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N° 290 : “ALEPPO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Março de 2017

 

    Os irmãos de Yamen, de apenas 9 meses de idade, disseram aos resgatadores que a criança nunca havia dado um sorriso. Sonya Krush, resgatadora da Caritas International, sugeriu que a criança jamais tinha dado um sorriso porque jamais tinha visto alguém sorrir.

    Foi em condições precaríssimas, em meio a muito lixo e escombros de guerra, que a Caritas encontrou as seis crianças em Aleppo. Dividindo um único colchão nas ruínas, racionavam, diariamente, a pouca comida que o mais velho conseguia. Mohammed, de 12 anos, e sua irmã Hanna, de 10 anos, ficaram com a responsabilidade dos demais irmãos, desde que, num bombardeio à cidade, seu pai desapareceu, e sua mãe foi levada presa entre os ‘rebeldes’ sírios. Ibrahim (9), Doha (6), Zakaria (5) e o pequenino Yamen, de apenas nove meses, juntavam-se a Mohammed, o mais velho, fazendo de Hanna a única menina do grupo, a nova ‘mãe’ de Yamen. Este deixou a equipe admirada de como sobreviveu: quando os pais desapareceram, tinha 7  meses.

    Para conseguir alguma comida e água, Mohammed saqueava casas destruídas, em busca de metais para vender. Ele próprio, escondeu dos resgatadores um frasco de perfume que tinha, e que usava para beber: o álcool era sua fuga. Nas noites frias, além de se defender do frio, as crianças também tiveram que se defender, várias vezes, de intrusos que lhes vinham pilhar a comida racionada. E assim, sobreviveram por dois meses, depois do desaparecimento dos pais, até o  resgate. As fotos, delas tiradas quando ainda estavam em seu “lar”, mostram semblantes tristes, abatidos e desesperados. Roupas imundas, cabelos imundos, mãos imundas, foram todos recolhidos a um orfanato, onde ganharam comida e roupa limpa. Uma história profundamente comovente, que mostra a crueldade da guerra civil.

    “Aleppo”, em aramaico antigo, significa “branco”, em referência ao solo rico em mármore. Situada no extremo noroeste da Síria, fica bem ao lado de Antakia, a antiga Antioquia dos tempos bíblicos; esta, hoje, não mais no território sírio, e sim no turco. Próximo da metrópole que teve mais de cem mil cristãos, após o tempo do mártir Inácio, discípulo de João, que sucedeu a Pedro no pastorado da cidade, Aleppo recebeu a influência do cristianismo de Antioquia. Nos tempos de Alexandre, o Grande (356-326 a.C.), Aleppo foi chamada de Beréia; a motivação foi a Beréia da Macedônia, onde, mais tarde, os ouvintes de Paulo foram taxados de mais nobres que os de Tessalônica, porque conferiam na Escritura o que Paulo lhes dizia (Atos 17).

    Que dizer de um cenário e uma história tristes como estes? Primeiro, dizer do reconhecimento de mérito que merecem todos os que estão  se esforçando por minorar o sofrimento daquele povo, envolvido num conflito que já dura seis anos. Os que empreendem tais esforços por causa do evangelho de Cristo, são dignos de ouvir sua declaração: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (Mateus 25.40, NVI).

    Depois, ainda lembrando quanto um fato como esse incita o espírito solidário, agradecer tocantemente a Deus, porque vivemos sob paz; os que vivem sem ela dariam tudo para tê-la. “Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, na qual também fostes chamados em um mesmo corpo. E sede agradecidos" (Colossenses 3.15, BCF).

    Ademais, é inevitável voltar a pensar no lugar do descanso eternal que nos aguarda, onde “a morte já não existirá; já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisa passaram" (Apocalipse 21.4, ARA). É o lugar da nossa bendita  esperança. É ali que toda lágrima será enxugada, toda separação será reparada pela doce companhia do Cordeiro de Deus e dos remidos com ele, toda tristeza será suplantada pela alegria que ali, com fartura inesgotável, será usufruída. Oh! Que glória, que gozo será! Imagens como as das ruínas de Aleppo, do  desamparo de Mohammed, Hanna e seus irmãos, ficarão definitivamente para trás, no esquecimento da eternidade, que trará o cultivo somente dos fatos bons e gratificantes da existência celestial.

    O último dizer é uma oração, comovida e solidária: Deus, tu que estás no céu, mas também estás aqui no Brasil tanto quanto estás na Síria, alivia o sofrimento daquele povo, faz cessar aquela guerra atroz, e leva a redenção ao Mohammmed, à Hanna, aos seus irmãos, e a tantos quantos a graça bendita puder, segundo teu querer e tua bondade, alcançar. No Cordeiro, o Resgatador!

    Deixe concluir com minha mensagem musical. Foi escrita por um missionário da Georgia, Estados Unidos. Após passar longo tempo fora de casa, em seus estudos e depois no ministério missionário, decidiu que era hora de visitar os pais em casa. Isto se deu em 1914. Entretanto, com o tempo passado, foi ele advertido: – Olha, já se passou muito tempo desde que você saiu de casa;  seu pai passou por algumas enfermidades e lutas, e essas enfermidades o envelheceram muito. Não se assuste quando chegar em casa e, principalmente, não o assuste". De fato, o susto ocorreu. Pensando e reconhecendo que seu pai já não era mais o mesmo, que em breve já não estaria mais no mundo, e que ele próprio – filho, ainda que mais novo – caminhava para a mesma sina, mas lembrando das promessas do Livro das Palavras do Eterno, compôs ele esse magnífico hino. A interpretação, em inglês, é de Jim Reeves, apenas com a primeira e a última estrofes.

IN A LAND WHERE WE'LL NEVER GROW OLD (1914)
Numa Terra Onde Nós Nunca Envelheceremos
James Cleveland Moore (1888-1962)

I have heard of a land on the far away strand,
Eu tenho ouvido de uma terra naquela praia distante
’Tis a beautiful home of the soul;
Trata-se de um belo lar para a alma
Built by Jesus on high, where we never shall die,
Edificado por Jesus nas alturas, onde nunca morreremos
’Tis a land where we never grow old.
Trata-se de uma terra onde nunca envelheceremos.

Never grow old, never grow old,
Nunca envelheceremos, nunca envelheceremos
In a land where we’ll never grow old;
Numa terra onde nunca envelheceremos
Never grow old, never grow old,
Nunca envelheceremos, nunca envelheceremos
In a land where we’ll never grow old.
Numa terra onde nunca envelheceremos

When our work here is done and the life crown is won,
Quando nosso labor aqui se cumprir, e conquistada a coroa da vida 
And our troubles and trials are o’er;
E quando nossos problemas e provações terminarem
All our sorrow will end, and our voices will blend,
Toda a nossa tristeza vai findar, e nossas vozes se misturarão
With the loved ones who’ve gone on before.
Com os amados que tiverem ido antes de nós.

Ouça, com nosso

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses.

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 41 : “A FONTE DA JUVENTUDE!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 22 de Janeiro de 2012

  No Domingo passado eu não estava em Belo Horizonte (já não estava desde a Sexta antecedente); tampouco em quase todo o restante da semana. Por esta razão, saltamos um Domingo… Cheguei neste final de semana, e já tinha em mente uma abordagem, bem como um hino para seu desfecho. Entretanto, entrando aqui na minha caixa postal, encontrei mensagem de um primo que me fez mudar de ideia. A mensagem me endereçou a uma preleção da atriz Jane Fonda. O assunto da preleção foca como viver o que ela chamou de "o terceiro ato" da vida. A expressão inglesa "the third act" parece-me similar ao que por aqui costumamos chamar de "terceira idade". Vou aproveitar um "rasgo derivado" das minhas reflexões, e escrever sobre isto.

   Na preleção, Jane Fonda referiu-se a um falecido advogado norte-americano que a inspirou : Neil L. Selinger (1953-2011). Selinger faleceu pouquíssimo tempo depois do definitivo diagnóstico de sua rara enfermidade: ALS – Amyotrophic Lateral Sclerosis, também conhecida como "doença de Lou Gehrig". Trata-se de uma doença que avança rapidamente a degeneração física, mas que não afeta a mente. Por mera curiosidade, trata-se da mesma doença que afetou o físico inglês de Cambridge, Stephen Hawking. Selinger, por causa de sua enfermidade, aposentou-se "precocemente" de uma brilhante carreira de advogado em Nova Yorque. O que nele inspirou Jane Fonda foi a sua resolução de transformar o restante de vida em vida bem vivida,  apesar das crescentes (rapidamente crescentes, diga-se de passagem) limitações físicas. Então, dedicou-se a escrever. Como as mãos, os dedos se recusavam a trabalhar, a mulher e as três filhas serviram de amanuenses. Há um interessante depoimento sobre ele, escrito pela filha mais velha, em http://www.college.columbia.edu:80/cct/mar_apr11/alumni_corner. Um dos seus escritos traduz-se por "A Passagem do Tempo" (The Passage of Time).

   De acordo com os reports  que Jane Fonda mencionou, os avanços modernos acrescentaram cerca de 30 anos, em média, à existência humana, elevando a expectativa facilmente para noventa anos (a "terceira idade", em 3 supostas fases de trinta anos). Bem, eu duvido um pouco desse número. Moisés, cerca de 1450 A.C (portanto, quase 3.500 anos atrás), disse que a média limite da longevidade ficaria entre 70 e 80; neste último escore, caso houvesse vigor. In verbis, disse ele: "…acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos" (Salmo 90.9,10) Se o marco, na atualidade, passou aos 90, o "acréscimo" não foi tão grande, exceto se for considerada a média da primeira metade do século 20. Aí, sim: as duas grandes guerras e as epidemias puxaram o número para baixo, com certeza. Mas, a precisão numérica não importa. A verdade é que, mesmo que a média subisse ainda um pouco mais, elevando-se a 100 ou 120, não mudaria muito o quadro amplo da questão. Não estou insinuando que não se deva preocupar com a busca de melhor qualidade de vida para a "melhor idade".Absolutamente, não. Estou, em verdade, começando por pontuar que envelhecer é normal, é inevitável. A cantora Sandy, reconhecidamente bela de aparência, declarou, aos 29 anos de idade, ter um verdadeiro pavor pelo envelhecimento. Daí, cercar-se de todo tipo de cosmético, num frenesi stressante.

   O problema do "DNA" ("Data de Nascimento que Avança") é irreversível. Ou melhor: quase irreversível, porque já se sabe de um meio para reverter o envelhecimento. É, é isso mesmo que eu escrevi: já há reversão para o envelhecimento! A famosa "fonte da juventude" não é lenda: já se sabe onde está. E eu lhes conto: "Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente" (Jesus, em João 8.51) "…E a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor…" (Apocalipse 21.4) "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida…" (Apocalipse 22.14) A conclusão é óbvia: Naquela nova pátria haverá novas vestiduras, "lavadas no sangue do Cordeiro", para todo aquele que receber e guardar a Palavra do Senhor. E este jamais verá a morte, porque terá a vida eterna. Jamais envelhecerá! Nunca mais, nunca mais mesmo! Por isto é que afirmou Salomão : "A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito" (Provérbios 4.18) Ei, Sandy : ouviu isto? Nem suas roupas, nem sua pele, nem você envelhecerá, se tiver seu lugar assegurado no céu! E o melhor de tudo: sem precisar levar cosméticos daqui – bastarão as "folhas da Árvore da Vida"! Ei, Jane Fonda, vale prá você também. E vale prá mim, e vale prá todos que me puderem ler…

   Alguém pode ser tentado em seus pensamentos assim: Mas não é sobre isso que estamos falando, e não é nisto que eu quero pensar agora. Lamento, porque o "bilhete" continua assim: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra" (Colossenses 3.2) Eu penso, eu tenho pensado, e tenho até ansiado. A verdadeira "fonte da juventude" vem (metaforicamente) da botânica, vem da flora… Vem da "flora celestial" : está na "Árvore da Vida", e você sabe de que, ou melhor, de quem eu estou falando.

   Deixe concluir com minha mensagem musical. Foi escrita por um missionário da Georgia, Estados Unidos. Após passar longo tempo fora de casa, em seus estudos e depois no ministério missionário, decidiu que era hora de visitar os pais em casa. Isto se deu em 1914. Entretanto, com o tempo passado, foi ele advertido: – Olha, já se passou muito tempo desde que você saiu de casa;  seu pai passou por algumas enfermidades e lutas, e essas enfermidades o envelheceram muito. Não se assuste quando chegar em casa e, principalmente, não o assuste".De fato, o susto ocorreu. Pensando e reconhecendo que seu pai já não era mais o mesmo, que em breve já não estaria mais no mundo, e que ele próprio – filho, ainda que mais novo – caminhava para a mesma sina, mas lembrando das promessas do Livro das Palavras do Eterno, compôs ele esse magnífico hino. A interpretação, em inglês, é de Jim Reeves, apenas com a primeira e a última estrofes.

IN A LAND WHERE WE'LL NEVER GROW OLD (1914)
Numa Terra Onde Nós Nunca Envelheceremos
James Cleveland Moore (1888-1962)

I have heard of a land on the far away strand,
Eu tenho ouvido de uma terra naquela praia distante
’Tis a beautiful home of the soul;
Trata-se de um belo lar para a alma
Built by Jesus on high, where we never shall die,
Edificado por Jesus nas alturas, onde nunca morreremos
’Tis a land where we never grow old.
Trata-se de uma terra onde nunca envelheceremos.

Never grow old, never grow old,
Nunca envelheceremos, nunca envelheceremos
In a land where we’ll never grow old;
Numa terra onde nunca envelheceremos
Never grow old, never grow old,
Nunca envelheceremos, nunca envelheceremos
In a land where we’ll never grow old.
Numa terra onde nunca envelheceremos
In that beautiful home where we’ll never more roam,
Naquele lar mavioso, onde não mais vaguearemos
We shall be in the sweet by and by;
Desfrutaremos das doçuras todo o tempo
Happy praise to the King through eternity sing,
Alegres louvores ao Rei, por toda a eternidade a cantar
’Tis a land where we never shall die.
Trata-se de uma terra onde nunca envelheceremos.

When our work here is done and the life crown is won,
Quando nosso labor aqui se cumprir, e conquistada a coroa da vida 
And our troubles and trials are o’er;
E quando nossos problemas e provações terminarem
All our sorrow will end, and our voices will blend,
Toda a nossa tristeza vai findar, e nossas vozes se misturarão
With the loved ones who’ve gone on before.
Com os amados que tiverem ido antes de nós.

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses.

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional