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N° 177 : “DEUS, EVOLUCIONISTA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 09 de Novembro de 2014

O franciscano papa Francisco I, lá no Vaticano, acaba de declarar, oficialmente, que Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (1897-1978), designado em 1963 Papa Paulo VI (1963-1978), é agora “mediador intercessor post-mortem” (popularmente, um beato, parte do processo de canonização como um “santo”). O Vaticano diz que reconheceu que Paulo VI teve um “milagre seu comprovado” em favor de uma criança californiana, antes que aquela nascesse (milagre reivindicado para os anos Noventa, quando Paulo VI já era falecido). De acordo com o Vaticano, foram as intercessões celestiais do falecido Giovanni Montini que proporcionaram a suposta cura ao feto. Uma semana depois, o Papa Francisco I surpreendeu o mundo novamente. Falando à Rádio do Vaticano, que transmitia a cerimônia de descerramento do busto de Bento XVI na Pontifícia Academia de Ciências, o papa deu um impressionante respaldo 'pontifício' às teorias da evolução e do "Big-Bang". Transcrevo, traduzindo literalmente a declaração papal do registro pela Rádio do Vaticano: “A evolução, na natureza, não é inconsistente com a noção de criação… Não obstante, o cientista deve ser impulsionado pela confiança de que a natureza oculta, dentro de seus mecanismos evolutivos, potencialidades que precisam ser descobertas pelo intelecto e pela liberdade, de modo a perscrutar o [tipo] de desenvolvimento que pertencem ao desígnio do Criador”.

Francisco I parece repercutir o conceito do padre jesuíta e também cientista francês Teilhard de Chardin (1881-1955). Chardin, em busca de convergir conceitos teológicos com conceitos científicos que abraçava, defendeu que Deus e natureza são dois pólos que continuamente interagem, de modo dinâmico, promovendo a progressiva evolução cósmica. Essa idéia também foi alcunhada de panenteísmopan (tudo) + en (em) + teísmo (de theos = deus); sumarizando, Deus operando por meio de todas as coisas. Chardin enfrentou dificuldades de ambos os lados: evolucionistas ‘puros’, naturalistas que são, sempre repudiaram a idéia de um ser sobrenatural, divino e necessário; criacionistas ‘puros’, isto é, que reconhecem que o ser divino e sobrenatural é, não apenas necessário, mas também poderoso o suficiente para operar sem a colaboração da natureza. Sobrou quem? Sobrou um contingente de religiosos que, sacrificando as mais legítimas ferramentas e métodos da interpretação da Bíblia, pensam que a única maneira de validar a sua revelação textual é curvar-se a pressupostos supostamente bem amparados pela ciência. O notável e inteligente argentino Jorge Mário Bergoglio parece ter dado respaldo a essa concepção.

Interessante! Se alguém se defronta com o livro de Gênesis, que diz que Deus ordenou por Sua Palavra, e em seis dias surgiram os céus, a terra e tudo que neles há, o defensor do evolucionismo teísta aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu num processo que durou milhões de anos Temos que ler a Bíblia dessa ótica!  Se alguém toma, do Gênesis, a percepção de que Deus formou o homem do pó da terra, e soprou fôlego de vida em suas narinas, fazendo-o distintamente de todos os demais seres vivos, o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que o homem evoluiu duma forma simiesca (ancestral também do macaco), esta evoluiu de uma forma viva primitiva e unicelular, e esta evoluiu de moléculas sem vida… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Se naturalmente percebo, em Gênesis, que houve atos criativos ordenados de Deus, o qual, no princípio, criou (Gn 1.1)o defensor dessa linha aparece e diz: mas Gênesis não é um livro de ciência, e a Ciência diz que tudo surgiu do Big Bang, demandando conjugar tempo e acaso, sem intenções prévias específicas de ordem ou de projeto determinante… Temos que ler a Bíblia dessa ótica! Neste caso, ao defensor desta linha fica a incumbência de reler o Gênesis pelos óculos da Ciência, ‘chamando’ Deus para algumas intervenções ocasionais, quando lhe parecer que tempo e acaso não seriam suficientes para a evolução.

Problemas sérios à vista!… Primeiro: se, por não ser a Bíblia um livro de ciência, seu primeiro livro sofre o descrédito que sofre, que dizer do restante, que dali tanto depende? Segundo: se o Big-Bang é, de fato, a origem de todas as coisas, que espécie de Deus é esse, que em vez de nos contar a história certa na Sua revelação, escondeu-a? Terceiro: se a evolução é o seu método, por que nos enganou tanto, dizendo que seu método é criação? Quarto: Se nós, humanos, somos resultado evolutivo de formas irracionais, que são formas evolutivas de entes inertes, por que tantas vezes nos diz a Bíblia haver Deus criado o homem de forma tão singular, o único com a propriedade da “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1.26,27)? Quinto: se milhões e milhões de anos são necessários por causa das chances de evolução dar errado inúmeras vezes em suas tentativas, até finalmente dar certo em uma, onde estão as provas das tentativas erradas? Onde estão as provas de defeitos nas espécies primitivas e intermediárias? Onde estão as espécies defeituosas da transição da evolução para chegar-se ao homem complexo e harmônico que somos?  Bem! Muitos outros problemas poderiam ser levantados. O maior de todos eles é, de fato, a desconfiança contra o texto bíblico, supondo que a Ciência é mais digna de crédito. A grande pergunta será: que tipo de Deus é esse, de que fala a Bíblia?

Para ajuda dos leitores, a palavra de uma autoridade: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como alguns dos vossos poetas têm dito – porque dele somos também geração…”  (Paulo de Tarso, em Atos dos Apóstolos 17.24-28, ARA).  Pessoalmente, peço ao leitor: não se deixe ser enganado, como os gregos daqueles dias foram pelas teorias pré-socráticas. E, se precisar de uma única razão para atender ao meu apelo, dou a que ofereceu a mesma autoridade referida: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.30,31, ARA). A Ciência, se for boa, não há de contrariar a Escritura, nem a si subjugar sua revelação. A Ciência passará; a Palavra de Deus permanecerá eternamente! Não duvide da Palavra de Deus; duvide da “ciência” que duvida da Palavra de Deus!  

Quando Deus questionou Jó por todas as Suas maravilhas criadas, cada qual na ordem e sob o propósito que Deus estabeleceu, a única atitude que restou a Jó foi a de reconhecer quão maravilhoso, sábio e onipotente Deus é. O compositor sacro tratou do mesmo dilema e, enquanto partilhava anos de trabalho junto com Billy Graham, compôs a mensagem musical que hoje disponibilizamos. Com participação tocante de coro e Douh Oldham (1930-2010), o próprio compositor ali cantava, aos 103 anos de idade. 

THE WONDER OF IT ALL (1955)
A [MAIOR] MARAVILHA DE TODAS 
George Beverly Shea (1909-2013) 

There's a wonder of sunset at evening,
Há uma maravilha no pôr-do-sol ao entardecer,
The wonder as sunrise I see;
A maravilha que é o alvorecer, eu [também] vejo;
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is the wonder that God loves me.
É a maravilha de que Deus ama a mim.

Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me…
Tão somente pensar que Deus ama a mim…
Oh, the wonder of it all! The wonder of it all!
Oh, a [maior] maravilha de todas! A [maior] maravilha de todas!
Just to think that God loves me!
Tão somente pensar que Deus ama a mim…

There's the wonder of springtime and harvest,
Há a maravilha da estação da primavera e a da colheita
The sky, the stars, and the sun;
O céu, as estrelas, e o sol (por que não também a lua?)
But the wonder of wonders that thrills my soul
Mas a maior de todas as maravilhas que faz vibrar minh'alma
Is a wonder that has just begun…
É a maravilha que apenas começou… 

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional