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N° 90 : “DIGNO É O CORDEIRO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Janeiro de 2013

Foi uma semana fora de BH. Por isto, só agora à noitinha vai minha mensagem de hoje. Na mensagem de 1° de Janeiro, mencionei a perda do bebê pela minha filha, no início do terceiro mês de gestação. Em decorrência, passamos a semana com eles, em São Paulo.  Acompanhando por lá as notícias, inclusive as locais, foi uma semana de muitas notícias desagradáveis. Talvez, uma das mais marcantes, que repercutiu em todo o país, foi a da Daniela Nogueira. Aos vinte e cinco anos, no nono mês de gravidez, foi vítima de tentativa de assalto no bairro Campo Limpo, zona sul de SP, por dois homens numa moto. Chegando do trabalho por volta de nove da noite da última Terça, foi baleada na cabeça. Socorrida e levada ao hospital, conseguiram, mediante uma cesariana de emergência, salvar a criança – Gabriela – mas a mãe não resistiu. Sob morte cerebral, seis pessoas ainda foram beneficiadas pelos transplantes de órgãos de Daniela. Este é apenas um 'retrato' em forma de notícia, deste mundo que parece estar ficando cada vez mais violento. Fiz um trabalho de observação em duas noites de jornal pela tevê, nesta semana. Foi impressionante: até o penúltimo bloco de cada noticiário, a grande maioria das notícias falava de alguma forma de violência. E mal começamos o ano.

Jesus Cristo uma vez lançou a interrogação :  
"Quando, porém, vier o filho do Homem, porventura achará fé na terra? " (Lucas 18.8, ARC)
Um cenário como o que estamos vivendo, parece mostrar um terreno onde cada vez é mais improvável fertilizar-se a fé ("parece").
Mas, de repente, minha lembrança se volta para um quadro singular do registro bíblico: a crucificação de Jesus entre dois ladrões.
Os quatro evangelistas falam do caso, mas João é o mais sumário entre os quatro, neste tocante. 
Harmonizando os outros três narradores do advento do evangelho, temos algumas particularidades curiosas a notar.

Primeira – A crucificação começou à 'hora terceira' do modo judeu de assinalar horas, e estendeu-se até à "hora nona"; isto quer dizer, das nove da manhã às três da tarde.
Foi, portanto, um horrendo 'espetáculo' dado às multidões, com duração de seis horas. Um 'espetáculo' que nem Nova Jerusalém (em Pernambuco), ou a Paixão de Cristo (de Mel Gibson) conseguem retratar à altura.

Segunda – Dois dos evangelistas narram que todos vilipendiavam a Jesus; dos sacerdotes aos soldados romanos, dos ladrões às pessoas no solo. 
Notou o detalhe? Pouca gente nota: Ambos os ladrões blasfemavam e insultavam a Jesus; não apenas um.  
Mas, como o 'espetáculo' durou seis horas, para um daqueles ladrões algo mudou o quadro dentro daquelas seis horas, próximo à metade do período.

Esta é a terceira particularidade interessante. Em outras palavras, os dois ladrões acompanhavam a multidão, os soldados e as autoridades, que insultavam e zombavam de Jesus crucificado, mas um deles teve a atitude mudada, a certa altura. Não nos é dado saber que circunstância lhe fez mudar; mas sabemos que mudou.
Para um deles, surgiu um rasgo de luz, nasceu a fé. Brotou, germinou e floresceu, até de modo visível (e audível), esse dom divino inefável.

Quarta – Se eram simples ladrões, não deveriam estar condenados à morte de cruz. Se estavam sendo crucificados, com toda a certeza era porque, junto com os crimes de assalto e roubo, havia crimes hediondos também (quem sabe, eram em algum grau semelhantes aos dois que causaram toda aquela dor à família da Daniela, deixando sem mãe a Gabriela).  

Quinta – Ao passar por aquela indescritível mudança, recebendo o dote da fé, tendo os olhos espirituais abertos (conforme o registro efetuado por Lucas), um daqueles ladrões conseguiu perceber quem estava ao seu lado, entre os dois. Ele se encontrou, não apenas com um companheiro de sentença, mas encontrou-se com o próprio Filho de Deus, o autor e consumador da fé. Ele até teve a honestidade (própria dos verdadeiros regenerados) de reconhecer "Nós, na verdade, [recebemos a sentença] com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez." (Lucas 23.41, ARA).

E, dirigindo ao Filho de Deus o seu pedido de coração, ouviu dEle o que há de melhor para se ouvir entre o nascimento e a morte, neste mundo (especialmente na hora da morte):
"Eu te garanto: hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lucas 23.43, BCF).
Isto é fé que nasce no meio das trevas, da podridão; é fé que brota no auge do quadro de mais profunda dor, até dor física.
Então, há esperança, até para o ferido, até para o mais vil pecador.
Há esperança, porque o Autor e Consumador da fé se faz presente, e a palavra que Ele dirige aos homens é "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até ao ponto onde a alma e o espírito se encontram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos." (Hebreus 4.12, BCF) E isto ocorre porque "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões…" (II Coríntios 5.19, ARA) Há cristãos que começaram a se acomodar, achando que pra esse não tem mais jeito, pra aquele não tem mais jeito… 

Já ouvi isso, lamentavelmente.
Pois o fato é: quando o Cordeiro de Deus assumiu a cruz, pagou pelos pecados de qualquer que a Ele tenha o seu coração e os seus olhos voltados. E Deus, o Pai, o honrou e o honra. O seu sangue, dado na cruz, cobre o mais vil pecado. Com Ele, jeito tem!…

Fico pensando: aquele ladrão… Ele não andou com Jesus; não viu os seus milagres; não comeu dos pães e dos peixes que Jesus multiplicou; não viu a cura do homem da mão ressequida, a cura do cego Bartimeu, a cura dos dez leprosos… Quero dizer: Provavelmente não viu coisa alguma. Mas, viu o Cordeiro de Deus na última hora (ou quase última). Encontrou-se com aquele que tira o pecado e salva. E foi salvo.
Um fascínora, transformado no momento derradeiro, porque "DIGNO É O CORDEIRO QUE FOI MORTO!" Ele é o único jeito eficaz para este mundo perdido!

O hino de hoje, eu o gravei de uma rádio há mais de 26 anos atrás. Era a WKES, do sistema Moody de rádio. Da minha velha fita cassete, veio para um CD em formato WAV mediante gravação especial, e agora convertido em MP3. Por isto, a qualidade não será lá tão boa; mas o coral que cantou é muito bom.
Eu confesso: essa gravaçãozinha já me tem feito suscitar emoções por todos esses anos.
Já tenho ouvido um coral aqui em Belo Horizonte cantá-lo de uma maneira muito tocante, em nosso idioma (qualquer hora dessas, vou pedir prá gravar…).
A letra do hino é integralmente tirada de Apocalipse 5.12 (confira em Português na sua Bíblia).
O autor o compôs durante uma cruzada evangelística na América do Sul, a partir de uma impressão fortíssima que o texto joanino exerceu sobre ele.

WORTHY IS THE LAMB THAT WAS SLAIN (1970)
Don Wyrtzen (1942…).

Worthy is the Lamb that was slain (3x)
To receive power, and riches, and wisdom, and strength, honour, and glory, and blessing.
Worthy is the Lamb (3x) that was slain…
Worthy is the Lamb!

AudioPlayer onliner (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional