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N° 19 : “NUNCA MURCHARÃO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Agosto de 2011

Aqui em Belo Horizonte, o inverno não está sendo muito rigoroso como já foi no passado. Nem como está sendo, ocasionalmente, em outras regiões do país. Antigamente, Belo Horizonte era conhecida pelo frio intenso, pela névoa matinal de todos os dias da estação. Agora não há mais névoa, senão apenas vez ou outra. Mas há um outro efeito, típico da estação, agora mais pronunciado: a baixa umidade relativa, a constante sensação de sequidão. As noites têm sido muito mais duras de transpor, com constantes interrupções para molhar a garganta e as vias nasais. Do lado de fora, a vegetação está sofrida. Há uma intensa luta para manter algumas flores nos vasos ou nos jardins. As begônias que plantamos, floridas que estavam, custam agora a manter um botão. Com o resto da vegetação de flores, nada diferente. Passa-se à frente de algumas jardineiras por aí, e as rosas cultivadas a muito custo mostram restos de botões crestados pelo frio e pela aridez do clima. Tal como a flor, que luta para sobreviver em viço, assim também nós, seres humanos. Jó disse uma coisa acertada: "O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação; Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra, e não permanece" (Jó 14.1,2) E o profeta Isaías toma este cenário por metáfora, quando proclama: "Uma voz diz – clama; e alguém pergunta – que hei de clamar? Toda carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva.  Seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor.  Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente"(Isaias 40.6-8). Parece que a natureza continua sendo uma mensagem, uma proclamação eloquente. "Não há linguagem, não há palavras; dela não se faz ouvir o som; contudo, por toda a terra faz ouvir a Sua voz…" (Salmo 19.3)

    Entretanto, melhor do que na mitologia, onde a lenda da Fênix previa o renascimento da ave extinta pelo fogo, assim essa mesma Palavra de Deus,  que permanece para sempre, promete o renascimento, a restauração e o revivescimento. Trata-se de uma expectativa por algo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram. Temos apenas vislumbres. E temos a fé… e temos a esperança. E ela se renova também. Jeremias diz que isto ocorre a cada manhã. Somos, também daqueles que aguardam "a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e o edificador" (Hebreus 11.10) "Também", quero dizer, em adição àqueles "heróis da fé" de que fala o capítulo todo. A descrição simbólica daquela cidade é magnífica: muros de jaspe luzente, um fulgor como nunca visto, ruas de ouro puro, como também o é a sua praça; um rio, brilhante como cristal, que sai de debaixo do trono do Cordeiro, uma árvore – a Árvore da Vida. Folhas e frutos  que são a esperança de cura dos povos. Não mais sol, nem mais lua, porque o Cordeiro será a sua luz. E, o que será das pessoas que vão habitar essa cidade? O que será de sua nova pele? O que será de sua nova cútis? Envelhecerão? Ressecarão ao frio, sob a aridez? Precisarão de cosméticos, para retardar os efeitos nefastos do clima? Precisarão de protetores labiais? Terão que lançar mão de recursos para vencer tais inimigos? Umidificadores, para evitar o ressecamento noturno? Não! Nunca mais! Pelo contrário: experimentarão, em uma escala multiplicada pelo quase infinito, com renovação constante do suprimento do própro Infinito, uma nova dimensão tal que, o que podem fruir em parte aqui, será fruído em plenitude lá! Diz o salmista: "O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça" (Salmo 92.12-15). Esta previsão tem dois tempos e duas dimensões: uma, presente, que diz respeito à vida cristã. Seu tempo é "já"! Por ela, há renovação do "ar que respiramos para viver", enquanto aqui. Outra, para a vida vindoura; seu tempo é "ainda não"! Por ela, nutrimos a esperança da "cidade onde as rosas nunca murcharão".

  Em 1929, a esposa de um pastor e evangelista compôs um poema a partir da experiência de vida, com base na reflexão sobre as promessas de que falamos. Ela não conheceu os pais: perdeu-os quando ainda na primeira infância, e foi criada num lar batista de órfãos, no estado do Texas. Casou-se com um descendente de judeus vindos da Alemanha, que fugiram dos horrores da 1ª Guerra Mundial. Seu esposo se converteu numa campanha evengelística metodista. Os rigores do inverno no hemisfério norte, em determinadas regiões, destruíam (e ainda destróem) toda vida "verde". As rosas do jardim de Janie Metzgar se acabaram completamente, com a chegada do inverno. Seu poema falava do contraste entre esse cenário do inverno e a revitalização da primavera. Ela ansiou pela primavera outra vez. E ela pôs-se a pensar no céu. E assim, nasceu o poema. Anos mais tarde, seu próprio filho inseriu no poema uma formatação musical. Ei-los, ambos,  em nosso anexo de hoje. Dentre as 4 interpretações que tenho, escolhi esta, convertida de um antigo disco de vinil que ainda guardo (e ouço), para o que segue …

WHERE THE ROSES NEVER FADE (1929)
Onde as Rosas Nunca Murcham
Janie West Metzgar & Robert Metzgar

Choir: Where the roses never fade
Coral : Onde as rosas nunca murcham
I am going to a city
Estou a caminho de uma cidade
Where, where the streets gold're laid
Onde as ruas são pavimentadas de ouro
And they say the tree of life right there is blooming (besides that crystal water)
E, diz-se que lá a árvore da vida constantemente floresce (ao lado do rio de cristal)
And, and the roses never fade
E, as rosas nunca murcham.  

Chorus:
Here they bloom, but for a season

Por aqui, elas florescem, mas apenas por uma estação
And, oh Lord, all of their beauty is decayed
E, ó Senhor, toda a sua beleza logo fenece
But I wanna tell you about it now
Mas, quero falar-lhe disto agora
I am going to a city
Estou a caminho de uma cidade
Where, where  the roses never, never fade
Onde as rosas nunca murcham!

Loved ones gone to be with Jesus,
Os queridos que foram se encontrar com Jesus 
In their robes of white arrayed (oh, yes they are!);
Em suas vestimentas brancas enfileirados (oh, sim, eles estão)  

Now are waiting for my coming,
No presente aguardam pela minha chegada
Where the roses never fade.
Onde as rosas nunca murcham.

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional