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N° 150 : “ALÉM DO AZUL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Abril de 2014

A data era 12 de Abril de 1961; portanto, 53 anos atrás. O protagonista estava a bordo de um meio de transporte, denominado “Oriente” (é a tradução da palavra russa “vostok”). A viagem durou exatos 108 minutos, ou pouco menos que duas horas; no entanto, mais de 42 mil quilômetros foram percorridos, numa linha diagonal em relação ao eixo equatorial da terra. O protagonista era Yuri Gagarin (1934-1968), e o seu feito pioneiro foi a primeira órbita completa tripulada em torno do nosso planeta.

Na sua boca, colocam-se algumas frases de efeito que se tornaram marcantes. Por exemplo, afirmar “olhei para todos os lados, em torno do mundo inteiro, mas não vi Deus algum”. No entanto, a autoria desta declaração tem sido disputada, pois há quem a atribua ao presidente Nikita Khrushchev, valendo-se da publicidade em torno da figura do cosmonauta, em favor da propaganda comunista. Outra exclamação marcante do pioneiro foi: “A terra é azul ! ”. Há quem diga que até se emocionou, ao dizê-lo. Como foi o primeiro homem a ocupar uma posição no limiar da atmosfera, a cerca de 315 quilômetros acima da superfície terrestre, teve uma visão do planeta que, até então, somente Deus já tivera. Hoje, há imagens captadas de distâncias ainda bem maiores, mas nenhuma jamais conseguirá ver o nosso globo como Deus vê.    

Então, Gagarin descobriu que a terra é azul, não é? Fantástico! E, por que ela é “azul”? Dizem os físicos tratar-se de mero fenômeno cromatográfico, dependente da incidência da luz solar e da refração dessa luz no meio físico. Qual? A atmosfera, ora bolas. A quantidade de oxigênio na atmosfera, assim como a quantidade dele na água dos oceanos, que perfazem três quartos da superfície do globo, é que ‘empresta’ tal cor. Pelo mesmo fenômeno, até o céu é azul. Num dos meus estágios técnicos do curso de engenharia, estive algumas vezes numa ‘fábrica’ de oxigênio, indispensável aos processos siderúrgicos. Lembro-me que o chefe da fábrica mandou um funcionário trazer-me um balde de oxigênio líquido, à temperatura de ‘mais’ de 183 graus… negativos! O funcionário brincou: “põe aí dentro o dedo! ”. E o chefe logo advertiu: “faz isso, que o dedo vai ficar lá dentro! “. Mas, o interessante da minha lembrança é que o líquido, ali dentro, era azulzinho “da Silva”. É isso, então: somos privilegiados por viver num planeta, por enquanto caso único no universo, chamado pelo cantor e compositor Guilherme Arantes de “planeta água”! Oxigênio em larga escala nas águas dos mares, até pouco tempo atrás fartamente nutridos por seus tributários fluviais; oxigênio em larga escala na atmosfera também.  E, prá que? Para prover e sustentar a vida. Sem oxigênio, não há vida humana, e nem a esmagadora maioria das espécies tradicionais. Coisa de ‘arquiteto’ e ‘edificador’ extremamente sábio, mesmo; a propósito: Deus!

Yuri Gagarin descobriu a grande evidência do fenômeno; só não sei se chegou a conhecer o autor do fenômeno. Vinte séculos atrás, um homem ingressou na cidade mais avançada em Ciência no mundo de então (Atenas), e falou sobre esse ‘arquiteto e edificador”: “Pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo o mais… pois nEle nos movemos e existimos; como alguns dos vossos poetas têm dito: ‘porque dele também somos geração “ (Atos 17. 25,28, ARA). Esse home era o apóstolo Paulo, que espantou a avançada civilização de ‘sábios’ gregos de então. O que eles pensavam sobre este assunto? A maioria, seguindo a amplidão das reivindicações dos sábios pré-socráticos, achava que a vida humana era o resultado evolutivo de alguma substância arquetípica qualquer – talvez a água (Thales de Mileto – 623~556 a.C.), o ar (Anaxímenes – 585~528 a.C.), a terra (Xenófanes – 570~460 a.C.), o fogo (Heráclito – 535~475 a.C.), ou outras hipóteses…

No entanto, passados cerca de dois e meio milênios, mesmo perpassando por Darwin, a Bíblia continua desafiando todas as hipóteses, com a sustentação da melhor e mais segura das alternativas: Deus criou o universo, Deus formou o homem, e forjou Ele também todas as condições favoráveis para que a vida progredisse… “Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus!” (Gênesis 2:4, NVI). E Yuri Gagarin, apenas 53 anos atrás, foi um pioneiro naquela visão privilegiada, que o levou a dizer – “A terra é azul!”.

Você pode seguir o profeta que quiser, prá modelar a explicação do fenômeno. Richard Dawkins (1941…), de Oxford, por exemplo. Se você se contenta em ser tachado de descendente de espécies primitivas, que advieram do caos, ou da terra, ou do ar, ou da água, ou do fogo, problema seu. Sinto-me muito confortável seguindo o ensino do profeta Moisés, e de todos que o sucederam, em cima do fato de que somos criação divina, prá viver num meio ambiental também por Ele construído – sabiamente construído, diga-se de passagem. Não apenas prá viver, meramente por viver, mas para observar e cumprir o propósito daquEle que nos criou. “A terra é azul!”, disse o cosmonauta. E nem poderia ser diferente… Pois Deus nos supre com vida, respiração, e tudo o mais, disse o escritor sagrado. O oxigênio nos é indispensável. E, temo-lo com fartura (ainda): na água e no ar. Por isto, é azul… É a evidência da sabedoria construtiva de Deus. Não é admirável? A frase de Yuri Gagarin trouxe atestado ocular à sapiência da obra divina. Mas, preciso dizer que Davi foi mais sábio: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, que é qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra como um herói a correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso, até à outra extremidade deles; e nada se furta ao seu calor(palavras registradas cerca de três mil anos antes da frase de Yuri Gagarin, conforme Salmos 19.1-6, ARC).

Que maravilha: “a terra é azul!” Também, pudera: é obra sublime de Deus, com propósitos que vão muito além da nossa existência. A Bíblia o diz! E esse “azul” aponta prá mais longe… Aponta prá além do “azul”…

Alfred B. Smith, em plena fase final da Segunda Guerra Mundial, captou de modo singular esta percepção, e lançou-a em poesia e métrica musical. Foi por aquele tempo que participou do lançamento de “Youth for Christ” (Mocidade para Cristo). Como pastor e como ministro de música, trabalhou com Billy Graham, George Beverly Shea e John Peterson. Vale a pena ouvir…

“SOMEWHERE BEYOND THE BLUE” (1944)
ALÉM DO CÉU AZUL
Alfred Barney Smith (1916-2001)

Somewhere beyond the blue 
There's a mansion for me 
Somewhere beyond the blue 
I am longing to be 
I'll see my Saviour's face 
And sing of saving grace 
Somewhere beyond the blue, some day

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'