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Arautos de Vida

Nº 019 – “PERSEVERANÇA, ESPERANÇA” E TRIUNFO

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Agosto de 2015

“Estás vendo isto, Deus? Eu sei que estás assistindo tudo. Eu sei que estás nisto, mas nós estamos num beco sem saída. Nossos problemas não têm soluções. Tenho tentado cada intervenção, e Max continua severamente inabilitado pelo autismo… Deus, eu não entendo. Por que nos trazes tão longe, sustentando, provendo, carregando-nos através de uma zona de guerra, para tão somente acabar aqui – num lugar sem esperança? Nem mesmo sei mais o que pedir em oração”.  Aqui está parte de uma oração real, não fictícia. Tirei-a do testemunho escrito em Dancing With Max, texto de Emily Colson, que me veio por empréstimo de um nobre casal amigo. 

Emily é filha de Charles Wendell “Chuck” Colson (1931-2012), o qual ficou famoso por seu alto envolvimento no chamado escândalo de Watergate. Colson atuou como conselheiro do então presidente Richard Nixon, entre 1969 e 1973. Julgado e condenado pelo seu envolvimento, Chuck Colson teve um encontro de busca da face de Deus às vésperas de ser encarcerado, aos 43 anos de idade. Na prisão, rendeu-se completamente a Jesus Cristo. Frustrando aqueles que insinuaram que tratava-se de jogo de cena, para aliviar a condenação, Colson dedicou-se pelo resto de sua vida a um trabalho de assistência a presidiários, o Prison Fellowship  (inclusive aplicando seus ganhos pessoais nisto). Emily é a sua filha mais nova, nascida em 1958. Ela própria só conheceu de fato o poder transformador da Palavra de Deus depois de seu pai.   

Em 1991, estando seu casamento em crise, Emily deu à luz um menino. Depois que nasceu, soube-se do diagnóstico: era um dos portadores do TEA -Transtorno do Espetro Autista. Três dias depois, seu marido a deixou. Emily, como qualquer dos pais de autistas daquele gênero, passou vários momentos e episódios que somente pais de portadores dessa síndrome (ou similares) conseguem aquilatar. Como no dia em que ela tentou ir a um cinema com seu filho; a inquietude dele suscitou reações (e manifestações) adversas no restante dos espectadores que feriram profundamente o coração da mãe. Retirando-se com ele do recinto, ainda teve que ouvir uma declaração altissonante, de um educado e polido dentre eles – Ele é um retardado!  

Foram anos tentando evitar e se livrar das ‘desconfortáveis’ situações públicas causadas pelo filho, e ela pensou: desse jeito não dá pra viver…  Até um e meio ano de idade, Max não andava, não engatinhava e nem balbuciava coisa alguma inteligível. As explosões de insatisfação e ingênua ignorância quanto a limites eram parte do dia-a-dia. A vida, na verdade, chegou a um nível tão insuportável, que ensejou aquela espécie de oração, que abre esta mensagem. Mas, para Emily, conhecer também aquEle que garantiu ao seu pai superar os dias de prisão trouxe respostas positivas.

Emily conta que, um dia, colocou-se ao pé da cama de seu filho, e orou a Deus assim: “Senhor, se Max não tiver a habilidade de expressar sua própria fé, eu te peço que o tenha como um escolhido teu, como se ele a tivesse. Mas, se ele for capaz de entender, eu te pelo que ele Te aceite, mesmo que ele nunca venha a ser capaz de manifestar isto com sua voz”.  Emily consegue dizer: "Max, para mim, não é um peso (alguns diriam “cruz”); na verdade, é o meu melhor presente!"  Mas, o que proporcionou diferença para Emily, para encarar tal situação? Uma coisa, uma única coisa: conhecer o Deus da Bíblia, o mesmo a quem seu pai se rendeu, já na prisão. Para Emily, conforme ela mesma testemunha, Max se tornou, na sua vida, um grande desafio, mas também uma grande “escola”: uma escola de perseverança, de esperança, mas também de triunfo, como ela mesma atesta. Eis o que ela afirma: "Cada um de nós tem algum desafio; se você não tem, terá… Nem posso imaginar-me enfrentando o meu, sem Deus."  

De  fato: não há barreira tão grande que Deus não possa ajudar a transpor; não há vale tão profundo que Deus não possa ajudar a atravessar; não há tempestade tão intensa que Deus não consiga acalmar, ou que não possa ajudar a superar. Deus, somente Deus, por meio de Jesus Cristo, somente por Jesus Cristo, e pelo fundamento de Sua palavra, somente Sua Palavra, pode proporcionar Perseverança, Esperança e Triunfo. “Mas, graças a Deus, que, em Cristo Jesus, sempre nos conduz em triunfo…” (II Coríntios 2.14, ARC). É disto que fala a história de Emily Colson, com seu filho Max, que hoje está com 24 anos de idade, e se esforça por repetir versos da Bíblia, por cantar hinos e cânticos. Por isto, e por muito mais que estas linhas não comportaram, Emily Colson é mais uma “Arauto de Vida”, entre os nossos arautos.

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 018 – “ESPERANÇA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Julho de 2015

“Tenho tido a necessidade de garimpar a Palavra de Deus na busca de respostas para questões difíceis sobre Deus, sobre como Ele opera, e percebo que meus leitores enfrentam as mesmas batalhas e questões… Para mim, a Palavra de Deus é um tesouro  a ser explorado; quanto mais garimpo, mais sabedoria vejo, mais autenticação dela própria, mais revelação do maravilhoso mistério divino. Ele me deu uma mente que aspira descortinar quem Ele é, e o que está fazendo com o nosso mundo”.  Quem afirma isso é Nancy Guthrie, que escreveu Um Fio de Esperança (Holding On to Hope), além de Hearing Jesus Speak Into Your Sorrows (Ouvindo Jesus Falar Em Meio aos Seus Sofrimentos).

Nancy, e seu esposo David são cristãos ativos em Nashville, Tennessee, nos EUA. Nancy diz que seu lar era como qualquer outro. Ela e esposo lecionavam na escola bíblica dominical; um dos temas que a encantou foi a vida de Jó, seu sofrimento, suas reações diante de todo o quadro de sua vida. Perguntava-se – será que eu reagiria da mesma forma?  Depois de terem Matt, seu filho mais velho, Nancy veio a ter Hope, em 1999. “Depois do parto, os médicos começaram a identificar certas anomalias em nossa filha; era uma síndrome rara [Síndrome de Zellweger, doença genética rara, pela qual ocorre certo déficit nas células de órgãos como rins, fígado e cérebro, com diversas conseqüências nefastas no organismo]; ficamos aturdidos e mal ouvimos as últimas afirmações – não há tratamento, não há cura, não há sobreviventes; a maioria das crianças não vive mais que seis meses”.

Nancy se lembrou de Jó, e de suas lições de Escola Dominical. Agora, era com ela, e com David, e até com Matt. A interrogação adicional que veio foi: “Será que nossa fé em Deus nos ajudará a sofrer menos?” Hope rompeu a barreira dos seis meses: viveu exatos 199 dias, durante os quais ela e sua família ‘garimparam’ profundas riquezas da Palavra de Deus, para enfrentar o quadro. Mas, o diagnóstico se confirmou, e Deus levou para si a pequena e amada Hope. A Síndrome de Zellweger decorre, segundo a ciência, de existência de um gene recessivo no código genético de ambos os pais, mas há meios de prevenir que tal existência, quando identificada e tratada, prejudique uma gravidez.

David e Nancy tomaram todas as precauções para nova tentativa. Veio a gravidez, e era um menino, desta vez: seu nome seria Gabriel, o pequeno Gabe. A previsão de nascimento, para 2001, se cumpriu. No entanto, antes mesmo, Nancy soube que, a despeito de todos os cuidados, Gabe tinha a mesma síndrome de Hope. Passar por tudo de novo, Senhor?  É, Deus quis assim… O pequeno Gabe viveu menos: 183 dias, com sintomas e conseqüências idênticos aos da irmã. Seria motivo suficiente para deixar Deus de lado… Mas, não para Nancy e David. Ao contrário, o que se viu foi um impressionante aprofundamento na fé, nas riquezas da graça de Deus, a ponto de poderem ajudar a inumeráveis pessoas em sofrimento.   

"Diante da calamidade que lhe sobreveio, Jó se prostrou diante de Deus em adoração… Somente uma pessoa que compreendia a grandeza de Deus poderia tê-lo adorado em meio a tanta dor”, reconheceu Nancy, seguindo a mesma fórmula. Seu testemunho de vida e de esperança tem chegado a milhões, em mais  de oito línguas, inclusive em língua portuguesa; até a mídia secular, como o jornal USA Today e a Time Magazine, retrataram seu drama. A publicação Sacred Melody registrou: “Os que observaram Nancy e David prosseguir, em meio às suas perdas, e os milhões no mundo que tomaram conhecimento de sua história, admiraram-se de sua habilidade de emergir de tal sofrimento com alegria no viver e paixão por Deus”.  Sobretudo, tem sido evidenciada a atitude típica de Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que, no fim, se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei  a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o  coração”  (Jó 19.25-27, NVI). É a esperança de reencontro com Hope e Gabe… É a esperança de vida eterna com Deus… Isto nutre a vida de aqui!

A esperança de Jó, a esperança de Nancy, é a mesma esperança que usufruem milhares, milhões, ainda que não tão provados como eles. Mas, que podem usufruir tantos quantos forem provados como eles foram. Nancy Guthrie, por seu testemunho de vida e de esperança, não poderia ser aqui retratada, senão como outra “Arauto de Vida”…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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Nº 017 – “DIFERENÇA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Junho de 2015

Em 1972, o Vietnã estava dividido e em guerra. No dia 08 de Junho daquele ano, um piloto, aparentemente confundindo a aldeia de civis com o exército inimigo, despejou bombas napalm sobre Trang Bang. A imagem mais marcante daquele dia, que se ‘eternizou’ na história do conflito, foi a de uma menina de nove anos em fuga, completamente nua, corpo vastamente queimado pelas substâncias inflamáveis das bombas. Kim Phuc Phan Thi estava numa cerimônia religiosa com a família, quando o bombardeio lhes atingiu, matando  familiares seus. O desespero de sua fuga acarretou sua queda ao chão, próxima ao fotógrafo, logo após a captação da foto. Esta foi escolhida a foto do ano, e ganhou o prêmio Pulitzer. Napalm é um tipo de substância inflamável que queima até abaixo da pele, profundamente.

Kim nasceu em 1963, na aldeia de Trang Bang, a norte de Saigon. Kim declarou que, naquele dia, sua vontade era que tivesse morrido, a ter que passar o horror que passou. Foram 14 meses hospitalizada, e 17 cirurgias. “Foi difícil, para mim, carregar todo esse ódio, todos os anos que se seguiram”, disse ela. Mas, Kim seguim a vida, tentando superar os traumas (que não eram poucos). Na juventude, conseguiu chegar à faculdade de medicina. Na biblioteca da faculdade em Ho-Chi-Min (ex-Saigon) ocorreu algo inesperado: Kim, ‘inadvertidamente’, descobriu uma literatura que viria mudar sua vida; era um Novo Testamento bíblico. Kim começou a lê-lo, inicialmente sem muito interesse; à medida, porém, que conhecia a pessoa, a obra e o ensino de Jesus Cristo, inesperadas mudanças e transformações aconteciam em sua vida. Uma das mudanças mais significativas foi a morte paulatina daquele ódio, antes abrigado dentro de si, e que parecia ser para sempre.

"No fundo do meu coração, havia uma incessante interrogação e busca do significado de sofrer tanto como eu sofri, e ainda permanecer viva. Graças a Deus, eu consegui as respostas quando estava aos 19 anos de idade”. Quando Kim descobriu a profundidade e o conforto da Palavra de Deus, não conseguia mais parar de ler. “O amor de Deus mudou minha vida; descobri que Jesus Cristo morreu naquela cruz para pagar por meus pecados; daí, perguntei a Deus – podes perdoar meus pecados?”

Kim veio a casar-se, tendo dois filhos – Thomas, de 18 anos e Stephen, de 15 anos, residindo com todos em Toronto, no Canadá. Eis uma parte do seu relato pessoal: “Depois que me tornei de Cristo, ainda no Vietnã, aprendi a lidar melhor com esses sentimentos. Aprendi a perdoar, amar meus inimigos, como a Bíblia diz. Quanto mais oro pelos meus inimigos, melhor me sinto. Eu aspirava a morte dessas pessoas. Queria que sofressem também. Hoje meu coração está curado. A dor física permanece, mas agora eu me sinto livre. Tenho liberdade, aprendi a perdoar, a seguir em frente, a usar minha experiência para ajudar outros que passam pela mesma dor, física ou emocional. Estou muito feliz por achar um propósito para a minha vida. Hoje posso ver o milagre que foi ser queimada e ainda estar viva. Estou muito agradecida, mas demorou um bom tempo para que eu aprendesse isso”.

Em 1997, Kim criou, juntamente com seu marido, a Kim Foundation International, organização que se dedica a prestar assistência a crianças, vítimas da guerra. Com isto, Kim Phuc descobriu o que significa a afirmação de Jesus Cristo – O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas (João 10.11, ARA). Por onde vai, e fala de sua história, Kim afirma: “O napalm é muito potente; mas, a fé, o perdão, e o amor, são ainda mais fortes!”. O que fez diferença na vida de Kim Phuc? Jesus! E o que faz diferença, hoje, depois de ultrapassar mais de quarenta anos após aquele terrível evento?  Jesus! O que Kim espera que fará diferença no restante de sua vida? Jesus! E, finalmente, o que Kim acalenta que fará diferença em sua vida por toda a eternidade? Mais uma vez, Jesus, só Jesus, e ninguém mais do que Jesus!

"E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas(II Coríntios 5.17, ARA). Aí está a nova realidade de vida de Kim Phuc Phan Thi, uma arauta de vida. Um arauto de vida é alguém que, "mesmo passando pelo vale árido, faz dele um manancial" (Salmo 84.6, ARA); sua vida inspira… É o caso de nossa arauto de vida aqui focalizada. 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson, ouça a mensagem, com o nosso player online…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
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Abraços
Ulisses

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Nº 016 – “HAKANI”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Maio de 2015

“Hakani”, no idioma da etnia Suruwaha, residente na bacia do Rio Purus da Amazônia brasileira, significa “sorriso”. Mas, para este significado vir a traduzir-se na vida daquela menina, a trajetória foi longa. Hakani tem, hoje, 20 anos de idade, visto que nasceu em data não conhecida do ano de 1995. Entretanto, como é comum, seja entre indígenas ou não, determinadas circunstâncias das uniões conjugais ou da gravidez costumam resultar em filhos com deficiências; é o que se pode esperar de incestos e de ‘casamentos consanguíneos’ próximos, ou da ingestão de ervas impróprias no período de gestação. E eis a história de Hakani: a menina nasceu com déficit motor nos membros inferiores, assim como na função da fala, decorrentes de hipotireoidismo agudo; assim como seu irmão, Niawi. 

Um dia, certa tempestade climática foi entendida pelo provo Suruwaha como manifestação de “maldição dos espíritos maus”, por causa da tolerância dos pais em relação à menina na tribo. A tradição primitiva é que crianças com defeitos tiveram sua alma arrancada pelos espíritos, e não deveriam ter nascido. A lei da tribo (assim como em muitas das mais de duzentas etnias amazônicas) é a condenação à morte de crianças com deficiência; usualmente, a condenação implica em obrigação dos pais de enterrar viva sua criança. De muitas daquelas crianças ouve-se o choro, sob a terra das covas rasas, por uma noite inteira, até morrerem.

Os pais de Hakani – Dihiji e Bujini, se recusaram a faze-lo; antes, preferiram suicidar-se, ingerindo raízes venenosas. A responsabilidade ficou para o avô; este tentou mata-la com uma flechada no coração, mas a flecha atingiu apenas o ombro. Movido de remorso, o avô de Hakani também se suicidou. Coube, então ao irmão mais velho, Arwaji, cumprir o ritual, enterrando viva a menina. Mas o segundo irmão, Bibi, não concordava com aquilo. Não conseguiu salvar Niawi (irmão também deficiente), mas conseguiu salvar Hakani, desenterrando-a ainda com vida. Por isto, teve que pagar o preço, sendo abandonado por toda a tribo, inclusive pelo irmão mais velho.

Por três anos, Bibi cuidou da irmã Hakani, tentando que ela aprendesse a andar; na face dela, o ‘sorriso’ (“Hakani”) lhe fugiu. Por fim, acabou levando-a aos cuidados de um casal, quilômetros rio abaixo. Com 5 anos de idade, Hakani pesava 7 quilogramas, e media apenas 69 centímetros. Esse casal adotou Hakani como se fosse sua própria filha. Alimentou-a, medicou-a e, em um ano, Hakani já estava dando primeiras palavras e passos; seu peso dobrou, e a estatura aumentou bastante. Seu mal foi identificado (hipotireoidismo agudo) e erradicado. Neste ano, Hakani alcançou 20 anos de idade; sua face é alegre e brilhante. Naqueles anos, o sorriso (“Hakani”) voltou aos seus lábios; no restante de sua infância e na sua adolescência, não apenas aprendeu a andar e a falar, como também a dar um testemunho altamente tocante aos que lhe ouvem.  Num evento comovente, encontrou-se novamente com Bibi, que a salvou. Seu testemunho decorre do que aprendeu de Deus, de Seu propósito para a vida, da salvação em Cristo Jesus, da esperança para a vida presente, e da esperança de vida eterna. Aquele casal, que deixou sua terra natal para viver próximo aos Suruwaha por mais de 20 anos, foi o principal instrumento para mostrar àquela garota, hoje uma jovem alegre, que há, sim, esperança para a vida; principalmente, quando essa esperança é movida e nutrida pela Palavra de Deus, que eles conheciam e conhecem.

Infelizmente, há até entre autoridades constituídas quem pense que a tradição indígena precisa ser respeitada, mesmo que tal tradição resulte em resultados tão nefastos e horrendos, como o infanticídio e o suicídio de adultos. Houve quem dissesse que “a Declaração Universal dos Direitos Humanos não se aplica aos povos indígenas”. Para não poucos que se lembram dessa infeliz declaração, isto equivale a dizer que povos indígenas não se enquadram no mesmo patamar que os demais seres humanos.

O testemunho de Hakani faz lembrar um outro, muito importante na história. Não pertence a uma criança – pertence a um adulto; não pertence a um nativo das selvas – pertence a um homem muito letrado nas ciências mais evoluídas do seu próprio tempo; não pertence a um praticante de religião primitiva – pertence a alguém que, dantes, pertencera a uma das religiões mais respeitadas da época (a ponto de Alexandre, o Grande, imperador e conquistador helênico, poupa-la em suas conquistas mundiais); trata-se de Paulo, antes Saulo de Tarso: Dando graças a Deus Pai, que nos fez dignos de participar da sorte dos santos em luz; que nos livrou do poder das trevas, e nos transferiu para o reino de Seu Filho muito amado” (Col 1.12,13). Para ele, sua procedência, status e passado não o deixavam e posição de vantagem quanto a qualquer nativo, no tocante ao binômio “império das trevas”  versus “Reino do Filho do amor de Deus”. 

Hakani é um testemunho vivo de que há esperança, há vida, depois da tormenta, depois do “dilúvio”… Não são precisos muitos ingredientes para alimentar tal esperança: apenas um pouco de amor e sentimento fraterno (que emana de Deus Rm 5.5), um pouco de esclarecimento genuíno (a Palavra de Deus, tem ‘de sobra’, suficiente), um pouco de determinação para colocar boas intenções em prática.   

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

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E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Nº 015 – “CEM DIAS”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Abril de 2015

“Quando minha vida voltará à normalidade?” Esta pergunta, Jen Bulik-Lang (1978-2013) fez a si mesma, apenas 44 dias após seu casamento. Jen casou-se com Jeffrey Lang em 02 de Julho de 2013, aos 35 anos de idade, em Mountain View, estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América. Entretanto, não fora uma decisão fácil: Jen era portadora de câncer nos pulmões, e tinha acabado de ouvir dos médicos que os medicamentos se mostravam ineficazes; havia alcançado o estágio mais avançado da enfermidade… Seu prognóstico de vida não ultrapassava seis meses.

Uma pergunta assim, para qualquer casal, depois de um mês e meio de matrimônio, pode ter vários significados. No entanto, o significado que teve para Jen e Jeff, àquela altura, era dos mais incomuns. Eles planejaram um casamento muito simples, somente para os familiares mais próximos. Quando a promotora de eventos Erica Ota soube do assunto, conseguiu mobilizar uma boa quantidade de gente, doações e aparatos de celebração. Jen e Jeff tiveram um casamento inesquecível (põe inesquecível nisto, não só pela festa, mas também pela circunstância). Mais de 60 empresários doaram presentes, e tudo lhes somou mais de cinqüenta mil dólares. “Esse casal já sofreu bastante; podemos lhes aliviar um pouco o sofrimento”, disse Erica. 

Encorajamento, força, esperança foram marcas possantes daqueles dias. Jen fez a si mesma a pergunta – quando minha vida voltará à normalidade, para responder, ela própria, a si mesma: não, não voltará mais; minha vida não mais me pertence, é uma incerteza. Jen viveu sua “lua-de-mel” de Julho a meado de Agosto de 2013; dali em diante, porém, sua saúde foi deteriorando, deteriorando, até que foi vencida, finalmente, em 10 de Outubro do mesmo ano. Objetivamente falando, cem dias de vida conjugal. E muitos dias subsequentes, de lembranças e de saudades, para Jeff Lang.

A história de vida de Jen e Jeff mexeu com muita gente; inclusive, com o famoso ator e ex-lutador Chuck Norris (1940-…). É sabido que Chuck Norris converteu-se ao cristianismo, e mantém uma página cristã em seu website oficial, onde reproduz textos de João Wesley, John Fox e Charles Spurgeon, entre outros. Chuck reproduziu a história de Jen e Jeff, comentando como segue:

"Há tantas histórias incríveis e corajoso da vida acontecendo agora, eu sei. Mas eu suponho que esta se destacou para mim, porque eu acredito na luta contra todas as probabilidades e para as coisas que mais importam, como o amor, o casamento e a família. Eu não sou um teólogo. Eu não posso explicar por que coisas ruins acontecem a pessoas boas ou, por falar nisso, por que as coisas boas acontecem a pessoas más… Mas uma coisa eu sei… Como disse minha mãe, 92 anos de idade, em sua autobiografia: ‘Coisas ruins acontecem com pessoas boas, mas pessoas boas podem sobreviver a coisas ruins com a ajuda de Deus’. Por mais difícil e até mesmo cruel que a vida possa ser, a verdade é que devemos nos esforçar com esperança e otimismo, até podermos não mais. E quando nós fizemos tudo o que podemos fazer, devemos lembrar que a nossa sobrevivência final e cura são oferecidos além desta vida com a ajuda de Deus. Jesus disse assim: ‘Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”.

É verdade: pessoas que conhecem a Deus, que O conhecem em Sua Pessoa, em Suas operações divinas, em Seus atributos e, por fim, em Seus decretos, propósitos e prescrições, podem passar por adversidades tanto quanto os demais. No entanto, sobreviver, superar as adversidades, para as pessoas que conhecem a Deus nessas dimensões, tal como Ele pode ser conhecido em Sua Palavra, é algo que se faz plenamente possível, porque Deus está em companhia. Ele conduz ao vale da sombra da morte, como diz o salmista, mas também conduz no vale da sombra da morte e, depois de tudo, conduz a partirdo vale da sombra da morte.  “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu está comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam” (Salmo 23. 4). Ele é Deus, sempre foi, e sempre será! Jen Bulik, Jeff Lang, Chuck Norris e Wilma Norris a mãe de Chuck) nos fazem lembrar que há mais arautos de vida. Para Jen e Jeff, como casal, a vida se resumiu a cem dias. Mas, para todos os arautos de vida, a existência é mais longa – é eterna, junto ao Eterno!

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 014 – “CADÊ A RESPOSTA?”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Março de 2015

Aos dezessete de idade, ela gostava de tudo que qualquer jovem gosta: passear, praticar esportes, cavalgar, nadar, etc… O mar, a praia, eram um de seus deleites. Em 30 de Julho de 1967, foi à praia; num dos mergulhos, brincando com as ondas, não percebeu quão rasa estava a água; a onda do momento lhe atirou ao fundo de cabeça, e quebrou o pescoço.  Resultado: tetraplegia definitiva, aos 17 anos de idade de Joni Eareckson Tada (1949…). Bem que tentou todo tipo de reabilitação, nos dois anos subseqüentes; a conclusão foi que não havia reabilitação para as pernas e os braços. Nesse período, foram mistas as experiências. Tratamento hospitalar, fisioterapia, mas também um espírito revoltado.

A pergunta de sempre: Por Que? Ou, mais precisamente: Por que EU? Imagine quantas coisas passaram na cabeça dela, dali prá diante: até desistir da vida, te asseguro (ela mesma o conta, em sua autobiografia). Cadê a resposta? – era sua grande e insistente indagação. Mas, ela a encontraria…  Ramón Sampedro (1943-1998), espanhol da Catalunha que teve um acidente muito parecido (também tetraplégico, aos 25 de idade), procurou de todas as formas o que acabou conseguindo: uma “eutanásia assistida” (ou, suicídio assistido).  Joni, não! A despeito da inércia em todo o corpo, abaixo do pescoço, passou a usar o que podia do funcionamento da cabeça: com a boca, pinta, escreve e faz muitas coisas – inclusive, preleções. Com o que pinta e escreve, ela fala de quem lhe deu sustentação de vida, razão prá viver, e razão prá aguardar o dia da restauração final: Jesus Cristo! 

“Um amigo, enviado por Deus, mostrou-me, nas páginas da Bíblia, respostas para minhas duras inquietações”, testificou ela.A Palavra de Deus foi a sua "âncora de alma" "Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu…" (Hebreus 6.18,19, ARA). E assim se deu… Joni encontrou "âncora", não só para si mesma, mas para oferecer a muita gente mais. Seus livros, suas palestras (sempre em cima da cadeira de rodas), seus discos, suas campanhas, em várias línguas, têm sido provas vivas de que certos "Por Que's ?" podem esperar, porque a graça divina preenche todas as lacunas, até que este "tabernáculo terreno" se revista de um novo…"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus"! (II  Coríntios 5.1, ARA).

Atualmente, tendo-se formado em Direito, Joni advoga para deficientes físicos. Escreveu mais de quarenta livros. Em 2010, teve que se submeter a um tratamento de câncer, contra o qual vai lutando. Neste ano, se chegar a Outubro, que é seu mês (ninguém sabe sobre cada um de nós), ela completará 66. Passaram-se quase 48 anos, desde que Joni sofreu seu acidente. Mas, nada mudou, na sua relação com o Autor, Mantenedor e Redentor da vida. O que Joni Eareckson Tada anuncia, ainda hoje, depois daquele insólito acidente de 44 anos atrás, é o mesmo em que cremos, pela confiança que temos na Palavra de Deus, a qual é "viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes" (Hebreus 4.12, ARA). Não importa se… tetraplégicos, ou atletas com a maior habilidade e agilidade em pernas e braços; não importa se… deficientes auditivos ou visuais, ou se com a mais aguçada audição ou visão; não importa se… com altíssimo QI, ou se com algum tipo de deficiência cerebral que os médicos não conseguem explicar origem, ou solução…  O fato é que seremos todos transformados à semelhança dEle, à semelhança de Sua glória, do Filho de Deus – pioneiro da glória entre os homens! Por tudo o que experimenta e testifica em sua vida, com Seu Deus, Joni é “arauto de vida”!

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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Nº 013 – “ESTRELA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Fevereiro de 2015

“Hemmerson, o Senhor nos deu um filho. Hoje descobrimos que em breve Ele vai levá-lo. Nosso bebê tem anencefalia”.Foi assim que a dra. Quésia Tamara, e seu esposo Arthur, se pronunciaram ao obstetra, dr. Hemmerson Henrique Magioni, logo que tomaram conhecimento do fato. Quésia e Arthur residem em Belo Horizonte, Minas Gerais. Essa primeira gestação lhes proporcionou, na verdade, uma menina – Esther. Ester significa “estrela”. O nome foi escolhido muito a propósito. Foi a Esther da Bíblia, a esposa de Assuero, o rei persa de cinco séculos antes de Cristo, quem inspirou Quésia e Arthur na escolha. A ciência da anencefalia se deu através de uma ultrassonografia efetuada na vigésima terceira semana da gestação. A história está registrada em livro que a própria doutora Quésia escreveu: Os últimos Quatro Meses – Diário da Gravidez de um Bebê com Anencefalia

A anencefalia é um problema gestacional que atinge um em cada mil fetos, dependendo do país, proporção que pode cair para até um para dez mil, em países de prevenções mais avançadas. Caracteriza-se pela má formação do tubo neural, acarretando supressão parcial (ou praticamente total, nos casos mais graves) do encéfalo e da caixa craniana. Assim, o legado popular é que o feto é destituído de cérebro. A expectativa de sobrevivência é de poucos dias, ou mesmo horas (talvez minutos). No entanto, há casos em que a vida se prolonga por meses. No Brasil, desde 2012 a interrupção da gravidez anencefálica deixou de ser criminalizada, assim como em vários outros países. As autoridades brasileiras entenderam que não se trata de crime contra a vida, neste caso. No entanto, não é compulsória a interrupção, pelo que podem os pais decidir levar adiante a gestação; foi o que Quésia e Arthur decidiram, à luz de entendimentos mais iluminados, pela Palavra de Deus. Um detalhe importante: Quésia é médica ginecologista e obstetra; isto significa que, desde a 23ª semana até quando ainda permanecesse trabalhando, teria que acompanhar casos de gestações e partos, sabendo de quem trazia, ela própria, dentro de si. 

Inegavelmente, todos os dias restantes da gravidez de Quésia foram dias de ensejo de sentimentos fortes, muito choro compartilhado com o esposo. Mas, também foram dias de determinação, diante de Deus: 'Deus quis assim, assim será'. E o casal decidiu resolutamente respeitar a vida de Esther, quaisquer que fossem suas dificuldades, e qualquer que fosse a sua duração. Era a sua primeira gestação. Um dia, ainda durante a gravidez, Quésia e Arthur foram à casa de um tio, compartilhar do assunto. Quando seu tio soube que o bebê de Quésia não teria expectativa de vida normal, fez o que? Foi ao quarto, pegou uma Bíblia, onde leu para eles os três primeiros versículos do capítulo nove do evangelho de João. Ali, Jesus curou um cego, mas os seus discípulos queriam saber a origem, a etiologia, no campo da teodicéia, daquela enfermidade: Quem pecou, ele, ou seus pais, para ter essa doença? Foi o que perguntaram a Jesus. Jesus entendeu que os discípulos queriam encontrar o culpado para a cegueira, e essa culpa teria que decorrer – assim pensavam – de algum pecado. E Jesus lhes respondeu que a cegueira de nascença daquele homem não provinha diretamente de culpa – nem dele, nem de seus pais. Embora Jesus soubesse que todas as enfermidades humanas têm origem no pecado de Adão e Eva, não significa que de um pecado se encontre, necessariamente, a culpa específica de uma enfermidade. E Jesus afirmou que nem ele nem seus pais, com algum dos pecados peculiares a qualquer de nós, seriam os responsáveis pela cegueira desde nascido. Ao contrário, assim tinha ele nascido para que as obras de Deus se manifestassem nele; e assim se deu. Foi precisamente o que o tio de Quésia lembrou, naquela visita, trazendo grande conforto ao casal. 

Em geral, toda gestante quer ter uma lembrancinha para dar aos visitantes, quando lhe nasce o bebê. Não raro, um adorno para a porta do quarto no hospital; de preferência, uma coisa combinando com a outra. Quésia escolheu uma casinha de passarinho para o adorno (porta aberta, com o pássaro fora dela, obviamente), e um passarinho de tecido, para a lembrança. E mais, a frase, prá marcar: “Os mais belos pássaros não vivem em casas, presos em nossas gaiolas. Eles podem até pousar perto de nós, por algum tempo, mas logo partem, deixando memoráveis lembranças”. Assim seria Esther. 

Esther nasceu em 29 de Junho de 2011, e viveu exatos quarenta minutos. No mesmo dia seu corpinho foi colocado, qual semente para o dia da ressurreição, na terra. E depois, a tarefa de contar a todos: chegou, e já se foi, tal qual um lindo passarinho. Naquele momento, Arthur sussurrou para Quésia a parte final de Jó 1.21: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (versão ARA). Um detalhe: em qualquer Bíblia, isto pode ser lido apenas uma folha após o encerramento do livro antecedente, o de Ester!  Arthur e Quésia sentiram a passagem e a rápida partida de Esther? Sentiram sim, e muito! Mas, como enfrentaram, como superaram? Foi fácil? Decerto que não. Mas, superaram. Porque, tiveram, como ainda têm, ao seu lado, o Autor e Doador da vida. O que lhes disse o tio, com a Bíblia na mão, recordando as palavras de Jesus? Nem ele, nem seus pais… No caso específico, o texto poderia assim ser entendido: Nem ela, nem seus pais, mas para que a obra de Deus seja manifesta. Um dia, tudo o que não se entende por ora, se entenderá. Se não for por aqui, será por lá. E a “estrela”? Por lá já está, numa antecipação típica da economia divina, quanto à presença, face a face, com Deus, em gozo da recompensa dos salvos. Disto, Arthur e Quésia já sabem, desde 29 de Junho de 2011.

Por todo este testemunho, Arthur e Quésia são Arautos de Vida!

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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Nº 012 – “A MENINA DOS OLHOS”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Janeiro de 2015

Como vou começar a história da Lúcia, a “Lúcia do Petrônio”? Ela é o ‘arauto de vida’ desta edição. Bem, escolhi uma afirmação sua, muito significativa, para começar. Então, aqui vai uma parte:

– Passar por todos estes procedimentos só foi possível pela misericórdia de Deus. Fui tratada como a menina dos olhos de Deus! Os efeitos colaterais, diante de outros que compartilhavam a dor, foram imunizados…

Lúcia conheceu Petrônio em 1990. Ele havia saído de Vazante, Minas Gerais, antes de plenitude da mocidade, para tentar a vida na capital mineira. Um dia, porém, quando as férias dele o levaram de volta a Vazante, algo mudaria o curso da vida. Dona Maria, a mãe do Petrônio, já se tinha tornado amiga de Lúcia; aliás, da família… E, como toda mãe que preza o filho, falava dele. Ah, sim, falava mesmo; “era o orgulho da mãe”. Mas, naquele ano de 1990, alguém os apresentou. Então, ein?! Esse era tão propagado filho da Dona Maria, de quem tanto já tinha ouvido falar?… Já dá prá imaginar no que resultou aquela apresentação, não? Pouco mais de quatro anos de namoro e noivado, e casaram-se em 18 de Março de 1995. Vieram morar em Belo Horizonte.Todo casal normal almeja filhos; Lúcia e Petrônio não seriam diferentes, porque ambos queriam, pelo menos o primeiro. Eles queriam, e muito, mas… Deus não quis! A severa endometriose da Lúcia, que a levou a três cirurgias (a última, um tanto agressiva), não possibilitou gestação. Oito anos de tratamento, até chegarem a um pit stop da estrada da vida:

– A condição física, emocional e financeira nos fez repensar e entender que Deus tinha propósitos maiores em nossa vida, além de filhos…

Lúcia tem sido uma mulher de fé verdadeira, consciente e bem estribada em Deus; e isto lhe tem sido vital. Além disto, quão importante sempre partilhar a (e da) mesma fé com o esposo.

– Pude receber todo carinho, compreensão, apoio e orações me encorajando sempre. Deus nunca permitiu que eu ficasse deprimida; deu graça e consolo para cada dia. Mas, a história prossegue e, com ela, mais algumas novidades que o ‘tempo’ tinha de trazer… Em fins de 2012, Lúcia descobriu que ‘as provas’ da endometriose não eram ‘provas finais’… A mamografia deixara o mastologista preocupado. Só ele? Claro que não: imagine a Lúcia, e o Petrônio. A ressonância magnética foi acompanhada de gentilezas fora do comum por parte da equipe, pensou ela. A imaginação já abrigava pensamentos mais inquietantes; muito mais. Enquanto isso, Lúcia orava a Deus. Com o passar do tempo, com o aprofundamento dos exames, e com a face mais grave do médico, a oração se transformava em súplicas e em rogos aos céus. E tome Raio X, e tome ultrassom, preparativos, risco cirúrgico…  Era preciso extirpar o corpo estranho, sem ainda se saber se era de natureza maligna ou benigna. Lúcia continuou seus afazeres, seu trabalho, sua vida de comunhão com Deus e, suas orações. Nós, que a víamos com freqüência, nem poderíamos imaginar que, debaixo do ‘véu natural’ daquela face sempre simpática e carinhosa com todos, estava um coração tão apertado. Parecia a sunamita: “Vai tudo bem?” era a pergunta do profeta Eliseu, por intermédio do porta-voz… “Vai tudo bem, tudo em paz!”, respondia a sunamita, ainda que com o coração materno dilacerado pela perda do filho. Assim, a Lúcia…

Cirurgia efetuada, lá vai o “material” para laboratório oncológico. “Foi o tempo mais longo da minha vida, aquela espera”.Chegara a hora da verdade. Ora, a hora da verdade não poderia ser traumática, porque Lúcia conhecia (e conhece) o seu Deus; e o Deus de Lúcia é o Deus de poder (acima dos médicos e dos medicamentos), de livramento (acima das mais difíceis circunstâncias), de cura (mesmo que a ameaça seja a mais cruel). Pronto! Sabe o que aconteceu com o resultado daquela biópsia? Sabe qual foi a resposta divina a todas as orações (ela não estava orando sozinha), as orações daqueles longos dias de espera? “Carcinoma lobular”! Isto mesmo!! Estamos todos sujeitos!!! Crente adoece, assim como adoece o não crente; crente adquire um câncer assim como o adquire um não crente; e crente morre, assim como morre o não crente. “Estamos todos no mesmo barco”, disse o pregador, depois do tsunami asiático. A diferença não está nos fatos externos, mas nos internos (área privativa do coração e da alma). O que viria pela frente? Mais cirurgia (mastectomia), reconstrução mamária, e assim por diante. Pós-cirúrgico difícil – só quem passa sabe: sem posição para sentar, sem posição para dormir. Mas, havia um detalhe, que não foi apenas um detalhe: Havia um Deus presente! Cuidador! Provedor! Confortador!  Entre ela e Petrônio, lembranças de verdades aprendidas, agora elevadas a um significado exponencial: Em tudo somos atribulados, porém não angustiados, perplexos, porém não desanimados (I Co . 4.8, ARA).

E agora? O médico havia dito que, provavelmente, não seria necessária a quimioterapia. Que alívio! Com palavras da própria Lúcia: “Meu mastologista me ligou pedindo para eu ir ao seu consultório. Estava ainda chorando, perguntei-lhe por que deveria ir; ele só me disse que explicaria pessoalmente. Quando cheguei, ele estava com tudo pronto. Disse-me que o oncologista havia conversado com ele sobre meu caso e só havia um jeito de confirmar com certeza a necessidade de passar pela químio. Existe um exame, não disponível no Brasil, que custa mais ou menos R$ 17.000,00; muito difícil de conseguir… Fiquei pensando – este médico tá de brincadeira, ele acha que vou poder fazer isso? Não acreditava que havia me chamado para dar mais uma notícia ruim. Só então falou que estava indo para um congresso nos Estados Unidos, trabalho científico, e deveria levar um caso para apresentar; ele havia decidido que o caso seria o meu, após a conversa com o oncologista. Eu não iria pagar nada; ele só precisava de minha autorização! Autorizei, e fiquei aguardando o resultado por quase um mês; estava muito tranquila e confiante de que não seria necessário o tratamento. Quando recebi a ligação do meu médico dizendo que havia chegado a resposta, fui tomada de um choro tão grande e uma certeza que não tinha dado certo, antes de ir ao consultório… Fui orando o tempo todo, pedindo a Deus para me sustentar e carregar no colo, pois estava sem forças. Ao chegar lá, gozava de uma paz tremenda, não entendia… A resposta que eu não queria ouvir, foi a que veio; tudo ao contrário do que eu pedira a Deus: confirmou um teor de malignidade muito grande (80%) e era necessário passar pela químio. E mais: de todos os casos do Brasil que foram apresentados no congresso (e foram apenas cinco!), só o meu teve tal resultado nocivo”.

Consequência: quimioterapia da mais forte, radioterapia diária, fora mais cinco anos de químio oral. Passar por todos estes procedimentos só foi possível pela misericórdia de Deus. A declaração da Lúcia, transcrita ao início, está incompleta. Agora, vem completa:

– Fui tratada como a menina dos olhos de Deus! Os efeitos colaterais, diante de outros que compartilhavam a dor, foram imunizados. Pude consolar e falar de Cristo em todo período de tratamento com várias amizades. `Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, à sombra das tuas asas.” (Salmo 17.8, ARA) .

Hoje, Lúcia superou toda aquela fase tenebrosa, e prossegue com a químio oral. Naqueles momentos, não podia faltar a queda do cabelo, dos cílios e das sobrancelhas, baixa defesa orgânica, mal estar cíclico, enfrentar tudo e todos. Diz ela que tudo lhe mostrou, em experiência própria e singular, a fragilidade, a miséria humanas e a total dependência de Deus; pensar no lar celestial, no conforto do eterno porvir, tudo mais que perfeito, sem dor, sem choro, sem câncer Pois Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó. (Salmo 103.14, ARA); E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram (Ap 21.4, ARA). Usufruir da confiança possível somente em Deus, e do descanso disponível somente nEle também… Nutrir a certeza de que Ele está no controle de todas as coisas e tudo faz como Lhe agrada, como diz o cântico baseado no Salmo 115.

– Deus foi sustento e sempre o será para minha vida.  Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para se comparar com a glória por vir a ser revelada em nós. (Rm 8.18, ARA). E Lúcia, ao lado de Petrônio (com quem somará contas, dentro de poucos dias, de vinte anos de convívio agraciado pelo céu) preservou, ainda com mais vigor, sua vida, sua fé, sua comunhão. Mais que isso: Lúcia passou a ser uma cristã muito mais intensamente focada no afã de ensejar que outras pessoas conheçam o mesmo Deus de ação soberana, sábia, superior e independente, mas também de amor, provimento, força, graça, sustentação e misericórdia. Por todo este testemunho, Lúcia Machado, a “Lúcia do Petrônio”, é Arauto de Vida!

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 011 – “BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Dezembro de 2014

“Israel! A minha vontade é boa, perfeita e agradável; não só numa casa de praia, com dinheiro no bolso… A minha vontade também é boa, perfeita e agradável num velório, ou mesmo numa sala de cirurgia”. Assim Israel Bruno se manifestou, depois do ‘vendaval’ (humanamente falando) que passou em sua vida. Foi quando Camila não resistiu à última cirurgia… Comecemos do começo, porém..

Israel Bruno saiu de Fortaleza aos 14 anos de idade, para jogar futebol em Santa Catarina. Entretanto, mais do que jogar futebol, foi lá naquele estado sulino que Israel se ‘encontrou’ pessoalmente (em sua conversão espiritual) com Jesus Cristo. Ele tinha uma namorada lá em Fortaleza – a única, de sua vida. Chamava-se Camila. Quando voltou a Fortaleza, teve a grata surpresa de ver também a sua amada rendendo-se ao Senhor Jesus. Aos 22 anos de Israel, e 21 de Camila, uniram-se no matrimônio, aos pés daquele ante quem todo joelho se dobrará, e toda língua confessará: Jesus Cristo é Senhor (para a glória de Deus Pai)!" (Filipenses 2.10,11). Depois de cinco anos de casamento, Israel já não estava mais no mundo do futebol: tornara-se bancário. Em Outubro de 2013, o casal teve a boa notícia: a gravidez de Camila. Um filho viria completar aquela alegria, onde já residiam Israel, Camila… e o seu Salvador.

Contudo, antes da estabilidade das águas declinantes de um dilúvio, este se manifesta em águas tempestuosas e tormentosas. Pois, foi também o que se lhes sucedeu. Com três meses de gravidez, as dores de cabeça de Camila aumentavam em intensidade e freqüência. Os exames provaram o ‘pior’: Camila tinha um tumor “do tamanho de uma laranja” no lado esquerdo do cérebro. A isto sucederam-se sintomas os mais desagradáveis: dores, vômitos, amnésia, paralisia corporal… Mas, Yuri estava lá dentro… Poderia ele resistir, se sua mãe resistisse até se completar a gestação? Uma cirurgia, para instalação de um dreno, foi ainda mais traumático para ambos. Isto, sem contar a aplicação de seis contrastes…

No dia 16 de Junho de 2014, com Camila sob condição altamente frágil, o ‘milagre’ divino aconteceu: Yuri nasceu. Possível? Bem! Alguém vai dizer: como a medicina é avançada! Melhor dizer: Para Deus, nunca há impossíveis (ainda que os ‘impossíveis’ não sejam Sua provisão corriqueira). Assim como não seria impossível, para Deus, restabelecer a Camila, para que pudesse conhecer seu filhinho. No entanto, Deus tinha um plano melhor para ela: Ele a queria junto de si. No dia 17 de Agosto, quatro dias depois de sua última cirurgia, Camila subiu ao encontro do Pai Celeste! Muito bem, serva boa e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu Senhor (Mateus 25:21, BCF, contextualizada).

Israel conta que em 17 de Agosto, quando recebeu a notícia de que Camila não havia sobrevivido, lembrou-se da palavra bíblica; era como se Deus estivesse a lhe dizer – ‘Israel, a minha vontade é boa, perfeita e agradável; não apenas numa casa de praia, com dinheiro bolso; ela também é boa, perfeita e agradável num velório, ou numa sala cirurgia’. Ainda hoje, Israel levanta seu pequeno Yuri nos braços, e continua a repetir : a vontade de Deus é sempre boa, agradável e perfeita… Diz ele: “Eu e a Camila (enquanto ela podia falar e entender) nunca perguntamos ‘por que’…”. Sua mãe disse: “Quando tudo começou, eu pedia a Deus forças para poder ajuntar os pedaços dele; e, no fim, foi ele quem ajuntou os meus pedaços!”. Por fim, arremata Israel: “O soldado tá ferido, mas continua firme batalha, com a cabeça erguida, esperando o que vem do Alto! Você nunca saberá que Deus é tudo o que você precisa, até que Ele seja tudo o que você tiver!”  (esta é uma citação de Tim Keller – 1950…)

O que poderia haver de diferente para com o Israel, ou com a Camila? Um só fato: Israel é um ‘arauto de vida’! O texto que o consolou, e que o levou à superação, foi: Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1,2, NVI). É um daqueles arautos que anunciam que há vida depois da tormenta, que há um arco-íris de aliança restauradora e redentora, depois do dilúvio! Se você quiser ver o próprio Israel, o nosso "Arauto de Vida" de hoje dando o seu testemunho, busque em https://www.youtube.com/watch?v=5iMjPkRZTPU… 

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

Nº 010 – “RENASCIDO, RENASCI”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Novembro de 2014

Eu e minha família sabemos que o acidente que sofri foi parte de um plano de Deus, e que Ele conduz todas as coisas no sentido fazê-las cooperar, conjuntamente, para o bem daqueles que O amam, e que são chamados segundo o Seu propósito”. É extremamente pertinente ter consciência disso, e confiar que é assim que ele age. Certamente o que passei não teria sido a minha escolha, com tanta dor e sofrimento; mas, com eles, também vieram o regozijo e o restabelecimento. Reconhecemos a bênção de Deus no meio de tudo”.  Foi assim que Dan Dillard terminou o relato do testemunho que ele produziu, em face do grave acidente que sofreu. Voltemos ao começo, porém…

Numa tarde de Agosto de 2013, Dan Dillard guiava sua moto para um domicílio, onde iria dirigir um estudo bíblico. O lugar era a pequena cidade de Bend, no estado de Oregon, Estados Unidos. Subitamente um veículo o atingiu de modo violento, inadvertido, pela esquerda. A força do impacto foi tão grande que Dan foi atirado longe, inconsciente. Bacia e outros ossos quebrados, lesões por todo o corpo, e a artéria aorta rompida. Ainda inconsciente foi levado para o hospital. Os médicos que o atenderam já sabiam que jamais alguém tinha sobrevivido, no estado em que ele se encontrava. Foram dias, semanas mesmo, de luta entre a vida e a morte. Quando as lesões não pareciam recrudescer, veio uma infecção generalizada. Os médicos chegaram a dizer à sua esposa, Sharon, e ao filho de oito anos, que Dan estava morrendo. E eis que receberam a companhia de um batalhão de gente em oração.

No meio dessa hora tormentosa, a última pessoa que eles poderiam esperar para dele receber visita teria sido o condutor do veículo que o atingiu. No entanto, em meio ao aparente desalento das notícias médicas, eis que Sharon encontrou forças para perdoar o homem, para falar-lhe da pessoa singular de Jesus Cristo, testemunhando-lhe a segurança que seu marido, ela e filho tinham no Redentor. E aquele homem, entre surpresa, constrangimento e nova descoberta, encontra-se com a verdade e vê-se aos pés de Cristo. Certamente que Sharon pode ter pensado: Se Deus levar meu esposo, mas conquistar para o céu também essa alma, terá valido a pena.

Depois de dois meses de lutas, sem que cessassem as intercessões elevadas ao céu, alguma melhora começa a surpreender e dissipar o quadro de morte. Em semanas, quando Dan recuperou a consciência, e a capacidade de falar, foram os médicos, os enfermeiros e as enfermeiras e demais funcionários do hospital que começaram a ouvir-lhe sobre a fé, sobre a Bíblia, sobre Deus e sobre o céu. Então, aconteceu o que justificou sua alcunha – “o homem do milagre”… A invisível mão do Divino Pastor interferiu em conjunto com os médicos e os recursos; as orações interagiram em conjunto com os medicamentos e, quase quatro meses depois, o fixador ortopédico metálico externo foi retirado. Reaprender a andar, era o novo desafio, em meio às terapias diversas.  Em janeiro deste ano, Dan voltou para casa.

Acidentes com motos têm uma altíssima incidência no Brasil. Em muitos casos não há sobrevivência. Deus foi gracioso com Dan. Sua primeira pregação, após a saga, ainda numa cadeira de rodas, porém, foi em Romanos 8. 28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (ARA). Sua certeza jamais foi abalada: tivesse o grave acidente ceifado sua vida, estaria nos braços do querido Redentor no céu; já que Deus o manteve aqui, e o restaurou, resolveu intensificar seus esforços, no sentido de levar mais pessoas a conhecer o Salvador. “Fisicamente, eu renasci; espiritualmente, já havia renascido. Que muitos, através da minha vida, venham a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, alcançando, pela fé e em Seu Nome, a vida eterna”(conforme João 20.31).

Dan Dillard é um “arauto de vida”.  

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson…

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida  
Some rain is bound to fall:
Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:

As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:

E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional