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N° 71 : “A MAIOR DAS MARAVILHAS!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Agosto de 2012

No dia 21 de Julho de 1969  eu não me encontrava em minha casa, nem na cidade onde então morava.  Estava passando uns dias de férias na cidade de Teófilo Otoni, em Minas mesmo.  Mas, naquele dia, em qualquer lugar, não só do Brasil, talvez um só assunto tomava as atenções de todos: 
"o homem está pondo os pés na lua pela primeira vez ", era o que quase todos falavam. Havia muita gente que não acreditava :   "isto é farsa de americano ", ouvi muitos dizerem.  Mesmo alguns privilegiados que tiveram a oportunidade de ver pela televisão, chegaram a duvidar ("televisão pode qualquer coisa", dizia-se).  Eu, que pouco depois do fato havia iniciado minha tosca imitação de autênticos filatelistas, tratei de perseguir a possibilidade de ter o selo comemorativo, com o carimbo postal do "primeiro dia de lançamento" (First Day of Issue). E, se não o perdi, ainda está no meu singelo acervo.  

O primeiro homem a realizar a façanha, Neil Alden Armstrong, morreu exatamente ontem, aos 82 anos de idade.  Junto com ele, Edwin (Buzz) Aldrin, também pisou o solo linar na mesma data, em seguida, enquanto Michael Collins controlava a nave-mãe Apolo 11 na órbita do nosso satélite. Logo depois de ter dado notícia à NASA da 'alunissagem', Armstrong declamou: "Um pequeno passo para um homem, um passo gigantesco para a humanidade "
Armstrong viveu a vida posterior ao feito sem muita badalação, nem exploração da fama: até a carreira política, que lhe foi oferecida, rejeitou. 
Também não foram muitas as suas frases de efeito que entraram para os anais históricos, mas uma delas me chamou a atenção: "Em minha maneira de ver, a mais importante conquista do programa Apolo foi a demonstração de que a humanidade não está aprisionada para sempre neste nosso planeta; nossas visões vão mais longe do que aqui, e nossas oportunidades passam a ser ilimitadas".  

Estou convencido de que o núcleo central da declaração do afamado astronauta está rigorosamente certa. Mas, provavelmente, não pela ótica dele.  Não estamos, mesmo, para sempre aprisionados neste planeta.  E há muitas direções nas quais pode ser condicionada nossa visão de avanço, para fora dele.
Muitas direções erradas, e uma só direção certa, diga-se de passagem.  Suspeito eu que, infelizmente, a direção para a qual apontava a visão de Armstrong era uma das muitas equivocadas.   É de arrepiar aquela foto que Aldrin tirou de Armstrong, andando sobre a superfície lunar, tendo o planeta terra como uma pequena esfera ao longe, ao fundo.  Se voar num jato lá pelos 12 mil metros de altitude, à noite sobre um oceano, já mete um 'friozinho' na barriga, imagina aqueles três seres humanos, numa distância do nosso solo quase 32 mil vezes maior que isso…  

Mas, voltando  à diversidade de visões sobre a possibilidade de ultrapassar o 'cativeiro' do nosso planeta, quando falo que há uma só direção certa para carregar nossa visão, não estou condicionando minha análise ao crivo científico.  Estou pensando no rumo da visão que extrapola toda a capacidade de investigação científica, seja do ano de 1969, seja em 2012, ou em qualquer futuro que ainda vier. Cada vez que a NASA consegue uma grande proeza (como garimpar o solo marciano, no presente), passa a ganhar incentivos para ir mais longe…  Porém, mesmo que vá a "mundos ainda ignotos" (como escreveu Huberto Rohden), vai continuar defrontando-se com uma verdade que, penso eu, Armstrong deixou de perceber, de considerar e de declarar publicamente; ela está afirmada, de modo convergente, em dois tempos distintos: "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nEle espera " (profeta Isaias, escrevendo no sexto século Antes de Cristo, em Isaias 64.4). "…Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." (Apóstolo Paulo, escrevendo na sexta década do primeiro século da era cristã, em I Coríntios 2.9). 

O mais poderoso telescópio daqui da terra, hoje, é capaz de descobrir vastas maravilhas 'lá fora', no espaço.  O Hubble, que já está lá fora, em órbita no nosso planeta, consegue visualizar muitas mais…  As sondas Voyager já mandam dados bem mais distantes, porque já saíram do nosso sistema solar… 
A Curiosity, em Marte, vai mandando imagens do "planeta vermelho"…  E vamos, com isso, descobrindo  cada vez mais maravilhas. Parece que a 'profecia' de Armstrong vai se cumprindo… Mas nada disso tem visão na direção mais acertada.  Aliás, até pergunto a você que me lê: Você tem alguma visão própria sobre tudo isto? Se tem, você acha que tem a certa? Se não tem, que tal tê-la?

Pisar no solo lunar, garimpar o solo de Marte, atravessar os anéis de Saturno, ultrapassar o último planeta (dizem que nem é mais) Plutão, imergir no espaço estelar lá de fora, romper o "cativeiro terrestre", como prognosticou Armstrong, só traz proveito se trouxer ao explorador a mesma conclusão que trouxe a um 'investigador astronômico' de milênios atrás, o Rei Davi: "Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas, que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres?  E o filho do homem, que o visites?  Fizeste-o, no entanto, por um pouco menor do que Deus, e de glória e de honra o coroaste… Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra [e no universo] é o teu nome! " (Salmo 8.3,4,5,9, com interpolação minha)

Pare e pense um pouco: que adianta ao homem conquistar a lua, Marte, todo o sistema solar e até além dele, isto é, todas as maravilhas do espaço, se perder de vista a glória e a magnificência do seu Criador ? Se deixar de contemplar a maior de todas as maravilhas, ao seu dispor ? Ele, que fêz os céus e a terra para revelar ao homem essa Sua glória, e dar-lhe a conhecer a maior de todas as maravilhas – Ele próprio, seu imenso amor, revelado na pessoa de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, permite ao homem tantas descobertas, mas não para engrandecimento do próprio homem. Antes, é por causa de Si mesmo que Ele permite tantos passos ousados:  "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.  Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.  Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;  no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo [e do universo]." (Salmo 19.1-4, com interpolação minha). 
No meu caso, sei que a 'profecia' de Armstrong apenas se assemelha a algo que vai se cumprir, de fato. 
Muitos de nós não ficaremos atados a este planeta. É só conhecer, de perto e de verdade, aquEle que o fêz, bem como fêz todo o deslumbrante universo, todas as grande maravilhas que nele há.  Mas, lembre-se: a maior de todas as maravilhas não está no universo deslumbrante, senão no inigualável amor que Ele nos deu a conhecer na pessoa de Seu Filho, do que nos fala com clareza a Escritura Sagrada. Isto, porque sem Ele, seríamos como viajores sem rumo no universo, exploradores "perdidos no espaço", mesmo o inexplorado; este, com todas as suas maravilhas, é tão somente um testemunho de Deus, da maravilha maior, Dele próprio. 

Nosso hino de hoje também aponta nessa direção.  Seu compositor completou 103 anos de idade no último 21 de Abril, o que ele fêz ainda cantando, mesmo numa cadeira de rodas. Desde a década de 1950 esse hino tem sido uma verdadeira pregação cantada, em vários lugares do planeta. 
Ouça-o, com a participação tocante de Doug Oldham (1930-2010), e coro de vozes onde o próprio compositor se encontrava. 

THE WONDER OF IT ALL (1955)
A [MAIOR] MARAVILHA DE TODAS 
George Beverly Shea (1909-  )  

There's a wonder of sunset at evening,
Há uma maravilha no pôr-do-sol ao entardecer,
The wonder as sunrise I see;
A maravilha que é o alvorecer, eu [também] vejo;
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is the wonder that God loves me.
É a maravilha de que Deus ama a mim.

Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me…
Tão somente pensar que Deus ama a mim…
Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me!
Tão somente pensar que Deus ama a mim…

There's the wonder of springtime and harvest,
Há a maravilha da estação da primavera e a da colheita
The sky, the stars, and the sun;
O céu, as estrelas, e o sol (por que não também a lua?); 
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is a wonder that has just begun… 
É a maravilha que apenas começou… 

 
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Abraços, boa semana !
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional