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N° 112 : “ONDE ESTÁ O TEU TESOURO?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Julho de 2013

Não faz tanto tempo assim que um conterrâneo cidadão, daqui das Minas Gerais, com sobrenome herdado de um renomado executivo da mineração brasileira do passado próximo, teve seu nome citado na mídia (até internacional) como alguém que queria estar entre os mais ricos do mundo. À medida que passava o tempo, parecia que o "destino" lhe sorria, veloz e prodigamente, pois a mesma mídia anunciava, vez após outra, o aumento de seu patrimônio e riquezas. Depois de certo tempo decorrido, cheguei a ler num veículo de imprensa que ele tinha chegado ao "top ten" mundial. Rápido, viu? Mais recentemente, no entanto, as notícias a seu respeito mudaram vertiginosamente (põe vertiginoso nisso!). Nesta semana, li que houve uma quebra de mais de setenta por cento no patrimônio desse cidadão, com rota de queda se aprofundando. Há empresa sua em que o valor unitário de sua ação na bolsa caiu a um décimo do valor anterior.

Uma ou duas semanas atrás, uma manchete anunciava os sete erros capitais (sem trocadilho com a palavra) do referido: (1) pressa, (2) dispersão de foco, (3) presunção, (4) despotismo, (5) dependência financeira, (6) inconsistência e, (7) silêncio aparentemente indefeso. Cada dia, o mesmo segmento da mídia que explorou, calorosamente, sua imagem para vender suas reportagens com o sucesso aparentemente retumbante, agora explora, dantescamente, sua imagem decaída, para continuar vendendo suas manchetes. E, que ninguém pense que estas referências fatuais que aqui faço, sem indicar nomes e fontes, deve-se a invenção minha: tenho tudo devidamente armazenado em dados jornalísticos. 

Pois eu lhes digo: não vou sucumbir às tentações que frequentemente me parecem mercantilistas desse segmento impressionante da mídia, nem para aclamar, nem para execrar. 
Já estive até prestando serviços para uma das empresas que esse  mesmo personagem constituiu naquilo que alguns resolveram chamar de "império". Conheci um pouquinho de sua história de um ângulo mais próximo. Mas, não vou me proporcionar um papel judicial que não tenho. Ele que se veja com Deus, que é aquEle que dá, e também aquEle que tira, quando quer, como quer e com quem (ou de quem) quer. 
Aliás, querendo Deus, vou eu parafraseando, quem o impedirá? (Isaias 43.13); porque, como Ele mesmo diz: "… para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim NENHUM deus se formou, e depois de mim NENHUM haverá" (Isaias 43.10, ARA). 
Por outro lado, também não posso deixar de passar esta oportunidade para abordar o assunto. 

"Na terra riquezas são vãs, a glória do mundo é banal; mas, são meus os tesouros do amor, de valor infinito e eternal ", já diz o belo hino de outrora. E, diz mais, em seu estribilho: "Oh! Imensa riqueza do amor, riqueza do amor de Jesus, melhores que o ouro do mundo vil são os bens do amor de Jesus! ".
Conheço um ou outro exemplar raro e nobre de uma espécie em grande escassez: aqueles a quem Deus galardoou com riquezas deste mundo, e que sabem usá-las honrando a glória de quem lhas deu. 
Já tenho tido também o privilégio e a oportunidade de trabalhar com certa proximidade de gente que assim conheci. Gente que reverte parte significativa de seus ganhos, mais volumosos que a média, em honra ao Criador e Provedor da vida e das riquezas. Normalmente, nota-se a sua virtude na medida em que 'teimam' pelo anonimato (virtude dos nobres, aos olhos de Deus). 
Entretanto, o número majoritário e preponderante é constituído dos que batalham sofregamente pelo alto grau de sucesso, seja financeiro, seja empreendedor, esquecendo-se paulatinamente de QUEM procedem todas as suas vitórias e os seus ganhos. Que, em vez de acentuar sua busca pelas riquezas de valor eterno, gabam-se das transitórias e efêmeras que, neste mundo, pensam amealhar em definitivo (pelo menos, é o que pensam). 

Nada é definitivo neste mundo! O caso do assim chamado "fenômeno brasileiro dos empreendimentos" está aí, para comprovar. 
Ninguém é, definitivamente, dono de coisa alguma. Como disse o grande expoente da história do mundo, o personagem Jó:
"Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor " (Jó 1.21, NVI).

Administro, continuamente, os problemas oriundos da derrocada de uma pessoa da minha família que chegou a ter alguns milhões em riquezas; isto, porque acabei por ter responsabilidade pessoal sobre os dias de vida que Deus ainda lhe queira dar.

Em um curto espaço de tempo, um invejável patrimônio virou pó, sob administração irresponsável de outrem! Mais que pó, uma atormentante dívida. Daí me lembro do personagem bíblico da história de Jesus: "Néscio! Ainda esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens entesourado, para quem será? " (Lucas 12.20, tradução livre). 

Para que, por que trocar o brilho do ouro e cristal do reino celeste porvir, pelo brilho efêmero e enganador do ouro terrestre?

Para que, por que trocar a fartura segura  das "ruas de jaspe luzente, juncada de áureos troféus ", daquela promissão eterna do lugar do qual se diz – "metade da glória celeste jamais se contou ao mortal " ?      

Não estou pregando filosofia de vida franciscana (independentemente de quem seja o atual pontífice romano). 

Estou falando de outra coisa: estou falando de assunto que já foi dito:
"Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (Mateus 6:21, BCF).

Onde está o teu tesouro? É precisamente onde está o teu coração!

Meu sábio tio valadarense (jequitibano de nascimento) já me disse, algumas vezes, num passado meio distante, mas não esquecido: "Costuma ser muito melhor  aprender com a experiência dos outros, do que com a experiência própria! Porque costuma ser menos doloroso, menos traumático! " O caso do  "fenômeno econômico brasileiro" está aí, pedagógico.

Onde está o teu coração? Nos teus tesouros? Os do presente, ou os que você pensa estarem no futuro próximo?

Finalmente, para lembrança da "velha guarda", o pequeno cântico dos Vencedores Por Cristo.

LÁ ESTÁ O MEU TESOURO (1974, acho eu)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional