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N° 108 : “A PAINEIRA E O FLAMBOYANT”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 9 de Junho de 2013

Ontem, chamou-me a atenção uma dupla inusitada: Uma paineira ao lado de um flamboyant, ambos de altura idêntica. 

A paineira é uma árvore interessante… Robusta, chega a alcançar cerca de vinte metros. Seu fruto, muito bem aproveitado pelos que vivem no campo, quando se estoura e liberta aquele chumaço branco igual algodão, faz com que as pessoas da cidade se iludam, ao dizerem que "suja" o chão.  Seu caule é um dos mais eficientes na sintetização da clorofila (por isto conserva seu esverdeado por tanto tempo). Em toda a sua existência até fim da 'juventude', expõe em seu tronco grande número de espinhos ("acúleos"); quando chega a maturidade, porém, caem vários de seus 'espinhos'. A que vi, ontem, tinha muitos acúleos, e também muitos frutos, em pleno Outono. 
O flamboyant é uma árvore que não costuma chegar à altura da paineira (a fase das duas que vi eram exceção), mas costuma mostrar a base do tronco entre as mais exuberantes no meio das grandes árvores. Sua flor avermelhada é grandemente apreciada em Israel, assim como em vários países do mundo (inclusive no Brasil, por quem aprendeu a apreciar as árvores). 
Nas duas que vi, havia não poucos ninhos de joão-de-barro. 

As duas juntas – a paineira e o flamboyant – se tornam ícones de  certas virtudes morais (quiçá, até espirituais). Por exemplo, a força, a resistência, a resignação, a longevidade, até a esperança. A propósito: faltou dizer o lugar onde as vi…
Eu as contemplei, e para elas chamei a atenção dos dois  amigos que andavam ao meu lado, junto ao passeio de uma das vias internas do cemitério Bosque da Esperança. Ali tínhamos acorrido para entregar aos cuidados da natureza – ferramenta das mãos divinas – o corpo da nossa irmã e amiga Beatriz (Bia). Esta, cristã, esposa e mãe, lutou quanto pôde para vencer um câncer… Este, como disse eu no ofício, mero instrumento de Deus para investir a Sua serva na Bem-Aventurança da glória. Quando Deus fêz isso? Na última Sexta, aparentemente num momento que a todos poderia parecer mais cedo do que devia (Mário, Karen e Sara que o digam, com razões e sentimentos perfeitamente compreensíveis); mas, no tempo certo de Deus, uma vez que, mais cedo do que aos olhos humanos poderia parecer, deliberou Ele colocar sob a recompensa da herança celeste a Sua preciosa filha. É assim mesmo: a nós, como é natural, pode parecer "antes do tempo";  Mas, o Todo-Poderoso, que sabe (sabiamente sabe) o tempo e o modo para tudo, debaixo do sol, sabia que o tempo para que a Bia ouvisse –
– "Bem está, servo(a) bom(boa) e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor!" (Mateus 25.21, ARA), era agora. 
Como disse eu por lá (e é assim que penso): não há mais cedo, para Deus! Um câncer, um infarto, uma queda fatal, uma cirurgia insucedida, seja o que for, nada mais são do que instrumentos de Deus para  investir os filhos da Promessa, nesta Promessa. E, em alguns casos, ao parecerem "mais cedo do que o devido", parecem-me algo diferente: parecem-me a formalização da decisão divina, de premiar mais cedo do que pensamos que deveria; de recompensar mais prontamente. 
"Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem  no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem de suas fadigas, pois as suas obras os acompanham." (Apocalipse 14.13, ARA). 

Aquela paineira, ao lado daquele flamboyant, vistos por mim tanto na ida quanto na volta do trajeto, a pé, fizeram meu pensamento vaguear… 
Somos como a paineira: até certa altura da existência, podem chamar atenção os espinhos; mas, chegando a fase da maturidade, mais chamam a atenção os frutos, o verde do caule que permanece, a quantidade dos frutos que prevalece, e a beleza deles, quando enchem de branco o vento e o chão; os espinhos vão desaparecendo. Somos, também, como o flamboyant: no Outono, quase se vêem apenas o caule e os ramos ressequidos e sem folhas; mas, quando chega a Primavera, aquela multidão de flores de longe chama a atenção. Pelo menos, assim que o Criador planejou, tanto para  a  paineira e o flamboyant, quanto para nós. "Na velhice, darão ainda frutos; serão cheios de seiva e de verdor" (Salmo 92.14, ARA). 

A propósito, hoje, cedo, li o Salmo 100. O Verso 4 chamou-me especial atenção. 
Resolvi lê-lo numa das versões católicas… Eis como se escreve: 
"Entrem por suas portas dando graças, com cantos de louvor em seus átrios, celebrem a ele e bendigam o seu nome " (BCF, versão da CNBB). 
Sei que este convite imperativo tem seu objeto primário aqui, neste mundo; mas, sua implicação permanente é no porvir… 
Fiquei imaginando como seria a realização disto quando alguém, como a Bia, de Sexta para Sábado, entra nos Portais da glória, e encontra o seu Senhor… 
Procurei um hino que tenho, em minhas gravações, e adaptei-o, nos meus ouvidos, à situação que minha imaginação acolheu, sob os parâmetros do Livro-Que-Fala-da-Glória-Eterna… 
Então, ouça o hino,  e tente imaginar também; aliás, ainda que custe emoções, tente se imaginar ao ensejo deste preciso momento…
Por causa dos compromissos deste fim de semana, ficarei devendo, por ora, a autoria… 
Com tradução livre (talvez, "livre" até demais) 

INTO HIS PRESENCE, WITH SINGING
ADENTRANDO EM SUA PRESENÇA, COM CÂNTICOS
Ponder, Harp & Jennings

Glory surrounds us,
Glória envolve-nos,
Blessings await us,
Bênçãos aguardam-nos,
As we come before the King…
Ao encontrarmo-nos na presença do Rei…
Power abunds;
Poder é abundante;
Ours for the asking
E faz-se nosso, pela petição
Joy from His eternal suite!
Gozo da parte de Sua eterna possessão! 

Give all your burdens
Deponde todos os pesares
Unto the Savior, 
Nas mãos do Salvador 
Hear Him say "Peace be still"!
Ouví-Lhe dizer "Paz seja convosco!"
Victory in battle,
Vitória na batalha
Comfort in trial,
Conforto na provação,
With His Spirit be filled.
Sede cheios com Seu Espírito!

Into His presence with singing…
Adentrando em Sua presença com cânticos…
Into His courts with praise…
Em Seus átrios com [hinos] de louvor… 
Be thankful to Him, bless His name..
Sede agradecidos para com Ele, bendizei-Lhe o Nome…
The Lamb is worthy of praise!
O Cordeiro é digno de louvor!
Through His gates with thanksgiving
Por entre Seus portais, com ações de graças
Hear hosannas ring…
Ouví ecoar 'hosanas',
Into His presence with singing,
Adentrando em Sua presença com cânticos…
Praise to our soon coming King.
Louvor ao nosso Rei, que breve vem!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional