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Nº 09 : “ATÉ JÁ…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Maio de 2011

No Domingo passado, uma das pessoas com quem me encontrei após o culto, foi certa irmã nascida na terra de minha mãe: a cidade de Alto Jequitibá, em Minas Gerais. Contava-me ela que seu pai, o sr. Guilherme, havia passado por uma cirurgia e está se recuperando naquela cidade. A cirurgia se deu no hospital da cidade de Muriaé.

Também naqueles dias, e endereçado ao mesmo hospital onde ocorreria a cirurgia do sr. Guilherme, dirigia-se o ‘primo’ Elias Medeiros, pastor já aposentado, residente na mesma cidade e frequentador da mesma igreja.

Seu parentesco comigo derivava da descendência comum de Basílio Nora, pai do Rev. Annibal Nora, pioneiro daqueles rincões.

Dois amigos, duas cirurgias, o mesmo hospital. Chegaram a se encontrar previamente, e trocaram gentilezas. Brincaram um com o outro.

– "Vamos ver quem recomeça primeiro as 'artes"…

Deram-se um "até já!"! O sr. Guilherme seria operado primeiro, depois o Elias.

Mas, esse "até já" tomou proporções bem maiores do que imaginavam.

O sr. Guilherme se encontra em plena recuperação; ainda com suas dores e limitações, mas vai indo. Já para o pastor Elias, o "até já" assumiu mais longa duração. Para ele, já não há mais dor, já não há mais enfermidade, nem cirurgias. Na madrugada do Domingo, 08 de Maio deste ano, o câncer de pâncreas ‘venceu’ a última batalha contra a carne corrompida da natureza humana decaída, contando ele seus 75 de idade. A partir de agora, apenas aguarda a hora em que será revestido de um novo corpo, ressurreto, glorioso, triunfante.

Coincidentemente, na semana anterior, assistia eu um dos vídeos do culto que sucede a "festa de Sete de Setembro" da cidade. Foi a celebração de 1999. Lá estava o Elias, participando da condução do culto. Um grupo de ex-alunos do colégio, todos cristãos, se apresentou com belos (e esquecidos) hinos. Como, por exemplo, “Jamais se Diz Adeus Ali”. Lembrei-me do hino, enquanto a filha do sr. Guilherme me relatava brevemente o episódio.

Faz lembrar, também, o texto revelado e divinamente inspirado: "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá; já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Apocalipse 21.4, ARA)

Por que jamais se diz adeus, ali? Porque, como garantiu Jesus, as moradas celestiais são eternas. Lá não haverá "adeus", nem muito menos "até já"… 

Jamais haverá despedidas. Nos evangelhos, lemos que os discípulos se constristaram por causa das palavras de despedida (temporária) que Jesus lhes dirigiu. Mas, ele os consolou com as palavras que podem ser lidas em João 14: “Não se turbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim; na casa de meu Pai há muitas moradas…”.  

Que palavras! Que palavras!!

O hino que o Elias cantou com o grupo, do qual me lembrei durante o relato, está disponível, hoje. Sua poesia segue abaixo. A autora deste hino era esposa de um pastor evangelista. Foi numa das viagens, com toda a família acompanhando-o, que uma das filhas, apenas aos sete anos, veio a falecer, num bizarro acidente. Angie Perry Chapman compôs o hino ao ensejo daquela inesperada e dolorosa circunstância: a mãe ajudando o esposo a enterrar a filhinha tão nova.

Angie viveu apenas quarenta anos de vida; a experiência da perda da filha se deu aos 38, quando surgiu a composição. Pense nisto: aqui, há o ‘até já’; há despedidas… Porém, ‘lá’, jamais se diz adeus!

We'll Never Say Goodbye (1887)
JAMAIS SE DIZ ADEUS ALI
Anzentia Igene Perry Chapman (1849-1889) & John Harrison Tenney (1840-1918)

1. Quão bom, amigos meus, é termos encontro aqui feliz,
   Mas sempre vem a hora triste em que adeus se diz.

CORO: Jamais se diz adeus ali,
      Jamais se diz adeus;
      No eterno lar de amor e paz,
      Jamais se diz adeus;

2. Quão doce é lembrarmos que quando Cristo aqui voltar,
   Nós juntos viveremos pra nunca mais nos separar.

3. Não mais teremos dor e nem despedida lá no lar,
   Mas grata união e paz iremos pra sempre desfrutar.

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Abraços, boa semana (II Pedro 3.13)
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional