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N° 134 : “ESPERANTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 15 de Dezembro de 2013

“Esperanto” é uma palavra original, mas procede da tentativa de aglutinar seu sentido a partir de vários idiomas. Significa “aquele que espera…”. Procede do italiano speranza (que tem suas raízes no Latim), do francês espérance, do espanhol esperanza, do romeno speranţă, e até do nosso português esperança. É a palavra que dá o nome a um idioma moderno, planejado e projetado. O dia 15 de Dezembro (hoje), dia do nascimento de Ludwig Lázarus Zamenhof (1859-1917), seu criador, é considerado o Dia Mundial do Esperanto. Esse idioma foi idealizado pelo famoso judeu-polaco, médico de profissão, linguista de devoção. Ele próprio, além do Esperanto, dominava Hebraico, Ydiche, Russo, Polonês, Alemão, Francês, Latim, Grego e Inglês, mas não tiraria notas muito baixas igualmente em Italiano, Espanhol e Lituano.   Numa época de muitas revoluções, conflitos culturais, demandas por fronteiras, Zamenhof raciocinou : “Não procedem os grandes desentendimentos da humanidade de sua incapacidade de comunicar-se num único idioma?  Se tivéssemos uma língua unificadora no planeta, certamente os esforços pela paz e pela harmonia dos povos seria coroado de êxito”. Assim nasceu, foi ‘construído’ o novo idioma, com o objetivo de unificar a linguagem entre os povos, os seres humanos. Como nasceu ele em 15 de Dezembro, ficou sendo este o dia internacional da novidade. Ele mesmo se incumbiu de traduzir todo o Antigo Testamento – a ‘Bíblia Hebraica’, para o Esperanto. Por estar convencido de que os esforços de cunho nacionalista prejudicam a busca da harmonia universal, deixou de participar do movimento sionista, que começou no final do século XIX. No Brasil, o Esperanto encontrou um bastião de defesa no movimento de Alziro Zarur – a Legião da Boa Vontade. Instituições congêneres, em outros países, também promovem a língua, por causa do seu fator, digamos, ecumênico. No entanto, Zamenhof morreu sem ter evidências que sustentassem a esperança de ter o Esperanto como idioma universal. Se estivesse vivo ainda hoje, talvez mais desapontado estivesse.

Esta história de diversidade linguística, quer creia, ou não, você que me lê, começou na época do controverso Dilúvio bíblico (controverso para muitos, não para mim). Conta-nos Moisés, o grande líder hebreu, estribado no conhecimento que o próprio Deus lhe concedera, que houve um dilúvio universal. Por “universal” quero estipular: a Bíblia de fato testemunha que as águas cobriram toda a terra de então. É possível que o Everest, com seus 8.848 metros de altitude (em relação ao nível de superfície Oceano Índico) ainda não estivesse formado, tal como hoje; é também possível que a Fossa Mariana, com seus 11.034 metros de profundidade (em relação ao nível de superfície do Oceano Pacífico) ainda não fosse tão funda. Não obstante, o que nos assegura a Palavra de Deus, é que todos os montes de então foram cobertos, e toda forma viva que respirava o ar de então foi exterminada, exceto Noé, sua família, e os animais que ele abrigou na arca. Está tudo lá, no livro de Gênesis, entre os capítulos 6 a 9: “Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem. Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca (Gênesis 7.19-23, ARA).  Após o Dilúvio, com a tentativa dos homens, de manter o controle sobre seu próprio futuro, e de construir sua fama para a posteridade, Deus lhes confundiu as línguas em Babel, e daí surgiu toda a diversidade : “Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro. Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra (Gênesis 11.6-8, BCF).  Desde então, o que impera é a diversidade lingüística, e não há “esperanto” que tenha resolvido a barreira. Essa diversidade se tornou parte da intervenção divina na história humana.

Com a vinda de Cristo ao mundo, ou melhor, após sua vinda, com seu retorno ao céu, sinais claros de que a maldição em forma de diversidade lingüística de Babel seria revertida já foram dados no Pentecoste (Atos 2).  Esse evento aponta para futuro próximo, no qual uma multidão há de se colocar ante o Rei Jesus… Essa multidão, oriunda de várias etnias e idiomas do mundo, se reunirá triunfalmente para entoar louvores de vitória perante o Cordeiro de Deus, conforme nos antecipa a profecia: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. Amém! O louvor, e a glória,e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém! “ (Apocalipse 7.10,11, ARA).

Isto é que será autêntico “esperanto”!  Afinal, não procede toda a desídia, discórdia e desgraça humana da falta de um único idioma?… Pelo menos, não foi o que sonhou Zamenhof? Pois Deus faz melhor: Ele há de unificar a voz de um grande coro, a multidão, proclamando este hino de triunfo, de uma vez por todas e prá sempre!
Um detalhe: Estarei por lá, no meio daquela multidão…
Você, você mesmo, estará também? Ao menos quer estar? Há esperança, para o ‘esperanto’ (“aquele que espera…”).  

A mensagem musical de hoje corresponde àquele cântico, numa só língua e uma só voz. Ouça uma preliminar, gravada no Brasil no início da década de Setenta. 

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Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses
 

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional