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N° 151 : “CEDO OU TARDE?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Abril de 2014

Meu Deus, que tristeza! O meu grande amigo Luciano do Valle foi ao encontro de Deus! Tão cedo… Meu coração está triste, mas não esquecerá jamais todo o carinho que você me deu. Ah! Meu amigo…”.  Foram estas as palavras que vários meios de imprensa reproduziram, ‘em nome’ de Hélio Castroneves (1975…), piloto de “Fórmula Indy”, quando da morte do mencionado. Luciano da Valle (1947-2014) era considerado o apresentador desportivo televisivo mais renomado do país. Sofreu um infarto cardíaco em 19 de Abril recente, quando de uma viagem de trabalho entre São Paulo e Uberlândia, para cobertura de mais um evento de futebol. Contava 66 anos de idade, então. Hélio Castroneves firmou grande amizade com o narrador, especialmente quando de eventos turbulentos que afetaram sua vida em passado relativamente recente, durante os quais Luciano do Valle se posicionou claramente solidário ao piloto.

E não é que a frase deste último arrebatou a minha atenção? Quero dizer, mais especificamente a exclamação central – “…foi ao encontro de Deus! Tão cedo…”. É muito clara a pertinência de se entender a frase dentro do seu contexto, como uma expressão de simpatia saudosa, fruto de elo afetivo genuíno. Então, minhas considerações a seguir não terão qualquer tom de crítica à afirmação. Tão somente se aproveitarão do dito para propor uma reflexão: Afinal, ir ao encontro de Deus é um fato que pode, eventualmente, ser qualificado como “cedo” ou “tardio”, como “antecipado” ou “atrasado”?

Bem verdade é que, se depender exclusivamente dos próprios seres humanos, ‘mandar’ certas pessoas, outras, “ao encontro de Deus” mais cedo acabaria sendo tributado ao caráter de um ‘serviço à humanidade’ (o que não discuto aqui e agora). Por outra ótica, não são raros os casos de alguém que, olhando para determinada vida, em seu estado de existência, ou então em seu perfil de personalidade e feitos, e palavras, diriam: “o que ainda está fazendo este (ou esta) neste mundo? ” Ao partirem deste, ainda que não digam com a boca, talvez com o coração ajuizariam: “já foi tarde”! E, similar ao caso acima reproduzido, inegavelmente há aquelas situações, muitíssimas, em que diríamos – “Mas, já Foi muito cedo! ”  Afinal, cedo, tarde, ou na hora precisa? Eis a questão (por empréstimo do famoso poeta inglês).

Sinto que preciso pontuar algumas verdades que, a despeito do meu pretexto, nada têm a ver, especificamente falando, com as menções da biografia do personagem Luciano do Valle (nem tampouco com a do automobilista que soltou a frase). A primeira verdade: “Deus não precisa de maior tempo para examinar os homens, e levá-los à sua presença para julgamento” (Jó 34.23, NVI). Neste caso, vale o preceito para todo homem, uma vez que, aos olhos de Deus, podem ser chamados à Sua augusta presença quaisquer dos seres humanos, a qualquer tempo, quando Ele bem entender. Deus não precisa observar, por muito tempo, a mim e a ti, para a decisão já tomada sobre o momento de chamar à Sua presença, ao Seu encontro, a mim e a ti.

A segunda verdade, é que todos temos (e teremos) de comparecer ante a presença do Todo-Poderoso: “Por que julgas, então, o teu irmão? Ou por que desprezas o teu irmão? Todos temos que comparecer perante o tribunal de Deus.” (Romanos 14.10, BCF). O Luciano do Valle já foi a esse encontro; outras 101 pessoas também se foram do nosso planeta, no mesmo minuto em que ele foi… Divulga-se a estatística de que são cerca de 102 mortes por minuto no mundo; daí, a razão de minha asseveração. No entanto, o Hélio Castroneves, eu e você, que ainda respiramos, também chegaremos ao nosso próprio minuto, quanto à marcação na agenda de Deus.

A terceira verdade: Sob o domínio de Deus, tudo tem seu tempo determinado; nada ocorre, rigorosamente falando, mais cedo ou mais tarde do que deveria… “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz…” (Eclesiastes 3.1-8, ARA). Deixando de lado o eufemismo motivado pela simpatia pessoal e pelo natural sentimento, ninguém morre ‘antes da hora’; tampouco ‘depois da hora’. Não há descuidos da parte de Deus (Deus é Deus! Sempre foi, e sempre será!). Deus não se atrasa, nem se adianta; nem neste assunto, nem em qualquer outro assunto.

A quarta verdade, é que, postas as três verdades anteriores, importa que cada ser humano se prepare, devidamente, para o encontro com o Altíssimo. O profeta Amós traduz esta verdade em forma de advertência profética – “Portanto, assim te farei, ó Israel! E, porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com teu Deus “ (Amós 4.12, ARC). Que ninguém se deixe iludir com a suspeição de que esta verdade é válida apenas para aqueles cidadãos asiáticos da borda leste do Mar Mediterrâneo, que em 1949 tiveram a sua autonomia nacional restaurada pela ONU; ou mesmo, para seus ancestrais dos tempos proféticos, apenas. Lembre-se do que explicitei mais acima, na segunda verdade, “todos temos que comparecer perante o tribunal de Deus”… Este “todos” inclui também os romanos do tempo do apóstolo, inclui o próprio apóstolo (todos estes já morreram), mas inclui também os cidadãos de qualquer nação do planeta, em qualquer tempo, sem excluir os de hoje. Não seja cético a ponto de dizer – ‘eu pago pra ver’… A hora de cada um chega… Se dissermos, em acréscimo – “…chega, mais cedo ou tarde”,  não passa isto de força de expressão, de caráter puramente idiomático. Não será, em qualquer das hipóteses, “cedo ou tarde”: será na hora precisa e no tempo marcado por Deus, porque, “qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? ” (Lucas, 12.25, BCF).151 – Ralstom Clements – NO NIGHT THERE (1899)

Pense nisto:

  • Todos compareceremos perante Deus!
  • “Mais cedo ou tarde” é mera força de expressão; ninguém vai mais cedo ou mais tarde do que deveria, sob os olhos de Deus!
  • Para Deus, tudo tem seu tempo certo, determinado!
  • Ninguém pode acrescentar um cúbito (ou côvado, medida de extensão) ao curso de sua vida!
  • É necessário ter o devido preparo para esse encontro!
  • O único “manual” que pode preparar qualquer pessoa para esse encontro é a Bíblia, a Palavra de Deus! 

A composição musical que hoje nos segue na mensagem é uma obra prima. Sua mensagem aproxima nossas aspirações ao dia daquele encontro. 

NO NIGHT THERE (1899) 
Nenhuma Noite Lá (Há na Glória Um Bom País)}
John Ralstom Clements (1868-1946)

Ouça, nas vozes do Quarteto Templo, com o nosso 
AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'