Agora no portal:

Arautos de Vida

Nº 029 – “PROPÓSITOS OCULTOS”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Maio de 2017

O homem pode ter propósitos ocultos? Pode! Deus pode ter propósitos ocultos? Pode, também. O homem pode ter propósitos ocultos a Deus? Não, não pode! Deus pode ter propósitos ocultos ao homem? Pode, e não é raro!

O Carlo, e a sua família (família do pastor Benjamim Moura, de Cana Verde, MG) tiveram sua constatação disso de um modo muito marcante. Vamos à história… Carlo é o irmão mais novo do Thiago, ambos filhos de Benjamim e Vera. Thiago é casado com Julianna, morando em Betim, onde têm a pequena Jullia.

O que o vovô Benjamim poderia fazer para agradar a netinha Jullia, naqueles finais de semana que fosse de Betim a Cana Verde? Hummm! Toda criança gosta de água – piscina, ou praia. Nada como a cota de um clube para leva-la. Com uma ressalva, que fez o vovô: Sábado pode, mas Domingo, não, “porque é o Dia do Senhor, dia de nos dedicarmos a ele!”. Assim, a cota de um clube na cidade vizinha de Campo Belo veio em boa hora.

Quinta-feira, 24 de março de 2016, véspera da Sexta-feira “da Paixão”, visitas em casa: Edson (cunhado), Bruna (filhinha do Edson), Thiago (filho), Julliana (nora) e a netinha Jullinha vieram de Betim à casa do pastor. Faltava a Vera, que estava em Beagá…  

“Jullia mal conseguia esperar chegar a Sexta-feira, para desfrutar a nova sensação da casa do vovô; para ela, a piscina do clube é do vovô, e ninguém lhe convence do contrário. Chega a manhã de Sexta. Que alegria! Vamos ao  clube”… Eba!…

São apenas 25 quilômetros de estrada. Só que, lá chegando, o clube estava ‘observando o dia santo’: fechado! Que decepção. Fica pra Sábado… Mas – coisas dos propósitos [ocultos] de Deus – Sábado amanheceu com chuva. Que decepção para a Jullinha (e, com certeza, para todos os demais, especialmente por causa dela).

E agora, quem vai pedir ao vovô uma exceção para uma chegadinha ao clube no Domingo, antes da Jullia ir embora? A própria criança se encarregou da missão:

– Vovô, se amanhã amanhecer com sol, me leva ao clube um pouquinho, antes da gente ir embora? Vovô ficou consternado. Explicou que aquele Domingo seria mais especial que os outros: Domingo de Páscoa, com culto  da Ressurreição de Jesus, logo cedo, às seis horas, na igreja.
– Não tem importância; depois o senhor nos leva…

Como resistir a uma criança, especialmente uma netinha? Ficou combinado! Um pouquinho, depois do culto e da programação da igreja, pela manhã. Haveria um jogo de futebol na tevê às 11 horas. Enquanto a Jullia aproveitasse da piscina, os demais poderiam almoçar vendo o jogo…

Terminado o jogo e o almoço, o pastor Benjamim e o Carlo se despediram dos familiares que, dali mesmo, voltariam a Betim… Pegaram a estradinha de volta a Cana Verde; antes, passaram rapidamente num supermercado. Enquanto isso, caiu uma garoinha de fim de verão.

Na estrada, o pai fazia ao filho, recém-habilitado em direção, recomendações necessárias para estrada molhada. Por coincidência, pouco dias antes havia acontecido um acidente com Carlo na direção.   
Um carro é como uma arma, e a estrada é perigosa…

Nisso, um caminhão à frente jogava água no parabrisa, e foi ultrapassado. E o pastor Benjamim relata que aproveitava o restante da pequena estrada, perto de chegar a Cana Verde, para transmitir lições de sua “exímia habilidade” ao volante, ao filho. Quando, então, numa curva, uma poça com óleo, e o carro perdeu contato com o solo; lixou ao longo da mureta lateral, deu três ou quatro tombos e despencou para um matagal brejeiro; local de muitos acidentes e mortes. Carlo gritou:
– Nós vamos morrer…
– Em Nome de Jesus, não!

O carro parou de rodas para cima, os dois revirados no interior… Só quando o Carlo disse ao pai…:
– Pai, a partir de agora, o senhor será meus olhos…
… é que o pastor viu a gravidade do caso: havia entrado um pedaço de madeira do mato num dos olhos do filho; ele já tinha quebrado, com as próprias mãos, um pedaço, mas nada conseguia enxergar. Carlo estava todo ensanguentado.

Seu pai fez menção de subir a ribanceira e pedir ajuda, mas seu coração doeu quando ouviu:
– Pai, não me abandona não, pai…
Mas, como ninguém lhes podia ver, não houve outro jeito. O pastor precisava vencer as fortes dores, as feridas, e ainda subir a ribanceira na chuva. Quem pararia para ajudar um “maluco”, na beira da pista, de bermuda, todo ensangüentado e gesticulando? Mas, com a graça de Deus, dois caminhoneiros pararam, desceram e buscaram o Carlo. Em pouco tempo a pista estava cheia de curiosos. Nesse ínterim, Benjamim viu seu filho Thiago passando com a família, rumando para Betim; viu a netinha através do vidro… Mas, eles não viram que era ele. Benjamim gritou:
– Meu filho! Avisem a ele, por favor!…
No seu pensamento veio a lembrança: Deus é soberano! Ele governa todas as coisas, e faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que O amam (conforme Romanos 8.28)… 

Um caminhão (talvez o que fora ultrapassado) e ligou para a polícia, avisando do acidente. Os policiais já tinham tirado a farda, findada a sua jornada do dia, quando o telefone tocou… Mas tarde, conversando com o pastor, compreenderam que foi a soberania de Deus que os levou a atender o chamado, mesmo após o horário de trabalho. Thiago, em vez de seguir direto para Betim, resolveu passar em casa do pai. Estranhou que ninguém havia. Logo chegou alguém e avisou do acidente. Voltaram, encontraram pai e irmão na UPA de Campo Belo, em atendimento. Ao ver o estado do irmão, Thiago correu para o pai:
– Pai, o Carlo vai morrer se ficar aqui; precisamos remove-lo…      

Naquela manhã de Domingo, na igreja, a pregação havia sido em I Coríntios 15: “A Morte Tinha Vencido a Morte!”. Agora, era hora de buscar mais uma vitória. Carlo foi removido para um hospital de Divinópolis. Foi operado, para retirada do “toco de madeira” e recomposição da face. No dia 02 de Abril, volta para casa. Vivo, sim… Mas… Lembra daquele Deus a quem o pastor orou, na hora da aflição aguda? Aquele, o Deus soberano, que governa todas as coisas, e faz todas as coisas cooperarem para o bem dos que O amam? Pois bem! Esse mesmo Deus soberano, que preservou a vida do Carlo, não lhe preservou a visão do lado atingido, o lado direito.

Palavras do pastor Benjamim:

“Deus levou a visão direita do meu filho, mas preservou-lhe a outra e me permitiu desfrutar de sua companhia por mais um tempo; e assim, seguimos adorando àquEle que é Criador e Sustentador de todas as coisas e tem propósitos para todas as coisas [nota deste narrador: ainda que propósitos ocultos, ainda que por certo tempo]. Mesmo que, num primeiro momento, nós não entendamos muito bem, à medida em que as coisas vão se descortinando, tudo  vai ficando claro, e nós vamos glorificando a Deus pois, em Cristo, já alcançamos o prêmio maior, ao qual fomos vocacionados. Um suporte que muito  tenho tido na minha vida: ‘Bendito seja o Senhor que, diariamente, leva o nosso fardo. Deus é a nossa salvação!” (Salmo 68.19, ARA).

Por isto, o pastor Benjamim, seu filho Carlo e sua família, são mais arautos de vida que Deus colocou neste mundo, através dos quais Ele tem manifesto Seus propósitos, ainda que ocultos (temporariamente ou não); através dos quais pode-se ter certeza de que o dilúvio não será para sempre

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online (acione-o logo após a transcrição da letra, traduzida)…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 028 – “SAUDADES”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Setembro de 2016

Indo para a igreja, num destes últimos domingos, coloquei, mais uma vez, um precioso CD para tocar no carro, durante o trajeto. Fazia algum tempo que não o ouvia. Numa das faixas, a saudade do amigo bateu forte. Escuta-lo cantando, especialmente aquela faixa, foi emoção subida. Falo da composição “The Homeland Shore” (1890), letra original de Fanny Jane Crosby (1820-1915), com música de Stephen Collins Foster (1826-1864) e Ira Sankey (1840-1908); com a versão para o vernáculo de Justus Henry Nelson (1849-1931), ficou sendo “Da Linda Pátria Estou Bem Longe’. Quantas vezes ouvi o virtuoso  amigo  executa-la ao piano? O que diz a faixa?

Da linda pátria estou bem longe, cansado estou
Eu tenho de Jesus saudades, oh! Quando é que vou…

A voz que cantava no meu CD era a voz de Sebastião Guimarães Costa Filho (1945-2015). Pastor, evangelista, poeta, músico, compositor, professor – várias virtudes. Pernambucano de Garanhuns, adotou, temporariamente, os solos fluminense, paulista e baiano para exercer seus dotes em Nome daquEle que o conquistou para Si. Mas, foi no solo mineiro que o ‘empréstimo geográfico’ o reteve, por duas distintas ocasiões, até a que lhe findou a jornada.

Quando eu o sucedi (sem qualquer mérito), à frente da centenária Igreja Presbiteriana da Bahia, em 1987, fiz algo que lhe marcou a despedida para as terras paulistas: pus toda a congregação a cantar “No tempo em que meu trabalho acabar, e enfim de Deus a presença eu gozar, e quando a Cristo eu puder contemplar, oh! Quanta glória haverá com Jesus!”. Com esse cântico, partiu para a capital de São Paulo, a suceder o saudoso Rev. Denoel Nicodemos Eller.

Seus últimos anos, em Minas, permitiram-nos o reencontro. E encontrávamos-nos toda semana, posto que ensinando na mesma instituição. A amizade antes cultivada reavivou-se. No ano de 2013, uma cirurgia incomum, mas, aparentemente inofensiva, lhe tirou setenta por cento do rim direito. A sequência do tratamento veio a revelar algo mais sério no abdome. Por conta disso, lhe retiraram a vesícula, parte do estômago, parte do duodeno e parte do pâncreas. Era sério mesmo.

Em 2014, começaram as sessões de quimioterapia. Disse-lhe o oncologista que era apenas precaução profilática. Os hospitais criaram um rito, inspirado na tradição da marinha e das ferrovias, para marcar fim de tratamento oncológico: um sino, instalado no setor, tocado pelo paciente, marca o fim do tratamento. Depois de sucessivas sessões, Guimarães chegou a tocar o sino. Então, não havia dito o médico que era só profilaxia? Qual o que! Entre altos e baixos, entremeados com palavras de esperança alternadas com outras preocupantes, viu-se que o caso não era pura profilaxia.

O câncer, em 2014 tido como “encapsulado”, venceu a “cápsula” e atingiu o organismo, em 2015. A metástase se foi alastrando. Visitei-o em casa, visitei-o no hospital. É claro que, lá por dentro, o meu amigo sentia o pesar da possível separação. Não, propriamente, desta vida… Da família, sim; dos demais queridos, certamente… Dos empreendimentos, aparentemente inacabados, também. Afinal, acabara de chegar aos setenta de idade, apenas.

A enfermidade, impiedosa como é, conseguiu extinguir-lhe os fios na cabeça; conseguiu empalidecer-lhe a tez; conseguiu consumir-lhe a pouca gordura e até da própria carne; conseguiu abafar-lhe o apetite. Mas, não conseguiu tirar-lhe o brilho nos olhos, aquele brilho próprio e exclusivo daqueles que, mesmo lutando pela vida, estão seguros e tranquilos se ela findar. Por que seguros? Guimarães, em resposta, me citou, entre lágrimas, sobre o leito:

– Porque eu sei em quem tenho crido, e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu tesouro até àquele dia, ao final (II Timóteo 1.12).

Como pode, alguém que pressente chegar o seu momento, as forças se esvaindo completamente, o cancro consumindo por dentro, e ainda dizer como disse o apóstolo Paulo? Que outra explicação, senão o fato da gloriosa esperança que provém da promessa do encontro com o glorioso Senhor? Por isto, ao lembrar-me, todo vez que ouço a sua magnífica voz cantar no meu CD, perfilando as palavras do hino – Da linda pátria estou bem longe, cansado estou; eu tenho de Jesus saudades, oh! Quando é que vou; ou, ainda: Jesus me deu a sua promessa, me vem buscar, meu coração está com pressa, eu quero já voar faz-me pensar: Deus o ouviu! Deus respondeu a ele, num sussurro particular, consolador, repleto de graça, tal qual imagino:

– Guimarães, meu servo bom e fiel, ouvi a tua oração; chegou a tua hora, acabou o  tempo da saudade do que tu ainda não vislumbraste com os próprios olhos, senão, apenas, com os olhos da fé. Vem para aqui; entra no gozo do teu Senhor!

Acabou, em 23 de novembro de 2015, a saudade do Mestre, para ele! Criou-se outra, para nós. Um Arauto de Vida, em vida, que continua sendo arauto de vida, mesmo deixando saudade, depois da partida! Encontrou-se com o Filho  de Deus, mas ainda prega, com o que deixou! 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 027 – “ÂNCORA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Maio de 2016

Você já ouviu falar de Joni Eareckson Tada? Deixe-me te contar…  Joni nasceu em 1949. Aos 17, gostava de tudo que qualquer jovem gosta: passeava, praticava esportes, cavalgava, etc… Em Julho de 1967, foi à praia, em Maryland; num dos mergulhos, brincando com as ondas, não percebeu quão rasa estava a água; a onda do momento lhe atirou ao fundo de cabeça, e quebrou o pescoço. Resultado: tetraplegia definitiva, aos 17 anos.

Os anos seguintes foram de experiências mistas. Tratamento hospitalar, fisioterapia, mas também um espírito revoltado. A pergunta de sempre: Por que? Ou melhor: Por que EU? Imagine quantas coisas passaram na cabeça dela, dali prá diante: até desistir da vida, te asseguro. Mas, a Palavra de Deus foi a sua "âncora de alma": "Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu…" (Hebreus 6.18,19).

Joni pinta quadros maravilhosos, manejando os pincéis exclusivamente com a boca. Escreve, canta e, com suas palestras, encoraja. Em 1982, casou-se com Ken Tada, com quem mantém uma vida conjugal feliz, desde então. Em 2010, teve que passar a enfrentar um rigoroso tratamento de câncer de mama; nem assim, enfraqueceu-se sua fé. Seu primeiro livro, “Joni”, vendeu mais de quatro milhões de cópias, em 50 idiomas. Ela afirma que, com seus livros e vídeos, deseja ser canal de bênçãos divinas aos mais de um bilhão de deficientes no mundo.  

E assim se deu… Joni encontrou "âncora", não só para si mesma, mas para oferecer a muita gente mais. Seus livros, suas palestras (sempre em cima da cadeira de rodas), seus discos, suas campanhas, em várias línguas, têm sido provas vivas de que os "Por que's?" podem esperar, porque a graça divina preenche todas as lacunas, até que este "tabernáculo terreno" se revista de um novo…
"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus"! (II  Coríntios 5.1).

O que Joni Eareckson Tada anuncia, ainda hoje, depois daquele insólito acidente de 44 anos atrás, é o mesmo em que cremos, pela confiança que temos na Palavra de Deus, a qual é "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes"! Não importa se… tetraplégicos, ou atletas com a maior habilidade e rapidez em pernas e braços; não importa se… deficientes auditivos ou visuais, ou se com a mais aguçada audição ou visão; não importa se… com altíssimo QI, ou se com algum tipo de deficiência cerebral que os médicos não conseguem explicar origem, ou solução…

O fato é que seremos todos transformados à semelhança dEle, à semelhança de Sua glória, do Filho de Deus – pioneiro da glória entre os homens!  Ver Joni Eareckson Tada, sentada em sua cadeira de rodas, cantando sua mensagem de esperança em Cristo, “âncora de sua alma”, é tocante demais. Por isto, Joni Eareckson Tada é mais uma “Arauto de Vida”. Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 026 – “GRAÇA QUE BASTA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Abril de 2016

No dia 04 de Outubro de 1996, Larry Gene Bell (1949-1996) foi executado na cadeira elétrica, no estado de Carolina do Sul, devido à condenação da pena capital. Seu crime foi o sequestro seguido de assassinato de uma criança (Debra May Helmick, 9 anos) e uma adolescente (Saron ‘Shari’ Faye Smith, 17 anos). Por um mês inteiro, Bell atormentou a família de Shari Smith; especialmente, sua irmã, quatro anos mais velha, hoje conhecida pelo nome de casada, Dawn Elizabeth Smith [Jordan]. Ela foi escolhida por ele para concentrar os contatos telefônicos diários, nos quais aterrorizou a família.

Shari Smith foi abduzida por Bell em plena luz do dia. Foi levada para lugar oculto, onde foi obrigada pelo seu seqüestrador a escrever uma espécie de testamento. No texto, Shari reafirma sua fé em Deus, encoraja sua família, pedindo que se lembrassem dela por sua coragem, e pelas boas lembranças. Além disto, sustenta seu amor por Deus, mesmo estando sob a mão cruel e insensível do seu assassino. Bel alternava, tendo Dawn, a irmã de Shari, do outro lado da linha, palavras de expectativa no reencontro com palavras de verdadeiro terror. Quando a polícia encontrou o corpo abandonado de Shari, os legistas concluíram que ela havia sido assassinada ainda nos primeiros dias, desiludindo a família.

A família de Shari é membro de uma igreja evangélica na pequena cidade de Summerton. Quão difícil foi para Dawn, encarar a retomada da vida, após os funerais da irmã. Um texto, em especial, era especialmente desafiador: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12.9, ARA). Custou certo tempo, até que ela superasse os traumas por que passou, e voltasse a confiar na Palavra de Deus, especialmente neste caso. “Em meio às provas e tormentas, o meu Deus me ensinou que Sua graça é suficiente”, afirmou ela.  
No entanto, outro brande desafio estava por vir. Dawn dizia: “eu estava feliz por saber que aquele monstro estava condenado à morte; e eu tive uma luta dentro de mim, acerca de como perdoa-lo”. Eis que, um dia, chega-lhe uma carta; era de Larry Bell. Disse ele que sabia estar no corredor da morte, mas que tinha rendido sua vida a Cristo Jesus, e que precisava partir tendo o seu perdão. Que dilema… Aquele que seqüestrou e assassinou sua irmã, que lhe efetuou verdadeira tortura psicológica por um mês inteiro, iludindo (uma vez que sua irmã já estava morta), que demonstrou frieza ao relatar como procedeu, agora surpreende desse modo? Como Dawn poderia encará-lo de novo? Difícil! Dificílimo!

Dawn conta que, de novo, o texto de Paulo veio à sua mente. Veio também, à sua mente a seguinte cena imaginária: “Jesus Cristo estava em sua cruz, orando – Pai, perdoa a Dawn, porque ela tem feito coisa terríveis; ela nem sabe o que faz.” E assim, Dawn concluiu que deveria fazer por Larry Bell, o assassino de sua irmã, o mesmo que o Filho de Deus havia feito por ela. Basta a minha graça, porque poder se aperfeiçoa na fraqueza! Dawn Smith foi, pelo espírito de Deus, segundo a Sua Palavra, capaz de perdoar, porque Cristo a perdoara. Dawn escreveu um livro contando sua história de superação, e compôs uma canção (Sisters, Irmãs), em lembrança e testemunho de sua irmã.

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 025 – “EU NÃO DEVERIA TER NASCIDO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Fevereiro de 2016

É tocante o testemunho pessoal de Giana Jessen (1977-…). Ela já o  deu perante a Suprema Corte, perante o Congresso Nacional, e perante o presidente da república, para toda a nação. Sua história virou filme.

Quando ela tinha apenas sete e meio meses de vida, sofreu uma tentativa de assassinato, que não vingou. Só que a idade aqui referida não era fora do útero, após a concepção: era, ainda, dentro do útero, ANTES da concepção (trinta semanas). A mãe de Gianna, uma adolescente de apenas 17 anos, quis o que resultou na gravidez, mas não quis a gravidez. Procurou, então, uma clínica de abortos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, para o “procedimento”; intenção do tipo que leva a mais de um milhão de abortos provocados, anualmente, naquele país. O “procedimento” consistiu em inserir-se uma solução salina no útero da gestante. O que isto provoca: provoca, no feto, lesões imediatas em órgãos vitais, queimaduras letais por dentro (por ingestão, contaminação radical do líquido amniótico) e por fora (por contato de imersão) do corpinho fetal e, por fim, asfixia e morte. Em 24 horas, a mãe “expulsa” a criança, já morta. 

 Só que, no caso de Gianna, o “procedimento” deu errado. Quando ela saiu, para espanto da equipe, estava viva; ou melhor, lutando sofregamente para viver. O abortista não estava lá, na hora. A enfermeira, que exclamou aterrorizada que a criança estava ainda viva, foi quem lhe prestou os primeiros socorros, levando-a a um hospital. Estava com a pele toda queimada, com risco de ter tido os olhos lesionados, além dos órgãos internos. Em vez de uma certidão de óbito neo-natal, como “planejado”, o  médico teve que assinar uma certidão de nascimento. Não estava ali alguém que, como costuma acontecer, sob a percepção da falha do “procedimento”, sufoca a criança fora do útero, ‘completando o trabalho’.

Gianna recebeu cuidados de UTI neo-natal e… sobreviveu; seu peso era de somente cerca de novecentos gramas. Porém, com 17 meses após ‘nascida’, foi diagnosticada com paralisia cerebral. Entregue a pais adotivos, cresceu. Contra todos os prognósticos, ainda que com limitações notórias, consegui desenvolver várias funções essenciais.  Agora, partes do que ela mesmo diz, estando, hoje, com 38 anos de idade:

–  Eu fui um aborto; não deveria ter nascido…

– Minha mãe biológica procurou uma clínica de Maternidade Planejada, na Califórnia, para abortar-me em solução salina. Eu permaneci na solução salina por 18 horas, mas fui retirada viva, em 06 de Abril de 1977. Jovens enfermeiras esperavam um feto morto, naquela sala, mas, quando me viram, tiveram a experiência do horror de um assassinato.  Por causa da ausência de oxigênio, tive paralisia cerebral.

– Eu fui salva pelo terno poder de Jesus Cristo. Pode parecer estranho, mas dou graças a Deus pela paralisia cerebral… E pela família que Deus encaminhou para me adotar… Tudo isto me ensinou a depender de Jesus para todas as coisas…

– Demorei a conseguir andar e falar, mas hoje sou capaz de vir e falar a vocês… Povo da América, onde está o seu coração? Onde está a alma da América? Em Lucas 16 há um homem falando a partir do inferno, que diz – estou atormentado nestas chamas… O inferno é real!

– Por que vocês imaginam que este recinto se incomoda quando menciono o nome de Jesus Cristo? Porque ele é real! Ele é apto a doar Sua graça, mediante arrependimento, com perdão de pecados…

– A morte não prevaleceu sobre Ele, e não prevaleceu sobre mim tampouco… E sou muito grata a Deus!   

Qualquer busca na internet, pelos instrumentos de busca de dados, vai mostrar, com fartura, tudo o que pode ser documentado sobre a vida de Gianna Jessen. E, ela não é caso único, embora raro. Houve um poder maior que operou em sua vida. Uma vidazinha de apenas 30 semanas, que deveria ter esperado mais oito a dez para nascer, surge daquele modo, toda tostada pelo sal, mas é salva. Ela mesma testifica de quem a salvou, não apenas para esta vida, mas, também, para a vida vindoura.

Nas suas declarações públicas, há algo mais que Gianna afirma. Ela afirma que perdoa sua mãe biológica, por haver tentado matá-la. Isto é surpreendente. Só há um poder capaz de produzir algo assim num ser humano, e esse poder provém do Alto. Por que? Porque o único que foi capaz de provar o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de haver Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8) é Deus! E Deus partilhou esse tipo de sentimento com Gianna. Por isto, ela é uma “arauto de vida”. Ela é mais uma prova de que há vida depois do dilúvio…

Por fim, por que nasceu aquela que diz, meramente por conjectura alheia, que não deveria ter nascido? “…para  proclamar as virtudes daquEle que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz!” (I Pedro 2.10, ARA).  

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

Nº 024 – “APRENDIZADO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Janeiro de 2016

Quem já viu, em vídeo e a cores, ou pelas mídias sociais, o testemunho de superação do ‘seu Lima’, certamente tem uma percepção mais eficaz do que a que vou aqui retratar. Delfino Lima de Jesus, 52 anos, é mestre de obras na cidade paulista de Araraquara. Quem conhece o seu trabalho, não só comandando, mas também “com a própria mão na massa”, isto é, na trolha que maneja, literalmente, a massa, testemunha que é profissional dos bons, dos melhores; nunca fica com a agenda vazia. Vê-lo subir habilmente a escada de um andaime, para assentar mais uma carreira de tijolos, é de arrepiar. Por que, se trata-se de um serviço – diriam alguns – tão trivial? Bem! Pode ser trivial para vários pedreiros; para o ‘seu Lima’, não mais! Depois de uma trombose, sofrida em 2005, ele teve suas pernas amputadas.

É isto mesmo que você ouviu, isto é, leu: ‘seu Lima’ sobe escadas, trafega no alto em andaimes, sem as pernas, que lhes foram amputadas; ou melhor – sem noventa por cento delas, porque apenas dez por cento, junto à bacia, lhe restaram. Com isto, ajuda a manter seus três filhos. “Depois da queda, o coice”, diz o ditado popular: após a trombose, sua esposa o abandonou; pouco depois, veio o AVC. Qualquer mortal comum seria dado por justificado, por julgamentos meramente humanos, se tivesse desistido da vida.

Mas, a história do ‘seu Lima’ não é comum. Em verdade, aos 42 anos, com uma freqüência de três maços de cigarros por dia, já sentia fortes dores nas pernas, devido ao déficit circulatório. Os médicos bem que o alertaram, mas ele achou que era exagero. Com a trombose, foram 15 dias de UTI para vir a amputação da perna esquerda; com mais  30 dias, veio a amputação da direita. De tanta dor, até viciou-se em morfina. Todos percebiam que ‘seu Lima’ precisava, além do tratamento médico, de um bom psicólogo. Eles viam que ‘seu Lima’ não ia dar conta. E ele teve o “psicólogo”; que conte isso ele mesmo: “Eu tive um encontro com Deus, e não existe psicólogo melhor!”

Superada a fase crítica da trombose e do AVC, ‘seu Lima’ passou a buscar, decididamente, incessantemente, por Aquele que cura  todas as nossas feridas de alma; por Aquele que diz "Invoca-me no dia da angústia: eu responderei, e você me glorificará" (Salmo 50.15 – NVI). Uma de suas realizações foi a construção de um salão para a igreja onde frequenta; e que ninguém pense que ele ficava só do chão, dando ordens… Ledo engano! Depois, aprendeu também o ofício de marceneiro, e fabrica primores de móveis. Outra realização tem sido o trabalho que exerce no Centro de Reabilitação da cidade, a antiga cadeia pública; nisso, tornou-se um modelo de motivação para todos. Passou, então, a testemunhar: “Sinto-me feliz e realizado; não vejo a minha situação como um problema, e sim, como um aprendizado”.  Um aprendizado? Como pode isso? Pode! Não há dilúvio que dure para sempre. Como canta o Marcos Torres com meu filhote: “Com Cristo no barco, tudo vai muito bem!”  (veja Arautos de Vida Nº 23 – "No Barco, Sob Temporal…")

 ‘Seu Lima’ vive animado, mesmo sem as duas pernas perdidas. Diz ele de onde vem a sua força para viver: “Minha força para viver vem de Deus, que passou a ser tudo para mim, e que me deu uma missão na vida. Não vou a lugar algum sem Ele!”  Ele reconhece que ser posto numa cama o fez olhar para cima. E, aprendeu que é de lá que vem o socorro: “Elevo os meus olhos para os montes – de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquEle que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel!” (Salmo 121.1-4 – ARA).    

Por isto, Delfino Lima de Jesus – o ‘seu Lima’ é mais um “arauto de vida”.   

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

Nº 023 – “NO BARCO, SOB TEMPORAL…”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Dezembro de 2015

Ficamos conhecendo o Marcos, e sua esposa Valéria, não muito tempo atrás, por encontros casuais na hora do almoço, os quais têm ocorrido no restaurante da Nélia. Nesses encontros, a atitude do Marcos para com nosso filho, que é autista, chamou atenção. Aliás, não só a nossa, e a do próprio Ulissinho, mas também a de qualquer um que estivesse no restaurante. Há certas pessoas que têm capacidades incomuns, proporcionadas pela ‘graduação’ da experiência da vida, e aprimoradas pela ‘pós-graduação’ do andar com Cristo.

Marcos Antonio é casado há 32 anos com Valéria. Já por mais de 25 anos assiste a esposa em sua enfermidade e dependência com esmero incomum. Com essas poucas palavras aqui, você, que me lê, certamente não tem o visual que nós temos, ‘ao vivo e a cores’. Nesse cuidado, parece visível a constatação prática do que ele diz ser um dos elementos norteadores de sua vida: o amor! Marcos faz questão de lembrar: “O que diz Primeira Coríntios 13, a respeito do amor? Não é que ele jamais acaba? E por que jamais acaba? Vamos a I João 4.8, e o que vemos? Que Deus é amor! Por isto, jamais acaba – porque procede dEle!”

Desde a primeira vez que ocorreu aquele encontro fortuito, e que o Marcos percebeu a deficiência do nosso filho, mas percebeu também que ele sempre anda com um tecladinho ‘chinês’ nas mãos, conseguiu um jeitinho todo especial de interagir com nosso adulto-criança. Diga-se de passagem: um dos grandes e mais comuns déficits de um autista é o a interatividade: autistas têm uma síndrome com espécie própria de barreira de interação social. Mas, para certas pessoas, essa barreira não é intransponível. Para o Marcos, não foi. Com duas ou três abordagens diretas, apenas, conseguiu que o Ulissinho chegasse a dedilhar uma ou outra tecla do tecladinho… “Vamos lá, Ulisses, toca aí: ‘Com Cristo no barco tudo vai muito bem, vai muito bem, vai muito bem; com Cristo no barco tudo vai muito bem, e passa o temporal!”.

É lógico que quem estiver no restaurante, no mesmo horário da cena, não tem a mínima chance de ignorá-la (ainda que queira). Nem o Marcos, nem o Ulissinho se inibem com os olhares. Fiquei pensando: não é fato mesmo? Com Cristo no barco, tudo vai muito bem [mas, é durante o temporal; não é livre dele, não], e passa o temporal. Quanta gente tem seus ‘temporais’ na vida? Quantos ‘temporais’, quantos ‘dilúvios’, até… Os discípulos enfrentaram o seu, literalmente (veja o relato, no capítulo 4 do evangelho de Marcos). Mas, passa o temporal… O dilúvio não será para sempre…

Hoje, conversei novamente com o Marcos. Entre as coisas que ele me disse, dois destaques:

– “Ah! A Palavra de Deus é o meu pão, o meu alimento, meu tudo. Sem ela, não seria possível viver…” (Pensei, cá comigo, me lembrando ainda das cenas: sem ela, não há temporal que passe…).

– “É como diz Lutero: ‘já li Sócrates, Platão, Aristóteles, muitos filósofos ricos de conhecimento; mas em nenhum deles leio o que leio no evangelho de Jesus Cristo!” (sic). 

Uma curiosidade que, penso eu, merece ser notada: gente como o Marcos, que elegi como um “Arauto de Vida”, têm a marca visível de estar com Jesus, andar com Jesus. Quando autoridades confrontaram os discípulos de Cristo, conhecidos como gente iletrada, a maioria simples pescadores, por causa do testemunho do evangelho destes, ouviram um memorável depoimento por parte de Pedro e João; daí, um registro, também memorável: Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus” (Atos 4.13, ACF). Acredito ser este o caso do meu personagem de hoje. É um “arauto de vida”. Qual vida? Aquela, diferente, especial, sublime, que marca os que andam com Cristo. E, os que andam com Cristo, enfrentam temporais e dilúvios com a certeza de que passam, de que passarão. Por que?  Porque têm, no barco, aquEle que tem os ventos, as tempestades, os temporais e os dilúvios sob o controle de Suas poderosas e também amorosas mãos!   

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

Nº 022 – “LUZ NAS TREVAS”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Dezembro de 2015

No final da década de Setenta tive, como aluna de uma das classes de curso técnico, uma garota surda. Foi uma experiência marcante: a cada dia, esforçar-me por pronunciar todo o conteúdo da aula em boa gesticulação labial, numa posição frontal, para que ela pudesse “ler” meus lábios. Nunca vou esquecer… Os demais alunos, sem qualquer restrição auditiva ou visual, poderiam usufruir todo o ensino facilmente; para ela, era um enorme esforço, mas ela dava conta.

Imagine você, professor, ou professora. Bem, talvez não precise imaginar, se já for… Imagine, agora, tendo um aluno ou uma aluna surda… Como acha que se sairia? Imagine, num passo a mais, que sua aluna, além de surda, é também muda. Aumentou o desafio, não? Imagine mais um pouquinho: que sua aluna, além de surda e muda, é também cega. Como seria possível ensinar-lhe? Quase impossível! Mas, quero convidar sua imaginação a um patamar ainda mais desafiador: já que sua aluna é surda, muda e cega, imagine agora que  você é cego (ou cega). Inimaginável? Que escola vai querer um professor ou uma professora com cegueira? Pois, aí estão os ingredientes da história verídica da professora Anne Sullivan, com sua aluna Helen Keller.

Helen Adams Keller (1880-1968) nasceu saudável, no lar de Arthur Keller e Kate Adams. Entretanto, uma escarlatina que a atingiu na idade de dezenove meses a deixou definitivamente surda e cega; a mudez veio como conseqüência. Quando chegou à idade de seis anos, já tinha um comportamento instável e agressivo. Seus pais foram à procura de ajuda. Um médico, em Baltimore, os encaminhou ao hoje famoso Alexander Graham Bell, que, naquele tempo, ajudava crianças surdas. Graham Bell os encaminhou ao Perkins Institute for the Blind (Instituto Perkins para Cegos). Ali, foi encaminhada ao casal a professora que faria parte da vida de Helen pelos próximos 49 anos: Anne Sullivan Macy (1866-1936). Ler uma das duas biografias, ou assistir o filme (The Miracle Worker, 2000 – O Milagre de Anne Sullivan) dá uma dimensão mais profunda de como tudo se deu…

Com muito custo (e tempo), Anne Sullivan, então aos vinte anos de idade, e sem jamais ter ensinado alguém, foi conquistando pequenas vitórias: primeiro, a confiança de Helen; depois, sua submissão; depois, o início de uma forma de comunicação singular. Anne passou a se comunicar com Helen, ensinando-a, por linguagem tátil. O braille é uma de suas formas. Anne ‘escrevia’ com os dedos na palma da mão de Helen, e esta foi aprendendo a linguagem. Além disto, Anne ensinou Helen a ‘ouvir’, através da captação das vibrações de seus lábios e laringe; para tanto, Helen posicionava seus dedos, simultaneamente, sobre lábios, nariz e garganta de Anne. E, assim, a vida antes amargurada da menina assumiu um novo horizonte. Uma das inquietantes perguntas que Helen fez a Anne foi: Qual o nome daquEle que está lá em cima? Anne ‘soletrou’ na palma de sua mão: G-O-D  (D-E-U-S). Então, Helen sorriu, e ‘digitou’ na mão de Anne: Eu sempre soube quem Ele é; queria saber Seu nome!

Certa ocasião, Anne apresentou Helen ao pastor Phillips Brooks (1835-1893). Foi este quem começou a descortinar-lhe uma nova percepção de Deus. Brooks é o autor do hino “Pequena Vila de Belém” (O Little Town of Bethlehem). Numa das cartas que Helen escreveu a Brooks, afirmou que, ainda que não pudesse ver ou ouvir, ela sabia sobre Deus; nas suas trevas, Ele era a sua luz. Já adulta, mesmo cega, surda e muda, Helen Keller escreveu doze livros, e entregou a muitos a sua mensagem.    

"Os únicos que são realmente cegos são aqueles que não enxergam a verdade – aqueles que não miram seus olhos na visão espiritual. Pessoas cegas que têm olhos [espirituais] sabem que pertencem a um mundo incomparavelmente mais maravilhoso do que este mundo material que está diante deles. As flores que eles contemplam são as flores imortais que desabrocham no jardim de Deus”!  

Depois de certo tempo, Helen Keller passou a ser muito influenciada pelos ensinos de um cristão sueco, chamado Sweedenborg. Ela o lia em braille. Não obstannte as distorções de alguns de seus ensinos, o mais importante foi o  que se pode saber do seu testemunho:

Pouco a pouco eu comecei a descobrir que poderia lançar mão da Bíblia, a qual tantas coisas reverberava em mim, como uma ferramenta para garimpar preciosas verdades, na medida em que eu poderia usar meu corpo, entravado e vacilante, para  levar a níveis mais elevados  o meu espírito…

Anne Sullivan foi uma pessoa muito especial na vida de Helen Keller; dedicou sua vida a ela. Foi considerada um modelo de professora. Quando morreu, tinha sua pupila apegada às suas mãos. Helen, que chegou a dizer que não saberia viver sem ela, viveu ainda 32 anos, pela graça de Deus. Ao todo, faltaram poucos dias para alcançar a idade de 88. Por onde passava, inspirava vidas. Seu legado biográfico é invejável, e mostra como a posse de uma esperança gloriosa na eternidade pode fazer diferença no meio da adversidade. Anne e Helen, gente como Abel – mesmo depois de finda a jornada de aqui, ainda têm muito a falar (Hebreus 11.4). Por que são “arautos de vida”? Porque, mesmo no meio de uma situação de vida tão adversa, aparentemente tão sem esperança, mostram que há luz nas trevas, a vida renasce em meio ao dilúvio, o arco-íris reaparece com esperança.

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

Nº 021 – “ILUMINADO, CONTENTAMENTO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Outubro de 2015

A história dos “arautos de vida” de hoje não será tão breve; definitivamente, não pode ser, não merece ser. Aliás, se você está começando esta leitura à espera de uma historinha breve, te aconselho a ir logo desistindo, porque será impossível contar esta história assim, a galope. Mas, se não ler, em algum momento há de se arrepender – disto estou certo…

Marco Antonio e Isabel Cristina são amigos meus. São daqueles amigos dos quais tenho um lamento: o de não poder usufruir, mais amiúde, a convivência que eu gostaria de ter; se tivesse, o maior beneficiado seria eu, com certeza. Após oito anos de casados, queriam ter filhos; entretanto, aquEle que é o único que pode prove-los a um casal não queria (como não quis, do jeito que eles queriam). O que havia de errado? Para os médicos, nada havia de errado; logo, o único diagnóstico razoável foi – Deus não o quis! É certo que Marco e Cristina conhecem a Deus, de longa data. Mas, não duvidem de que houve um “vulcão de sentimentos”, em decorrência da impossibilidade que se mantinha, não obstante as providências para debelar a frustração. Chegou o dia em que o Marco Antonio declarou à esposa o desejo de adotar; para ele, seria como se fosse um filho biológico, segundo declarou a ela. No entanto, Isabel Cristina nem quis saber de falar-se nisto (“Nunca!”).  

Durante quatro anos, Marco Antonio orou a Deus a respeito, sem forçar a barra junto à esposa. Já se ultrapassavam onze anos de matrimônio, a dois; a dois, não: a três, porque Deus sempre fez parte do lar deles. Um dia de Domingo, Marquinho voltava para casa com um livro debaixo do braço, junto com sua Bíblia, mas sem nada falar à esposa. A curiosidade dela se aguçou para saber o título do livro – mais do que a curiosidade de quem agora está lendo… “Como Adotar uma Criança”, era o título, suficiente para elevar a temperatura das reações indignadas de uma aspirante à maternidade, de longa data ‘frustrada’.

– Onde você arrumou isso? Perguntou ela.

– Ganhei de presente…

Adivinha quem primeiro leu o livro? Adivinhou: a Isabel Cristina! Simplesmente devorou o livro naquela tarde de Domingo. À noite, após o culto, disse ao marido que estava pronta para a adoção, se Deus assim quisesse… Amanhã mesmo, respondeu ele.

Isabel Cristina e Marco Antonio entraram num grupo de sessenta casais, à espera da adoção. Meses e meses de palestras, entrevistas, longo processo. Como diz ela: “Fiquei dois anos ‘grávida’! E é muito ruim ficar grávida por mais de um ano”… Chegou o dia, mas tinha que ser decisão rápida, porque a mãe biológica de um menino que estava para nascer nem queria levá-lo para casa. O casal, que já havia decidido não exercer direitos de escolha sobre cor, cabelos, condição, ou características outras (mesmo que não fossem com a letra “c”), recebeu aquele menino bem na véspera dos dias de carnaval de fevereiro de 2002. Quando a nova 'mãe' o viu, pressentiu que havia algo de “imprevisto” (meu primeiro ímpeto foi redigir “algo de errado”, mas corrigi esse ímpeto imaturo a tempo). O garoto, na primeira noite no novo lar, não conseguiu ingerir uma gota sequer de leite… Pela manhã, a primeira consulta com a pediatra trouxe o diagnóstico: Síndrome de Down. Para ampliar o desafio, também uma estenose duodenal, a prejudicar a nutrição, demandando cirurgia.

Marco Antonio e Isabel Cristina, naquele dia, fizeram mais duas coisas importantes e relacionadas: choraram, choraram muito pelo seu filhinho; e decidiram que seria a primeira e última vez que iriam chorar, diante do Deus que conhecem, pela situação daquela criancinha que estava em seus braços. Para a cirurgia, a necessidade documental. A assistente social do hospital tinha deixado a questão documental para depois, por ser véspera de carnaval. Mas, no sábado de carnaval já era necessária a intervenção. Precisavam, então, ao menos de um termo de doação da mãe biológica, preferencialmente redigido à mão. E lá foram eles, até o município de Ribeirão das Neves, procurar aquela menina, levando junto o recém-nascido, todo arrumadinho. Memórias da Bíblia vieram à mente da mãe adotiva: memórias de Abraão, indo com seu filho, Isaque, a Moriá (Gênesis 22, para quem precisa de socorro)… Ao chegar em Neves, um senhor vem à porta:

– É aqui que mora a fulana, que teve um bebê recentemente? – perguntou a Cristina, enquanto o Marco ficava com a criança no carro, metros de distância.

– É sim, mas o bebê morreu na maternidade, respondeu o avô da criança.

A conversa com a mãe biológica foi, então, reservada. Isabel Cristina chegou a colocar a criança nos braços da verdadeira (?) mãe, que o rejeitou, preferindo que a nova 'mãe' ficasse com ele. Assim, o termo de doação foi obtido. Cristina orou ao Senhor ali mesmo, oração compartilhada entre as duas, à frente da criança, ainda tão pequena; também, perante o Altíssimo. A menina havia confirmado que sua família pensava que o garoto tinha morrido na maternidade. A oração da nova 'mãe' com a mãe biológica, diante de Deus, afirmou:

– Senhor Deus, ela não quer o filho, então eu o quero. Ele não morreu: está vivo e viverá para a glória do Senhor, viverá para que a luz de Jesus brilhe através dele; por isto, seu nome será Lucas, que significa ‘iluminado’.

A cirurgia correu bem, mas houve septicemia no pós-cirúrgico. O médico chamou os ‘pais’ para se despedirem da criança, porque não passaria daquela noite. Mais outra oração, pedindo ao Dono da Vida que resgatasse seu filhinho, mas assumindo logo que a vontade de Deus fosse feita, porque ela é boa, agradável e perfeita. Lucas sobreviveu, miraculosamente, aos olhos dos que o assistiam no hospital. Foram trinta dias com o casal se revezando em sua companhia, no restabelecimento. Tal foi seu desvelo que, com a ajuda da assistente social do hospital, testemunhando em favor do carinho daqueles pais, o juiz já lhes deu a certidão de nascimento definitiva do processo de adoção; em situação normal, demoraria cerca de um ano.

Logo que saíram os três do hospital, levando para casa o Lucas, adivinhem o que o casal combinou, sob iniciativa de voz do Marco Antonio?

– Já que o processo do Lucas demorou dois anos, que tal começarmos um processo de adoção de uma segunda criança logo?

Naquela noite, Isabel Cristina orou ao que habita nos Céus e controla o Universo:

– Senhor Deus, sei que não sou digna de pedir nada, mas, em nome do meu salvador Jesus Cristo, peço a permissão para tomar conta de mais uma criança. Gostaria que ela viesse a nós com dois meses de idade, porque, neste período já passaram as cólicas, ocasião em que ficamos sem dormir, e o Senhor sabe o quanto o sono é importante pra mim.  

Pedido um tanto inviável, quase impossível, não? Mas, foi assim que preencheram a ficha de proposta no Juizado, pretendendo uma menina. Todo mundo que milita nesse âmbito sabe quão mais difícil é a adoção de meninas, mais preferidas, em geral. Lucas tinha onze meses de idade, e toca o telefone da casa. Do Juizado, foi dado a Isabel Cristina e Marco Antonio o prazo de exatas duas horas para decidir por uma menina que lhes era destinada. Na verdade, o casal foi escolhido pelo juizado. Qual a idade da menina? Dois meses de idade! São os ‘impossíveis’ que se tornam ‘possíveis’, quando o Deus dos ‘impossíveis’ assim queira. Lá chegando, a assistente social começa a falar das características, no que foi interrompida pelo Marquinho:

– Não precisa dizer nada dela, porque a menina que está aí dentro é a menina que Deus enviou para nós; não precisamos saber sobre cor, se é saudável ou não, porque se não for, vamos cuidar dela assim como cuidamos do nosso outro filho.
– Vocês não poderão levá-la, sem antes saberem alguns detalhes sobre ela:  A mãe nos procurou para entregá-la assim que nasceu. Uma escrevente deste juízo a recebeu, e como a criança chamou atenção por ser tão graciosa, a escrevente achou que a mãe poderia se arrepender e fez uma proposta, diante do juiz. A proposta foi que ela (escrevente) iria cuidar da criança em sua casa, até a menina completar dois meses de idade, prazo para a mãe se arrepender, e que, após esse dia a escrevente iria entregar a criança ao juiz para tomar as providências para adoção. A mãe e o juiz acataram
– esclareceu a assistente. Dois meses depois, a mãe biológica confirma a doação, e a escrevente a traz ao juiz. Marco Antonio e Isabel Cristina foram escolhidos: primeiro, porque Deus assim o quis; segundo, por causa do histórico com o Lucas, e da ficha preenchida. Alguém ainda tem dúvidas de que Deus responde orações, se assim quiser? Agora, seria a segunda filha de Isabel Cristina e Marco Antonio. O histórico com o Lucas e a ficha pesaram na decisão judicial, que estava prestes a se confirmar.  O nome da menina seria Letícia, que significa “contentamento”, razão da escolha do casal. 

Lucas (“iluminado”) veio ao mundo em 05 de Fevereiro de 2002, e veio ao casal logo que nasceu; Letícia (“contentamento”) veio ao mundo em 18 de Março de 2003, e veio ao casal com dois meses de idade, do jeito que pediram ao Senhor. Lucas encanta pelos aspectos mais peculiares e surpreendentes de seu dia a dia. Tem uma vitalidade quase inesgotável. Letícia gosta de jogar vôlei, e ama as gincanas bíblicas, nas quais, invariavelmente fica em primeiro ou em segundo lugar. Ambos amam acampamentos da igreja, bem como a Escola Bíblica Dominical. Letícia, ainda que mais nova, tem sido estímulo para o Lucas: para  falar, para andar, para cantar, e assim por diante. Afinal, ela é a sua querida “rimã”! Aos sete anos de idade, Letícia já queria se tornar membro da igreja, mediante profissão de fé pública, habilitando-se a receber o sacramento eucarístico da Ceia. Aos nove anos, cobrou da própria mãe, quando esta participava da Ceia na igreja:

– Mãe, você está me privando dessa bênção! Foi o suficiente para a mãe encaminhar a filha à profissão de sua fé, através de um dos pastores. 

O casal decidiu falar a verdade aos filhos. Letícia tinha quatro e Lucas tinha cinco, quando já ouviam as histórias de um livro, chamado “Filhos do Coração”. Eram as histórias de um casal que não podia ter filhos e queria adotar; do outro lado, uma mãe que podia ter (e teve) um filho, mas não tinha como criá-lo, levando-o àquele casal. O Lucas, naquela noite, já dormia; mas Letícia, não. A lágrima que rolou dos olhos daquela menina, aos quatro anos de idade, escorreu nos ombros de sua mãe.   

– Mãe, por que ela não me quis? Imagina o aperto no coração e na laringe da Cristina, que apenas respondeu (um tanto sem ar para respirar) não saber, nem ter como explicar, antes de romper em choro quase incontrolável…   

– Mãe – disse a pequena Letícia, acariciando os cabelos de sua mãe – não se preocupe: eu vou te amar para sempre! A esta altura, é oportuno registrar uma declaração significativa desse casal da nossa história de hoje:– Em todos os momentos de nossas vidas, devemos contar com a graça de Deus. Somente a graça nos faz caminhar… [“A tua graça é melhor do que a vida; meus lábios te louvam” (Salmo 63.3, ACF)]. 

Mas, havia, também, outro livro, de leitura diária – um livro de "capa preta", já conhecido dos pais! Esse casal tem ensinado Lucas e Letícia os caminhos de Deus, nos caminhos de Deus! Um dos ensinos tem sido o de ter coração generoso para repartir, doar, dividir. E, não apenas doar o resto e o inservível: doar até o melhor. No Natal de 2005, Letícia havia ganho de sua mãe, de presente, uma grande e linda boneca. Por volta de seus quatro anos de idade, num dia de ajuntar doações para levar para a escola, lá vem a Letícia com sua boneca nova.

– Letícia, essa boneca é nova, comprei com tanta dificuldade, você ganhou no Natal; nem acredito que você vai incluí-la na doação…

– Mãe, eu adoro esta boneca; mas, não foi você quem me ensinou que devemos doar o melhor que temos?   Ooops! Lição ministrada, lição praticada, lição reaprendida! 

Em Letícia, é claro o fruto da salvação; em Lucas, é clara a alegria de andar com Jesus! O amor de ambos, um pelo outro, pelos pais, pela família (que também os ama) e por Deus (que os ama mais que qualquer outro) é visível a todos. O Lucas apresenta a “rimã” com orgulho onde quer que esteja. Letícia leva comidinha na cama do Lucas, quando ele está doente. A Letícia já aprendeu a contar histórias para o irmãozinho; está treinando para ensinar a Bíblia (o "livro da capa preta") a outras crianças. Um cuida do outro, um ora pelo outro. Marco Antonio, Isabel Cristina, Lucas e Letícia formam, não o lar que o casal sonhou, logo que se casou: formam o lar que Deus idealizou para eles, no qual têm muito mais realizações e gratificações do que naquele, anteriormente sonhado.

Sabe o que eu digo? Eu digo que, de uma maneira inalcançável pela via da razão, inexplicável pela via das palavras, “Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu” (Romanos 5.5, NVI), fazendo uso das palavras do apóstolo. Marco Antonio, Isabel Cristina, Lucas (“iluminado”) e Letícia (“contentamento”), numa história que compreende anos de lutas, mas também de vitórias, de abandonos, e também de amor praticado, porquanto derramado do céu, são “arautos de vida”. E, como são!  

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 020 – “AJUDANDO A NATUREZA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Setembro de 2015

Você sabe o que é um guapuruvu? Não, não sabe? Então, você sabe o que é uma bandarra? Também não sabe? Então, ao menos um paricá, você sabe o que é? Tampouco sabe? Última chance: você sabe o que é uma birosa? Piorou? Bem! É tudo a mesma coisa: estes são alguns dos nomes pelos quais é conhecida uma frondosa e belíssima árvore, tipicamente nativa no Brasil, cujo nome científico é Schizolobium Parahybae. Alcança até cerca de trinta metros de altura. Seu tronco produz casca lisa e sua copa é ampla, altaneira e magnífica, conferindo-lhe um porte garboso. Suas flores são amarelas, e seus frutos produzem uma semente chapada que parece um olho de tigre em tonalidade bronze.

Em novembro de 2014, a Esther viu uma cena desoladora: um incêndio na vegetação quase à porta de onde mora. Esse incêndio foi de pequena proporção, comparado ao imenso incêndio na serra do curral, em Belo Horizonte, que Esther também testemunhou; Esther mora, com sua família, bem próximo às fraldas da serra. Foi preciso mobilizar o corpo de bombeiros, com viaturas e até helicópteros. Esther, que, até antes de seus seis anos de idade, já tinha determinação de espírito para cuidar da natureza que o Pai Celeste criou, ficou inconsolável: e os passarinhos? E os seus ninhos? E os seus filhotes? E os animais que não conseguem nem voar, para fugir? A Esther está corretamente convencida de que, se o Pai Celeste criou, para que pudéssemos usufruir, também incumbiu de que devêssemos cuidar…

A Esther é filha de um amigo meu; um dia, fui presenteado com a companhia dela, em pessoa, ajudando-me a preparar algumas mudinhas.  Passados alguns dias, depois dos incêndios, chegou o da viagem à terra de Ibatiba, no estado do Espírito Santo. É um lugar onde ainda resta um pouco da mata Atlântica original. Na propriedade rural de um tio de seu pai Gilmar, este e a Viviane, mãe da Esther, viram-na catar um punhado de sementes…

Para que essas sementes, Esther?

– Eu vou plantar, para ajudar a natureza que Deus criou, e que o homem está destruindo; Deus está muito triste… Me ajudem a catar?…

E vieram, para Belo Horizonte, duas garrafas pet cheias de sementes, que Esther plantou em copinhos descartáveis.

– Isso não vai dar coisa alguma, alguém pensou.

No entanto, quando a primeira brotou, foi uma festa… A lembrança de Ibatiba indicava ser uma árvores de grande porte. E agora, onde a Esther vai querer plantar? A lembrança dela era vívida: a serra do curral precisava de replantio, de retratação, diante de Deus e da natureza sofrida. Só haveria um jeito: e procuraram a regional da prefeitura, contando toda a história, para oferecer as mudas. O pessoal da prefeitura ficou impressionado. Pediram uma muda para analisar, e descobriram que se tratava de uma bandarra (ou Guapuruvu, ou Paricá, ou birosa, como preferirem). Fizeram o seguinte com a Esther:

– Cuide das mudas para nós; quando estiverem na época do plantio, nós vamos te chamar, e você vai plantar a primeira muda, por onde a gente começar.

É o que se denomina, em direito, "fiel depósito mediante custódia".

Depois que o dilúvio destruiu a superfície da terra, e todos os seres humanos (exceto oito), e os animais (exceto os da arca de Noé), Ele mesmo se incumbiu de fazer brotar a terra, trazer prole aos animais, descendência aos filhos de Noé. Mas, incumbiu o ser humano de cuidar de tudo. Mais que isso, permitiu que toda a criação (inclusive seres humanos, claro) usufruir de toda a criação, mas também a incumbiu de zelar por ela. Deixou, entre o implícito e o explícito, que o homem até poderia investigar os recônditos dos continentes, garimpar seu subsolo, prospectar seus rios e oceanos, explorar as alturas até onde Ele permitir chegar (da lua pra lá). Só uma coisa: precisaria reconhecer que é tudo bem alheio, é propriedade divina, ainda que com prazo de validade. Na verdade, "pela mesma palavra [a Palavra de Deus] os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo, e para a destruição dos ímpios" (IIPedro 3.7, NVI). O fogo de que se fala aqui é o do Juízo Final, mesmo. Entretanto, até que esse inexorável dia chegue, dia esse que a Ele pertence, por que não zelar melhor pela natureza, como Deus espera? Ah, se tivéssemos mais crianças e também adultos como a Esther… Por isto, ela também é “arauto de vida”…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

 Mais abaixo, letra e tradução, se quiser acompanhar…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida 
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional