Agora no portal:

Tag Archives: N° 226 : “NEBLINA”

N° 226 : “NEBLINA”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Outubro de 2015 

 Parafraseando o político mineiro Magalhães Pinto (1909-1996), eu diria: a vida é como nuvem: você olha num momento, está de um jeito; olha noutro momento, já mudou… (Magalhães Pinto se referiu à política, com tal analogia).  Ir e voltar de São Paulo, neste final de semana, foi uma dupla experiência: pelo ar e pela terra. Na ida, saindo de Confins para descer em Guarulhos, nada prometia experiências marcantes… Dia ensolarado, poucas nuvens até certa altura da viagem, tudo tranquilo. Aparentemente tranquilo, não fosse por aquelas desagradáveis experiências de turbulência aérea. Sem que nem prá que, de repente o avião dá aquela balançada, e uma queda de alguns metros põe um punhado de gente a invocar todos os tipos de protetores espirituais, até tocar o solo. Me fez lembrar uma viagem sobre a Amazônia, à noite, com uma queda súbita tão forte e tão grande, que as pessoas se agarravam com força às poltronas, como se as tais pudessem lhes proporcionar alguma âncora segura (a milhares de metros do solo).

Na volta de São Paulo, neste final de semana, o trajeto já seria pela terra. Fernão Dias, pista dupla, maravilha! Para alegrar a viagem, um grupo numeroso de aventureiros das duas rodas, todos encapados de preto, certamente vindos da capital paulista, davam um ‘espetáculo’: seus zigue-zagues pela pista, costurando em alta velocidade entre os veículos.  Algumas Yamahas’s, algumas Honda’s, e não poucas Harley Davidson’s (a paixão de todo motociclista ‘conservador’) constituíam o grupo. Pensei cá comigo, dirigindo: esse pessoal bem que poderia ser mais prudente.  Prá que pensei?… Pouco antes de Atibaia, olha o resultado: uma moto das grandes, caída e arrebentada, e dois corpos no asfalto recebendo socorros.  Certamente ali estava o piloto, e mais alguém, talvez colhido pela moto. A manhã estava tão bonita, tão convidativa… Um belo passeio coletivo, estragado ainda no começo. Uma família, talvez lá na capital paulista, que viria a receber notícia ruim, e outra, talvez em Atibaia, também…

Quando a Escritura adverte sobre as expectativas humanas quanto ao futuro, está cheia de sabedoria (sabedoria frequentemente desprezada): “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como uma neblina que aparece por um instante, e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.13-15, ARA).  Ou, você está entre aqueles que pensam que este é o tipo de sabedoria inútil, desprezível? Quem sabe, daquele tipo que só merece receber atenção sabe-se lá quando?

Mas, não! Para muitos de nós, inclusive os que lêem estas linhas pobres (ou mesmo quem as escreve), a frequência maior está no retrato da primeira parte acima transcrita. Refiro-me à que, presunçosamente, julga estar em mãos próprias o próprio destino. Quão frequentemente nos esquecemos de sujeitar o curso dos nossos dias ao que diz a seqüência do texto?   Quão raramente refletimos na didática interrogação – Que é a vossa vida?  Quão pouco nos damos conta de que somos como a neblina, que aparece por um instante, e logo se dissipa?  Quer saber? Por que não assumir, constantemente, a atitude recomendada? Não há alguém melhor a quem se possa confiar o curso da existência, senão o exímio “piloto” chamado Jesus Cristo! Afinal, ele é o único capaz de conduzir com segurança, seja na estrada, seja no mar, seja no ar, seja em bonança, seja em tempestades; quer dias ensolarados, quer dias sombrios! Porque a vida, é como neblina passageira!…

As lutas existenciais que a autora do hino de hoje enfrentou, junto com o esposo, eram motivo constante de buscar a face do Todo-Poderoso, em oração. Afinal,  tentavam praticar o que o texto acima recomenda. Numa dessas épocas, sentindo como se estivessem num pequeno barquinho no meio de um mar revolto, a Escritura veio em conforto dela e de seu esposo. Da letra da Palavra de Deus à letra da poesia, eis o que  hoje arremata nossa reflexão. Ouça, com nosso Audio Player online, depois da letra transcrita…  

OH, NÃO TEMAS, SOU CONTIGO (1895)
(I WILL PILOT THEE)
Emily Divine Wilson (1865-1942)

1. Se a fé por vezes falta, 
   Quando o sol não posso ver, 
   A Jesus eu digo humilde: 
   Oh, vem meu piloto ser…

CORO: "Oh, não temas, sou contigo, 
      Teu Piloto até o fim!
      Não te importes com o perigo – 
      Eis a mão, confia em Mim.
"

2. Quando a tentação me envolve 
   E não posso a Cristo ver,
   Eis que em meio à tempestade, 
   Ouço o Salvador dizer:

3. Quando a alma está ferida 
   Pelas ondas da aflição, 
   Volvo o olhar ao meu Piloto, 
   E este canto escuto então:

4. Se do mar à praia chego, 
   Mesmo havendo turbilhão, 
   Vejo meu Piloto ao lado,
   Creio em Sua direção.

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana,
Ulisses (Tg 4.13-15)

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional