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Arautos de Vida

Nº 009 – “APESAR DE MIM, GANHO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Outubro de 2014

“Não sei por qual razão a mim Ele escolheu, porque, apesar de quem eu sou, e de minhas precipitações na vida, Ele prossegue, cuidando de mim. Só sei que é pelas razões do Seu sacrifício… Toda a minha vida tem sido uma iniciativa dele, de ganhar-me para Ele…”.  Quem disse estas palavras foi Gustavo Lozano, depois de superar duas fases da vida: a primeira, até dezesseis anos de idade, na família; a segunda, como morador de rua, escravizado pelas drogas; agora, vive a terceira fase… Mas, para retratar essa terceira fase, é preciso ‘voltar o filme’…

Gustavo não foi educado fora de um contexto religioso, depois que nasceu; ao contrário, até estudou catecismo. É o mais velho de cinco irmãos. Aos 14 anos de idade, seus pais se divorciaram. Aos 16, começou a usar drogas. Depois disto, em pouco tempo foi descendo ao ‘fundo do poço’. Segundo ele mesmo disse, chegou o dia em que ele resolveu “jogar pro alto” toda a herança de consciência, que nada lhe valia (assim acreditava); a partir dali, ele queria ser dos maus, e não dos bons. E tudo avançou muito rapidamente… prá pior. Sem parar em emprego, a próxima circunstância foi não ter nenhum… Precisando de dinheiro para as “compras”, roubava dentro de sua própria casa… Em pouco tempo mais, tornara-se morador de rua… De morador de rua, o passo adiante (ou atrás) seria esperado: a mendicância de porta em porta. E assim, a vida de Gustavo experimentou o que o salmista disse de si mesmo: "Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza" (Salmo 116.3, ARA).

Entretanto, na mendicância houve quem se interessasse em estender-lhe a mão.  Como ele via isso, na época? Certamente com o aproveitamento imediato do momento, mas com desdém quando esse interesse trouxesse junto o evangelho. “Hoje, sei que Deus me buscava!”, é o que afirma. A oferta para recolher-me a um centro cristão de recuperação apareceu várias vezes…“Pode-se fumar por lá?”, era sua interrogação; Nãopois o que lá se pretende é a libertação, foi o que descobriu.  Então, por muito tempo isso não lhe interessou. Passagens pela polícia, detenções, tudo entrou no ‘pacote’. Até que, um dia, viu uma van parada em frente um ponto de venda de drogas… Era de um centro de reabilitação. A oportunidade estava à frente dos olhos, mas a relutância quase lhe tira a oportunidade. Foi com eles. Foi quando uma nova história passou a ser escrita.

“Comecei a ler a Bíblia, a escutar os louvores e as pregações; Deus começou a incutir, em mim, a sabedoria que emana da Escritura. Uma coisa se mostrou verdadeira maravilha para mim: apesar de mim, Ele permaneceu fiel; o Seu amor por mim passou a me ensinar o quanto o meu, por Ele, é limitado. Nas circunstâncias da minha vida, cheguei a um vazio de amor tão grande, que poderia ser tanto pela falta dele em mim, quanto pelo coração de pedra que eu tinha”. E uma nova vida passou a ser vivida.

Gustavo Lozano saiu do centro de reabilitação, depois de muitos meses, pronto a assumir a vida cristã que recebeu. Reatou com seus irmãos, constituiu família, teve filhos, integrou-se à igreja. Não deixou de passar por provas por ter passado a andar com Cristo: Sem saber a causa real, uma de suas filhas (Noemi) faleceu pouco depois de nascer. A tentação de pedir a Deus uma ‘prestação de contas’ pelo fato não faltou; mas, o coração foi aquietado, e consolado com três outros filhos. Hoje, profissional de marketing na província de Granada, na Espanha (Andaluzia), desenvolve um ministério de ajuda cristã. “Dou graças a Deus pelos anos de vida que Ele me acrescentou porque, seguramente, se Ele não tivesse interferido em minha vida, já não a teria”.  

Gustavo Lozano é mais um “arauto de vida”. Uma prova vida de que há vida depois de um dilúvio existencial. Sim, porque o adversário de toda alma, representado no ensino de Jesus pelo “ladrão, não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu [diz Jesus] vim para que tenham vida, e vida com abundância” (João 10.10, ARC). Sua declaração – “apesar de mim, ganho”, quer dizer, ganho por Cristo, e para Cristo, dá a dimensão do seu reconhecimento. 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 008 – “JOY”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Setembro de 2014

Alguns anos atrás, uma empresa do ramo de engenharia onde eu trabalhava foi absorvida pelo terceiro maior conglomerado empresarial italiano. Logo que isto aconteceu, vários funcionários da empresa começaram a ser despachados para desempenhar serviços em diferentes países. No meu caso, cogitou-se de ser eu enviado para a Tailândia. Por razões que não vêm ao caso, acabei não indo… Lembrei-me disto logo que li a crônica que me foi enviada pelo meu venerando professor e particular amigo, o Pr. Frans Leonard Schalkwijk, residente na Holanda. A crônica me veio especialmente para essa seleção de mensagens – Arautos de Vida, mas faz parte de um volume, a ser em breve publicado pela Casa Editora Presbiteriana: Meditações de um Peregrino.

A Tailândia é um extenso país asiático. Até década de Trinta, no século XX, tinha o significativo nome de Sião, pelo que nos vêm as diversas composições com “siamês” ou “siamesa”. Depois da revolução, ocorrida no país em 1932, teve seu nome mudado para o atual. A religião milenarmente predominante no país é o Budismo, mas o Islamismo vem, há décadas, crescendo aceleradamente, sendo já o segundo contingente. Isto se nota especialmente em províncias do sul, em torno do golfo, como é o caso da província de Pattani, cerca de 550 quilômetros ao sul de Bangkok.

Foi naquela província que duas missionárias européias dedicaram os esforços finais de suas vidas: a britânica Margaret Morgan e a holandesa (naturalizada neo-zelandesa) Minka Hanskamp. Elas eram enfermeiras, trabalhando pela OMF (Overseas Mission Fellowship), num hospital cristão. Sua dedicação principal era o atendimento de hansenianos; mas, sempre aliando a assistência física com a assistência espiritual. Certa tarde de Abril de 1974, foram elas levadas do hospital, de carro, sob o pretexto de “levarem atendimento a feridos nas montanhas”. Na verdade, era um seqüestro de cunho político-religioso. No próximo parágrafo, transcrevo as palavras do meu mestre…

Servindo no seminário presbiteriano, morávamos no Recife, onde recebemos um telefonema urgente do meu cunhado em Nova Zelândia: “Orem, pois a Minka foi sequestrada por guerrilheiros islâmicos”. Ela era a irmã mais velha da minha esposa e trabalhava no sul de Tailândia, como enfermeira, entre hansenianos. Com uma colega, estava ajudando leprosos numa clínica, quando um carro parou e as duas moças foram levadas “para ajudar uns feridos nas montanhas”. Poucas semanas depois a minha sogra recebeu, na Holanda, uma carta da própria Minka, contando que tinham sido presas e que, para sua libertação, os guerrilheiros exigiam uma fortuna, além de um pronunciamento da Missão contra o Estado de Israel. Claro que a Missão não poderia fazer isto… Uns seis meses se passaram com umas notícias breves. No que provou ser a última cartinha, a Minka citou Habacuque: “Ainda que a figueira não floresça,… todavia eu me alegro no Senhor” (Hc 3.17-19). Depois, houve meio ano de profundo silêncio, até que outro telefonema de Nova Zelândia nos informou que os restos mortais das moças tinham sido encontrados; morreram com uma bala na nuca. Quando foram sepultadas, ao lado do hospital da Missão em Saiburi, muitas moças da nação thai se apresentaram para servir na enfermagem, o que nunca tinha acontecido antes. Anos depois, um dos guerrilheiros contou que seu grupo tinha ficado impressionado com a paz que elas tinham, quando souberam que iam ser mortas. Somente pediram licença para lerem a Bíblia e orarem.

Ao final da redação, pastor Frans Leonard menciona um dos segredos da missão de Minka Hanskamp: o acrônimo JOY. Joy  é um vocábulo da língua inglesa, que significa “alegria”, “gozo”. Mas, lembra o meu honorável mestre, como um acrônimo, “JOY” também lembra a seguinte composição: J-Jesus & Y-You, Nothing (0 = zero) Between!   Em nossas palavras, Jesus e Você, Nada Separando = Alegria. Margaret e Minka foram executadas por causa de seu amor a Cristo, sua missão por ele. Perderam a vida aqui no mundo, ganharam logo a vida no além, na presença de Cristo, “na doce aragem celestial, [onde] flutua o canto angelical, da multidão que Deus remiu, em coro que jamais se ouviu” (palavras do magistral hino Beulah, de Edgar Page Stites).

Certamente que, sob a tortura do sequestro, sob a mira dos guerrilheiros, nenhuma outra motivação poderia existir para paz e serenidade, senão a doce paz daquele que disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14.27, ARA). Certamente que, no meio de uma situação em que todas as forças externas, circunstanciais, estariam conspirando para esgotar as forças – físicas, psíquicas e espirituais – Minka Hanskamp e sua colega tinham, dentro de si, uma fonte verdadeira – a mesma de Neemias e os exilados que estavam a reconstruir a vida: …a alegria do Senhor é a vossa força! (Neemias 8.10, ARA).

Como pode isto se dar? Como pode este tipo de atitude se produzir em alguém que está para enfrentar, de modo atroz, o derradeiro momento? Só há uma resposta: JOY! Minka Hanskamp, e Margaret Morgan com ela, foram “arautos de vida”!  Como Noé e sua pomba… 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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Nº 007 – “REUNIÃO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Agosto de 2014

O que me conforta é que um dia vamos nos reunir outra vez… Quando isto acontecer, vamos estar juntos de novo, como fomos até agora…” Foi assim que o André Tavares terminou seu discurso de improviso, naquela tarde de Domingo, 23 de Fevereiro deste mesmo ano de 2014. É por conta daquelas palavras, na verdade as últimas do referido discurso, que designo esta mensagem de “reunião”. A palavra “reunião” vem da justaposição de dois vocábulos de origem latina: re, literalmente “para trás”, ou “de volta”, e união, que procede de unus, “um”, “unidade”; fica fácil entender a derivação semântica – “estar juntos outra vez”. Mais abaixo, vou transcrever, quase na íntegra, as palavras do André.

O momento das palavras do André foi singular, e o lugar era um, daqueles, de rara freqüência, para os vivos. Qual o lugar? O saguão do cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte, onde se apinhava uma multidão de gente, que não cabia em qualquer das saletas do hall. Qual o momento? Minutos de despedida de sua mãe – a Madalena – que estava para ser sepultada. A Madalena havia sido acometida de um forte AVC (Acidente Vascular Cerebral) dias antes, e não resistiu; ou melhor, resistiu enquanto aprouve a Deus. Na noite em que isto lhe aconteceu, em casa, estava apenas assistindo um vídeo junto com o seu esposo – o Juezer Júnior. A propósito, o filme versava sobre como pode um casal enfrentar, junto, o envelhecimento. Te parece irônico? Resolva isso com Deus… Depois de vários dias no CTI de um dos hospitais da capital das Alterosas, cumpriu Deus a Sua palavra de promessa, ilustrada pelas palavras da parábola proferida pelo Redentor: Madalena ouviu, do Pai, “muito bem, serva boa e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor!” (adaptado de Mateus 25.21, ARA).  Ela, com seu esposo, eram alunos recém matriculados na minha classe de estudos bíblicos. Deixe-me, então, transcrever todas as palavras do André, que a minha memória conseguiu guardar: A dor que nós estamos sentindo, neste momento, é muito grande. Porque  é muito grande a saudade… Falando por mim, acho que só vou sentir uma dor deste tamanho de novo, se meu pai for antes de mim. Deus tirou metade de mim, e está deixando a outra metade, que é o meu pai. Deus tirou a nossa princesa, a nossa rainha. É isso que a minha mãe era: nossa princesa. O que nos conforta, a mim e a meus irmãos, e ao meu pai, é sabermos que um dia vamos nos reunir outra vez – os seis. E vamos estar juntos de novo, como fomos até agora…”  

Mas, de onde o André tirou isto, em todo o viço da sua juventude? Os discípulos do famoso filósofo grego que viajou nas expedições de Alexandre, o Grande, não sustentariam uma expectativa desse tipo. Pirro de Eléia (360-270 a.C), expoente da filosofia do ceticismo, apregoava a impossibilidade de se alcançar qualquer certeza quanto a verdades absolutas, especialmente em se tratando das metafísicas (as que se abrigam no campo que extrapola o universo físico). Daí, ser reverenciado como o mais antigo expoente do moderno agnosticismo. Se há alguma verdade absoluta no ceticismo de Pirro, de onde, pelas barbas do profeta, tirou o André – e a sua família, a quem ele representava em seu discurso, e até mesmo sua mãe, que nada mais poderia falar neste mundo – sim, de onde tirou tal certeza?

Pois, eu lhes digo de onde tirou!  Ele tirou do livro que foi escrito segundo as palavras daquEle que sabe muito mais que Pirro, daquEle que sabe muito mais que o André, que o Júnior, que sabe muito mais do que a Madalena sabia, ou que sei eu, hoje, ou no futuro. Eu tenho certeza que foi de lá, daquele Livro, que o André tirou tal expectativa, tal esperança – a esperança da reunião. Porquanto, diz o Livro-Jamais-Desmentido, que os céticos (os discípulos de Pirro de Élis, de todos os tempos, desafiam, mas nunca podem vencer: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4.13-18, BCF).  Eu grifei, por minha conta, algumas palavras; “juntamente com eles”, aponta, indubitavelmente, para “reunião”. Aquela, de que o André falou… Não quero te assustar, mas, direi assim mesmo: Se à Madalena fosse dado, por um triz de momento, um pequeno retorno de vida, naquele momento, com uma única incumbência de poucos segundos, estou certo de que ela apenas diria – ‘Sim, meu filho, nos reuniremos outra vez, com certeza’!

O Antigo Testamento bíblico mostra a repetição de uma expressão, típica e significativa: … e foi reunido ao seu povo. Quem, por exemplo? Abraão, quando morreu (Gênesis 25.9). Da mesma forma, descendentes seus (Gênesis 25.17 e 49.33). Davi, quando estava para sepultar a criança que se lhe havia recém-nascido, de Bate-Seba, disse: ”Eu irei a ela, mas ela não tornará a mim“ (II Samuel 12.23, ARA).  É isso mesmo! Deus reservou um dia, no futuro (quem sabe, mui próximo), em que nos reuniremos aos que foram. Se esta reunião for mediante a redenção de Jesus Cristo, será uma “reunião” gloriosa no céu. E, se não for, apenas por força de expressão eu digo – nem queira saber (embora seja preciso!). É disso que o André estava falando… Aliás, deixe-me arriscar um palpite: se diz a Bíblia que Abel, mediante sua fidelidade e devoção para com Deus, também mesmo depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11.4, ARC), estou prá dizer que a Madalena, mesmo depois de morta, ‘ainda fala’, reverberando as palavras de seu filho.

“Vamos nos reunir outra vez”, disse o André (e seu pai, e seus irmãos, e quase toda a multidão que lá estava, num "Amém" sonoro que se ouviu longe, naquele saguão); “vamos nos reunir outra vez”, concordava, tácita e inertemente a Madalena; “vamos nos reunir outra vez”, estou eu ecoando; “vamos nos reunir outra vez”, é a garantia da Escritura – a poderosa Palavra de Deus – que desafia os céticos! Eles foram eleitos, por mim, "arautos de vida"! Como Noé, e sua pomba…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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Nº 006 – “POR QUE?… OU PRÁ QUE?…”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Julho de 2014

Não pergunto ‘por que’, mas ‘para que’… Qual o propósito de Deus nisto tudo”… Esta foi uma das frases de uma mãe, diante do quadro do seu filho. Outra, foi: “Não desistam, lutem com toda força mesmo que te digam o contrário. Coloquem seus filhos na mão de Deus que ele ampara”. Quem disse foi Rosana Polisel, empresária paulista, mãe de Tomás (29), Maíra (28) e Vítor (27). O filho mais velho há muito vinha sendo amante de esportes radicais. Já efetuou dezenas de saltos de pára-quedas no Brasil. Em 26 de Outubro de 2012, de férias nos Estados Unidos, Tomás, resolveu fazer, por lá, um salto de pára-quedas; estava em Phoenix, no Arizona. Da empresa onde trabalhava como analista de sistemas tinha ganho, como prêmio, um carro. Nem chegou a tomar posse do prêmio. Seu salto, o primeiro (e único) fora do Brasil, deu errado. O pára-quedas principal não se abriu. Paraquedistas relatam a estatística de que um em cada 6.500 saltos resulta neste dramático imprevisto. Mas, há o pára-quedas reserva, de emergência. As chances estatísticas de um pára-quedas reserva falhar, depois de o principal já ter falhado, são extremamente raras.

Entretanto, no caso do Tomás, a raridade aconteceu. Falhou o principal, falhou também o reserva, logo em seguida. Este último enroscou-se no principal semi-aberto, causando uma queda praticamente livre: morte certa. Ocorre que Tomás não morreu. Os socorristas que o resgataram no deserto de Phoenix ficaram impressionados. “Era prá ter tido todos os ossos triturados”, disseram eles. Tomás foi levado inconsciente ao hospital. Rosana, sua mãe, viajou rapidamente do Brasil para lá. Ao chegar, os médicos já tinham um documento para doação de órgãos para ela assinar. “Seu filho gostaria de viver como um vegetal, ou gostaria que fossem desligados os aparelhos que o mantêm vivo? ” – perguntaram-lhe. Rosana questionou se ele já tinha morte cerebral, e os médicos não a confirmaram. Então, ela declarou que sua vontade é que lutassem como todos os meios para que seu filho vivesse. “Deus me deu meu filho e eu não assinei nenhum contrato dizendo que só iria ter ele comigo enquanto ele estivesse bem. Ele será sempre meu filho e digo que Deus me dá forças todos os dias, pois meu lado humano de mãe não suportaria tudo isso”.  Tomás sobreviveu de uma forma que dizem ter sido miraculosa. Dos Estados Unidos, foi removido para o Hospital das Clínicas em São Paulo, embora tenha ficado tetraplégico. Hoje, ele se comunica com os olhos, através de um código de piscadas.

Nesse meio tempo, o outro filho, o Vítor, estava de casamento marcado. E, como arranjar forças para casar um filho, com outro entre a vida e a morte, já tetraplégico? Só em Deus, foi o que disse Rosana. Em setembro de 2013, Tomás pôde ir para casa. Para o neurologista, a palavra “milagre”, uma espécie de providência divina com caráter não usual, talvez seja difícil de pronunciar. Rosana sabe que não deve alimentar a esperança de que seu filho volte a andar. Mas, o fato de ele poder, mesmo sob todas as limitações típicas, exercer pessoalmente várias de suas escolhas (vestir ou não tal roupa, ficar na cama ou na cadeira, ficar em casa ou passear, etc…), já constitui um conjunto de pequenos “milagres”, além do “milagre” de ter sobrevivido. E, ao pensar que ele poderia ter morrido ali mesmo, no solo, com dois pára-quedas enroscados em volta do corpo no deserto, torna-se um presente especial de “dia das mães” ter o filho junto de si. Por causa disto, Rosana deixou as atividades pessoais, e passou a dedicar-se tempo integral ao filho.

“Por Que?” Convenhamos, esta já é uma pergunta um tanto difícil de se responder… Nenhum socorrista do Tomás, em pleno deserto do Arizona, poderia respondê-la… Nenhum médico no hospital de Phoenix tampouco poderia… Ninguém mais poderia… Pior ainda, é perguntar “Prá Que?”. Entretanto, se a Rosana Polisel diz que sua pergunta, diante de Deus, é a segunda, não a primeira, uma só pode ser a razão. Deve estar, ela, convicta de que Deus tem um propósito para que tal infortúnio tivesse acontecido (escolhi esta palavra, mas vontade que deu, francamente, foi a de escrever a palavra “desgraça”…). Lembre-se: não somos nós, os leitores, que estamos sugerindo a pergunta a fazer; é própria mãe, que abandonou o dia-a-dia da sua própria vida em favor da sobrevivência do filho, quem escolheu a pergunta que deveria fazer. O que eu quero dizer é: nenhum de nós está alcançando, ao ler essa história, o grau de sentimentos e turbulências que povoa o coração e a mente daquela mãe, desde então. Mas é ela quem diz – não vou perguntar a Deus ‘por que’! Apenas vou perguntar ‘prá que’!… Dá prá imaginar isso?

Honestamente falando, acredito que até será natural se a Rosana se esquecer do que disse, e voltar a questionar a Deus – Por que, meu Deus? No entanto, na sua obstinação, além de cuidar do Tomás a cada dia, sem abrir mão de ser mãe, é a de descobrir o que Deus quer com isso tudo. É força demais.

Será a situação do Tomás e da Rosana diferente da situação que muitos outros seres humanos possam estar vivendo, neste instante? Que tipos de infortúnios estarão alguns que você conhece, não importando de que lado do globo agora esteja, vivenciando, em atmosfera de extrema adversidade? Seja a enfermidade, seja a limitação, seja a angústia de alma, seja a angústia na própria pele, quantos serão? O salmista Davi (Salmo 119) também reconheceu que as adversidades que ele sofreu serviram de aprendizado diante de Deus. Sei que é mais fácil falar isso do que enfrentar isso. Mas, sabendo que também quem enfrenta fala (como a Rosana), vejo aí uma credencial mais forte.

É possível dizer que o consolo que sustentou o apóstolo Paulo é o mesmo consolo que hoje sustenta: ”Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.“ (II Coríntios 4.7-10, ARA).  Este apóstolo sofreu também perseguições, açoites, naufrágios, prisões, enfermidades, traições, tribunais, tentativas de homicídio, e daí prá diante. Mas, este consolo ele experimentou, de Deus, repetidas vezes.  E é o mesmo consolo que faz-se disponível hoje. Basta buscá-lo na fonte certa e segura: Deus! Por tal razão, o mesmo apóstolo Paulo acrescenta, adiante: "Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4.16-18, ARA); e, ainda mais:  "Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou… " (II Coríntios 7.6, ARA).

Por Que?… ou… Prá Que? É a visão de Deus, de quem Ele é, do que Ele é capaz, de quem somos diante Dele, que faz a diferença… E a diferença é que determina o tipo de pergunta… Penso que posso dizer que gente como Rosana Polisel é "arauto de vida". Gente que anuncia que, depois do "dilúvio", há vida outra vez, há renascimento de vida… Que, no meio do "dilúvio", há esperança (ainda que seja num 'broto', apenas)…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 005 – “COMO DEUS QUISER…”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Junho de 2014

Deixe-me transcrever como o Pastor Valério descreve a história deles e de Vanessa. “Nossa história se transformou de forma total quando Regina e eu, debaixo da permissão de Deus, ‘engravidamos’. Isto foi no ano de 1993. Minha esposa, ainda não sabendo que estava grávida, achou-se enferma por rubéola; não sabíamos o que era esta enfermidade. E a médica que lhe atendeu disse:  'tomara que você não esteja grávida'No mês seguinte veio a confirmação… a Regina estava grávida… Quando falamos para a médica sobre a rubéola, nossa vida foi ao chão, pois a mesma recomendou o aborto, porque a gravidez estava entrando no segundo mês, e o risco de anomalias era de 98%. Tínhamos, nessa época, apenas 23 anos e era o nosso segundo ano de casados. Nossa decisão foi rodeada de medos, além de palpites humanistas e hedonistas. Mas, digo em letras garrafais – a Regina respondeu:  'NÃO TEREI CORAGEM DE TER UM FILHO SE MATARMOS ESTE QUE AQUI ESTÁ. AMAREMOS DO JEITO QUE VIER E SE VIVER 1 DIA, 1 MÊS, ou 1 ANO A AMAREMOS, E SEREMOS GRATOS A DEUS.”

Vanessa nasceu em 7 de agosto de 1994. Aparentemente, era normal. Mas, a rubéola maternal afetou  seu desenvolvimento gestacional em três áreas, essencialmente: visão (catarata no olho esquerdo, e microoftalmia em ambos, notadamente também no esquerdo); surdez profunda neurosensorial bilateral (descoberta aos cinco meses de idade); no preparo para cirurgia ocular, manifestou PCA (Persistência do Canal Arterial), passando por cirurgia cardíaca corretiva aos 7 meses. No mais, um pouco fisioterapia, de terapia ocupacional, muita fonoaudioterapia.

Tornou-se inevitável que aprendesse LIBRAS. Aliás, Vanessa só, não… Os pais, e quem mais quizesse se comunicar com ela. Valério e Regina contam que LIBRAS lhes proporcionou uma nova maneira de lidar com Vanessa, mas também lhes deu outra visão para com gente similar, além de seus familiares. E foi LIBRAS, pela providência divina, que abriu a Vanessa o amplo horizonte em que sua vida se projetou – aprendizado em geral, desenvolvimento interativo e… Deus! E isto, com o apoio dos pais, e também dos irmãos – Rafael, o do meio, e Raíssa, a caçula. Um dia, o pai perguntou à filha (por meio de sinais):  “Você não tem raiva, ódio de Deus, por Ele ter deixado você nascer surda, com problema de coração e tendo apenas 20% de visão no olho esquerdo? ” Bem, você está lendo até aqui, então está curioso para saber a resposta da menina… “Não, minha vida é normal!”, foi o que os sinais da linguagem manual trouxeram ao pai, como resposta.

Recentemente, Vanessa passou por uma cirurgia auditiva de implante coclear. O médico que operou Vanessa com o implante coclear, em Belo Horizonte, revelou que a cirurgia destina-se, preferencialmente, a quem já tem algum grau de audição, ou que a recebesse quando ainda em tenra idade. Contudo, a tenacidade daquela garota que tem Jesus Cristo em seu coração convenceu o renomado especialista. No dizer do pai, “ela nasceu aos 4 anos para um mundo linguístico saudável e necessário para ela, e agora aos 18 anos nasceu para os sons”. Deus colocou na vida daquela menina algumas limitações. Por outro lado, estas limitações lhe propulsionaram mais longe do que muitos que não têm suas limitações: artista plástica, desenha com desenvoltura, cria suas próprias histórias em quadrinhos na internet em série de  mangás; sozinha, aprendeu a ler e escrever em língua inglesa e, nesse idioma, se comunica com o mundo: até suas  histórias são escritas normalmente em inglês. De tempos prá cá, começou a aprender sozinha a língua japonesa, porque sonha em conhecer a o Japão (e também a Holanda). 

Agora, vem  a parte mais importante da história. Através dos pais ,Vanessa tem aprendido que todas as circunstâncias da vida ocorrem para a glória de Deus, por mais que pareçam alheias a esse fim. Tem aprendido que a vida de cada um de nós se dá, e avança, como Deus quiser… Seus pais, um dia, tiveram que tomar uma difícil decisão. Tinham até uma autoridade médica a ampará-los na decisão não tomada. Mas, escolheram ficar do lado de Deus, na decisão tomada.Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados Segundo o Seu propósito(Romanos 8.28, ARA).  “Como Deus quiser”, escolheram eles… “Como Deus quiser”, sempre a melhor escolha.  Não é tão simples, convenhamos.  Mas, avontade do Senhor é boa, agradável e perfeita(Romanos 12.2, ARA). Não é qualquer olho que consegue assim enxergar… Somente os olhos dos que temem a Deus! Estes, costumam ser “arautos de vida”! Pastor Valério, Regina e, especialmente Vanessa, são os “arautos de vida” desta mensagem!!!

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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Nº 004 – “ANCORADOS NA ESPERANÇA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Maio de 2014

Mesmo no meio da perda, estamos ancorados na esperança”. Foi desse modo que Robbin Blick, a mãe de Zion, a quem ela perdeu com apenas dez dias de nascido, se expressou diante do fato. Tomei conhecimento da história do casal Joshua e Robbin Blick, e de seu pequeno Zion Isaiah, e acrescentei mais um dose de certeza de que, quando Deus permite algumas duras provas na vida, basta conhecer a Deus e a Sua Palavra para verificar-se o fato de que Ele o permite com maiores planos em mente. É questão de tempo para constatar, ou esperança para ver os frutos na eternidade.

Em 2013, Robbin, então mãe de quatro filhos, engravidou do quinto. Na sua casa, os quatro primeiros já vinham aprendendo sobre as bíblicas promessas de Deus, assim como as Suas prescrições, desde pequenos.  Com o quinto filho não seria diferente, planejaram eles. Entretanto, veja como Robbin relata o que ocorreu:

Quando eu estava em torno da vigésima semana, eu e meu marido recebemos uma notícia que provoca receios em todos os pais.  Nosso bebê teve diagnóstico de “Trissomia 18” (também conhecida como Síndrome de Edwards), uma desordem genética que é apontada como ‘incompatível com a vida’. Os médicos nos relataram os fatos e as estatísticas relacionadas com a doença, e suas experiências com o diagnóstico e os bebês afetados. Cada palavra só aumentava o temor, as interrogações, as incertezas e as dúvidas. Nossa fé, e tudo em que acreditávamos desde crianças, estava sendo desafiado. Mas, fizemos uma escolha diante de Deus. Cada semana seguinte trazia mais incertezas. Mas, uma passagem bíblica que havia sido reescrita no nosso coração foi lembrada: ’… a fim de lançar mão da esperança proposta, a qual temos por âncora da alma, segura e firme…’ (Hebreus 6.19, ARA). Foi nessa esperança que encontramos força para prosseguir. As orações da família, da igreja e dos amigos que caminharam a jornada conosco nos ajudaram a suportar, e a trilhar esta inimaginável jornada. Nossos quatro outros filhos caminharam a jornada junto conosco, sabendo que, se seu novo irmãozinho viesse à vida, seria muito doente, e não sobreviveria. Queríamos proteger os menores, tão pequenos para enfrentar essas questões de morte e perda. Mas, orando e enfrentando juntos, eles aprenderam que a vida tem propósitos divinos que vão além do nosso entendimento; aprenderam que há um Deus que nos ama, e que nos sustenta, mesmo no meio da dor e do sofrimento. Eles fortificaram a esperança verdadeira da pátria celeste como nossa futura e permanente morada. A jornada foi longa e dura. Meu coração se partiu; meu corpo avançou, na fragilidade. No entanto, minha alma foi ancorada – ancorada naquela esperança!”  

Joshua e Robbin foram aconselhados a adotar a solução do aborto. O diagnóstico era cem por cento seguro; não havia dúvidas. Que mais se havia de fazer? A Trissomia 18, doença tecnicamente descrita pelo geneticista britânico John Hilton Edwards (1928-2007), decorre de ‘defeito’ genético no cromossoma 18 do cariótipo humano, levaria o feto a uma série de deformidades. Mas, sabe o que eles resolveram? Resolveram que, antes de ouvir os conselhos dos homens, precisariam ouvir o conselho de Deus.  E, a partir da Palavra de Deus, decidiram que, ocorresse o que ocorresse, eles levariam a gestação até o fim… E, se nascesse aquele bebê, não se importariam com suas possíveis deformidades, mas o amariam intensamente, mesmo que poucas fossem as suas horas ou dias de vida.

Zion Isaiah nasceu no último dia 11 de Janeiro, pesando dois quilogramas e poucos gramas a mais. Quando completou uma semana de existência, lutando para sobreviver sem chances naturais, a família celebrou um ‘aniversário’ de uma semana, pressentindo que seria a única. Dito e feito: viveu exatamente dez dias, nada mais. Mas, a mensagem silenciosa que suas minúsculas imagens deixam, aliada à “âncora firme e segura” que seus pais e irmãos proclamam em sua fé, percorre o mundo num testemunho do que a Palavra de Deus, para aqueles que conhecem o Deus, que é Criador, Provedor e Redentor, é eloquente. O que ela diz, essa mensagem? Ela diz que não há montanha tão alta que, com Deus, não se possa transpor; ela diz que não há vale tão profundo que, com Deus, não se possa atravessar; ela diz que não há tormenta tão severa no mar da vida que, com Deus, perca-se a visão do porto seguro; ela diz que não há turbulência tão assustadora no vôo da existência que, com Deus, leve a perder-se a pista do pouso seguro. É isto que ela diz.

Joshua e Robbin Blick, juntamente com seus quatro outros filhos ainda pequenos, são “arautos de vida”. Também o foi o pequeno Zion Isaiah. Sabe porque seus pais colocaram nele esse nome? Eles leram o seguinte texto: Desde Sião, a perfeição da formosura, tem Deus resplandecido “ (Salmo 50.2, na King James Version, em versão livre minha). Foi um nome decidido antes do nascimento do pequenino, que poderia apresentar grande malformação. “Perfeição da formosura” é o revestimento futuro de que, não somente Zion Isaiah será alvo, na glória eterna junto ao Cordeiro de Deus, mas igualmente todos os demais que têm a mesma “âncora, firme e segura” da alma. E Isaias (Isaiah), porque este é o profeta que anuncia a redenção por meio das dores do Messias vicário, o nosso substituto. Ou seja, a redenção dos resgatados do Senhor, que voltarão a Sião com júbilo. Sim! Eles são “arautos de vida”, porque se juntam a inúmeros que anunciam a promessa de vida, refeita, renovada, eterna, mesmo depois de toda a tormenta, de todo o dilúvio, de todas as tempestades. Mais que isso: proclamam vida no meio de tudo isto. É assim que proclamam os remidos do Senhor.  E ainda dizem: “Assim, voltarão os resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão.” (Isaias 51.11, ARC)

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

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Nº 003 – “PAZ?… QUE PAZ?”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Abril de 2014

Minha filha: em qualquer situação, a gente não deve perguntar prá Deus ‘por que’, mas sim, ‘prá que’!”. Eu, que aqui escrevo, já ouvi esta frase um punhado de vezes; até já a disse, não raro. Mas, há algumas destas vezes que sua citação se reveste de um significado todo especial (especialíssimo!). Pois foi assim que aquela experiente mulher, temente a Deus, a dona Laudelina, aconselhou a sua filha, quando tudo ocorreu. “Tudo”, o que? Espera um pouco, que já te digo. Vamos encontrar um ‘começo’ prá começar…

Laudezir Gularte de Paula casou-se com Silas de Souza em 13 de janeiro de 1990. Depois que se conheceram, num intercâmbio de jovens cristãos, descobriram que Deus os encaminhou um para o outro. Deus lhes agraciou com Simon, Mylena e Joshua. Tanto Silas quanto Laudezir tiveram o privilégio do conhecimento do Deus-Shalom (o Deus da paz) desde pequenos, em seus lares.  E, assim, tiveram a graça de retransmitir o legado que receberam aos seus próprios filhos. Trata-se de mais uma ocorrência de cumprimento glorioso do que disseram os filhos de Asafe, personagens que têm muito a nos contar e ensinar, como mencionei na história de Íngrid – “No Centro da Vontade de Deus”. Mas, que mesmo disseram eles? “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, e o Seu poder, e as maravilhas que fez” (Salmo 78.2,3, ARA).

Voltemos, entrementes, a Silas e Lau. A certa altura, todos os dias da vida deles tinham rotina conhecida… Os filhos mais novos estudavam perto de casa; Simon estudava no Colégio Tiradentes; Silas servia à coletividade como policial militar exemplar; Lau trabalhava na monitoria de uma escola integrada do sistema municipal. Era Silas quem levava Simon à escola – e também o buscava – como gostava de fazer. No início do ano letivo de 2009, ele o fazia na motocicleta que havia adquirido. Além disto, Silas era um oficial da igreja onde se congregava, sempre inspirador a outras vidas com o zelo e entusiasmo que exibia no que fazia. Eu mesmo, que escrevo estas linhas, tive um funcionário que teve em Silas um verdadeiro “pai espiritual”, nas palavras do próprio.

Cito Laudezir aqui: “No dia 25 de março de 2009, como fazia todos os dias, Silas se levantou às cinco da manhã, procedeu à sua leitura diária predileta e indispensável – a Palavra de Deus – fez o café da manhã, e levou o Simon à escola. Ia, depois, a uma consulta médica marcada de antemão. Por volta das 9 horas, quando o celular tocou, era Mylena dizendo que informaram do acidente…”. Costuma-se (e não poucas vezes, com razão) censurar muito os motociclistas, por sua imprudência. Naquele dia, não foi isso; até porque, Silas era muito prudente, até para pilotar. A imprudência do condutor de um veículo de quatro rodas acarretou um gravíssimo acidente do Silas, atingido sob um ônibus que vinha atrás. Ele não resistiu à gravidade das lesões, culminadas com severas hemorragias internas.

Bem! Segundo o conhecimento que o Criador-Provedor-Redentor nos deu a conhecer, na Sua Palavra, o que posso dizer do Silas, depois disso, é que sua alma foi recebida por Deus, no céu, na presença do Cordeiro, o Filho de Deus, e entre os louvores dos fiéis e dos anjos que se encontram lá. Descansa, lá, e usufrui da presença do Senhor de sua vida, aqui. Seu corpo foi levado à sepultura, onde aguarda a futura (provavelmente mui breve) ressurreição dos mortos, para o ingresso na Vida Celestial, a Bem Aventurança Eterna. Mas, minha narrativa continua, sobre Lau e seus filhos. Como ela mesma diz – não foram fáceis, os dias subseqüentes. Simon, estava com 17; Mylena, com 13; Joshua, com 12. No dia do acidente, a contínua oração da Laudezir era – “Deus, esteja comigo!”. Este é o tipo de oração que Deus, mesmo com a responsabilidade, divina e soberana, que tem no ocorrido, tem prazer em atender. “Quando me disseram – ‘Olha, fizemos a cirurgia, fizemos o que era possível…’, eu não senti as minhas pernas; era como se elas não existissem em mim…”, disse-me a Lau. Mas, a oração foi atendida… “Foi”, não! Tem sido, sem falhar! Eis uma das passagens bíblicas que se tornou marcante para Lau e seus filhos: “E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades. Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória, pelos séculos dos séculos. Amém! ” (Filipenses 4.19, ARA). ‘Lau, tem Deus suprido?”,perguntei-lhe, quase cinco anos depois… ‘Sem dúvidas, sempre!”, foi o que ela me respondeu. Foi nesse contexto, ainda em 2009, que a dona Laudelina fez aquela afirmação, transcrita no topo da mensagem. Perguntei ainda à Laudezir – ‘sua mãe tinha razão? ’ E ela me respondeu: ‘ Tinha, como sempre teve! ‘. Ainda arrisquei uma pergunta, meio perigosa: ‘Lau, você fez, ou tem feito uso de calmantes?’. Sem condenar o uso daqueles que o fazem, quando realmente necessitam, principalmente se não desprezam a verdadeira fonte de consolo, força e conforto, ao mesmo tempo, ainda registro o que ela me disse: ‘Graças a Deus, não… Deus, com a Sua Palavra, com a Sua presença, Sua comunhão, nas orações, nos tem sido suficiente!Muitas vezes, muitas noites, perdi o sono – é normal. Mas, tenho preenchido esse tempo com oração e com a Bíblia! ’. Então, é verdade: “Deus é nosso refúgio e, nossa fortaleza, socorro bem presente na angústia!” (Salmo 46.1, ARC)

Laudezir é uma cristã firme na igreja evangélica onde congrega, junto com seus três filhos. Aliás, todos três têm uma parcela de efetiva participação nos ministérios da igreja. Louvam a Deus com palavras e com vida. Será que a dona Laudelina tinha razão, pergunto, não mais para a Laudezir… Este testemunho vai chegar a muitos lugares; pela internet, não tem limites no planeta. Em cada lugar pode encontrar um outro testemunho que confirma a resposta da Laudezir. Mas, pode também estar chegando diante dos olhos de quem esteja passando por duras provas, no momento em que ler. O mesmo Deus do Silas, da dona Laudelina, da dona Maria Hilária (piedosa mulher, mãe do Silas), da Laudezir, dos seus filhos, dos familiares de ambos, é o Deus que se coloca ao lado daqueles que O buscam, mesmo que na maior aflição.

Último registro: naquele dia, hinos foram cantados… Foram parte de um culto de louvor a Deus, por uma vida de inspiração a muitos. Entre eles, um em especial ficará para sempre na memória da família:

Se paz, a mais doce, me deres gozar… 
Se dor, a mais forte, sofrer…

Oh! Seja o que for, Tu me fazes saber, 
Que feliz, com Jesus, sempre sou!

Sou feliz, com Jesus, sou feliz com Jesus, meu Senhor!”
(“It Is Well With My Soul”, Horatio Spafford, 1873, depois de perder quatro filhas num naufrágio)

Paz? Que paz? Como assim – paz? Numa situação dessa? Como a de Spafford, como a de Laudezir e filhos, como a família de Silas?

Sim! Porque está escrito:
E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus!” (Filipenses 4.7, ARA). 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
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O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
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O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
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Nº 002 – “NO CENTRO DA VONTADE DE DEUS…”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Janeiro de 2014

Na dedicatória, logo na primeira capa, lê-se assim: “Ulisses, uma recordação de uma época, na qual minha vida passou por grandes mudanças, esperando que sirva de conforto e estímulo – Recife, Outubro de 1984”. Assim Íngrid deixou comigo o seu segundo presente, às vésperas de meu primeiro filho completar seu primeiro ano de idade. Se isto foi significativo – quero dizer, a história de Íngrid, o presente, a dedicatória? Não tenha dúvida que foi. Logo que meu filho, que é (ou nasceu, nem sei bem) autista, foi levado, nos braços de minha esposa, para nossa morada nas dependências do seminário em Recife, naquela tarde de Domingo, 13 de Novembro de 1983, Íngrid foi a primeira pessoa da “família” do seminário a conhecê-lo. Ela estava lá, sentada, no caminho de entrada do campus, à porta de sua casa, com um presentinho na mão para o nosso primogênito-caçula.

Íngrid Lopes Neumann nasceu no lar do Rev. Heinz Neumann, germânico professor de hebraico no nosso seminário, ao tempo em que por lá chegamos, e de sua esposa, dona Virgínia. Era a segunda filha, depois de Vera, e antes de Sigrid, Armínio e Henrique. Como gostava de jogar voleibol. Logo que concluiu (1974) os dois cursos de faculdade que cumpriu em paralelo – Direito e Ciências Econômicas – seus sonhos eram múltiplos, como os de qualquer jovem. No entanto, segundo ela mesma relata, a partir de 1972 já não vinha cultivando a mesma comunhão com Deus, como outrora. Na faculdade, chegaram a ‘balançá-la’, dizendo: “Íngrid, você tem que colocar na cabeça que não foi Deus quem criou o homem; o homem foi quem criou Deus!”.

No início de 1975, estava para voltar de São Paulo para Recife, e a viagem seria de carro. No volante do Opala ‘quatro portas’, seu tio Abel; à direita dele, seu tio Rubem; entre os dois, o Rev. Dionísio Pape, missionário canadense que tinha vindo ao Brasil para trabalhos da ABU – Aliança Bíblica Universitária. No bando de trás, a amiga Betinha, obreira da ABU e a própria Íngrid. Uma passagem pelo camp da ABECAR, em Mogi das Cruzes, proporcionou um apelo aos seus olhos – o Congresso Missionário em Curitiba, no ano seguinte. Íngrid disse, de si para si: Nesse aí, eu não vou. E a viagem seguia. Antes de saírem, um pneu furado; depois, na Dutra, outro pneu furado. A certa altura, Betinha convidou Íngrid para deitar-se em seu colo, no que foi atendida. No entanto, depois de algum tempo, Íngrid resolveu erguer-se, recostando-se à janela direita do banco de trás do Opala. E foram pouco minutos que seguiram, quando mais um pneu murcho deve ter provocado a perda do controle do Opala, levando-o para a pista contrária. A colisão com um caminhão, que vinha em sentido contrário, foi inevitável. O choque destruiu todo o lado esquerdo do Opala, e ceifou a vida do seu tio Abel e da amiga Betinha. Íngrid foi levada para o hospital em Cruzeiro, SP. No trajeto, ia a seu lado o corpo de seu tio Abel, e ela a pensar:  “Betinha morreu, tio Abel está morto aqui do meu lado e agora é a minha vez!”.  Lá, a assistência médica, incluindo cirurgia na mesma noite do acidente, comprovou a conseqüência: seccionamento da medula vertebral, resultando em paraplegia flácica, por lesão entre as vértebras 11 e 12.

A experiência desse acidente direcionou a vida de Íngrid para outro rumo: como ela mesma disse, para o “centro da vontade de Deus”. Sua oração, naquele mesmo dia, foi a de reconsiderar sua vida por inteiro, colocar-se diante de Deus, dizendo a Ele que, se Ele quisesse preservar sua vida, ela a colocaria a serviço do Senhor. Disse ela: “Senhor, dá-me esta oportunidade, não como a comprar o direito de viver, mas, para que, quando eu tiver de me encontrar com o Senhor, não sinta vergonha de ter vivido egoisticamente”. Muitas orações foram elevadas ao céu, pedindo a cura de Íngrid: seus pais, sua família, pastores, vários irmãos na fé, e também ela mesma. No entanto, o “centro da vontade de Deus” era usar Íngrid, mesmo paraplégica, para “confortar e estimular” muitas outras pessoas; e, também, para alcançar seus corações, através do seu testemunho, com a palavra que emana do coração de Deus – a Palavra de Deus! E é assim que se têm sucedido seus anos de vida. Falei com Íngrid, por telefone, ainda esta semana, e perguntei-lhe: Íngrid, depois de trinta anos, desde que conheci sua história, e te conheci pessoalmente, depois de quase quarenta anos daquele acidente, eu te pergunto: você reafirma as palavras do seu testemunho pelo Seu Deus? E Íngrid, sem titubear um só segundo após minha pergunta, respondeu que, não só reafirma; ainda as reforça.

O Deus do saudoso Rev. Heinz Neumann, e de sua amável esposa (ainda viva) dona Virgínia, foi o Deus de Íngrid naquela tarde/noite sombria na via Dutra, no hospital em Cruzeiro, no Centro Hospitalar Albert Sabin, naqueles duros dias de adaptação à nova vida, nas crises que vieram à mente e à lembrança, e também nos novos desafios, como tem sido até hoje. Íngrid aprendeu como poderia ser útil a crianças especiais, a adultos especiais, a pessoas em crise, a tanta gente… Habilitou-se na OAB-PE, e advoga para portadores de necessidades especiais; ensinou dezenas de meninos e adolescentes; ensinou no seminário (eu mesmo fui seu aluno de Sociologia Geral); assumiu uma destacada função na Visão Mundial, mediante convite do Pastor Manfred Grellert; e sua vida, orbitando em busca da plena percepção do “centro da vontade de Deus”, se tornou em bênção inspiradora para muitos. A maneira como ela ampliou sua percepção de como poderia ser útil a outrem começou com um inusitado convite de outro pastor: “Íngrid, nós precisamos que você ajude o nosso filho com reforço escolar, por favor!”. Era o pastor Frans Leonard Schalkwijk, reitor do seminário onde lecionava seu pai (“Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá, liberalmente, e nada lhes impropera, nada lhes lança no rosto, em censura, Tiago 1.5). Depois, pelo mesmo pastor, veio o convite para lecionar no seminário. Talvez, o mais notável projeto em que Deus envolveu Íngrid foi o CERTO-Centro Evangélico de Reabilitação e Terapia Ocupacional. Conheci a instituição. No mesmo dia, recentemente, em que falei com Íngrid, falei também com o irmão Silvanio. Mas, aí, já é prá vir uma outra história – um outro Arauto de Vida!

Entre as pessoas que Íngrid conheceu, naqueles anos de duras provas de recondução ao ‘centro da vontade de Deus’, estavam Lizete e Marize. A propósito, quem sabe, também serão, entre nós, “Arautos de Vida”? De Marize, recebeu Íngrid um texto que ela mesma havia antes recebido:

Quando alguém se aproxima de você triste, desesperado, por não ter um castelo, com um jardim somente com flores, transmita você, com seu sorriso, esta mensagem – A vida é uma dádiva de Deus, é um jardim com muitas flores; só que, entre as flores aparecem os espinhos, os quais, por várias vezes, nos ferem e magoam. Nunca deixe de existir!”. Foi a partir desta amizade que surgiu o CERTO. Hoje, Íngrid conserva a mesma certeza de quarenta anos atrás: quando o Filho do homem – Jesus Cristo – se manifestar, para o juízo e a re-criação de todas as coisas, ela terá um corpo ressurreto, sem defeito. Por toda a eternidade, não mais dependerá de uma cadeira de rodas, nem de muletas canadenses, nem nada. Será nova, inteiramente nova criatura, pelo poder de Deus, em Cristo Jesus.  
Quando Noé, aquele, do Dilúvio, soltou a pomba da janela da arca, sobre as águas da inundação que destruiu a terra uma vez, voltou a pomba com um raminho de oliveira no bico. Isto significou que a vida estava recomeçando. A história completa está nos capítulos 6 a 9 de Gênesis, na Bíblia. E Deus mesmo prometeu: O DILÚVIO NÃO SERÁ PARA SEMPRE. Há vida para depois do Juízo: a vida eterna dos remidos!

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão


The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 001 – “QUE AMOR É ESTE?”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Novembro de 2013

Deixe-me transcrever, para início desta mensagem, o depoimento de um médico pernambucano – Dr. Rogério Brandão, oncologista em Recife, que fala sobre uma "arauto de vida" (uma "arauta", na verdade):

"Vivenciei  dramas dos meus pacientes, inclusive crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim!  Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi meu pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu 'anjinho' sozinha no quarto. Perguntei pela sua mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido no corredor… Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade… 
Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei: — E o que a morte representa para você, minha querida?

 Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? 
(Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) 

 É isso mesmo, respondi.
 Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. 

 E minha mãe vai ficar com saudades – emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:

 E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade… é o amor que fica!
  "   

Com certeza, este vero relato vai produzir em você, que se dá ao trabalho de me ler de vez em quando, emoções. Em mim, produziu (e não poucas). 
Sabe, eu também tenho um "anjinho". Tá com quase 30 anos, desde que nasceu na mesma cidade onde se deu a história acima. Interditado, seu diagnóstico oficial, hoje, é CID F84.0 (acho que você não sabe o que isto; então, deixa prá lá…). O detalhe é que ele, até hoje, quando é possível, ainda inventa de vir tentar a primeira soneca junto de mim, na minha cama. Só que hoje não é mais carregado para a própria cama; vai com as próprias pernas, não sem alguns protestos, quando a mãe vem dizer – "tá na hora de ir prá sua cama". Mas o que quero mencionar, de fato, é quanto chama-me atenção o que a Mariana Ribeiro, aquela pequena pernambucana de apenas 11 anos de idade, disse ao médico. 
"Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar; vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!"
De fato, Mariana disse uma das maiores verdades. Ela não nasceu para esta vida… Estava nela, por enquanto!
Dormir numa "cama" fugaz, por enquanto, até que o Pai lá de cima a levasse para a a Casa das Mansões Eternas que Ele, junto com o Filho, preparou para uma certa multidão de gente. Embora, infelizmente, muitos que hoje vivem, ou já viveram, jamais venham ver aquela 'mansão celestial', não virão nunca desfrutar o privilégio de 'amanhecer' na 'vida verdadeira' bem diante do Pai Celeste, o que disse a pequena Mariana exibiu o grande consolo que a permitia viver cada dia, esperando a nova vida, a 'verdadeira vida'.
Tudo por causa do Amor do Pai, que foi direcionado à tal "multidão de gente".  

Nesta semana, troquei  mensagens com um membro da minha família, em que as palavras "pai", "amor" e "PAI" se fizeram presentes. 
Ele disse uma coisa de suma importância: de acordo com suas reflexões, o legítimo processo de "educação" deve conduzir a amor pelo pai e pelo PAI, e isto condiz com o ensino do apóstolo, que apontou graça como fim da lei. 
No caso do PAI, o Criador, o celestial, há algumas máximas que devem ser lembradas, porque originadas e homologadas por Ele mesmo. 
Por exemplo:
"E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado " (Romanos 5.5 – BCF). 
Outro exemplo : 
"Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor(Romanos 8:38-39  – NVI)

Por causa desse precioso, inigualável, insondável, interminável e infinito amor, que certamente 'segurou a onda' no coraçãozinho da Mariana, poucos anos atrás em Recife (ela já teve a sua transferência para a Casa Paterna efetuada há uns três anos), nossos corações e mentes podem, também, encontrar-se sob a garantia da apólice segura para quaisquer situações que enfrentarmos. E, se tivermos que enfrentar a "transferência", estando debaixo do amor do PAI, a transferência é prêmio, é recompensa. Foi isto mesmo que eu disse, poucos dias atrás, para dois filhos que se "despediam" de sua mãe no Moradas do Bosque. E todo mundo lá ouviu… 

Sabe o que é? Eu te conto, mas não com palavras minhas; usarei as palavras divinamente inspiradas no apóstolo Paulo: 
"Deus estava em Cristo, reconciliando consigo mesmo  o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões; e nos deu o ministério da reconciliação " (II Coríntios 5.18 – ARA), afirmação que torna compreensível uma palavra anterior, no verso 14 ("…o amor de Cristo nos constrange…"). 
Como assim, torna compreensível ? Simples: o amor de Cristo é o amor do PAI, pelo Filho derramado, via Seu sangue remidor.  
Por isto mesmo, outro apóstolo registra o que o Espírito diz, em arremate que escolho: 
"Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus " (I João 3.1 – ARA). 

Pena que há muito "desperdício". Há muitos que, não conhecendo o verdadeiro amor de Deus,  são como os fariseus. 
Fazem muitas coisas com o fim de serem vistos pelos homens, mas desprezam a justiça e o amor do PAI (cf Lucas 11.42). 
Não sou um hábil perscrutador de corações. Mas, tenho prá mim que a confiança que a pequena Mariana Ribeiro revelou, quanto ao Pai das alturas, nas palavras que pronunciou, são encorajadoras. Servem para ilustrar como fatos o que a Escritura declara. 
Que amor é esse – o amor divino? De que espécie? Que par encontra? 
Simplesmente, é único! Unicamente, é o Amor de Deus !!!

Quando Noé, aquele, do Dilúvio, soltou a pomba da janela da arca, sobre as águas da inundação que destruiu a terra uma vez, voltou a pomba com um raminho de oliveira no bico. Isto significou que a vida estava recomeçando. A história completa está nos capítulos 6 a 9 de Gênesis, na Bíblia. E Deus mesmo prometeu: O DILÚVIO NÃO SERÁ PARA SEMPRE. Há vida para depois do Juízo: a vida eterna dos remidos!

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional