou uma novilha ao produtor prejudicado, na esperança de que outros produtores fizessem o mesmo para ajuda-lo.  A falta de familiaridade da manada em ambiente novo ajuda a explicar a tragédia. Dizem os especialistas na espécie que o “efeito manada” é muito comum em nelores…

Pouco diferente, a situação que atingiu a raça humana. Somos informados de que “portanto, assim como por um homem entrou o pecado neste mundo, e pelo pecado a morte, assim também passou a morte a todos os homens por um homem, no o qual todos pecaram” (Romanos 5.12, BCF). Então, vê-se que Adão, o primeiro homem, provocou algo similar a um “efeito manada”: ele pecou primeiro, e todos pecaram com ele, nele e após ele; pelo pecado dele lhe sobreveio a morte, mas também sobreveio a todos os seus descendentes, e todos temos pecado.

Assim como Adão foi tentado e sucumbiu, assim somos tentados e sucumbimos. A corrupção, a imoralidade, a cultura da “fábrica de ídolos” no coração, a sina de desobediência, o amor à discórdia, ao sentimento faccioso, à impureza de toda sorte, a sucumbência a vícios incontáveis, a maledicência não raro desenfreada e irresponsável, e muito mais… Há uma lista em Gálatas 5.19-21, chamada de “obras da carne”… Isto, sem contar as inclinações pecaminosas que já existem, por natureza, no nosso coração “desesperadamente corrupto” (Jeremias 17.9).   

“Efeito manada”! Somos, mesmo, um bando de “maria-vai-com-as-outras”, no que concerne ao pecado. Desde pequenos… Basta uma criança pequena conviver com outra, mais evoluidinha, por um ou dois dias, e já aprenderá rapidamente muita coisa errada: afrontar os mais velhos, desafiar os pais e os avós, por língua, mentir, e daí pra pior… Difícil é copiar o que é bom: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5.22,23).      

Se a nossa memória ajudasse, e o exercício fosse dedicado, conseguiríamos identificar cada “líder de manada” para o pecado em nossa vida. Vemos o mal, achamo-lo atraente (como Adão e Eva acharam, no Éden) e nos precipitamos pela ribanceira, copiando-o. E o resultado sempre é o mesmo: morte!

Graças a Deus que temos um escape: Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” (Colossenses 1.31, NVI).

Lembra da história do Giovani Dorigheto? Eram 29 reses, e só uma não foi atrás da manada. Redimidos por Cristo, por ele guiados, a ele submissos, somos como aquela única rês que se salvou do precipício! Maravilhosa graça que nos salva e nos redime do “efeito manada”!

Finalizo com a mensagem cantada da autoria de um dos principais colaboradores de Jack Wyrtzen (1913-1996):

SOU DE JESUS AGORA
Now I Belong to Jesus (1943)
Norman John Clayton (1903-1992)

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N° 352 : “MISSÃO MISERICORDIOSA DE RESGATE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Julho de 2018

Imagine você com uma tarefa: encontrar uma das seis patinhas de uma formiga num campo de golfe, procurando a olho nu… Já desistiria antes mesmo de começar, não?

A história que vou descrever agora se parece com isso, nas proporções. Jay Prochnow era um piloto nos Estados Unidos, trabalhando com aeronaves de defensivos agrícolas. Às vésperas do Natal de 1978, estando grávida sua esposa, perdeu ele o emprego. Que drama! Surgiu a oportunidade de uma tarefa extremamente arriscada, mas que lhe renderia algum dinheiro: entregar um pequeno avião monomotor, modelo Cessna 188, a um produtor rural na Austrália. Ele deveria partir de São Francisco, na Califórnia; são mais de 12 mil quilômetros, voando sobre a imensidão das águas do Oceano Pacífico. Não seria possível, se não fosse por uma escala em Honolulu, no Hawai, outra na ilha de Pago-Pago e, por último, na ilha Norfolk; ao todo, quatro etapas. Muitos disseram: só um louco faria uma viagem dessa num teco-teco…  Jay era um louco desses, por pura necessidade.

O primeiro trecho – quase 4 mil quilômetros de São Francisco a Honolulu, foi sem problemas; o  segundo  trecho – pouco mais de 4 mil quilômetros de Honolulu até Pago-Pago, também foi sem problemas, embora ambos muito cansativos. Mas, no terceiro trecho – de Pago-Pago à ilha de Norfolk, que cobriria ‘apenas’ 2800 quilômetros (aproximadamente) sobre o mar, Jay não esperava a surpresa…

De repente, a certa altura da tarde (ele tinha saído bem cedo) percebeu que o instrumento que lhe estava direcionando tinha dado problemas a certa altura, e ele não havia percebido. E agora? Para onde ele estava indo? No meio do imenso oceano, perdido de tudo. Lembra da procura da patinha da formiga? Um Cessna 188 tem uma área aproximada de 60 metros quadrados; o Pacífico tem uma área de 162 trilhões de metros quadrados. Alguém poderia lhe ouvir pelo rádio, mas, como localiza-lo? E o pior: até quando o combustível aguentaria? E mais: até quanto o corpo, a consciência, os reflexos de Jay o manteriam?

Foi aí que entrou em cena o heróico comandante de jato DC-10 da companhia Air New Zealand, que estava levando quase 90 passageiros das Ilhas Fiji para Auckland, na Nova Zelândia – o vôo 771. Seu jato estava no Pacífico também, mas sem saber a que distância do Cessna de Jay. Com um trabalho engenhoso, persistente, heróico e extremamente arriscado, o comandante Gordon Vette conseguiu localizar o Cessninha de Jay, e conduzi-lo a salvo até Norfolk. Há muitos outros detalhes impressionantes da história, que nem dá para contar aqui…

Provavelmente, se não fosse resgatado, continuaria voando rumo ao pólo Sul, até cair no mar sem combustível… Mas, foi resgatado! Isto, depois de 8 horas perdido (e apavorado) sobre o oceano, e 23 horas voando espremido naquela cabine. Lembra da patinha da formiga na imensidão do campo de golfe? Foi muito mais complicado, mas o perdido foi encontrado e salvo, para alívio da sua assombrada esposa, lá em São Francisco, e de todos a bordo do DC-10.

A história é verídica, e deu um emocionante filme, que eu assisti. Outro caso da vida real, esse muito mais complexo e impossível do que o resgate de Jay Prochnow, eu tenho ainda para contar: aquele caso de quem desceu da imensidão das alturas celestes, e veio resgatar um verme mais insignificante do que a patinha de uma formiga – eu! Estava perdido num oceano de trevas muito mais vasto do que o Pacífico. Falo de Jesus, falo de mim, falo do meu resgate…

Cristo Jesus, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fp 2.5-8).
Por que? Para que? Para cumprir a missão misericordiosa de resgate, em meu benefício, e de muitos e muitos outros… Considero minha história, na esfera espiritual, muito pior e mais trágica do que a de Jay no Cessna perdido… Mas, ele veio, e me resgatou… “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10). Minha jornada de vida, tal como a de qualquer outro (inclusive de quem me lê aqui) era mais assustadora do que a rota perdida do Cessna do Jay… Mas, Jesus Cristo veio, me achou, me redimiu. Como disse o salmista: Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos” (Salmo 40.1,2, ARA). Que resgate feliz e abençoado! Não há o que pague! Nunca! 

Mylon LeFevre quase morreu, em 1973, de uma overdose de heroína. Depois de um massivo ataque cardíaco em 1989, que quase levou, pela segunda vez, a vida do nosso compositor, viu ele seu completo resgate em Cristo Jesus, e compôs nosso hino de hoje.  Ouça aqui o hino, no belo arranjo de Ponder, Harp & Jennings…  

WITHOUT HIM…
(SEM ELE…, 1962)
Mylon R. LeFevre (1944…)

Without Him I could do nothing… 
Sem Ele eu nada poderia fazer… 
Without Him I'd surely fail…
Sem Ele eu certamente falharia…

Without Him I would be drifting
Sem Ele eu vagaria

Like a ship without a sail!
Como um barco sem vela! 

Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Do you know Him today?
[Se] você o conhece hoje

You can't turn Him away!
Não há como descartá-lo!

Oh! Jesus, my Jesus
Jesus, meu Jesus

Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria! 

Without Him I would be dying
Sem Ele eu estaria em morte iminente

Without Him I'd be enslaved
Sem Ele eu estaria escravizado

Without Him I would be hopeless
Sem Ele não me haveria esperança 

But with Jesus, thank God, I'm saved!
Mas com Jesus, graças a Deus, sou [estou] salvo! 

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N° 351 : “POLIMENTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 22 de Julho de 2018

 

Não escondo de ninguém minha paixão pela genealogia das palavras. Por exemplo: a palavra que dá título a esta mensagem foi objeto de minha pesquisa etimológica. O verbo polir vem do latim polire; no latim, chegou ‘desembarcando’ do grego antigo – palleo, cujo substantivo é polios (donde vem, em Português, poliomielite).  Dá origem a polir, mas também a pálido. A ideia original tem a ver com a cor negra abrandada, empalidecida. Polir, portanto, carrega, na origem, a ideia de suavizar, abrandar.

Há polimento para vários tipos de materiais: para a pintura (como do automóvel), para a pedra (como do mármore e do granito, brutos), da peça de cerâmica (como um utensílio, ou mesmo uma prótese ou órtese dentárias), da peça de ornamento (como as que são feitas de metais, ou de porcelana), do piso (mesmo que seja um concreto de cimento, que embeleza-se com o polimento apropriado), do adorno pessoal (como as jóias de ouro, prata, ou qualquer outro metal).

De um modo geral, o polimento é abrasivo. Isto significa que a abrasão, que é um processo de desbaste e de desgaste físico de superfície), torna o objeto polido, isto é, abrandado, suavizado. Polimento, seja qual for o material, tem o poder de remover asperezas provocadas pela deterioração do material, incrustações provocadas por adesão de impurezas, manchas provocadas por contaminações, oxidações provocadas pelo tempo, irregularidades da superfície, provocadas pelo uso. Com isso, traz aos olhos uma superfície destacada por sua beleza, antes escondida.

Quem não aprecia ver um jogo de utensílios de cozinha de prata reluzente, quando polido? Quem não aprecia ver um sorriso que expõe a dentição polida, livre do tártaro e das placas? Quem não gosta de contemplar o próprio automóvel, quando o polimento traz de volta a beleza original da pintura? Quem não aprecia ver o mármore ou o granito, recém saído da marmoraria, polidinho e brilhante? Ou uma aliança no dedo, renovada pelo polimento?

Obviamente que se o objeto sob polimento tivesse sentimento, choraria e gritaria durante o processo; afinal, sendo abrasivo, não tem como não ser doloroso. Uma lixa de ‘grão’ número 80 esfregada no braço ou na barriga várias vezes, dói mesmo.

Na nossa vida também é assim: a beleza daquele “eu” interior, que foi feito à imagem e semelhança do Criador, pode estar oculta, ou mesmo confundida com as impurezas, com as manchas, com as incrustações, com a oxidação… Como, depois que ocorreu a Queda no Éden, todos nós já nascemos com o potencial de todos esses defeitos – aspereza, manchas, incrustações, etc – nada como um ‘polimento divino’ para nos abrandar, nos suavizar, e trazer de volta, em nós, a beleza da imagem e semelhança de Deus.

E, como Deus faz isso? Situação idêntica: o ‘polimento divino’ costuma ser abrasivo, como a lixa. Às vezes, se os defeitos são muito salientes, Deus pode usar “lixa grossa”; mas, às vezes, “lixa fina” pode ser suficiente. Veja: A vereda do justo é plana; tu, que és reto, torna suave o caminho do justo” (Isaias 26.9, NVI). Deus, com seu ‘polimento’ aplicado às nossas vidas, tem por alvo tornar-nos justos, e tornar suave o nosso caminho.

Veja quanta sabedoria divina Tiago expressou em palavras: Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tiago 1.2-4, ARA).

Além do mais, ‘polindo-nos’, Deus quer nos preparar para servir de consolação a outras pessoas; Ele, aplicando ‘polimento’ a nós, está nos preparando para nos usar no ‘polimento’ de outrem: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus” (II Coríntios 1.3,4, ACF).

Ora, se temos necessidade de consolação de Deus, é porque também passamos por tribulações, como diz o apóstolo. Passamos, por causa dos insondáveis e sábios propósitos de Deus!… Porque, Ele quer nos ‘polir’, já que somos ásperos por natureza; incrustados, por natureza; cheios de oxidação e ferrugem, trincas e arranhados, por natureza. “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Salmo 119.71, ARC)Uma coisa é certa: “Os sofrimentos do tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18, ARA). Bendito, pois, seja Deus, quando nos coloca no ‘polimento’!

Em 1987, uma família de Cedarville (Ohio) nos visitou em Salvador. Uma canção que eles entoaram em Português ficou marcada na memória. Com uma letra um pouquinho diferente, desfecho esta mensagem com a linda oração que eles cantaram… 

FAZ-ME UM SERVO
MAKE ME A SERVANT

Kelly Willard (1956-…)

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N° 350 : “ESCÓRIA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 15 de Julho de 2018

O filme “Ex-Pajé”, do cineasta e diretor Luiz Bolognesi, desencadeou uma multiplicada séria de manifestações contra a ação do evangelho e de pastores no meio de etnias indígenas brasileiras. Conta, ao modo do diretor, a história do ex-pajé da tribo Paiter Suruí, encravada nos limites fronteiriços do Acre e de Rondônia. O retrato da vida de Perpera Suruí é montado como o de quem perdeu o posto de pajé da tribo, e se tornou mero porteiro e zelador da igreja evangélica que se infiltrou na tribo.

A avalanche de reportagens e crônicas na imprensa brasileira foi massacrante. Critica-se de tudo: demonização das tradições e ritos da religiosidade indígena, erosão cultural, genocídio étnico, intolerância religiosa, conversionismo forçado, humilhação e rebaixamento de uma liderança natural no meio de um povo, que passou a ser escanteada, terrorismo psicológico, imposição de métodos e práticas dos brancos sobre os indígenas, e daí por diante.

Alguns críticos da mídia (o que inclui os maiores veículos de comunicações nacionais, cujos nomes nem precisamos citar) conseguem tornar mais ácida a advertência à população e às autoridades. Comentarista de um dos maiores jornais do país alerta contra a “crescente violência contra os índios no Brasil”, que, antes, era perpetrada pelos jesuítas; mas, agora, pelos pastores evangélicos.

Não há dúvidas de que o ‘grande guarda-chuvas’ evangélico comporta, infelizmente, aberrações quanto à imagem do cristianismo. Em determinados casos, certamente que o próprio Jesus Cristo – se isto lhe fosse concedido pelo Pai – desceria de novo e interviria, dizendo: eu não autorizei e bem autorizo vocês fazerem (ou falarem) o que estão fazendo (ou falando) em meu nome!

No entanto, a amplitude da crítica chega a insinuar o tom de pregação pela retaliação. Todos os evangélicos, todos os pastores, são colocados na vala comum da indignidade. Como se o cristianismo evangélico não tivesse uma longa história de benefícios redentivos (altruísta, diga-se de passagem, por não contar com qualquer subvenção governamental) em favor das nações indígenas em solo pátrio.  

A contundência (para não dizer truculência) das reações em cadeia verificadas nos traz a memória as afirmações do apóstolo Paulo quanto a Corinto: "…nos tornamos espetáculo ao mundo… Nós somos loucos por causa de Cristo… Somos desprezíveis… Somos esbofeteados, e não temos morada certa… Injuriados, bendizemos; perseguidos, suportamos… Até agora, temos sido considerados lixo do mundo, escória de todos” (I Coríntios 4. 9-13, ARA).  

Parece que, aos olhos dos mentores ímpios da mente ímpia da humanidade, é isto que somos: escória do mundo! É o preço por seguir e andar com aquele que assim também foi considerado, quando a multidão clamou para que fosse crucificado. E, se vamos dar a cara ao mundo, como cristãos, temos que estar preparados para ser esbofeteados, injuriados… Ser considerados lixo do mundo, escória de todos (aos olhos dos que não têm o temor de Javé).

Os apóstolos sofreram afrontas da parte do Sinédrio em Jerusalém (Atos 5); por pouco – não fosse o  parecer de Gamaliel – teriam sido todos mortos. Em vez disso, foram duramente açoitados, sob a ordem de não mais falarem em o Nome de Jesus. E, o que aconteceu em seguida? Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome. Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo(Atos 5.41,42, NVI).

Se pudéssemos interpor uma passagem (Jerusalém) com a outra (Corinto), que poderíamos dizer? Poderíamos dizer que os cristãos exultariam por serem considerados escória do mundo (aos olhos dos que não têm o temor de Javé).

E hoje? Deixamos de ser considerados como tal? Certamente que não. Mas, tem uma coisa: assim como os apóstolos disseram ao sinédrio – “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5.29, ACF) – assim também hoje. Podemos ser considerados escória de todos; pode até ser essa a avaliação do mundo. Mas a avaliação que de fato importa é a de Deus.

Este foi o fator que determinou a postura dos apóstolos. O que eles estavam fazendo e falando incomodava muita gente; especialmente as autoridades. Queriam calá-los… Usaram do seu poder para inibir, acusar, julgar, prender, amedrontar, ferir… Tempos muito parecidos com o nosso tempo, aqueles. Mas os apóstolos regozijaram por serem humilhados; por serem considerados dignos de ser humilhados por causa do Nome de Jesus… Tempos um tanto diferentes do nosso tempo, aqueles…

Não há ilusões. Lixo e escória, aos olhos do mundo, mesmo agindo corretamente. Naqueles tempos, e no nosso tempo. Mas, também naqueles e no nosso tempo, o julgamento que interessa e importa é o de Deus!

O poeta sacro transformou  em canção a aspiração  de colocar Jesus em primeiro  lugar; compartilho a canção… Após a letra traduzida, acione nosso player online… 

I WANT JESUS MORE THAN ANYTHING (1974)
Prefiro Jesus Mais Que Qualquer Coisa

Don Marsh (1959-…)

I want Jesus in my life
Quero  Jesus em minha vida
More than anything this world can offer me
Mais que qualquer coisa que este mundo possa me oferecer
For I know that He alone can satisfy
Pois eu sei só Ele pode satisfazer
Just to know His leading in my life
Apenas saber de Sua condução em minha vida
Is worth everything that I might sacrifice
É suficiente para tudo quanto eu possa deixar
Oh, I want Jesus more than anything!
Oh, Quero Jesus Mais que tudo!

Take the fame that I might want
Pense na fama que eu possa aspirar
And all the things that seem so dear
E tudo quanto possa parecer tão valioso
I'd rather have Him than any praise
Prefiro-O mais que qualquer enaltecimento
That men may give to me
Que os homens me possam destinar
I want Him to have control
Desejo que ele tenha o controle
And be the breath of life in me
E que seja o respirar em mim
I'd rather have Jesus
Prefiro ter Jesus
I'd rather have Him than anything
Prefiro-O mais que tudo!

He had power without end
Ele tinha infinito poder
From the heavens He rule the universe
Dos  céus governa o universo
Countless angels waited on His every call
Incontáveis anjos à espera de Seu chamar
But one day I saw Him all alone
Mas um dia o vi tão só
On a road to death and untold agony
A caminho da morte e indizível agonia
Just for me He suffered,
Sofreu por mim
Oh, what a price to pay
Oh, que preço a pagar

Take the fame that I might want
Pense na fama que eu possa aspirar
And all the things that seem so dear
E tudo quanto possa parecer tão valioso
I'd rather have Him than any praise
Prefiro-O mais que qualquer enaltecimento
That men may give to me
Que os homens me possam destinar
I want Him to have control
Desejo que ele tenha o controle
And be the breath of life in me
E que seja o respirar em mim
I'd rather have Jesus
Prefiro ter Jesus
I'd rather have Him than anything!
Prefiro-O mais que tudo!

As I go on through life with Him
À medida que prossigo a vida com Ele
There can be no other way
Não existe outro caminho
I want Jesus, I want Jesus
Quero Jesus, Quero Jesus
Oh, I want Jesus more than anything!
Oh, Quero Jesus mais que qualquer coisa!

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