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N° 199 : “LUA, Ó LUA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Abril de 2015

Na década de Sessenta, certa marchinha musical ficou famosa no Brasil: “Lua, ó lua, querem te passar prá trás; lua, ó lua, querem te roubar a paz; lua que no céu flutua, lua que nos dá luar;  lua, ó lua, não deixa ninguém te pisar”. Quanto ao poético anseio para que ninguém pisasse na lua, o final da mesma década o deixou superado – o homem pisou na lua; pisou, e tornou a pisar. Já pisou tanto, e frustrou de tal modo suas expectativas naturalistas, que hoje nem se interessa em repetir o feito, e está em busca de novas pisadas. Quanto a passá-la prá trás, parece que o esforço continua celeremente.

Recentemente, a prestigiada revista científica britânica Nature publicou uma matéria que chamou atenção: “Quebra-cabeças da origem da lua [é] resolvido”. A despeito do título tão sugestivo, o teor do artigo não é tão convicto assim; mas, admite que a teoria aventada constitui a probabilidade científica mais apurada. Trata-se da “Hipótese do Impacto Gigantesco”. Eis o que ela propõe: cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, quando um corpo celeste do tamanho de Marte (cujo diâmetro ‘equatorial’ corresponde a cerca de metade do da Terra), se chocou com o nosso planeta; daí, um punhado de detritos se espalhou e, talvez, a lua tenha sido o maior deles. Depois disso, a lua teria se estabilizado numa rotação em torno do seu próprio eixo, e numa translação em torno da Terra, como hoje conhecemos. É o que a maioria esmagadora da comunidade científica, hoje, sustenta.

Pessoalmente, acho que a própria lua não concorda com essa teoria. É como disseram Armando Cavalcanti (1914-1964) e Klécius Caldas (1919-2002): estão querendo passar a lua prá trás…  Cito algumas das razões que mesmo cientistas reconhecem: a constituição rochosa da lua é um tanto similar à da terra, mas um impacto gigantesco desse tipo teria que deixar vestígios da constituição do outro corpo celeste, o que se chocou… Ah! Tentam contornar essa dificuldade com uma outra teoria um tanto improvável: que o tal corpo celeste também seria de constituição similar à da Terra… Outra coisa: a rotação da Terra obedece um eixo distinto em 23 graus, em relação ao seu plano orbital; a lua, apenas 5 graus. A Terra faz um giro elíptico em torno do sol, mas a lua faz um giro praticamente circular em torno da Terra. Não obstante, a lua, tão menor que a Terra, mantém rotação e translação inteiramente sincronizadas com a da Terra, mostrando sempre a mesma face, ao mesmo tempo, para quem a vê ‘de cá de baixo’…  Trocando em miúdos: a lua gasta o mesmo tempo para dar uma volta em torno da Terra, como gasta para dar uma volta em torno de si mesma. Ademais, enquanto a Terra gasta praticamente 24 horas para girar em torno de si mesma, a lua gasta cerca de 28 dias para girar em torno de si mesma.

São fatos que impressionam, dificultam em muito todas as teorias até hoje tentadas pela nossa Ciência humana. Só uma ‘teoria’ não sofre as insuperáveis e inexplicáveis dificuldades que, hoje, a própria Ciência nos permite conhecer: a ‘teoria’ de que o Criador, com Seu infinito poder, criou todas as coisas, inclusive o sol, a Terra, a lua, os demais astros celestes.  Depois de haver criado, colocou cada componente no seu devido lugar e estabeleceu meios para que se mantivessem assim, com todos os seus mistérios. E, se por alguma razão, Ele mesmo permitiu alguma novidade catastrófica nessa ordem de coisas, Ele mesmo garantiu o reordenamento, para chegar ao que hoje vemos. É o que a Bíblia nos conta, acerca do sol, da lua e da Terra. Simplesmente insuperável.

E, sabe por quais razões essa ‘teoria’ continua insuperável? Primeiro, porque atesta que toda essa construção é divina, e não casual; foi planejada por Deus, e não acidental . Segundo, porque somente Deus poderia criar, colocar em ordem e ajustar todo o funcionamento harmonioso do universo. Pensar que essa harmonia toda viria a ocorrer assim, do nada, sem que nem prá que, afronta qualquer inteligência razoável (a menos que queira crer no improvável). Terceiro, porque Deus tinha Suas pretensões com tudo isso; não Lhe foi algo semelhante ao que a nós, de vez em quando ocorre: “Nem sei o que vou fazer hoje; vou inventar algo!” A intenção de Deus foi clara: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo” (Salmo 19.1-4, ARA). Observando esse testemunho do universo criado, somos também convocados a promover, com lábios e vida, a glória de Deus. E reconhecer que a Criação tem um propósito! E viver debaixo desse propósito!

Lua, ó lua: ninguém vai te passar prá trás… Nem a lua, nem todo o restante da Criação divina, nem Deus, nem a Sua Palavra! Jamais!

Nosso hino de hoje teve sua composição derivada da celebração do primeiro centenário da independência norte-americana, e ganhou música composta para o primeiro centenário da constituição daquele país.  Fala do propósito divino em criar e sustentar a beleza dos astros celestiais, que resplandecem nos céus para a glória de Deus. "Deus dos Antigos, cuja forte mão rege e sustém os astros na amplidão; o cintilante céu inspirador…"

GOD OF OUR FATHERS (1876)
Deus dos Nossos Pais

Letra: Daniel Crane Roberts (1841-1907) Música: George William Warren (1828-1902) 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

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