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O Bem e o mal a cada dia

N° 179 : “RESGATE ARRISCADO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Novembro de 2014

No último mês de Outubro, um adolescente holandês postou um self-video na internet, com a seguinte declaração: “Olá, eu sou um jihadista do estado islâmico, e quero cortar cabeças de judeus”. A idade do adolescente? Quatorze anos. Isso tem acontecido com centenas, senão mais adolescentes de países europeus. Por volta de 16 a 20 anos de idade, vários saem de seus países e se dirigem à Síria, para ‘alistar-se’ no exército do ISIS. Foi o que aconteceu com Aicha, aos dezoito. Deslumbrada com um ex-militar do exército holandês, de origem turca, a quem seguiu, contrariou os pais e rumou para o Oriente. Omar Yilmaz debandou para o ISIS, adotando este novo nome. Passados poucos meses do suposto ‘casamento’, os dois se separaram – “cada qual seguiu o seu caminho”. Aicha (cujo nome real tem sido preservado, por questões de segurança), havia mandado uma mensagem para a mãe, apreciando o zelo materno, mas declarando sua nova opção de vida, por volta de Abril deste ano. Um detalhe: Aicha era o nome da terceira (e preferida) esposa de Maomé.

Em outubro, quando Aicha estava para completar 19 anos, Monique viajou da Holanda à Turquia, tentando resgatar a filha; não conseguiu. Um mês depois, recebeu uma mensagem dramática da filha, pedindo ajuda. Monique não pensou duas vezes. Embora as autoridades lhe dissessem – “Não vá a Raqqa! É muito perigoso; você pode ser executada lá, ou ser processada aqui, por ajuda ao terrorismo, quando voltar”. Mas, quem disse que uma mãe, determinada a salvar a filha, se detém com tais riscos? Monique saiu do território turco, e entrou na sede síria do “Estado Islâmico”, Raqqa, coberta por uma burca. Procurou, procurou, até que achou a filha, fragilizada psicologicamente. O reencontro foi deveras emocionante. E conseguiu trazê-la para o lado turco da fronteira, onde ambas aguardam autorização para voltar a Maastricht, sua cidade.

Não tenho a menor dúvida de que a marcante história, dentro de pouco tempo, vai resultar um filme. Se, apenas por ler-se a história, já surge uma notável empatia emocional, imagine quando dramatizada, com som e imagens. O advogado holandês Françoise Landerloo disse: “É altamente notável que a mulher tenha sido tão determinada a ir em busca e salvar sua filha!”. Pois é! Também acho.  Acho mais, até… Penso, por exemplo, no sentimento imensamente mais profundo, imensamente mais amoroso, imensamente mais significante que moveu, do céu à terra, o Filho de Deus. Deus viu algo semelhante ao que Monique viu. Ela disse algo mais ou menos assim: Minha filha está lá, para ser resgatada, e não o será se não tiver ajuda; além de mim, quem mais poderá ajudá-la?  Pois então: não foi assim que aconteceu em Cristo? “Porque o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19.10, BCF). “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação. Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.” (II Coríntios 5:18-19, BCF).

A mãe de Aicha, contra todas as recomendações das autoridades holandesas, arriscou a própria vida, indo ao encontro de sua filha, para resgatá-la. Jesus Cristo, não apenas arriscou, mas deu a sua própria vida, vindo ao encontro dos homens, pecadores por natureza, para resgatá-los : "Eu sou o bom pastor… e dou a minha vida pelas ovelhas… porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai" (João 10:14-18, NVI). Emociona, sim, um amor de mãe que faz o que fez a holandesa Monique. E ela não fechou a porta do retorno; não disse – não temos mais, aqui em casa, lugar para uma filha rebelde. Ao contrário, seu gesto proclamou – ainda há lugar aqui, para você, minha filha. Porém, ninguém tem maior amor do que este, o Filho Deus, que deixou no céu a sua glória, humilhou-se como e entre seres humanos, assumiu, em lugar dos que a Ele pertencem, uma cruz romana em solo judeu, o que se faz suficiente para resgatar do inferno milhões e milhões. Basta-lhes confessar o Nome do Filho de Deus, rendidos a Ele. Ele também não fechou (ainda) a porta da salvação. Pelo contrário, é como se estivesse a dizer, enquanto ainda há tempo – ainda há lugar.

Foi pensando nisto que o prolífico compositor sacro escreveu sua poesia, e musicou-a. Por cerca de 60 anos ele proclamou a mensagem resgatadora do céu, com hinos quase eternos, tais como Mansion Over the HilltopHe Washed My Eyes With Tears, SuppertimeWe'll Take It Over, entre muitos outros. Na mensagem musical de hoje, repete (usando a forma já traduzida e gravada em nosso idioma)  – Junto à Cruz há Lugar Para Ti. A interpretação é de Marvin Ponder, Merrilou Luthas e Steve Bolt, com grupo coral.

There´s Room At The Cross For You (1946)
Junto à Cruz Há Lugar Para Ti 

Ira Forest Stamphill (1914-1993)

The cross upon which Jesus died
A cruz onde Jesus morreu
Is a shelter in which we can hide
É um abrigo onde podemos nos refugiar
And its grace so free is sufficient for me
E a sua graça, tão graciosa, é suficiente para mim
And deep is its fountain as wide as the sea…
E farta é a fonte, tão vasta quanto o mar…

CORO – There's room at the cross for you
Junto à cruz há lugar para ti
There's room at the cross for you
Junto à cruz há lugar para ti
Though millions have come, there's still room for one
Ainda que milhões já tenham vindo, ainda há lugar prá mais um
Yes there's room at the cross for you!
Junto à cruz há lugar para ti!

Though millions have found him a friend
Não obstante milhões já terem achado nele amigo
And have turned from the sins they have sinned
E se convertido dos pecados cometidos
The Savior still waits to open the gates
O Salvador ainda aguarda para abrir as portas
And welcome a sinner before it's too late.
E receber um pecador antes que seja muito tarde.

Well, the hand of my Savior is strong
Bem, a mão do meu Salvador é poderosa
And the love of my Savior is long
E o amor do meu Salvador é longânimo
Through sunshine or rain, through loss or in gain,
Em meio a dias ensolarados ou chuvosos, em meio a perdas ou conquistas
The blood flows from Calvary to cleanse every stain.
O sangue jorra do Calvário para lavar cada mancha.

So I'll cherish the old rugged cross
Então, me alegro na velha cruz escarlate
Till my throphies at last I lay down
Até que meus troféus enfim deponha
I will cling to the old rugged cross
Levarei eu também a velha cruz escarlate
And exchange it someday for a crown 
Té trocá-la, algum dia, por uma coroa 
Though millions have come, there's still room for one
Ainda que milhões já tenham vindo, ainda há lugar prá mais um
Yes there's room at the cross for you!
Junto à cruz há lugar para ti!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 178 : “AUTO-AJUDA’ x ‘ALTO-AJUDA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Novembro de 2014

O Brasil já teve escritores famosos. Machado de Assis, José de Alencar, Guimarães Rosa, Aluísio Azevedo, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, sem contar poetas como Olavo Bilac, Castro Alves, Tomás Antonio Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu. Aliás, são tantos que já se torna injustiça relacionar uns e olvidar outros. Entretanto, nos últimos tempos, faz fama interna e externa outro tipo de literatura; e esse estilo também deu fama a seus escritores: o estilo “auto-ajuda”. Lair Ribeiro, Roberto Shinyashiki e Paulo Coelho têm seus nomes mundialmente projetados com tal literatura. Os dois primeiros são médicos – cardiologista e psiquiatra, em sua ordem; o último, veio do mundo artístico, e foi parceiro de composição de Raul Seixas; é o autor, em língua portuguesa, mais vendido e mais disseminado no mundo. 

Auto-ajuda se tornou um estilo literário muito procurado, porque se remete ao que pessoas consideram que precisam (e querem) ler. Um eminente professor universitário, expoente da crítica literária, se referiu assim: Auto-ajuda – o leitor gosta porque escuta o eco da sua própria voz, a voz do senso comum e da moral vigente. Leitores com baixa estima buscam auto-ajuda; leitores angustiados buscam auto-ajuda; leitores inseguros sobre o futuro buscam auto-ajuda. A frase de uma leitora dos autores de auto-ajuda ajuda a sintetizar o efeito que os aficionados tanto apreciam: com eles, sinto-me renovada a cada dia! 

Bem! Já vou parando de fazer o que a alguns possa parecer propaganda da “auto-ajuda”, e passar a fazer propaganda de um outro estilo, aparentemente concorrente – “Alto-ajuda”! Parecido, mas só no neologismo que estou usando para designá-lo. É muito mais útil, porque é da autoria de quem, mais do que um hábil cardiologista, conhece perfeitamente o coração humano – Ele o fez! E Ele o perscruta com um conhecimento maior do que o nosso, o dos ‘donos’ do coração (ou do que qualquer instrumento de última geração). É muito mais útil, também, porque parte de quem, mais do que um renomado e distinto psiquiatra, conhece, como ninguém, a alma, a mente, a psyque humana – foi também Ele quem moldou, em cada um, esta seção da individualidade. E Ele a perscruta com uma precisão incomparavelmente maior que a de qualquer psiquiatra, ou a de nós próprios, ‘auto-conhecedores’. 

Tem um detalhe distintivo… É mais efetivo, porque não fica tentando conciliar o inconciliável – o que as pessoas querem ler com o que precisam ler… Invariavelmente, não queremos ler o que mais precisamos, principalmente se for a respeito de nós mesmos. Entre outras características mais que poderíamos citar, para demonstrar a potência dessa literatura, ainda diríamos que é, além de melhor, a única que pode proporcionar segurança indiscutível quanto às inseguranças naturais do futuro. Estou falando de ‘Alto-ajuda’, ou ‘ajuda do Alto’. 

Estou apontando para cima, para Deus, autor da vida, doador da vida, mantenedor da vida, magistrado da vida, resgatador da vida. Estou falando do Seu livro – a Palavra de Deus, a Bíblia. Incomparavelmente melhor que qualquer obra de “auto-ajuda”, porque é ‘ajuda do Alto’! E ainda quero acrescentar três dados: no preço, é possível obter um exemplar de ‘Alto-ajuda’ de modo mais econômico do que o que se paga, em média, pelos títulos mais famosos dos afamados escritores de auto-ajuda. No conteúdo, a riqueza da Bíblia supera, numa distância que se perde de vista, o teor de todos os livros de auto-ajuda, somados. Nos efeitos, aí é que a comparação vira – com licença da força de expressão – covardia. Junte todos os livros de mera auto-ajuda já disponíveis, e junte-os em todos os idiomas já disponíveis; eles não conseguirão impulsionar, um centímetro sequer, uma única alma, a livrar-se do rumo fatídico do inferno e alcançar a bem-aventurança eterna do céu. Mas a Bíblia, como ‘Alto-ajuda’, com seu testemunho – a velha história referente a Jesus Cristo, o Salvador – já livrou incontáveis almas do inferno, remetendo-as ao Alto. E é capaz de realizar essa ‘proeza’ ainda hoje. 

Até os judeus que andaram perseguindo o Filho de Deus sabiam: Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim (João 5.39, ARA)Contudo, esses mesmos judeus resistiam em identificar as palavras de vida eterna com o doador da vida eterna: E vós não quereis vir a mim, para que tenhais vida… (João 5.40, BCF). Mas, mesmo um anjo divino, quando socorreu apóstolos, disse: Dirijam-se ao templo, e relatem ao povo toda a mensagem desta Vida (Atos 5.20, NVI). E quanto ao que está cansado, ou que está oprimido, ou angustiado, ou com baixa estima, ou inseguro quanto ao presente, ou inseguro quanto ao futuro? O Autor, mantenedor e redentor da vida ainda afirma: Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá… As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (João 6.57,63, ARA).   

Auto-ajuda? Só se você preferir placebo ou paliativo. ‘Alto-ajuda’, a ajuda do Alto, de Deus, de Jesus Cristo, da Sua Palavra Santa –  esta sim, resolve problemas, garante vida, encaminha para o Alto, prá todos os benéficos efeitos eternos!   

A mensagem musical de hoje é acalentadora. Lembra palavras do Mestre, quando estava para se despedir, temporariamente. A interpretação suave é de Heritage Singers. Ouça, com nosso AudioPlayer Online,  logo abaixo da letra… 

 

MAY GOD BE WITH YOU (1928)

Esteja Deus Contigo
Rex Arthur Maupin (1896-1966) & Myron Mike Oury (1893-1966)
 
May God be with you, until we meet again
Esteja Deus contigo, até que de novo nos encontremos
May God be with you and keep you safe till then
Esteja Deus contigo e te guarde até lá
And may His blessings be in your heart
E que Suas bênçãos estejam no teu coração
May God be with you, while we’re apart
Esteja Deus contigo, enquanto estivermos separados.

May God be with you and watch you from above
Esteja Deus contigo, assistindo-te de lá de cima 
May God protect you with everlasting Love
Que Deus te proteja com Amor duradouro
And with the dawning of each new day
E, que ao crepúsculo de cada dia 
May God be with you to guide your way!
Esteja Deus contigo para guiar teu caminho!
May God be with you, may God be with you every day!
Esteja Deus contigo, esteja Deus contigo cada dia!

 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !

Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional

N° 177 : “DEUS, EVOLUCIONISTA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Novembro de 2014

O franciscano papa Francisco I, lá no Vaticano, acaba de declarar, oficialmente, que Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (1897-1978), designado em 1963 Papa Paulo VI (1963-1978), é agora “mediador intercessor post-mortem” (popularmente, um beato, parte do processo de canonização como um “santo”). O Vaticano diz que reconheceu que Paulo VI teve um “milagre seu comprovado” em favor de uma criança californiana, antes que aquela nascesse (milagre reivindicado para os anos Noventa, quando Paulo VI já era falecido). De acordo com o Vaticano, foram as intercessões celestiais do falecido Giovanni Montini que proporcionaram a suposta cura ao feto. Uma semana depois, o Papa Francisco I surpreendeu o mundo novamente. Falando à Rádio do Vaticano, que transmitia a cerimônia de descerramento do busto de Bento XVI na Pontifícia Academia de Ciências, o papa deu um impressionante respaldo 'pontifício' às teorias da evolução e do "Big-Bang". Transcrevo, traduzindo literalmente a declaração papal do registro pela Rádio do Vaticano: “A evolução, na natureza, não é inconsistente com a noção de criação… Não obstante, o cientista deve ser impulsionado pela confiança de que a natureza oculta, dentro de seus mecanismos evolutivos, potencialidades que precisam ser descobertas pelo intelecto e pela liberdade, de modo a perscrutar o [tipo] de desenvolvimento que pertencem ao desígnio do Criador”.

Francisco I parece repercutir o conceito do padre jesuíta e também cientista francês Teilhard de Chardin (1881-1955). Chardin, em busca de convergir conceitos teológicos com conceitos científicos que abraçava, defendeu que Deus e natureza são dois pólos que continuamente interagem, de modo dinâmico, promovendo a progressiva evolução cósmica. Essa idéia também foi alcunhada de panenteísmopan (tudo) + en (em) + teísmo (de theos = deus); sumarizando, Deus operando por meio de todas as coisas. Chardin enfrentou dificuldades de ambos os lados: evolucionistas ‘puros’, naturalistas que são, sempre repudiaram a idéia de um ser sobrenatural, divino e necessário; criacionistas ‘puros’, isto é, que reconhecem que o ser divino e sobrenatural é, não apenas necessário, mas também poderoso o suficiente para operar sem a colaboração da natureza. Sobrou quem? Sobrou um contingente de religiosos que, sacrificando as mais legítimas ferramentas e métodos da interpretação da Bíblia, pensam que a única maneira de validar a sua revelação textual é curvar-se a pressupostos supostamente bem amparados pela ciência. O notável e inteligente argentino Jorge Mário Bergoglio parece ter dado respaldo a essa concepção.

Interessante! Se alguém se defronta com o livro de Gênesis, que diz que Deus ordenou por Sua Palavra, e em seis dias surgiram os céus, a terra e tudo que neles há, o defensor do evolucionismo teísta aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu num processo que durou milhões de anos Temos que ler a Bíblia dessa ótica!  Se alguém toma, do Gênesis, a percepção de que Deus formou o homem do pó da terra, e soprou fôlego de vida em suas narinas, fazendo-o distintamente de todos os demais seres vivos, o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que o homem evoluiu duma forma simiesca (ancestral também do macaco), esta evoluiu de uma forma viva primitiva e unicelular, e esta evoluiu de moléculas sem vida… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Se naturalmente percebo, em Gênesis, que houve atos criativos ordenados de Deus, o qual, no princípio, criou (Gn 1.1)o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu do Big Bang, demandando conjugar tempo e acaso, sem intenções prévias específicas de ordem ou de projeto determinante… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Neste caso, ao defensor desta linha fica a incumbência de reler o Gênesis pelos óculos da Ciência, ‘chamando’ Deus para algumas intervenções ocasionais, quando lhe parecer que tempo e acaso não seriam suficientes para a evolução.

Problemas sérios à vista!… Primeiro: se, por não ser a Bíblia um livro de ciência, seu primeiro livro sofre o descrédito que sofre, que dizer do restante, que dali tanto depende? Segundo: se o Big-Bang é, de fato, a origem de todas as coisas, que espécie de Deus é esse, que em vez de nos contar a história certa na Sua revelação, escondeu-a? Terceiro: se a evolução é o seu método, por que nos enganou tanto, dizendo que seu método é criação? Quarto: Se nós, humanos, somos resultado evolutivo de formas irracionais, que são formas evolutivas de entes inertes, por que tantas vezes nos diz a Bíblia haver Deus criado o homem de forma tão singular, o único com a propriedade da “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1.26,27)? Quinto: se milhões e milhões de anos são necessários por causa das chances de evolução dar errado inúmeras vezes em suas tentativas, até finalmente dar certo em uma, onde estão as provas das tentativas erradas? Onde estão as provas de defeitos nas espécies primitivas e intermediárias? Onde estão as espécies defeituosas da transição da evolução para chegar-se ao homem complexo e harmônico que somos?  Bem! Muitos outros problemas poderiam ser levantados. O maior de todos eles é, de fato, a desconfiança contra o texto bíblico, supondo que a Ciência é mais digna de crédito. A grande pergunta será: que tipo de Deus é esse, de que fala a Bíblia?

Para ajuda dos leitores, a palavra de uma autoridade: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como alguns dos vossos poetas têm dito – porque dele somos também geração…”  (Paulo de Tarso, em Atos dos Apóstolos 17.24-28, ARA).  Pessoalmente, peço ao leitor: não se deixe ser enganado, como os gregos daqueles dias foram pelas teorias pré-socráticas. E, se precisar de uma única razão para atender ao meu apelo, dou a que ofereceu a mesma autoridade referida: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.30,31, ARA). A Ciência, se for boa, não há de contrariar a Escritura, nem a si subjugar sua revelação. A Ciência passará; a Palavra de Deus permanecerá eternamente! Não duvide da Palavra de Deus; duvide da “ciência” que duvida da Palavra de Deus!  

Quando Deus questionou Jó por todas as Suas maravilhas criadas, cada qual na ordem e sob o propósito que Deus estabeleceu, a única atitude que restou a Jó foi a de reconhecer quão maravilhoso, sábio e onipotente Deus é. O compositor sacro tratou do mesmo dilema e, enquanto partilhava anos de trabalho junto com Billy Graham, compôs a mensagem musical que hoje disponibilizamos. Com participação tocante de coro e Douh Oldham (1930-2010), o próprio compositor ali cantava, aos 103 anos de idade. 

THE WONDER OF IT ALL (1955)
A [MAIOR] MARAVILHA DE TODAS 
George Beverly Shea (1909-2013) 

There's a wonder of sunset at evening,
Há uma maravilha no pôr-do-sol ao entardecer,
The wonder as sunrise I see;
A maravilha que é o alvorecer, eu [também] vejo;
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is the wonder that God loves me.
É a maravilha de que Deus ama a mim.

Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me…
Tão somente pensar que Deus ama a mim…
Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me!
Tão somente pensar que Deus ama a mim…

There's the wonder of springtime and harvest,
Há a maravilha da estação da primavera e a da colheita
The sky, the stars, and the sun;
O céu, as estrelas, e o sol (por que não também a lua?)
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is a wonder that has just begun…
É a maravilha que apenas começou… 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 176 : “RAPHA’EL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 02 de Novembro de 2014

Quem me lê usualmente, ou quem comumente me ouve (como meus alunos, coitados – talvez não tenham outra escolha), sabem que tenho fascinação por genealogias… Inclusive de palavras, ciência chamada de etimologia (etymos=real +logia=estudo). Um nome para investigar a etimologia, com motivação logo a seguir: “Rafael”. Vem de duas palavras hebraicas, a primeira relacionada ao verbo “rapha”, que significa curar, e a segunda derivada de “El”, que significa “Deus”. Em hebraico transliterado, RAPHA’EL; aportuguesado, Rafael que significa “Deus curou”! As duas palavras aparecem diversas vezes na Bíblia, mas nenhuma vez juntas, como nome próprio (exceto no livro não canônico de Tobias). É também um nome angelical na tradição islâmica, e ainda na tradição judaica. E esse é o nome que chamou a minha atenção, de ontem para hoje…

É o nome do único filho do apresentador Jô Soares, que acaba de falecer. Rafael tinha 50 anos de idade; era diagnosticado como autista, e já por um ano vinha lutando contra um câncer cerebral. Neste caso, houve mais razões para minha atenção ter sido atraída… Disse o Jô a respeito do filho: “Rafael era um menino muito especial, que veio a este mundo para nos ensinar muitas coisas [eu, aqui escrevendo, declaro que acredito piamente!]. E, nestes últimos 50 anos, como ensinou… a mim e à Teresa [eu, continuando a escrever, também declaro que acredito nisto]. Devido ao autismo, permaneceu a vida toda um menino, o nosso menino” [não duvido uma vírgula]. E eu, que nem sabia que tinha um colega de ‘escola’ famoso assim…

Em pleno dia de Finados, poucos nomes próprios são tão pertinentes à lembrança do dia como “Rapha’el” – “Deus cura!”. Outro dia mesmo, mencionei um internauta que zombava do blogger, pedindo cura para a morte. Mais ou menos assim: eu morri com o remédio que você sugeriu; você tem aí algum remédio para curar a morte? Deus cura! Cura tão poderosamente, que os efeitos não somente colaterais dessa cura já passam a ser usufruídos, aqui, e antes da hora.

Finados é uma data memorial pelos mortos, observada ano a ano. Neste Brasil, laico de araque, o dia de Finados é feriado nacional. É dia em que os ‘campos santos’ recebem vários vivos para venerar seus finados queridos. Para a grande maioria, há uma séria dúvida (quando não ceticismo mesmo) se a vida continua depois… E, para os que não partilham da dúvida, ainda há as grandes discrepâncias sobre como continua. Um parêntesis: na mensagem de exatamente um ano atrás já foi abordado o tema “finados” (clique AQUI para ler). Mas, o assunto de hoje é a cura. Sim, há cura para a morte! Há vida depois dela. Há plena e real possibilidade de se visualizar um túmulo, sabendo-se de quem o corpo que lá foi posto, e revestir essa leitura visual da mais convicta esperança de que não está, ali, o fim cabal (desculpem a redundância proposital).

A cura para a morte está em Deus (Rapha’el). Preste atenção na seguinte mensagem divina:

“Asseguro-lhes que, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte’. Diante disso, os judeus exclamaram:
– Agora sabemos que você está endemoninhado! Abraão morreu, bem como os profetas, mas você diz que se alguém guardar a sua palavra, nunca experimentará a morte. Você é maior do que o nosso pai Abraão? Ele morreu, bem como os profetas. Quem você pensa que é?
Respondeu Jesus:
– Se glorifico a mim mesmo, a minha glória nada significa. Meu Pai, que vocês dizem ser o Deus de vocês, é quem me glorifica. Vocês não o conhecem, mas eu o conheço. Se eu dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vocês, mas eu de fato o conheço e guardo a sua palavra. Abraão, pai de vocês, regozijou-se porque veria o meu dia; ele o viu e alegrou-se.
Disseram-lhe os judeus:
– Você ainda não tem cinqüenta anos, e viu Abraão?

Respondeu Jesus:
– Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!"
 (João 8:51-58, NVI).

Quem de fato conhece os ensinos de Jesus, como na Escritura Sagrada podem ser conhecidos, não se engana: Jesus não afirmou, com tais respostas, que guardar a sua palavra evita a morte; antes, o que garantiu é que guardar a sua palavra curada morte. A prática consistente do ensino da Palavra de Deus é, não o preventivo da morte física, mas o seu curativo. E, diga-se de passagem, o único eficaz.  Foi o tom do que ele afiançou a Marta e Maria, mesmo sob o quadro sombrio da morte, já vigente por quatro dias sobre o amado irmão delas, Lázaro (vide João 11).

Não sei o que motivou Jô Soares a ‘batizar’ seu “menino especial” com o nome de Rafael. Não sei o que, a esta altura, preenche a saudade do coração dele. Só sei de uma coisa: até para a morte há cura… Deus cura… “Rapha’el”… E eu bem que gostaria que o Jô Soares soubesse disso, como eu e você já sabemos…

Para terminar: em 1854 o órfão alemão Kurzenknabe deixou, aos 14 anos de idade, o porto de Bremen, em sua terra natal, migrando para a América do Norte. Viajou em companhia de familiares que lhe deram cuidados; entretanto, chegando aos Estados Unidos, vagueou, vagueou por vários lugares, até se fixar na Pennsylvania. Ali, desenvolveu sua capacidade musical a serviço do evangelho, deixando um imenso legado. No meio desse legado, nossa mensagem musical de hoje…

Wenn Erschallt Einst Die Posaune
Quando Ressoar Uma Vez Por Todas a Trombeta

John Henry Kurzenknabe (1840-1927)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 175 : “BRINCANDO COM A VERDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Outubro de 2014 

Já ouviu falar de um nefrólito? Sabe o que é uma crise nefrolítica? ‘Crise’, todo mundo sabe o que é… nefrólito, de onde vem o complemento que identifica a espécie de crise, meu presente assunto, é simplesmente a popular ‘pedra no rim’… Vem de duas palavras gregas: nefro (rim) e lithos (pedra). Trata-se do assunto no qual venho me especializando há mais de vinte anos, apenas pela via dolorosa e devastadora da experiência. Nestes últimos dias, duas vezes baixando em hospital, debaixo de dores e cólicas insuportáveis. É a experiência sazonal (não tão ocasional) dos últimos vinte e seis anos. Por ela, já me submeti a duas litotripsias (do grego lithos=pedra + tripsis=fricção, trituração).

Pois é! Andava eu pesquisando o mundo internético sobre alternativas fitoterápicas, quando encontrei, num blog, alguém indicando o uso intensivo de certa combinação vegetal. Segundo ele, seria infalível… Logo depois, outro alguém entrou na seção de comentários, e ironizou o defensor da alternativa natural com as seguintes palavras:
 “Ei! Eu tomei dessa solução aí indicada, e não funcionou. Infelizmente, acabei morrendo. Aliás, se você tiver uma solução para após a morte, me manda, porque a última também não funcionou…”
Nisso, o primeiro comentário que veio, logo em seguida, foi:
– KkKkKkKkKk (sic). 
Mas, logo depois, apareceu mais alguém para continuar a seção de comentários, e disse assim:
– “Amigo, você que faleceu: havia uma solução enquanto você estava vivo… A solução é Jesus, a única!”

É uma narrativa de fato real, que mostra como há pessoas dispostas a brincar com a verdade. Prá esse tipo de verdade – a solução diante da inevitável morte – o que se vê é um número minoritário de pessoas com real interesse. Nesse número, ainda há quem queira brincar com o fato. Será que não faz diferença a verdade a respeito do assunto? Será que saber a solução – a única, como disse o último internauta – realmente interessa? Deveria interessar… Afinal de contas, quase todos os problemas que, nesta vida, se defronta a humanidade, ou já têm alguma forma de solução, ou uma solução sendo pesquisada.

No caso da morte, preciso ser mais específico, e menos irônico (como foi o internauta lúdico). Se você é espírita kardecista, lembre-se que o próprio Hippolyté Lèon Denizard Rivail adevertiu: “A morte virá para ti como para todos, e os títulos não te pouparão a ela; pode te atingir amanhã, hoje ou daqui a uma hora…”. No Alcorão, a morte é reconhecida como um fato procedente daquele que proporciona também a vida (Alah), e que por ela chama à eternidade… Na Tripitaca dos budistas, ou nos Vedas dos hinduístas, ainda que interpretando de modo diferente o significado da morte, ela também aparece inolvidável. Se você é católico, veja como traduziu o texto bíblico o padre Antonio de Figueiredo: “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam” (Hebreus 9.27,28, BCF). 

Devo dizer que é inteiramente digna de crédito cada palavra proferida pelo internauta que por último respondeu: 
(1) Há solução para a morte – “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. O último inimigo a ser destruído é a morte. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (I Coríntios 15. 21,26,54-56, ARA). 
(2) A solução é Jesus Cristo – “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” (Hebreus 2:14-15, ACRF).
(3) O prazo de validade para adoção da solução é enquanto dura esta vida – “Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois ele diz: ‘Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação’. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!” (II Coríntios 6:1-2, NVI)

Aí está uma pequena súmula da verdade. Agora que você já sabe, vai querer também brincar com ela?

Hoje, uso um hino que tem sido uma espécie de 'hino oficial' de muitos que vagueiam pelas estradas (tanto pavimentadas quanto férreas) americanas (o mesmo da mensagem nº 79). Segue o hino, executável em nosso AudioPlayer Online (logo abaixo da letra), numa apresentação feita por um quarteto em um grande auditório de Nashville.  As palmas e apupos, ao final, poderiam ter sido evitadas, embora não tenham sido.  Mas vale a mensagem do hino, cantado a cappela.

LIFE IS A RAILWAY TO HEAVEN (registro em 1890) 
A VIDA É [COMO] UMA FERROVIA PARA O CÉU
Letra: Eliza R. Snow (1804-1887) & M. E. Abbey (pastor no estado da Georgia)  
Música : Charles David Tillman (1861-1943)
 
Life is like a mountain railroad 
A vida é como uma ferrovia de montanha
With an engineer that’s brave;
Com um maquinista que é valente; 
We must make the run successful,
Somos compelidos a buscar uma jornada de sucesso
From the cradle to the grave;
Desde o berço até à tumba;  
Watch the curves, the hills and tunnels
Observe as curvas, as montanhas e os túneis
Never falter, never fail;
Nunca hesitando, nem falhando;
Keep your hand upon the throttle,
Mantenha sua mão sobre a manete, 
And your eye upon the rail. 
E seu olho sobre a estrada. 
 
        Blessed Savior, Thou will guide us
        Bendito Senhor, Tu nos guiarás  
        Till we reach that blissful shore
        Até que alcancemos aquela praia bem-aventurada
        Where the angels wait to join us
        Onde os anjos aguardam para juntar-se a nós
        In Thy praise, forevermore !
        Em louvor a Ti, para todo o sempre!
 
As you roll across the trestle,
À medida que você avança sobre os trilhos, 
Spanning Jordan’s swelling tide,
Atravessando o Jordão que transborda suas margens  
You behold the Union Depot
Você se depara com a Estação da União [uma associação de idéias com as estações da ferrovia] 
Into which your train will glide;
Para dentro do qual seu trem deslizará;
There you’ll meet the Sup’rintendent,
Lá você vai se encontrar com o Superintendente [da metafórica ferrovia]
God, the Father, God, the Son,
Deus, o Pai, Deus, o Filho
Will extend the hands will greet you
Há de estender-te as mãos com as quais vai saudar tua chegada
“Weary Pilgrim, welcome home.” 
"Peregrino fatigado, seja 'bem-vindo' em casa!"

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 Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
  Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br

N° 174 : “FIRDOUS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 19 de Outubro de 2014 

“Alegro-me pelos meus irmãos que foram mortos, porque foram feitos mártires; ajudem-me, matem-me, pois quero unir-me a eles, e tomar a posse das 40 mulheres que me foram prometidas, no paraíso celeste”. O rapaz que assim implorou ao militante curdo Cuneyt Hemo para ser morto, visando a recompensa celeste, tinha apenas 20 anos de idade.  Vinha ele do Azerbaijão quando foi capturado como prisioneiro do Estado Islâmico do Iraque e Síria (ISIS, em inglês) pelos curdos sírios. O que mais impressionou, segundo Hemo, foi a ausência do medo de morrer. O rapaz estava tão seguro que, morrendo, iria para o céu, para desfrutar do paraíso, que chegou a implorar para que não demorassem. E conseguiu o que queria: menos de vinte e quatro horas depois foi executado, na sitiada cidade síria de Kobane. Para ‘fazer jus’ à rápida execução, bastou que fossem lembradas as atrocidades cometidas na milícia do ISIS. Assim pensava ele adentrar mais rapidamente ao Firdous, o paraíso celeste, na doutrina islâmica. 

O “Estado Islâmico do Iraque e Síria” é uma facção jihadista do Islam contemporâneo, que pratica o sharia, a “lei do Islam” (“estado islâmico”) de modo radical. Em decorrência de suas práticas, cidadãos ocidentais aprisionados naquela região têm sido mortos de modo cruel, com exploração político-religiosa da execução. Entre suas crenças, também peculiares ao Islam, está a que compeliu a atitude do militante jihadista supra mencionado: a esperança escatológica de recompensa celestial, especialmente em troca de sua militância dedicada, numa espécie de oásis paradisíaco, onde donzelas estarão à disposição, para sempre, dos recompensados. 

Há semelhanças e diferenças desta crença em relação à verdade. Bem! Discutir, aqui, quanto à fonte da verdade não será cabível. Logo, põe-se o fato, posterga-se a prova. De onde vem a verdade? Ah! Que pergunta!… O governador romano Pôncio Pilatos a fez a Jesus, durante o interrogatório para fins de  julgamento“Que é a verdade?” (João 18.38), foi o que perguntou. Faltando-lhe, porém, o interesse genuíno na verdade, nem a resposta esperou; e olhe que estava diante de quem mais autoridade tinha para dá-la. 

A verdade é que Deus existe, e que Deus é Deus! Sua descrição em outras fontes, não autorizadas pelo próprio Deus, não fazem jus à própria auto-descrição de Deus em Sua Palavra, a Bíblia. “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” (Hebreus 11:6, NVI). Nela, vemos o que é semelhante à fé islâmica: a vida não se resume ao tempo presente (como querem crer os céticos e materialistas), porque a alma ultrapassa o limite entre o finito de hoje e o eterno de além-morte. Há recompensa, sim; mas o meio e o fim são diferentes. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam  (I Coríntios 2.9, ARC). O meio não se constitui de uma “guerra santa contra os insubmissos”; nem, tampouco, de martírio por uma causa sublime (hipoteticamente ou factualmente). Ao contrário, o meio é Jesus Cristo somente, em seu significado como pessoa, como obra salvadora realizada, como palavra viva de Deus outorgada. É o martírio do Filho de Deus que vale a eternidade, não o do candidato. Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6, BCF). O fim não é o deleite sensual, segundo as medidas e os parâmetros desta existência. Ao contrário, é outro tipo de deleite, superior, sublime, inaudito. Ninguém dele vai jamais se cansar. Ninguém, ali, vai ter a mínima saudade dos efêmeros e fugazes deleites de aqui.  Não seremos à semelhança do que somos, hoje; antes, seremos à semelhança do que Jesus Cristo se tornou, após subir de volta ao céuE, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. (João 14.6, ARA). 

Em último lugar, há uma diferença extrema entre a natureza de apelo pela morte de um jihadista do ISIS, e a serenidade de um cristão quanto à morte. O cristão não é um kamikaze. Não procura a morte como parte do ônus pela recompensa, nem tampouco como fuga do desprazer pela vida. Seu coração é sereno, e seu destino é entregue nas mãos de Deus. Se tiver que morrer como cristão (como muitos vêm morrendo, sob execuções cruéis do próprio ISIS), morrerá nos braços do seu Redentor. Do contrário, viverá cônscio de “o viver é Cristo, e o morrer é lucro”  (Filipenses 1.21, ARA). Não busca, em sã consciência, a morte; mas, não a teme, se tiver que enfrentá-la. Muita diferença. Sei que você entende, se é cristão; se não é, provavelmente não entende, mas entender pode estar ao seu alcance. O paraíso celeste (Firdous, a palavra de origem persa que o designa, na linguagem islâmica) está preparado e reservado.   

Nossa mensagem musical de hoje é extremamente significativa, a propósito. Trata-se do mesmo compositor do hino "Manso e Suave, eis Jesus nos chamando", que foi um pedido especial de Dwight Lyman Moody, perto da morte, ao autor. Dentre os seus muitos belíssimos hinos, recuperei mais este das minhas gravações de rádio. O autor compôs o hino de hoje ainda relativamente jovem – 32 anos de idade. Mas, também ele viveu o grande incêndio de Chicago de 1872, que tantas vidas ceifou (mais de trezentas, fora os mutilados). A expectativa do encontro com seu Mestre falava sempre forte ao seu coração, desde então.

Ouça, com nosso AudioPlayer Online (a letra e a tradução vêm a seguir…).

LEAD ME GENTLY HOME, FATHER (1879) 

Leva-me Ternamente Prá Casa, Pai 
Will Lamartine Thompson (1847-1909)

Lead me gently home, Father, lead me gently home, Father !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa, Pai! 
Lest I fall upon Your wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!
 
1. Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
When life's toils are ended, and parting days have come,
Quando as labutas da vida terminarem, e os dias da partida chegarem,
Sin no more shall tempt me, ne'er from You  I'll roam,
Pecado já não mais tentar-me-á, nunca me apartarei de Ti
If You'll only lead me, Father, lead me gently home.
Se apenas me conduzires, Pai, leva-me ternamente prá casa.

2.Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In temptations hour, Father, when so trials come…
Na hora das tentações, Pai, quando tantas provações chegarem… 
Oh! Beneath You keep me, take me as Your own
Oh! Sob Ti guarda-me, toma-me como um dos teus 
For I cannot live without You, leave me gently home!
Pois eu não posso viver sem Ti, leva-me ternamente prá casa! 
 
3.[Verso não cantado] Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In life's darkest hours, Father, when life's troubles come,
Nas horas mais escuras da vida, Pai, quando os apertos da vida chegarem 
Keep my feet from wand'ring, lest from You I roam,
Guarda meus pés de vaguearem, para que não me aparte de Ti
Lest I fall upon the wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!

 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br

N° 173 : “HERANÇA APRAZÍVEL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Outubro de 2014

 

“Desista: vocês perderam esta herança, porque deixaram passar muito tempo”. Foi assim que uma conhecida minha recebeu a resposta à consulta, feita a um advogado, para o seu caso específico. Deixe-me contar a história desde o começo…

São duas irmãs, uma solteira e outra divorciada. Ambas estão já a adentrar a terceira idade, e a primeira tem traços de personalidade que a classificam no grupo chamado “especial”. A mãe delas faleceu há alguns anos. Recentemente, revirando algumas de suas coisas, guardadas por longo tempo, descobriram que sua mãe havia adquirido um terreno em município adjacente a Belo Horizonte; só que não havia contado para as filhas. Adquiriu, mas não consumou o registro. Feita a investigação da descoberta, viram que era fato. Hoje, o terreno vale uma enorme quantia. Mas, está ocupado por terceiros. Seria uma herança e tanto! O advogado consultado lhes mitigou a esperança de tomar posse da herança – “já se passou tanto tempo, e a propriedade não foi regularizada a tempo… Vai ser difícil tirar de lá os esbulhadores”. Já imaginou o gosto amargo na boca das duas irmãs? Um potencial direito, bem na mão por vários anos, e o descuido, a leniência agora lhes impede de tomar posse da herança.

Conclamo sua atenção, agora, para o que diz o salmista Davi: O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança. (Salmo 16.5,6, ACRF). Veja quantas figuras atraentes: porção da minha herança, meu cálice, minha sorte, formosa herança. São figuras a mostrar quão precioso é desfrutar de Deus, de tomar parte em Seu reino, em Sua comunhão, em Sua Palavra, em Sua esperança. É um salmo de Davi, o rei de Israel; entretanto, é certíssimo que não fala, ele, de terras espoliadas de seus inimigos, nem de parte da possessão da tribo de Judá, à qual pertencia. Davi fala da herança eterna, dos lugares celestiais, do paradisíaco tabernáculo eterno onde habita o Cordeiro de Deus, e onde com ele habitarão os Seus remidos. Não há melhor herança. É tida como “herança formosa”. Um poeta de língua inglesa tomou emprestada a expressão deste salmo para falar daqueles “pleasant places”… Os lugares de prazer, os lugares de delícias, indizíveis até…

O mesmo salmista se referiu a tal cenário, quando compôs o mais conhecido salmo bíblico: O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre. (Salmo 23, ARA). Trata-se de uma esperança futura, ardente e candente, que nutre a esperança necessária para o dia-a-dia, aqui… Faz da vida, aqui e agora, uma espécie de preliminar daquela, resguardadas as proporções de cada caso.

Há um detalhe, importante, diga-se de passagem: a herança de que fala Davi não corre o risco de ser perdida, como no caso daquelas duas desavisadas herdeiras. O risco é de outra natureza, e pode ser expresso em termos de duas situações opostas: ou se alcança, ou não se alcança. Quem alcançar, não perderá! Quem não alcançar, é porque já está perdendo, hoje, aqui, agora. Jesus mesmo disse: Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar (João 14:1-2, BCF). Então, é assim? Uma herança que pode ser destinada a muito mais gente do que até hoje já tem sido? Sim, é a verdade! Mas é também verdade que, naquele dia, tendo passado a oportunidade de garantir a posse dela, o gosto amargo esteja na boca de muitos. Que desperdício!

O salmista faz uma declaração ímpar… Deus é a porção da minha herança! E que herança! Lugar onde as divisas e os limites só exibem lugares aprazíveis… Herança formosa! Que tal essa herança para você mesmo? 

Ao final desta breve reflexão, valho-me, novamente, de um dos compositores pelos quais tenho enorme apreço. Quantas peças de destaque: Maior Amor, Breve Ele Volta, O Maior Milagre, O Rei dos Reis… Mais de um milhar de belíssimas e harmoniosas composições. Aviador na Segunda Guerra Mundial, resolveu ele dedicar-se ao Seu Mestre, depois que voltou à América do Norte. Algumas de suas ‘inspirações’ para a poesia musical vinham das lembranças visuais, ao bordo de um avião, contemplando, nas alturas, as belezas da terra… O hino de hoje decorre da comparação: ainda que todas as possessões do mundo fossem sua herança, nada valeriam, em troca da herança dos remidos com Deus. Vai, a seguir, com tradução e áudio mediante nosso Audio Player Online.

 

IN PLEASANT PLACES (1974)

EM LUGARES APRAZÍVEIS
John Willard Peterson (1921-2006)
                                    
Sweet it is to follow the Savior, 
Doce é seguir o Salvador
Sweet to have Him close by my side; 
Doce é tê-lo bem perto, ao meu lado 
Carefully the pathway He chooses, 
Ele escolhe cuidadosamente o caminho
He is such a wonderful guide! 
Ele, tão maravilhoso guia que é!
                                                                                  
In pleasant places Jesus leads me, 

Em lugares aprazíveis Jesus me guia
Like a shepherd so gentle and kind;
Como um pastor, tão terno e gentil; 
In pleasant places by still waters, 
Em lugares aprazíveis pelas águas tranqüilas,
O what pleasure and blessing I find. 
Oh! Que prazer e bênção eu encontro.
                                                                                     

Now, my life indeed is worth living,

Hoje, minha vida vale a pena, de fato, ser vivida, 
Christ has made the diff'rence for me; 
Cristo faz a diferença para mim; 
There's a joy, a glory, a wonder,
Há um gozo, uma glória, um deslumbramento, 
Ev'ry day His goodness I see. 
Cada dia contemplo Sua bondade.

                                       

Some day He will take me to heaven, 

Um dia Ele me levará para o céu,
Safely I'll be led by His hand; 
Seguro, serei conduzido por Sua mão; 
Pleasant are the places awaiting 
Aprazíveis são os lugares que me aguardam
There within that beautiful land! 
Lá, adentrando aquela bela pátria!


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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 172 : “JESUS – UMA LENDA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 05 de Outubro de 2014

“Jesus nunca existiu! Trata-se de uma lenda, urbana ou do deserto. Estudei 126 escritores da época, e nenhum o cita”. Esta é a tese defendida pelo historiador norte-americano Michael Paulkovich, agora publicada sob o título No Meek Messiah (“Nenhum Messias Humilde”), e impulsionada por entrevista ao jornal Daily Mail.  Segundo ele, Jesus Cristo é uma figura de ficção, criada por certos judeus, para atender ao fim de ter um ídolo religioso a quem reverenciar. Paulkovich alega ter estudado extensivamente escritores entre o primeiro e o terceiro século, e só encontrou menção no historiador judeu Flavius Josephus. Mas, julga que pode ter sido um acréscimo intencional em qualquer reedição do livro, depois de escrito no ano 95 do primeiro século.

Procurei dados sobre esse ‘fenômeno’ contemporâneo dos estudos históricos; até agora, só descobri que ele padece do mesmo mal de que acusa a Jesus de Nazaré – um verdadeiro desconhecido. Bem! Pelo menos, até agora; mesmo sem ser vidente, prevejo que a partir de agora, sua assertiva vai conferir-lhe notoriedade. Sim, porque, em certos círculos, propor contundentes teses contra a legitimidade do cristianismo vende rapidamente, encanta multidões. O Amazon Books, que logo passou a vender seu livro, diz que ele é articulista de três revistas de defesa racionalista e ateísta. Esse desconhecido historiador do século XXI aduz, em favor de seu argumento, que a maneira como Jesus foi descrito é como um líder religioso que cria em lendas, tais como “Adão e Eva”, “Noé e o Dilúvio”, a cura de judeus picados por cobras meramente pelo olhar a uma escultura de bronze, “Jonas e o grande peixe” e a estátua de sal na qual foi transformada a mulher de Ló.

As premissas do historiador revolucionário começam, como se pode ver, com a tentativa de descredenciamento dos próprios autores cristãos, Paulo de Tarso o mais pródigo deles (tido como mal-intencionado criador do cristianismo), além de Pedro, João, Lucas, etc.; passeia pelo pressuposto da contestação de um fato bíblico pelo simples motivo de ser entremeado com ação divina sobrenatural (como o próprio nascimento virginal e sobrenatural de Jesus, ou como a sua ressurreição); ousa até desvirtuar historiadores sérios e atestados, como Sêneca (3 a.C.-65d.C), Josephus (37-100 d.C.), Tácito (56-117), Plínio, o Moço (61-113), e Suetônio (69-141). Por último, descarta os escritores cristãos como fontes dignas de crédito, pelo simples fato de serem cristãos.

Ora, se alguém parte para uma pesquisa já almejando contestar um tema, é natural que sua pesquisa desabone, a priori, todos os que sustentam o tema; é o que pode explicar seu repúdio aos escritores bíblicos e aos escritores cristãos, depois deles (Policarpo de Esmirna, Inácio de Antioquia, Justino, o Mártir, Irineu de Lion, Athenágoras de Atenas, entre outros). Além do mais, é preciso lembrar que todos escreveram, majoritariamente, em tempos de severas perseguições; promover a autenticidade cristã poderia acarretar castigos, que só os cristãos desafiariam. Quanto ao desvirtuamento e a desqualificação do que tradicionalmente se lê em clássicos escritores não cristãos (como os citados acima), falta a Paulkovich o respaldo da erudição contemporânea… Ele está falando quase sozinho; fazem-lhe companhia apenas autores que partem das mesmas premissas, e buscam os mesmos fins. É o caso de certo contingente de autores dos tempos modernos, que buscam convencer a geração de que o cristianismo é uma farsa, e que Jesus Cristo é o elemento central dessa farsa – um charlatão, ou uma caricatura criada por interessados.

É previsível essa empreitada. Previsível, aliás, já por séculos. Paulo de Tarso, a quem Paulkovich tenta descredenciar, seria um perfeito idiota se, gozando de todas as regalias do farisaísmo judeu, que era subvencionado pelo império romano, trocasse todas essas regalias para ter, pelo resto da vida, a cabeça a prêmio, a partir de quando se tornou cristão. E, foi o que aconteceu, tanto pela parte de compatriotas judeus quanto por romanos. Aos coríntios, lugar de orgulho pela cultura grega da época, escreve: Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.(I Coríntios 15.1-8, ARA).  Pedro já previa dias futuros em que o escárnio de pessoas quanto à palavra de Cristo andaria solta nas suas bocas (II Pedro 3. 1-7).

Com respeito a gerações de pessoas que cultivavam a esperança da promessa de Cristo, o escritor de Hebreus relembra as ‘regalias’ que receberam, pelo que trocaram a vida cômoda: uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito…(Hebreus 11.35-40, ARC). Estas coisas, informe-se ao senhor Paulkovich, foram escritas nos dias de Jesus Cristo, a respeito de cristãos que supostamente criaram uma lenda para depois sofrer e morrer por causa dela. Que troca! Assemelha-se à troca que alguém venha a fazer, nos nossos dias, das palavras ricas de salvação e de vida eterna, as quais estão na Escritura (que o historiador quer desmentir), e que estão na pessoa singular, divino-humana de Jesus Cristo (que o historiador quer ridicularizar), por palavras tão néscias, de gente cuja autoridade é visivelmente questionável. Diante de tal dilema, pergunto eu – com quem você fica? Com a Palavra de Deus, palavra do Verbo divino, ou com a pregação do anti-cristo? Não se enganem: Se algum de vocês pensa que é sábio segundo os padrões desta era, deve tornar-se "louco" para que se torne sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus. Pois está escrito: ‘Ele apanha os sábios na astúcia deles’; e também: ‘O Senhor conhece os pensamentos dos sábios e sabe como são fúteis’. (I Coríntios 3:18-20, NVI). Por favor, não erre na escolha…

No nosso hino de hoje, o autor fala de como é sua percepção pessoal acerca do Jesus da história, que é o Jesus da fé. A composição lhe ocorreu depois de um dia, ao chegar de viagem, esperando encontrar em casa a esposa, nada dela encontrou senão um bilhete, em que revelava o seu abandono. Diz o autor, em seu idioma original:
 

No One Ever Care For Me Like Jesus (1932)
Ninguém Se Importou Comigo Como Jesus

Charles Frederick Weigle (1871-1966) 

No one ever cared for me like Jesus
(Ninguém jamais se importou comigo como Jesus)
There’s no other friend so kind as He
(Não há outro amigo, terno como Ele)
No one else could take the sin and darkness from me
(Nenhum outro poderia tirar de mim o pecado e as trevas)
Oh! How much He cared for me!
(Oh! Quanto Ele se importou comigo!)
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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, w w w . bibliacatolica . com . br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 171 : “ESCOLHER, SEM ELE?…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Setembro de 2014

“Ah! A musiquinha daquele candidato é tão simpática; é por isto que vou votar nele”. Esta frase não é ficção; é realidade. Foi dita recentemente, por uma pessoa do meu círculo de conhecimento. Revela o critério de escolha daquela pessoa pelo seu voto, que deverá ser efetivado dentro de uma semana. Mas, não é um caso único. Conheço eleitores que têm as mais variadas motivações para o seu voto. Um, diz que é preciso mudar; então, melhor votar em quem nunca foi votado antes, pois isto, no seu raciocínio, já significará mudança; pior, parece lhe assegurar que a mudança será positiva. Outro, demonstra que exercerá seu voto na base do reconhecimento; supondo que determinados benefícios pessoais que conquistou estão ligados ao que o candidato, quando no tempo do seu mandato, trouxe em seu favor, assim será seu voto. Uma jovem expressou que vai exercer seu voto na base da simpatia fisionômica. E, por aí vão indo muitas das manifestações de preferências.  

Pessoalmente falando, já fiz alguns testes… Tenho perguntado a muitos que me ouvem se, alguma vez ao menos, examinaram as diretrizes programáticas do partido político ao qual está ligado certo candidato de sua preferência. Não me lembro jamais de ter recebido uma resposta positiva. Pode até ser de o programa do partido de determinado candidato apresentar, implícita ou explicitamente, algo historicamente nocivo, mas isto parece não fazer a menor diferença. É estranho o ser humano mediano e genérico (talvez, em maior escala, entre os brasileiros): parece que privilegia muito critérios tais como: aparência, emoção, pragmatismo, novidade, etc… Vê-se pouca, talvez pouquíssima profundidade nas apresentações de razões.

Em matéria de opções de outras naturezas, parece que não mudam muito os critérios. De certa pessoa, a quem procurei mostrar valores mais elevados da fé cristã, fui imediatamente ouvindo a ressalva: ”Escuta, posso até te ouvir sobre isto, mas quero ir logo te avisando que nem considero a possibilidade de mudar de religião; eu nasci na minha religião, que era também a dos meus pais, e a dos pais deles, e quero morrer nela”. E eu nem havia falado (ou pensado em falar) sobre qualquer eventual mudança de religião.

Deus deu ao ser humano uma capacidade que demais espécies da criação divina não dispõem: a capacidade analítica. Com ela, esta espécie privilegiada por Deus pode receber informações e sensações, pode processá-las, avaliá-las, criticá-las, discerni-las. Mas, não: ao contrário, parece continuar preferindo os critérios menos nobres. Curiosamente, até um profeta de Deus poderia se enganar nos seus critérios – e aconteceu… Quando Samuel foi à casa de Jessé, a mando de Deus, para ungir um sucessor ao rei Saul, logo viu um dos filhos de Jessé, ao qual julgou ser o escolhido de Deus. E Deus lhe advertiu: "Não considere a sua aparência nem a sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração" (I Samuel 16:7, NVI). Um dia, Jesus ensinava no templo de Jerusalém, e as autoridades judaicas se admiraram de que pudesse ensinar, se não tinha ele os estudos que eles tiveram. Havendo-lhes um breve e constrangedor diálogo, a certa altura ouviram de Jesus – “não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça” (João 7:24, BCF).

É muito importante colocar sob autocrítica critérios e motivações para as nossas escolhas; o objetivo deve ser a averiguação se tais motivações são saudáveis. Se não forem, é muito provável que o resultado (a escolha, o voto, a decisão, o julgamento, seja lá o que for) também não seja saudável. Por tal razão, o ensino bíblico pelo Espírito, falando mediante o apóstolo Paulo, adverte contra motivações e atitudes insanas, “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne  (Colossenses 2.23, ARC). Acima de tudo, é indispensável contar com o próprio discernimento divino para chegar a escolhas mais legítimas. Estende-se a tal campo a sentença de Jesus: “… sem mim nada podeis fazer” (João 15.5, ARA).

Nas próximas eleições, corre-se o risco de muitos votos serem oferecidas sem o critério mais adequado na escolha; na vida, corre-se o risco de serem tomadas muitas decisões sem a melhor motivação, sem sintonia com a vontade de Deus; no que tange à eternidade, que grandes e frequentes riscos há, de se moverem  decisões pessoais inadequadas, com as graves (e irreversíveis) conseqüências de tal insanidade; o mesmo ocorre se forem omitidas decisões necessárias. Por isto, quão certo estava o salmista quando expressou: “lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho”(Salmo 119.105, ARA). Somente pelo Espírito de Deus, em verdade, tê-lo-ia dito, como disse. Na Palavra de Deus, encontramos todo o sortimento necessário para discernimento. 

Nossa mensagem musical de hoje tem significado todo especial para o seu compositor. Nascido em lar cristão, quando achou que chegara ao auge da fama, resolveu que tinha que "ser ele mesmo", andar seus próprios caminhos. Seus próprios caminhos incluíam lugares não aprovados por Deus, companhias não aprovadas por Deus e, pior, hábitos não aprovados por Deus. Como drogas, por exemplo. Um dia, em 1973, numa turnê pela França, uma overdose acarretou-lhe uma parada cárdio-respiratória. Sem ventilação pulmonar adequada, mesmo com o atendimento médico rápido, fizeram-no despertar, 28 horas depois, com sequelas sérias, tais como perdas cíclicas de memória. Depois de voltar à consciência, pediu que lhe arranjassem uma Bíblia; logo lhe veio uma, dos Gideões Internacionais. O choro foi incontido, pelas escolhas infelizes que tinha feito nos últimos anos. Mylon voltou a cantar, e cantou, como nunca antes, sua própria canção, que presenteia seus ouvidos, na interpretação de Ponder, Harp and Jennings. A canção chegou a ser gravada por artistas de renome, como George Harrison (dos Beatles) e Elvis Presley. 

WITHOUT HIM… (1961) 
SEM ELE… 
Mylon LeFevre (1944…) 

Without Him, I could do nothing 
Sem Ele, nada eu poderia fazer
Without Him, I’d surely fail
Sem Ele, certamente eu falharia
Without Him, I would be drifting
Sem Ele, eu estaria vagueando
Like a ship without a sail…
Como um barco sem vela…

Jesus, my Jesus – do you know Him, today?
Jesus, meu Jesus – você o conhece, hoje?
You can’t turn Him away
Você não pode descartá-lo
Oh! Jesus, my Jesus
Oh! Jesus, meu Jesus
Without Him, how lost I would be!
Sem Ele, quão perdido eu estaria!

Without Him, I would be dying
Sem Ele, eu estaria morrendo
Without Him, I’d be enslaved
Sem Ele, eu estaria escravizado
Without Him, I would be hopeless
Sem Ele, eu estaria sem esperança
But in Jesus, thank God, I’m saved!
Mas em Jesus, graças a Deus, sou salvo!

 

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 170 : “UMA NOVA OBRA DO PAC”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Setembro de 2014

Nestes últimos tempos, quando já deveria estar mais avançada a consciência auto-discriminatória, parece que certo contingente da humanidade quer, mesmo, andar na contramão. “Macaco”, foi o termo pejorativamente usado (diga-se de passagem, deploravelmente) por alguns integrantes de determinada torcida brasileira, referindo-se a certo atleta de outra equipe, recentemente. O caso deu um grande bafafá… Punição para a sociedade futebolística, retaliação para uma garota de sua torcida que foi presa, e assim por diante. A tevê flagrou o pronunciamento.  

Por outro ângulo, aparentemente, nem a humilhação a que a jovem se sujeitou, nem o seu pedido de desculpas alcançaram tanta repercussão quanto o ato impensado de antes. Ao saber do pedido de desculpas, e do desejo da jovem, de transmiti-lo pessoalmente, o atleta se negou ao encontro. Estou a desculpando (sic), mas infelizmente, por um erro que cometeu, vai ter de pagar… Queriam que eu desse o perdão sem ela me pedir desculpas. Acompanhei todo o caso, os amigos dela mostraram que ela não é racista, mas ela sumiu, deletou perfis das redes sociais, não falou com ninguém. Demorou muito tempo para tomar uma atitude. Pelo menos [a polêmica] ajudou a causa [contra o racismo]. Como cristão, como ser humano, precisava do pedido dela para desculpar. Isso não quer dizer que eu não quero que a justiça seja feita. Ela errou, tem as conseqüências”. Foi o que disse o atleta, à imprensa geral. O título da matéria que li, e de onde transcrevo a resposta, acentua o fato: “desculpo, mas vai ter que pagar!”. 

A partir deste ponto, não vai aqui qualquer juízo público de valor quanto ao episódio; menos ainda quanto às pessoas dele. Fica, apenas, de introdução. Mas, quero mostrar um contraste. Um contraste sobre a reação de um outro ofendido, contra seu ofensor. A título de figura, trata-se de uma verdadeira obra de PAC – Perdoado, Apagado, Comutado. É a reação de Deus, em Cristo, contra o homem que se vê pecador, e recorre a Ele, em busca de reconciliação. Se a busca for genuína (sinceridade de coração), se for pelo caminho seguro (por Jesus, e só por Jesus), Deus desencadeia uma obra declaratória: PAC – Perdoado, Apagado, Comutado. É inteiramente diferente. O Seu perdão traz reconciliação imediata; a reconciliação, no sentido jurídico da palavra, apaga-lhe da memória o fato; apaga, não por anulação histórica, mas porque a pena foi comutada… Comutada em Cristo. Tudo diferente.  Quando Deus perdoa, e apaga, comutando a culpa em Cristo, Ele aceita prontamente. Não fica barreira. O próprio Cristo é a ponte que liga criatura ao Criador. “Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6, ARA), afirmou.

É como dia a Escritura: “… vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus” (Tiago 4.4, NVI). Quer tradução mais direta? Então, aqui vai: desde que o pecado entrou no mundo, através de Adão e Eva, a condição básica em que todos os seres humanos nascem, perante Deus, é de inimizade, de desavença. Somos, por natureza, inimigos de Deus, em estado de separação por ofensa, ainda que não nos pareça. Não há um só ser humano que não precise, ou tenha precisado, de reconciliação com Deus.  No entanto, “é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo” (II Coríntios 5.19, BCF).  Este é o significado de “comutar”, trocar por outro. Deus trocou a exigência penal incidente sobre o homem pela incidência penal exigida em Cristo, o Seu Filho. Nele, a penalidade se cumpriu. Vale para quem crê, não para quem não crê; vale para quem o toma para si, não para quem o despreza. Assim, pois, Ele acrescenta: “…para com suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”(Hebreus 8.2, ARA).

É assim que Deus faz, em Cristo Jesus, para com aqueles que nele buscam a reparação, a remissão de pecados, a superação da inimizade, da desavença, da imensa barreira que os separa da Redenção e da reconciliação. Perdoa, Apaga, Comuta. Autêntica obra do PAC. Um tanto diferente, a propósito… Inigualável, diga-se de passagem…

Nossa mensagem musical, bem a propósito: do LP Situações, do Grupo Logos…

ELE ME AMA /VINDE A MIM (1984)
Paulo Cézar da Silva (1952…)

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