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Nº 10 : “COMO A BRISA SUAVE…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 05 de Junho de 2011

Conheço a história de um homem que presenciou uma manifestação muito especial da presença de Deus.  Até onde eu saiba (e mesmo possa crer), o seu caso foi único, nas circunstâncias em que se deu. Mas, a circunstância começou, digamos, depressiva (para usar uma palavra bem moderna).

Naquela ocasião específica, estou certo de que ele fez a si mesmo perguntas (talvez querendo dirigi-las a Deus, e não só a si mesmo), tais como nós assim fazemos, vez ou outra:

Por que eu?

– Por que isso me acontece?

– Por que a esta altura da vida?

– O que Deus quer comigo nisto?

– Por que?

Aquele homem se sentiu só e abandonado. Pior: ele se sentiu injustiçado…

Ele estava convencido de que era fiel e de que era zeloso por Deus, sem saber (ou entender) por qual razão passava pelo “vale escuro”. Olhava à sua volta, e não via com quem juntar seus ombros, compartilhar. Resultado: isolou-se…

Foi quando Deus lhe falou: homem, que fazes aqui, neste lugar, sozinho?

Deus o chamou para fora de seu isolamento. Ele se arriscou a sair; mas, o que viu? Viu uma ventania sem igual, do tipo de varrer o caminho; depois, a própria terra balançou em terremoto; o terremoto deixou um rastro, e naquele rastro, via-se fogo em vários lugares. O homem deve ter pensado consigo mesmo: foi para ver isso que Deus me tirou de lá?

Contrariando frontalmente filosofias artificiais que se referem à origem do universo, como as dos seguidores de Thales de Mileto, na Grécia antiga, Deus não estava nas intempéries. A sua mão as provocou, sem dúvida; mas o vendaval, o terremoto e o fogo não poderiam ser confundidos com Deus!

Sem dúvida que, nos tempos contemporâneos, de terremotos e tsunamis, inundações e secas desmedidas, este dilema é sério problema para muitos.

Mas, por ora, volto ao nosso personagem. Logo depois de todas as intempéries, veio uma brisa, um cicio suave. E Deus chamou Elias de volta, de seu isolamento, pois havia ainda muitas tarefas a realizar; e, ainda – embora não precisasse – era com ele que Deus queria contar!  Além do mais, havia ainda algumas descobertas a fazer, que haveriam de contrariar as premissas que Elias carregava consigo (veja a história completa em I Rs 19, no Antigo Testamento bíblico).

Às vezes é fácil entrar no isolamento; difícil é sair dele. Ele traz consigo intempéries. Ou, vem em meio a elas. Mas, “como uma brisa suave dos campos em flor”, assim pode manifestar-se a voz de Deus, quando nos alcança.

Hoje, embora a natureza continue sendo, como sempre foi, uma forma de Deus revelar-se a Si mesmo, seu ser, seus atributos, falta-lhe um conteúdo essencial, indispensável:

A vontade, os propósitos, as prescrições, as promessas, o conhecimento da Redenção. Por isto, Deus nos deu a Sua Palavra. Por mais bela e eloquente que possa ser a Criação divina (e é), não há como conhecer corretamente a Deus, seu Ser, sua obra, sua salvação, e seus propósitos, sem a sua Palavra!

Quantas e quantas vezes, pelo que ela nos prega, pelo que nos admoesta e promete, nos vem a doce voz de Deus! Isto me faz lembrar várias “pérolas”:

Uma: "Quão doce soa ao coração, do pobre pecador, o nome que lhe traz perdão – Jesus, o Salvador!"

Outra: "Que doce voz tem meu Senhor, voz de amor, tão terna e graciosa, que enche o coração da consolação que só o crente goza… Qual maior prazer que Lhe ouvir dizer – Vem, meu filho, vem escutar : o que eu fiz por ti, tudo que sofri, na cruz prá te resgatar…"

Você conhece uma dessas pérolas? Tem mais uma outra… A poesia, eu a trasncrevo… Convida a lembrar :

Há intempéries na vida! Tais como ventanias ou vendavais; terremotos ou fogo! Mas há uma doce voz de conforto e consolo. Ela está à disposição. Ela está escrita! É só recorrer… E, uma vez conhecida, ela é apta para voltar sempre à lembrança, sob a condução do Espírito, para restaurar a alma. Quando lembro a história de Elias no monte, sinto-me confortado. Confortado. Lembro-me destas verdades, e penso por esse ângulo.

O que lemos na Palavra de Deus, e que entra em nosso cérebro, é um acervo que sempre pode voltar à memória, como uma “brisa suave” em meio (e até depois) da tempestade!

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33).

Eis a sua poesia :

LIKE A BREATH FROM THE HILLS (1916)
COMO A BRISA SUAVE
John Ralstom Clements (1868-1946)
Bentley De Forest Ackley (1872-1958)

1. Como a brisa suave dos prados em flor,
   É Tua voz, ó meu Mestre, pra mim,
   Quando às vezes, no auge da angústia e dor,
   Minha mão quase deixa tua mão.

CORO: Como a brisa suave tua voz é, Senhor,
      Como a brisa de um claro arrebol;
      Dos momentos de sombras liberto já estou,
      Pois ouvi tua voz me falar.

2. Como a brisa suave tua voz é, Senhor,
   Quando a noite me encontra tão só;
   De minh'alma o fardo deixou de existir,
   Quando as nuvens fizeste fugir.

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Abraços, boa semana (II Pedro 3.13)
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional