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N° 12 : “FACE A FACE…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 19 de Junho de 2011

A História é preceptora! Ela ensina sempre, com seus "vais-e-vens", cíclicos, muitas vezes. Já havia dito o estupendo sábio, sob inspiração do divino Espírito: "Não há nada novo, debaixo do sol". Muita coisa que aconteceu no passado, já havia ocorrido, em molde semelhante, em passado mais remoto. E muito do que hoje acontece, já teve ocorrência em molde semelhante, no passado. Por exemplo: Na história do povo de Deus, a opressão, a escassez de bens, a limitação de liberdade, foram instrumentos didáticos. Ensinaram a procurar mais por Deus! Ensinaram a depender mais de Deus ! Ensinaram que a fartura é fugaz, que a riqueza é efêmera, que os bens são passageiros, que até a alegria é transitória. Certamente por isto, o mesmo sábio ensina que é melhor ir à casa onde há pranto do que àquela onde há festa (Eclesiastes 7). Por outro lado, a plena liberdade, a fartura de bens, a facilidade de emancipação e de manifestação da soberba humana sempre têm sido desculpas para a prepotência dessa espécie, para a soberba do homem, e também prenúncios de que a mão de Deus poderá mudar a sorte.

   Perseguição, física ou ideológica, sempre foi  prova dura para os verdadeiros cristãos. Mas, também sempre foi uma escola preparatória de esperança. Ontem, enquanto estava no salão de barbeiro a cortar cabelo, não tinha outra escolha senão ouvir o rádio do barbeiro, sempre ligado, e sempre na mesma estação, a Itatiaia. Porém, chamou-me a atenção uma afirmação do âncora do programa, enquanto falava ele com uma consulente de telefone. Sua afirmação foi: "É o futuro que mantém o homem vivo!" Enquanto continuava o barbeiro a tesourar minha cabeça, sobre a quantidade cada vez menor de cabelo que lhe resta, fiquei a pensar se a afirmação do locutor teria algum respaldo na revelação do Criador… "A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida" (Pv 13.12), logo me lembrei… Lembrei ainda de II Pedro 3.13 : "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça"E tem mais:" Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é." I João 3.2 Não é que cheguei à conclusão de que o homem, sob certo aspecto, não estava errado?

 Estamos vivendo tempos que são chamados de pós-modernos. Por um lado, tudo revoluciona o moderno. Por outro lado, ninguém sabe mais o que se deve definir, pois uma das marcas dos tempos pós-modernos é a incerteza. Mas, uma incerteza que parece não incomodar: afinal de contas, tanto faz como já fez, tudo o que é ou que já foi… Imagina só: os jornais chegam a dizer que há, hoje, americanos aprendendo Português, para vir fazer a vida no Brasil… (!) Onde já se viu? Estamos num patamar de risco financeiro internacional menor do que o daquela nação… (!) Onde já se viu? Estamos ficando ricos? Primeiro mundo?  Que perigo [espiritual], se for verdade… Onde o mundo já é "primeiro mundo", esse perigo ocorreu, e se tornou desastre na vida de milhões de… … "cristãos"!

   Para estes tempos pós-modernos, a lembrança de que há vida futura, de que há maior (e melhor esperança), outra, duradoura, é particularmente oportuna. Muitas pessoas parecem estar vivendo num misto de vida: muita esperança nos dias terrenos, enquanto professam uma expectativa futura que parece ir se colocando cada vez mais distante. Enquanto isso, quantos há que "não vêm a hora"! Será que são minoria? Cuidado! É o que se nos torna necessário.

 Ao ouvir o hino a seguir, ao ler sua mensagem, me lembro disto. Somos movidos pelo futuro, sim! O futuro que não nos pertence. Não temos o poder de construí-lo… O futuro que pertence Àquele que o desenhou, e que o põe em consecução. Áquele a quem veremos, logo, "face a face". Maranatha!

    Grant Colfax Tuller foi um ministro metodista norte-americano; era também músico, e dedicava sua capacidade musical em seu ministério. Uma noite de 1898, após o jantar, uma certa combinação de notas musicais ficou em sua mente, e isto perdurou pela noite a dentro. Logo, naquela mesma semana, recebeu ele pelo correio um pacote vindo de Vineland, New Jersey. Naquele pacote, um maço de papéis escritos à mão, de uma timorata presbiteriana daquela cidade, chamada Carrie Ellis Breck. Carrie era esposa de Franck Breck, mãe de 5 crianças, e que apreciava compor poemas cristãos. Não raras vezes, a sua saúde frágil lhe tronava doloroso o dever diário. Mesmo assim, persistia; persistindo, pensava adiante, pensava no céu, pensava em Filipenses 4.8. No meio daquele maço de papéis, estava o poema "Face to Face With Christ, My Saviour". Logo, Tuller percebeu que o poema se encaixava inteiramente ajustado à música que tinha vindo à sua mente. Ei-la, abaixo, numa de suas versões em língua portuguesa. Essa mesma versão pode ser auditivamente apreciada. Mesmo não sendo cantor nem músico, há alguns anos dava-me, a mim mesmo, o privilégio de cantá-la e tocá-la, ao violão, para um auditório de uma única pessoa (quando muito, mais uma ou duas). 

FACE TO FACE WITH CHRIST, MY SAVIOUR (1898)
FACE A FACE
Carrie Ellis Breck(1855-1934) & Grant Colfax Tullar(1869-1950)

1. Quanto almejo ver a Cristo!
   Ver-Lhe o rosto, que prazer!
   Quando enfim, no lar eterno,
   Poderei pra sempre O ver!

CORO: Face a face eu hei de vê-lO,
      Quando vier em glória e luz;
      Face a face lá na glória
      Hei de ver meu bom Jesus!

2. Muito ao longe já O avisto,
   Vejo como por um véu,
   Mas desejo em breve vê-lO
   Face a face lá no Céu!

3. Oh! Que encanto estar com Cristo,
   Onde já não há mais dor!
   Livre de qualquer perigo,
   Desfrutando Seu amor!

4. Face a face, que alegria
   Há de ser viver assim,
   Vendo o rosto tão querido
   De quem morto foi por mim!

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional