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Author Archives: Priscila

N° 168 : “QUEM TE COMPROU?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 31 de Agosto de 2014

“Nunca, na história deste país, tanto dinheiro foi roubado, tantos esquemas foram montados, tanto apoio político foi comprado e o Estado foi tão aparelhado”. Quem disse isto foi um eleitor paranaense, indignado com as reincidentes notícias de alto índice de rejeição de expressiva faixa de candidatos políticos em 2014. O presidente de um dos institutos de pesquisa do nosso país afirmou que o índice de rejeição passou a ser um fator decisivo na eleição deste ano. Certo jornal brasileiro de alta densidade expressou que depois do julgamento do “mensalão” no STF, o fator passou a ser dos mais relevantes.  Só lembrando, a tese básica que prevaleceu no julgamento da Ação Penal 470 foi a compra de votos no Congresso Nacional, mediante interesses previamente dirigidos.

Em quase todo o país, uma avalanche de processos de investigação por compra de votos abalou ainda mais a confiança nos políticos. Comparando-se as pesquisas de opinião pública sobre a credibilidade das instituições políticas, vê-se uma significativa queda do índice: essa credibilidade já era bem menor que 50% entre os eleitores, uma década atrás; hoje, corroeu-se muito mais. Determinada multinacional de pesquisas informa que o nível de credibilidade nos políticos, hoje, é de 14%. O assunto “compra de votos” é tão preocupante, que o Ministério Público está dedicando contingentes de seus procuradores para a investigação. Se fosse possível, o próprio eleitor poderia atiçar os candidatos que se lhes oferecem seus préstimos, como potenciais ‘servidores da sociedade’, com a pergunta: Quem já te comprou?

Bem! É lógico que uma pergunta dessa, direcionada ao candidato, tem uma chance próxima de 100% (senão ali, precisamente) de receber, como resposta,“ninguém!”. Aliás, talvez muitos ainda diriam: “Ninguém, nunca!”… Vê se pode, uma coisa dessa – candidato legítimo nunca é “comprado”; nem sendo candidato à reeleição, já tendo usufruído mandato. Mas, parece que somente 14% da população brasileira acredita nisto.

Eu, que não sou candidato – se alguém me perguntasse se já fui comprado, não teria a menor hesitação em dizer que “sim”! Aliás, apenas para um arremedo de representação gráfica do nível sonoro, eu diria – “SIM!” (prá soar mais alto). Fui ‘comprado’ sem interesse político; fui ‘comprado’ sem interesse financeiro; fui ‘comprado’ sem interesse patrimonial; fui ‘comprado’ sem interesse de projeção. E foi por uma só pessoa; não foi um grupo forte, não foi um partido, não foi uma instituição, nem foi um conchavo coletivo. A pessoa que me comprou, confesso, conseguiu seu êxito sem gastar um só centavo. Na verdade, quando me dei conta de mim mesmo, já estava ‘comprado’. E não me arrependo, nem do fato, nem de revelá-lo. Não tenho o menor pejo de o dizer…

Fui ‘comprado’, sim; quem me ‘comprou’ ofereceu um único benefício, mas, valeu a pena. “Valeu”, só, não! Está valendo, e valerá muito mais depois que eu deixar este mundo. Aí, sim, é que a ‘compra’ fará toda a diferença benéfica. Bem, se a esta altura, está ainda intrigado quem, eventualmente, me lê, vou logo esclarecendo de que se trata. É como adverte o apóstolo de Tarso (nada a ver com o diplomata, nem com o governador e ex-ministro): Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (I Coríntios 6.20, BCF). Com a expressão “grande preço”, o apóstolo está se referindo à vida e ao sangue de Jesus Cristo. Ele é o meu ‘comprador’. O mesmo porta-voz de Deus ainda afirma: “Vocês foram comprados por alto preço; não se tornem escravos de homens.” (I Coríntios 7:23, NVI). Segundo o que Deus lhe colocou a escrever, essa ‘compra’ transforma o ‘comprador’ em proprietário exclusivo do ‘comprado’ (é o meu caso, portanto). Tem dúvidas? Então verifique mais uma declaração:“E Ele morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquEle que por eles morreu e ressuscitou”  (II Coríntios 5.15,  ARC).   

Quando digo que o maior de todos os benefícios dessa ‘compra’ que a mim ocorreu está na vida vindoura, quero mostrar, com isso, a grande diferença dos métodos e dos objetivos de Jesus, em relação aos corruptores da terra. Estes, compram para obter benefícios de quem, eventualmente detenha poder, para lhes trazer vantagens em troca; e os corrompidos se vendem também para permutar benefícios. Jesus, não: com seu sangue, com sua vida entregue na cruz, Ele compra pessoas para serem contadas entre os redimidos na eternidade. Para Ele, foi só prejuízo, humilhação. Mas, para os ‘comprados’, a glória que este mundo nunca pôde, e jamais vai poder proporcionar.

No vislumbre prévio dessa glória, ao apóstolo João foi dado conhecer algo simbólico, descritível apenas com a força parcial das palavras disponíveis em qualquer idioma: Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” (Apocalipse 14.3, ARA). Esse número (cento e quarenta e quatro mil) é simbólico. Indica que os ‘comprados’ da terra pelo sangue do Cordeiro de Deus estarão lá, numa alegria e num gozo aqui representado por um cântico novo. Geralmente, quem canta uma música alegre é porque está alegre. O rapaz, quando recebe de sua amada um “sim” pela proposta de enamorá-la, volta prá casa cantando, feliz da vida. Pois muito mais estarão os ‘comprados’, lá no céu.

Uma perguntinha final: você já foi comprado? Alguma vez? Nem por Jesus Cristo? Que tal Ele? Os efeitos, como visto, serão de validade eterna.

Finalizo, deixando-te diante de bela composição. Em verdade, a poesia da autora exige a compreensão de que não há mérito algum no homem, pois este pertence sempre e exclusivamente em Deus. A compositora, esposa de pregador, de acentuada sensibilidade sob o reconhecimento dos feitos divinos, estava certa de que pelo sangue de Jesus fomos comprados.

I WILL PRAISE HIM (1898)
EU O LOUVAREI
Margaret Jenkins Harris (1865-1919) 

When I saw the cleansing fountain,
Quando eu contemplei a fonte purificadora 
Open wide for all my sin,
Escancaradamente aberta em razão de todos os meus pecados
I obeyed the Spirit's wooing,
Obedeci ao 'chamado' do Espírito Santo
When He said, "Wilt thou be clean?"
Quando Ele conclamou, "Serás purificado?"

I will praise Him! I will praise Him!
Eu o louvarei! Eu o louvarei!
Praise the Lamb for sinners slain;
Louvarei ao Cordeiro que foi morto por pecadores;
Give Him glory, all ye people,
Dêm-lhe glória, todos vós, povos, 
For His blood can wash away each stain!
Pois o seu sangue pode lavar cada mancha!

Though the way seems straight and narrow,
Ainda que o caminho pareça estreito e apertado 
All I claimed was swept away;
Tudo por quanto clamei foi desprezado
My ambitions, plans and wishes
Minhas ambições, planos e desejos
At my feet in ashes lay.
Jazem em cinzas ante meus pés. 

Blessed be the Name of Jesus!
Bendito seja o nome de Jesus! 
I'm so glad He took me in…
Como sou feliz porque Ele me acolheu…
He's forgiven my transgressions,
Ele tem perdoado minhas transgressões, 
He has cleansed my heart from sin.

Ele, do pecado purificou meu coração

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 167 : “DE VOLTA AO LAR…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Agosto de 2014

“Em um único mês, dois milagres de Deus!” Estas palavras caracterizam a forma como reagiu Jamaliah Jannah Rangkuti, junto com seu esposo, Septi Rangkuti, em Meulaboh, Indonésia, depois do que lhes aconteceu neste mês de Agosto.  Foram praticamente 10 anos de tristezas pela perda de seus dois filhos; a evidência apontava que tivessem morrido no tsunami que causou o grave desastre de 2004, no oceano Índico.

Raudhatul, então com 4 anos, e Ariel, então com 7 anos, eram filhos do casal. Quando veio a primeira onda, pais e filhos foram separados, mas as duas crianças se agarraram à mesma tábua. Depois da onda seguinte, Raudhatul acabou sendo socorrida por algumas pessoas, enquanto Ariel se distanciava dela, ainda sobre a tábua. Depois disto, pais não mais viram seus filhos, e os dois irmãos não mais se viram também. No último dia 08 de Agosto a menina foi reunida aos seus pais; dez dias depois, o rapaz foi também reunido à família. Além do tempo, também o espaço os separou: 800 quilômetros era a distância entre eles, na enorme confusão que sucedeu ao tsunami de dez anos atrás. Mais de 275 mil vidas foram ceifadas, segundo o serviço federal de pesquisa geológica dos Estados Unidos. Raudhatul volta ao seio da família aos 14 anos de idade, e seu irmão, aos 17 anos de idade. A alegria, em família, beirou a euforia…

Dá prá imaginar o sentimento daqueles pais? Recuperar com vida, num único mês, em pleno 2014, os dois filhos dados por perdidos? Dá prá imaginar a alegria desses dois meninos? Dá prá imaginar o turbilhão de lembranças na cabeça? As lembranças dos pais, quando ainda eram tão pequenos… A lembrança um do outro, já se apagando na memória… As esperanças de retomar a vida que o tsunami interrompeu, naquela manhã de Dezembro de 2004… Segundo as autoridades geológicas, o último tsunami daquela envergadura aconteceu no planeta há mais de 5 séculos. A forma do planeta se alterou, o eixo dos pólos se deslocou, o leito do oceano mudou, o planeta inteiro estremeceu, naquele dia. E agora, dez anos depois, pais e filhos se reencontram, irmãos se dão os braços outra vez. É de arrepiar… É história para juntar os relatos dos dois, desses dez anos, que poderá ser contada

Fico imaginando quão mais arrepiante será aquele dia, talvez breve (mais breve do que muitos imaginam), em que não apenas quatro pessoas se reencontrarão depois de um longo tempo, com mostras de irreversibilidade… Não, não, não! Uma verdadeira multidão se reencontrando, depois de anos, de séculos… Eu, por exemplo, verei de novo queridos que já foram levados; verei, também, ancestrais com quem tive muito pouco tempo de relacionar… Verei mais: verei outros ancestrais de quem só ouvi falar, e verei personagens de quem só consegui ler, nos livros… Verei personagens admiráveis, que tenho conhecido pela Bíblia. Fico imaginando que, se num evento desse, lá pelas bandas da Indonésia, a alegria do reencontro beira a euforia, que dizer então daquele reencontro, futuro e universal? Não só verei: conviverei, eternamente, com todos aqueles que também foram investidos no lugar celestial, em que a glória do Cordeiro de Deus brilha e refulge radiante.

Não é o que me garante o Livro-Que-Não-Falha? Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4.13-18, NVI). Abraão, Isaque e Jacó viveram neste mundo há quase 4 mil anos passados. No entanto, através da linguagem profética  do próprio Jesus Cristo,  me é assegurado que nos assentaremos com eles, no reino celestial vindouro: Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus    (Mateus 8.11, ARC).

A separação do tempo presente é temporária. A promessa escrita da parte daquEle que tem todo o poder em suas mãos é que há muitas moradas que nos aguardam; seremos todos ‘vizinhos’ prá sempre: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais ” (João 14:1-3,  BCF).  E tem um detalhe; um não – dois: ninguém, por lá, vai se cansar dos vizinhos que terá; e ninguém vai, mais, de lá querer (nem poder) sair… Sim, haverá, glória sem par; junto a Jesus, glória sem fim… Oh! Quando a Cristo eu puder contemplar, glória, sim, glória haverá para mim!  – é como se pronuncia um poeta sacro. E, na verdade, será milagre muito maior, na extensão, no alcance e na profundidade, do que o “milagre” da família Rangkuti. Espere prá ver… Quando menos se esperar, menos até do que a surpresa da manhã de 26 de Dezembro de 2004, o fato universal e derradeiro há de se manifestar. Mas o encontro mais almejado de todos é o que nos colocará frente a frente com o Filho de Deus. Oh! Que dia glorioso, esse dia há de ser, quando o som da trombeta ecoar; quando Cristo, das nuvens, tiver de descer, e então, triunfante, reinar… É como o retrata outro poeta sacro. Estaremos ‘ de volta’ ao lar…

Finalizo, deixando-te bela execução ao piano da composição

 

WHAT A DAY THAT WILL BE (1955)
Que Dia Será Aquele
James Vaughn Hill  (1930-…) 

There is coming a Day when no heartache shall come
Aproxima-se um dia quando nenhum pesar sobrevirá
No more clouds in the sky, no more tears to dim the eye
Nenhuma nuvem [encobrirá] o céu, nenhuma lágrima a toldar a vista
All is peace forever more on that happy golden shore
Tudo será paz para sempre naquela feliz praia dourada
What a day, glorious day that will be.
Que dia, que glorioso dia será aquele.  

 
What a day that will be when my Jesus I shall see
Que dia será aquele quando verei meu Jesus
And I´ll look upon His face, the One who saved my by His grace
E contemplarei sua face,  Aquele que me salvou por Sua graça
When He takes me by the hand, and leads me through the Promised Land
Quando Ele me tomar pela mão, e me conduzir pela Terra Prometida 
What a day, glorious day that will be
Que dia, que glorioso dia será aquele.  
 
There'll be no sorrow there, no more burdens to bear
Lá não haverá tristeza, nenhuma carga mais para carregar  
No more sickness, no pain, no more parting over there
Não mais enfermidade, nem sofrimento não mais separação ali
And forever I will be with the One who died for me
Para sempre estarei com Aquele que por mim morreu
What a day, glorious day that will be
Que dia, que glorioso dia será aquele.  

 

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Abraços, até à próxima

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, w w w . bibliacatolica . com . br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 166 : “PROVIDÊNCIA DE DEUS?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Agosto de 2014

No último dia 13, coloquei minha esposa e meu filho no carro, e partimos de São Paulo para BH por volta das nove horas da manhã. Depois de cerca de sete ‘longas’ horas de viagem, porém sob a Providência divina, a chegada. Na viagem, naquele dia, entre os assuntos, a lembrança da pergunta de minha filha, na noite anterior, após a entrevista do presidenciável na tevê; não só da pergunta: também da minha resposta. Mal sabíamos que, em torno daquela hora da tarde de quarta-feira, sua alma já não estava neste mundo. Somente bem mais tarde, após a chegada a BH, naquela quarta, tomamos conhecimento do acidente aéreo que o vitimou, junto com mais seis vidas.

Li uma entrevista da candidata Marina Silva. Nela, afirmou sua crença na providência divina, pelo fato de também não estarem no aparelho ela própria, além da esposa e do filho caçula de Eduardo Campos (além de outro assessor). Segundo disse, era costume a companhia, o que não aconteceu naquele dia: Renata Campos desejou voltar logo para Recife, e ela, Marina, desejou antecipar a chegada a São Paulo, sem acompanhá-los a Santos. Parte da imprensa ignorou esta declaração; outra parte, que a reproduziu, revelou certo ceticismo. As evidências são várias: a expressão colocada entre aspas, sem nenhum interesse maior no fato, algumas expressões que atribuíram a declaração ao mero fato de a candidata dizer-se evangélica, e por aí vai…

Existe, mesmo, isso – “providência divina”? Se é fato que a “providência divina” livrou Marina Silva, Renata Campos e Miguel (além do outro assessor), terá sido ela mesma que colocou dentro do sinistro avião os sete ocupantes que morreram? Se existe, não seria também essa mesma providência que mantém vivos todos que ainda vivem, e não mantém todos os demais que já se foram? Parece-me desnecessário pontuar em que sentido a palavra “providência” aqui seja usada. Ainda assim, pontuo: “providência divina” é a maneira sábia e santa (ainda que nem sempre a nós pareça) de Deus governar e manter toda a Sua criação, aprovisionando a ela todos os recursos e meios para sua subsistência. Debaixo da “providência divina”, todas as leis naturais se abrigam, mantendo o funcionamento e levando aos eventos sucessivos tudo o que existe, inclusive os seres humanos. Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo (Salmo 103.19, ARA).   

Bem! Para se organizar as melhores respostas às questões, é necessário, preliminarmente, ter por certas algumas premissas. A existência de Deus é a primeira; se Deus não existisse (como de fato existe), não faria o menor sentido pensar-se em Sua providência.  “Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o lêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência.”(Romanos 1:19, BCF). Depois, é preciso reconhecer que, existindo, Deus é Deus (nada menos do que isso); se Deus não fosse tão municiado de todos os Seus atributos eternos, infinitos, onipotentes, perfeitos até, essa providência divina seria uma “imprevidência” humana. “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis” (Romanos 1:20, NVI). Em terceiro lugar, sob a dependência dos dois anteriores, é preciso admitir a humilde subserviência aos Seus desígnios, especialmente aqueles insondáveis, difíceis de se entender; se Deus tivesse desígnios todos plenamente compreensíveis e ao alcance do nosso entendimento e juízo pessoal, das duas, uma: ou não seria Deus, ou não seria transcendente a todas as criaturas, o que nos elevaria ao Seu patamar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”  (Isaias 55.8,9, ARC).

Na pior hipótese, seria um ‘Ser’ tentando ser superior aos demais seres, mas amplamente confuso, devido à variedade de entendimentos e de juízos dos seres que Ele mesmo criou. Aqui embaixo, a coisa mais impossível entre nós é a unanimidade de opinião sobre o que é melhor, o que é certo; lá em cima, não há qualquer risco à unanimidade.   

À luz da Palavra de Deus, o que Marina cogitou realmente existe. Se, tal como noutra ocasião, todos os eventuais ocupantes do Cessna tivessem deixado de embarcar, e a viagem tivesse sido adiada, teria sido a Providência divina agindo; se todos tivessem embarcado, aumentando o número das vítimas, teria sido a Providência divina agindo; como embarcaram sete (e não onze), foi essa a ação da Providência divina. É ela que atua em circunstâncias idênticas sobre as vidas de cristãos (cristãos de verdade) e não-cristãos (incluindo-se, aí, os que, enganosa ou enganadamente dizem sê-lo), sem fazer deles acepção, mas resultando em propósitos distintos em cada qual. Confira as palavras inigualáveis e confortadoras do Salmo 121… Graças a Deus que os verdadeiros cristãos podem contar com a Providência de Deus em todas as circunstâncias, e ela sempre lhes resultará em bem… Mesmo que não pareça…  “Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos” (Deuteronômio 7.9, ARA).
Para encerrar, a expressiva mensagem musical, interpretada em Português pelo Grupo Prisma.

Sheltered Safe within The Arms of God (1969)
Seguramente Abrigado nos Braços de Deus
Dottie (Joyce R. Luttrell) Rambo (1934-2008)

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 165 : “A PROPÓSITO DA TESS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Agosto de 2014

Até quanto estaria o homem disposto a gastar, para alimentar a curiosidade que reside debaixo de sua soberba? Bem, se o dinheiro não for seu, e se sua quantidade não for desprezível, gastará ele até o último centavo, e ainda mais desejará gastar. É o que parece estar acontecendo em países como os Estados Unidos da América. Anualmente, enormes movimentos organizados com o fim de pressionar o congresso do país, visando suprir a NASA com milhões de dólares, são levados a efeito. Esse tipo de atividade é comumente conhecido como ‘lobby’, e NASA é a agência de pesquisa espacial norte-americana.

Pense, por exemplo, no programa TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite).  Com um orçamento aprovado de 230 milhões de dólares (isto mesmo), o famoso Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) está desenvolvendo, em conjunto com a NASA, o inusitado aparelho, que vai carregar um poderoso telescópio espacial, que leva o nome acima. Sua missão, a partir de 2017, será a de pesquisar cerca de centenas de milhares de corpos celestes tidos como semelhantes ao nosso planeta (em certos aspectos), para escolher mil, onde a pesquisa será mais detalhada. Por trás de tudo, está a mórbida curiosidade de descobrir vida além-terra. Já pensou, que sensacional? A partir de daqui três anos apenas, poderemos ter chances concretas de descobrir ‘parentes distantes’ por aí, de quem nunca tivemos nós notícias…

A mórbida curiosidade é: de onde veio a raça humana? Lua, Marte, os vizinhos da Via Láctea, e por aí prossegue a busca. Os sucessivos milhões de dólares anualmente gastos nessa pesquisa exibem a teimosa rejeição ao conhecimento mais simples, seguro e milenar que temos ao nosso alcance: não somos descendentes de nenhum povo extra-terrestre; não viemos de nenhuma outra galáxia, ou mesmo de outros astros que à ‘nossa’ pertencem; não somos originários, nem da evolução e nem da involução de qualquer civilização desconhecida do deslumbrante universo. Simplesmente, somos todos descendentes de um único casal, formado pela própria mão de Deus, a quem Ele mesmo ‘batizou’ como Adão e Eva.

Como é que é mesmo? Deus? Criador? Adão e Eva, progenitores de toda a raça humana?  Soa como mera lenda fantasiosa, aos ouvidos de um monte de Ph.D’s de renomadas universidades, incluindo os doutores do MIT, e os doutores da NASA. É uma pena! Porque as respostas que eles ansiosamente procuram, mediante o gasto de tão elevadas cifras, já estão disponíveis, tanto em inglês quanto em português, assim como em centenas (ou mais) de outros idiomas do planeta. Estão no milenar livro escrito por Moisés, quase 3500 anos atrás. Mas, esses sapientes doutores não estão interessados na verdade. Antes, estão interessados na cortina de fumaça que pensam poder escondê-la.

“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos…” (Romanos 1.20-22, ARA)A soberba que se abriga debaixo da suposta autoridade científica não deixa margem para a verdade, e para o mentor e feitor dela. Não! “Precisamos encontrar as nossas origens”, é o que defendem. Por isto, vários dos pesquisadores do programa da NASA chegam a afirmar: “Daqui cerca de 20 anos, e descobriremos vida alienígena, e a descoberta vai revolucionar a humanidade”. Chegam a sustentar que a descoberta será fora do nosso sistema solar. Sabe por que? Penso que é simples deduzir: Porque os milhões de milhões até agora gastos nas pesquisas dirigidas as planetas do nosso sistema já esgotou a curiosidade e levou ao desencanto.

Vamos lá, coerência! Vamos lá, bom-senso! Levem-nos as paragens mais sensatas e seguras. E, por favor, com um gasto bem menor (tanto de dinheiro, quanto de tempo, quanto de esforços), se possível. Já ouço a voz da amiga ‘coerência’ respondendo, em coro com a sua irmã, chamada ‘bom-senso’: Prá que gastar-se tanto, em busca do improvável, quando milhares de vidas estão, aqui mesmo no planeta, sendo ceifadas com o vírus do ebola? Prá que esperar tanto tempo por descobertas e respostas que nunca virão, quando as respostas já estão plenamente ao alcance? Prá tanto esforço, vendendo ilusões tão mórbidas, se a realidade clama por uma urgência muito mais pertinente, aqui e agora?

Não acredito que em 20 anos, ou mesmo em 20 mil, cheguemos ao conhecimento de outra forma de vida inteligente, habitando qualquer outra parte do universo. Mas, não duvido de que, talvez antes de 20 anos, a forma de vida do mundo porvir venha a se estampar ante os olhos da humanidade. Estou certo de que a mais estupenda de todas as descobertas a ser descortinada pelos cientistas da NASA acontecerá, muito em breve, sem que nenhum deles ao menos deixe o solo do planeta. Aliás, a descoberta não lhes será exclusiva: todos a contemplarão… Trata-se da descoberta da ‘cidade de ouro e cristal’ que está nas alturas, e será mostrada aos habitantes da terra em breve dia vindouro. Nela, os remidos de Cristo habitarão para sempre. Será a maior de todas as descobertas. Pena que muitos não usufruirão dela: nenhum cético, nenhum incrédulo, nenhum ateu, nenhum desdenhador da bendita salvação em Cristo; nenhum que despreza o conhecimento da Escritura. Ali, só os remidos conhecerão, em verdade, o que está por trás da imensidão do universo.  

Mas não. Eles aspiravam a uma pátria melhor, isto é, à celestial. Por isso, Deus não se dedigna de ser chamado o seu Deus; de fato, ele lhes preparou uma cidade” (Hebreus 11.16, BCF).

A propósito, o livro do Apocalipse proporciona uma deslumbrante descrição daquela cidade, cuja menção se faz nas inspirativas palavras do [ainda] anônimo hino que encerra a nossa mensagem de hoje: A CIDADE DE OURO E CRISTAL. Esta é a grande descoberta por vir… 

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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Nº 007 – “REUNIÃO”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Agosto de 2014

O que me conforta é que um dia vamos nos reunir outra vez… Quando isto acontecer, vamos estar juntos de novo, como fomos até agora…” Foi assim que o André Tavares terminou seu discurso de improviso, naquela tarde de Domingo, 23 de Fevereiro deste mesmo ano de 2014. É por conta daquelas palavras, na verdade as últimas do referido discurso, que designo esta mensagem de “reunião”. A palavra “reunião” vem da justaposição de dois vocábulos de origem latina: re, literalmente “para trás”, ou “de volta”, e união, que procede de unus, “um”, “unidade”; fica fácil entender a derivação semântica – “estar juntos outra vez”. Mais abaixo, vou transcrever, quase na íntegra, as palavras do André.

O momento das palavras do André foi singular, e o lugar era um, daqueles, de rara freqüência, para os vivos. Qual o lugar? O saguão do cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte, onde se apinhava uma multidão de gente, que não cabia em qualquer das saletas do hall. Qual o momento? Minutos de despedida de sua mãe – a Madalena – que estava para ser sepultada. A Madalena havia sido acometida de um forte AVC (Acidente Vascular Cerebral) dias antes, e não resistiu; ou melhor, resistiu enquanto aprouve a Deus. Na noite em que isto lhe aconteceu, em casa, estava apenas assistindo um vídeo junto com o seu esposo – o Juezer Júnior. A propósito, o filme versava sobre como pode um casal enfrentar, junto, o envelhecimento. Te parece irônico? Resolva isso com Deus… Depois de vários dias no CTI de um dos hospitais da capital das Alterosas, cumpriu Deus a Sua palavra de promessa, ilustrada pelas palavras da parábola proferida pelo Redentor: Madalena ouviu, do Pai, “muito bem, serva boa e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor!” (adaptado de Mateus 25.21, ARA).  Ela, com seu esposo, eram alunos recém matriculados na minha classe de estudos bíblicos. Deixe-me, então, transcrever todas as palavras do André, que a minha memória conseguiu guardar: A dor que nós estamos sentindo, neste momento, é muito grande. Porque  é muito grande a saudade… Falando por mim, acho que só vou sentir uma dor deste tamanho de novo, se meu pai for antes de mim. Deus tirou metade de mim, e está deixando a outra metade, que é o meu pai. Deus tirou a nossa princesa, a nossa rainha. É isso que a minha mãe era: nossa princesa. O que nos conforta, a mim e a meus irmãos, e ao meu pai, é sabermos que um dia vamos nos reunir outra vez – os seis. E vamos estar juntos de novo, como fomos até agora…”  

Mas, de onde o André tirou isto, em todo o viço da sua juventude? Os discípulos do famoso filósofo grego que viajou nas expedições de Alexandre, o Grande, não sustentariam uma expectativa desse tipo. Pirro de Eléia (360-270 a.C), expoente da filosofia do ceticismo, apregoava a impossibilidade de se alcançar qualquer certeza quanto a verdades absolutas, especialmente em se tratando das metafísicas (as que se abrigam no campo que extrapola o universo físico). Daí, ser reverenciado como o mais antigo expoente do moderno agnosticismo. Se há alguma verdade absoluta no ceticismo de Pirro, de onde, pelas barbas do profeta, tirou o André – e a sua família, a quem ele representava em seu discurso, e até mesmo sua mãe, que nada mais poderia falar neste mundo – sim, de onde tirou tal certeza?

Pois, eu lhes digo de onde tirou!  Ele tirou do livro que foi escrito segundo as palavras daquEle que sabe muito mais que Pirro, daquEle que sabe muito mais que o André, que o Júnior, que sabe muito mais do que a Madalena sabia, ou que sei eu, hoje, ou no futuro. Eu tenho certeza que foi de lá, daquele Livro, que o André tirou tal expectativa, tal esperança – a esperança da reunião. Porquanto, diz o Livro-Jamais-Desmentido, que os céticos (os discípulos de Pirro de Élis, de todos os tempos, desafiam, mas nunca podem vencer: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4.13-18, BCF).  Eu grifei, por minha conta, algumas palavras; “juntamente com eles”, aponta, indubitavelmente, para “reunião”. Aquela, de que o André falou… Não quero te assustar, mas, direi assim mesmo: Se à Madalena fosse dado, por um triz de momento, um pequeno retorno de vida, naquele momento, com uma única incumbência de poucos segundos, estou certo de que ela apenas diria – ‘Sim, meu filho, nos reuniremos outra vez, com certeza’!

O Antigo Testamento bíblico mostra a repetição de uma expressão, típica e significativa: … e foi reunido ao seu povo. Quem, por exemplo? Abraão, quando morreu (Gênesis 25.9). Da mesma forma, descendentes seus (Gênesis 25.17 e 49.33). Davi, quando estava para sepultar a criança que se lhe havia recém-nascido, de Bate-Seba, disse: ”Eu irei a ela, mas ela não tornará a mim“ (II Samuel 12.23, ARA).  É isso mesmo! Deus reservou um dia, no futuro (quem sabe, mui próximo), em que nos reuniremos aos que foram. Se esta reunião for mediante a redenção de Jesus Cristo, será uma “reunião” gloriosa no céu. E, se não for, apenas por força de expressão eu digo – nem queira saber (embora seja preciso!). É disso que o André estava falando… Aliás, deixe-me arriscar um palpite: se diz a Bíblia que Abel, mediante sua fidelidade e devoção para com Deus, também mesmo depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11.4, ARC), estou prá dizer que a Madalena, mesmo depois de morta, ‘ainda fala’, reverberando as palavras de seu filho.

“Vamos nos reunir outra vez”, disse o André (e seu pai, e seus irmãos, e quase toda a multidão que lá estava, num "Amém" sonoro que se ouviu longe, naquele saguão); “vamos nos reunir outra vez”, concordava, tácita e inertemente a Madalena; “vamos nos reunir outra vez”, estou eu ecoando; “vamos nos reunir outra vez”, é a garantia da Escritura – a poderosa Palavra de Deus – que desafia os céticos! Eles foram eleitos, por mim, "arautos de vida"! Como Noé, e sua pomba…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 164 : “QUANTO VALE UMA VIDA?”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Julho de 2014

Você sabe o que é um Falcon 2000EX? Eu te digo: é uma sofisticada aeronave de fabricação francesa. Com propulsão bi-turbo, transporta com bastante conforto até 12 passageiros, à média de 850 km/hora, com alcance de até 6700 quilômetros. Um novo, custa 32 milhões de dólares; entretanto, segundo o jornal alemão Bild,  Corinna, a zelosa esposa do campeão de Fórmula 1 Michael Schumacher, está vendendo o deles por cerca de 24 milhões de dólares (cerca de 60 milhões de Reais). Qual a finalidade da venda? De acordo com o mesmo jornal, para ajudar a custear o tratamento do alemão, que prossegue na Suíça, lutando pela vida.

Bem! Antes de prosseguir, preciso deixar claro que as considerações que vou produzir, daqui para diante, não conterão qualquer tipo de censura à iniciativa de Corinna. Não vou dizer como Judas Iscariotes – “bem que se poderia vender este bem, e distribuir o dinheiro entre os pobres”. O que a Corinna (a quem, mesmo sem conhecer, acabo por admirar, ao menos em sua tenacidade, acreditando e investindo na recuperação do esposo) faz com o avião, ou com o dinheiro, não é assunto meu. Vou, somente, aproveitar a mera menção do fato contemporâneo, para levantar [de novo] uma questão milenar: Quanto vale uma vida?

Será mera suposição, mas vou supor: Suponho eu que, se alguém perguntar à Corinna – a vida de Schumacher vale, para você, esses 60 milhões de Reais? – diria ela que se tivesse dois aviões (e não um), chegando ao dobro do valor, ainda assim venderia a ambos pela vida do esposo. Quanto vale uma vida? Quantos Falcons 2000EX a francesa Dassault Falcon já fabricou, até hoje? Se fosse a esposa, ou um filho do maior investidor da empresa, daria ele todos os Falcons pela vida do ente querido? Acredito que sim…

Perguntinha ainda mais pertinente: e para Deus, o genitor e doador de cada vida individual – quanto vale uma vida? Quanto vale, para Ele, a minha (ou a sua)?… Lançando mão do que Ele mesmo pode responder, na Carta Magna endereçada à humanidade, eis algumas respostas:

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra. Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste: Todos os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens, as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares. (Salmo 8.3-8, NVI). Por esta declaração, nota-se que valor elevado tem a criatura humana, para Deus. Chega a ser comparado aos seres celestiais. Noutra versão bíblica, usa-se até a hipérbole na comparação – “por um pouco menos que Deus”! Tem mais:  “Sabei que o Senhor é Deus: Ele nos fez, e a Ele pertencemos. Somos o Seu povo e as ovelhas de Seu rebanho.”  (Salmo 100.3, BCF). Como poderia menosprezar a vida humana (como um pai ou uma mãe, inconseqüentes, que desprezam o próprio filho), aquEle que deu existência a cada um?

Quem menospreza a vida é o próprio homem. Alguém, lendo, pensará – "Tá doido, é? Ninguém, em sã consciência, faz isto!". Faz, sim… Não em sã consciência espiritual; mas, essa sã consciência usualmente referida, a do domínio normal do juízo e dos sentidos existenciais? Via de regra, não tem sido suficiente para impedir que homens e mulheres, jovens, adultos ou mesmo em “terceira idade”, façam a troca mais desvantajosa da sua existência – a troca da própria alma, por fugazes deleites do presente. Vede o diagnóstico, infalivelmente inquiridor: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mateus 16.26, ARC). No afã de satisfazer apelos atraentes do presente, acabam reputando sua alma – sua própria vida, enfim – por muito pouco, vindo a perdê-la, no tocante à eternidade.

Para Deus, a vida humana, a daqueles que se beneficiam do resgate redentivo da cruz do Gólgota, vale tanto mais do que milhares de Falcons 2000EX, ou milhões de outros bens ainda mais valiosos, que nenhuma outra remissão ofereceu Ele, em troca de cada vida que Ele resgata do inferno, senão a remissão pela vida do Seu Unigênito Filho. Essa vida – a de Cristo Jesus – deposta na cruz em troca de inumeráveis vidas humanas a redimir, é de valor imensurável. Então, para Deus, acaba por ser também imensurável o valor de uma vida, quando redimida em Cristo, por causa Dele. "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós, ainda pecadores" (Romanos 5.8, ARA).

Quanto vale a sua vida? Prá dizer a verdade, sem Cristo, embora valendo muito, intrinsecamente, não vale nada, do ponto de vista de eternidade; com Cristo, não só vale muito, intrinsecamente, como vale todo o imensurável, do ponto de vista da eternidade.  

Na canção que encerra a nossa reflexão, o compositor ressoa a ‘incômoda’ (e incontornável) questão: Já do preço calculaste o valor? – referindo-se à alma, à vida humana…

JÁ AVALIASTE O PREÇO?
Have You Counted the Cost? (1923)
Arthur J Hodge

Quem rejeita o bom Deus 'stá um caminho a traçar,
Que abafar vai a voz do Senhor;
E se as glórias do mundo só queres buscar,
Já do preço calculaste o valor? 

Se tua alma perderes, de que valerá
Ter o mundo e seu esplendor?
E da senda que agora tu estás a trilhar
Já do preço calculaste o valor? 

Vais trocar a esperança de vida eternal,
Por qualquer momentâneo fulgor?
Do prazer do pecado e seu brilho fatal,
Já do preço calculaste o valor?

E enquanto Sua graça ‘inda franca estiver,
E encerrado não for Seu favor,
Tu não queres chegar ao teu Deus e dizer:
"Já do preço calculei o valor"?

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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N° 163 : “GOJI BERRY”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Julho de 2014
 

É uma das grandes descobertas do século XXI; mas, tal afirmação é válida para o Ocidente, porque no Oriente (ao norte, sul, leste e oeste do Himalaia) é milenarmente conhecida. Refiro-me à pequena frutinha vermelha, em forma de cereja. “Berry” é, na língua inglesa, uma palavra comum para designar cerejas, no sentido amplo (blueberry, a ‘cereja azul’, é o mirtilo comum; cranberry, é o mirtilo escarlate; raspberry é a framboesa; strawberry é o morango, e assim por diante). “Goji”, como nome, tem várias teorias para sua origem, de acordo com a tradição geográfica (China, Índia, Tibete, Armênia – não vêm ao caso discutir). E por que respeitáveis publicações brasileiras dizem ser esta uma das grandes descobertas alimentares do século? “Por ser uma frutinha milagrosa”, um“superalimento”, é o que muitos afirmam…  Na Europa e nos Estados Unidos, tornou-se alvo de enorme procura.    

Do que é ‘capaz’, a Lycium Barbarum? Diz-se que ela contém cerca de 20 aminoácidos, dos mais essenciais para a vida; diz-se que contém concentração de certas vitaminas muito maior que outras frutas; diz-se que a riqueza tão singular de suas substâncias (minerais ou compostos orgânicos) faz dela uma verdadeira ‘coqueluche’, em benefício da manutenção (e recuperação) da juventude, do aparelho circulatório, das funções visuais, da prevenção e do combate a câncer, de males do trato gastro-intestinal, de males de todo o sistema nervoso, da síntese e equilíbrio hormonal, e vai mais adiante. Em função dessas alegadas vantagens, seu preço no mercado brasileiro ‘estourou’. A forma mais comum para se adquirir é a forma como de passa seca.

Tão atraente se tornou, que alguém que conheço resolveu ir em busca de uma muda, e plantar para si. Daí, fiz um pequeno comentário, sob a lembrança das descobertas do “pai da química”;  Antoine de Lavoisier (1743-1794) afirmou: “Na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma!” (1785). Que descoberta magistral (e Moisés, no 15º século antes de Cristo, já sabia disso). Então, meu comentário se direcionou a observar que, para produzir tantos milagres, a partir de suas substâncias, o solo onde a frutinha é produzida também precisa conter riquezas para processamento.

No entanto, devo dizer que isto me maravilha, ao mesmo tempo em que me intriga… Se, num mesmo solo, rico em vários elementos químicos, incluindo ferro, germânio, magnésio, cobre, diferentes vegetais são plantados, como é que temos diferentes concentrações deles (em alguns, até ausência), mesmo estando tudo no solo? Em outras palavras – como é que, plantando-se uma muda de melancia e uma muda de goji-berry naquele solo, como é que a goji-berry ‘consegue’ ser tão superior à melancia (sem qualquer demérito para a melancia)? É precisamente aí que entra o meu deslumbramento: sem querer me arriscar muito em campo desconhecido, arrisco-me um pouquinho, supondo que o DNA de cada espécie de vegetal carrega, também, um código de processamento metabólico que extrai, do mesmo meio ambiente, nutrientes, cada qual de acordo com a sua espécie; e o resultado é essa diversidade: a amora, a melancia, o limão e a banana nos vêm com suas riquezas peculiares de potássio, enquanto o caju e o maracujá nos vêm com sua riqueza de fósforo, o coco e a pêra nos vêm com suas riquezas de magnésio, a goiaba e o jenipapo nos vêm com suas riquezas de cálcio, o morango é uma excelente fonte de silício, e assim por diante. Isto tudo, sem contar a variedade de proteínas, de vitaminas, em concentrações diferentes em cada fruta, mesmo que compartilhem o mesmo solo. E a goji-berry? Bem, como meu objetivo não é publicitário, digo que basta ao interessado uma pequena pesquisa, e verá que o dote colocado no DNA dessa plantinha é fenomenal, mesmo.

Depois, querem que eu acredite que tudo isto adveio por acaso, sem qualquer plano, sem qualquer projeto, sem qualquer ordenamento prévio, sem qualquerdesign, sem qualquer instrução organizadora desses DNA’s diferentes. Não dá! Simplesmente não dá! Muito pelo contrário: a única coisa em que posso crer, em meu deslumbramento, é que a infinitamente sábia, infinitamente poderosa, infinitamente benévola mente divina é o único acervo suficiente de tecnologia, inteligência e ordenamento, capaz de colocar a química e a física a serviço dos Seus fantásticos desígnios e Suas fantásticas combinações. Tudo isto foi criado, tão perfeitamente encaixado em seus propósitos (sob o Seu propósito), e o resultado são essas nossas descobertas. Já que, até hoje, ninguém conseguiu desmentir Lavoisier, fica confirmado que tudo o que se transforma, porque nem se cria nem se perde, provém da magnífica obra já criada, a obra-prima do Criador.

A esta altura, volto-me à Carta Magna endereçada pelo Criador Inteligente à criação inteligente, e constato a sua veracidade: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. (Salmo 19.1-4, ARA). Eu fico até imaginando: se, até aqui, você não se enfadou desta leitura a ponto de abortá-la lá atrás, daqui a pouco poderá se interessar em avançar nas suas pesquisas… Você vai avançar nas pesquisas quanto ao Goji-berry, ou vai avançar nas pesquisas debruçado por sobre o Manual do Criador – a Escritura Sagrada? Não duvido se seu maior interesse for no primeiro campo de pesquisa… É na segunda fonte que encontro ainda: “Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis” (Romanos 1:18-23, NVI). Em decorrência disto, o testemunho do apóstolo, na cidade asiática de Listra, não poderia ter sido diferente do que foi: “Nós… vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles; o qual, nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus próprios caminhos; contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração” (Atos 14. 15-17, ARC).

A goji-berry pode ser “milagrosa”; mas o seu testemunho silencioso, para quem tiver a sensibilidade de perceber, é que ela porta a sabedoria e a benevolência de Deus, em favor dos homens, por causa de Seus santos e formidáveis propósitos para com estes últimos.

Falando em propósitos, ouça (ou relembre) a bela mensagem cantada dos anos Setenta, em interpretação do conjunto musical “Os Ligados”. Tem estreita ligação com nosso assunto…

 

POR QUE NASCI (1973)
Otis H Skillings (1935-2004)

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Abraços, até à próxima
Ulisses

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ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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N° 162 : “UM MINUTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 6 de Julho de 2014

O que é um minuto? Ora, uma soma sucessiva de sessenta segundos, diria aquele que é ágil em respostas pontas, na ponta da língua. Dependendo da circunstância, é coisa insignificante; por exemplo, quanto à expectativa de cumprir uma grande viagem, de horas de duração: um minuto mais, numa lanchonete à beira da estrada, não compromete o tempo da viagem. Em outras circunstâncias, porém, é tempo mais que suficiente para se fazer enorme diferença numa história de vida. Foi o caso de um parente meu, por estes dias. Na última quinta-feira, dia 03, o seu trajeto era a Avenida Dom Pedro I, em Belo Horizonte. Sua posição, no fluxo de tráfego, era de alguns metros antes do viaduto “Batalha dos Guararapes”, que desabou um minuto antes de sua passagem por baixo dele.  Segundo cálculos desse meu parente, um primo em segundo grau, com um minuto mais estaria ele bem ali debaixo. Naquele mesmo instante, metros mais à frente, foi o minuto que faltou à motorista Hanna Cristina; o ônibus que ela dirigia foi atingido, e ela teve apenas fração daquele minuto para puxar para trás a filha pequena, pisar no freio do veículo, e deslocá-lo de forma a evitar que fosse mais atingido. A filha e outros passageiros sobreviveram.  

São circunstâncias que carregam mais peso à advertência de que a vida é efêmera, é passageira. No que tange à ocorrência eventual de transição desta vida para a eternidade, um minuto tem, ao mesmo, valor insignificante e também o valor de uma eternidade. Um minuto, uma hora, um dia, não importa. O que importa é reconhecer que a vida não é uma propriedade natural do homem, ou por ele conquistada. A vida é dom de Deus, tem duração por Ele definida, e propósito por Ele estabelecido.

Por que lidamos com os fatos de cada dia como se tivéssemos a duração de todo o dia garantida e creditada na nossa conta? Por que lidamos com os planos e as expectativas, sejam elas pessoais, ou familiares, ou funcionais, ou de qualquer outra natureza, como se os meses e anos de existência já estivessem todos contabilizados a nosso favor? Por que não nos é freqüente, como deveria, a consciência matinal cotidiana de que chegar ao fim de cada dia, e chegar ao termo de uma longeva existência, é algo que depende fundamentalmente de Deus e de Sua vontade desconhecida? Resposta possível, que talvez sintetize todos os ensaios possíveis: é porque a nossa sensação de autonomia e de poder sobre o curso da nossa vida é bem maior do que o sensato.

Advertências da parte do Criador não faltam… Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (Mateus 6.27, BCF).  “Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência.” (I Crônicas 29.15, ARA). Advertências como estas deveriam produzir alguma diferença em nossa mente e em nosso coração, quanto à transitoriedade da vida.  Mas, temos que reconhecer – a nossa memória é fraca. Acontece um acidente natural, como um deslizamento de terra sob intensas chuvas, tal como pouco tempo atrás aconteceu em Angra dos Reis, e somos lembrados. Eu vi toda a reportagem daquele evento, mas não tinha consciência de quão próximo era, até que, poucos dias atrás, falei pessoalmente coma viúva de uma das vítimas, ainda jovem. Acontece um acidente automobilístico na rodovia que intercepta nossa viagem, como poucas semanas atrás ocorreu em minha própria viagem, ceifando a vida de um casal, e Deus toma o fato como mais um lembrete. Ei! A vida é passageira! Basta um minuto, e ela não mais existe! – é como se advertisse Ele. Tem muita gente que ignora os lembretes. Até que, um dia, o lembrete acontece bem diante dos seus olhos. Chega a dizer – Eu nasci de novo!

Em 1976, um cantor e compositor gaúcho fez enorme sucesso com certa música. Depois, parece que ele mesmo foi feito vítima de sua declaração musical, pois parece estar vivendo em certo ostracismo. Diz a sua composição: Eu sou nuvem passageira, que como vento se vai; eu sou como um cristal bonito que se quebra quando cai… Não adianta escrever meu nome numa pedra, porque essa pedra em pó vai se transformar! Você não vê que a vida corre contra o tempo? Sou um castelo de areia na beira do mar… Que poesia verdadeira! O profeta declarou Por isso serão como a neblina da manhã, como o orvalho que bem cedo evapora, como palha que num redemoinho vai-se de uma eira, como a fumaça que sai pela chaminé (Oséias 13.3, NVI). Se tivéssemos uma consciência mais sintonizada com os desígnios de Deus, não brincaríamos tanto com o nosso tempo e com os nossos dias de vida; não levaríamos tão pouco a sério a realidade da outra vida, e a iminência da eternidade. Se tivéssemos mais senso de urgência quanto à aproximação da porta da eternidade, não faríamos tão pouco caso quanto à demanda divina, que tem por fim levar-nos à compreensão de duas grandes verdades: A primeira, é que viver a vida, dure ela quanto durar, sem que ela esteja rendida efetivamente ao Criador é arriscar a própria sorte, pois a eternidade não permite retorno e segunda chance; é como Jesus ilustrou, quanto à parábola concernente a certo homem, cujos interesses diários estavam totalmente centralizados em si mesmo, pelo que disse para si próprio: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?  (Lucas 12.19,20, ACRF). A outra verdade, é que os que são já remidos pelo sangue do Cordeiro precisam cuidar melhor do investimento do seu tempo de vida em favor daquilo que glorifica ao Seu Criador. Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4, NVI).

Um minuto, uma hora, um dia, um ano, muitos anos… Quanto te falta? Você sabe realmente? Você não sabe? Para a Hanna, não houve esse minuto adicional; para o meu parente, um minuto o salvou… Para você, quem sabe, alguns minutos lendo esta mensagem até aqui te farão pensar melhor no próximo minuto de vida, e nos próximos, se Deus o quiser. O que importa mais é saber em que posição Deus se encontra com relação à sua vida – se no eixo, se na órbita, ou se completamente distante… Quem pode garantir quantos minutos mais haverá para pensar nisto? Que tal gastar o próximo minuto (ou os próximos) pensando melhor no assunto?

O autor da peça musical que encerra a mensagem de hoje nasceu em uma propriedade rural de Oklahoma. Depois de anos de trabalho duro, plantando e colhendo algodão, sua aptidão para a música levou-o ao serviço de seu Redentor. Havendo composto mais de 800 hinos, estão alguns deles entre os mais lembrados do século XX. No seu primeiro verso, o autor toma emprestado um termo dos antigos poetas gregos – Elísio. Para Homero, era a terra paradisíaca das extremidades do mundo, terra dos virtuosos; para Hesíodo, eram as ilhas paradisíacas dos bem-aventurados.

I’LL MEET BY THE RIVER (1959)
Te Encontrarei Junto ao Rio
Albert Edward Brumley (1905-1977)

Over on the bright Elysian shore, 
Lá na brilhante praia Elisiana
Where the howling tempest comes no more,
Onde a uivante tempestade não mais ocorre
I'll meet you by the river, some sweet day!
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
Far beyond the partings and the tomb, 
Muito além das despedidas e do túmulo
Where the charming roses ever bloom,
Onde as charmosas rosas sempre florescem
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!


I'll meet you by the river some sweet day,
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
By the bright and shining river far away 
Junto ao brilhante e reluzente rio, lá, distante 
After we’ve flown these prison bars, 
Depois que nos tenhamos livrado destes grilhões
To a city far beyond the stars,
Rumo a uma cidade bem além das estrelas 
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

After all the disappointments here, 
Depois de todos os desapontamentos de aqui
After all the shadows disappear,
Depois que desaparecerem todas as sombras
I'll meet you by the river some sweet day 
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
When the evening sun at last goes down, 
Quando o sol decadente finalmente se for
When we go to wear a robe and crown,
Quando estivermos para vestir o manto e a coroa
I'll meet you by the river some sweet say.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

 

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Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

Nº 006 – “POR QUE?… OU PRÁ QUE?…”

Ministérios EFRATA – Arautos de Vida
Julho de 2014

Não pergunto ‘por que’, mas ‘para que’… Qual o propósito de Deus nisto tudo”… Esta foi uma das frases de uma mãe, diante do quadro do seu filho. Outra, foi: “Não desistam, lutem com toda força mesmo que te digam o contrário. Coloquem seus filhos na mão de Deus que ele ampara”. Quem disse foi Rosana Polisel, empresária paulista, mãe de Tomás (29), Maíra (28) e Vítor (27). O filho mais velho há muito vinha sendo amante de esportes radicais. Já efetuou dezenas de saltos de pára-quedas no Brasil. Em 26 de Outubro de 2012, de férias nos Estados Unidos, Tomás, resolveu fazer, por lá, um salto de pára-quedas; estava em Phoenix, no Arizona. Da empresa onde trabalhava como analista de sistemas tinha ganho, como prêmio, um carro. Nem chegou a tomar posse do prêmio. Seu salto, o primeiro (e único) fora do Brasil, deu errado. O pára-quedas principal não se abriu. Paraquedistas relatam a estatística de que um em cada 6.500 saltos resulta neste dramático imprevisto. Mas, há o pára-quedas reserva, de emergência. As chances estatísticas de um pára-quedas reserva falhar, depois de o principal já ter falhado, são extremamente raras.

Entretanto, no caso do Tomás, a raridade aconteceu. Falhou o principal, falhou também o reserva, logo em seguida. Este último enroscou-se no principal semi-aberto, causando uma queda praticamente livre: morte certa. Ocorre que Tomás não morreu. Os socorristas que o resgataram no deserto de Phoenix ficaram impressionados. “Era prá ter tido todos os ossos triturados”, disseram eles. Tomás foi levado inconsciente ao hospital. Rosana, sua mãe, viajou rapidamente do Brasil para lá. Ao chegar, os médicos já tinham um documento para doação de órgãos para ela assinar. “Seu filho gostaria de viver como um vegetal, ou gostaria que fossem desligados os aparelhos que o mantêm vivo? ” – perguntaram-lhe. Rosana questionou se ele já tinha morte cerebral, e os médicos não a confirmaram. Então, ela declarou que sua vontade é que lutassem como todos os meios para que seu filho vivesse. “Deus me deu meu filho e eu não assinei nenhum contrato dizendo que só iria ter ele comigo enquanto ele estivesse bem. Ele será sempre meu filho e digo que Deus me dá forças todos os dias, pois meu lado humano de mãe não suportaria tudo isso”.  Tomás sobreviveu de uma forma que dizem ter sido miraculosa. Dos Estados Unidos, foi removido para o Hospital das Clínicas em São Paulo, embora tenha ficado tetraplégico. Hoje, ele se comunica com os olhos, através de um código de piscadas.

Nesse meio tempo, o outro filho, o Vítor, estava de casamento marcado. E, como arranjar forças para casar um filho, com outro entre a vida e a morte, já tetraplégico? Só em Deus, foi o que disse Rosana. Em setembro de 2013, Tomás pôde ir para casa. Para o neurologista, a palavra “milagre”, uma espécie de providência divina com caráter não usual, talvez seja difícil de pronunciar. Rosana sabe que não deve alimentar a esperança de que seu filho volte a andar. Mas, o fato de ele poder, mesmo sob todas as limitações típicas, exercer pessoalmente várias de suas escolhas (vestir ou não tal roupa, ficar na cama ou na cadeira, ficar em casa ou passear, etc…), já constitui um conjunto de pequenos “milagres”, além do “milagre” de ter sobrevivido. E, ao pensar que ele poderia ter morrido ali mesmo, no solo, com dois pára-quedas enroscados em volta do corpo no deserto, torna-se um presente especial de “dia das mães” ter o filho junto de si. Por causa disto, Rosana deixou as atividades pessoais, e passou a dedicar-se tempo integral ao filho.

“Por Que?” Convenhamos, esta já é uma pergunta um tanto difícil de se responder… Nenhum socorrista do Tomás, em pleno deserto do Arizona, poderia respondê-la… Nenhum médico no hospital de Phoenix tampouco poderia… Ninguém mais poderia… Pior ainda, é perguntar “Prá Que?”. Entretanto, se a Rosana Polisel diz que sua pergunta, diante de Deus, é a segunda, não a primeira, uma só pode ser a razão. Deve estar, ela, convicta de que Deus tem um propósito para que tal infortúnio tivesse acontecido (escolhi esta palavra, mas vontade que deu, francamente, foi a de escrever a palavra “desgraça”…). Lembre-se: não somos nós, os leitores, que estamos sugerindo a pergunta a fazer; é própria mãe, que abandonou o dia-a-dia da sua própria vida em favor da sobrevivência do filho, quem escolheu a pergunta que deveria fazer. O que eu quero dizer é: nenhum de nós está alcançando, ao ler essa história, o grau de sentimentos e turbulências que povoa o coração e a mente daquela mãe, desde então. Mas é ela quem diz – não vou perguntar a Deus ‘por que’! Apenas vou perguntar ‘prá que’!… Dá prá imaginar isso?

Honestamente falando, acredito que até será natural se a Rosana se esquecer do que disse, e voltar a questionar a Deus – Por que, meu Deus? No entanto, na sua obstinação, além de cuidar do Tomás a cada dia, sem abrir mão de ser mãe, é a de descobrir o que Deus quer com isso tudo. É força demais.

Será a situação do Tomás e da Rosana diferente da situação que muitos outros seres humanos possam estar vivendo, neste instante? Que tipos de infortúnios estarão alguns que você conhece, não importando de que lado do globo agora esteja, vivenciando, em atmosfera de extrema adversidade? Seja a enfermidade, seja a limitação, seja a angústia de alma, seja a angústia na própria pele, quantos serão? O salmista Davi (Salmo 119) também reconheceu que as adversidades que ele sofreu serviram de aprendizado diante de Deus. Sei que é mais fácil falar isso do que enfrentar isso. Mas, sabendo que também quem enfrenta fala (como a Rosana), vejo aí uma credencial mais forte.

É possível dizer que o consolo que sustentou o apóstolo Paulo é o mesmo consolo que hoje sustenta: ”Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.“ (II Coríntios 4.7-10, ARA).  Este apóstolo sofreu também perseguições, açoites, naufrágios, prisões, enfermidades, traições, tribunais, tentativas de homicídio, e daí prá diante. Mas, este consolo ele experimentou, de Deus, repetidas vezes.  E é o mesmo consolo que faz-se disponível hoje. Basta buscá-lo na fonte certa e segura: Deus! Por tal razão, o mesmo apóstolo Paulo acrescenta, adiante: "Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4.16-18, ARA); e, ainda mais:  "Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou… " (II Coríntios 7.6, ARA).

Por Que?… ou… Prá Que? É a visão de Deus, de quem Ele é, do que Ele é capaz, de quem somos diante Dele, que faz a diferença… E a diferença é que determina o tipo de pergunta… Penso que posso dizer que gente como Rosana Polisel é "arauto de vida". Gente que anuncia que, depois do "dilúvio", há vida outra vez, há renascimento de vida… Que, no meio do "dilúvio", há esperança (ainda que seja num 'broto', apenas)…

Quando Noé soltou a pomba na janela da arca, depois de todo aquele dilúvio que cobriu (e destruiu) a terra (está lá, em Gênesis, entre os capítulos 6 e 9, inclusive), e a pomba trouxe a Noé o raminho de  oliveira no bico, a mensagem era clara, do jeito que Deus tinha dito: o dilúvio não será para sempre… Haverá vida, outra vez, e ainda há esperança! Confira, especialmente em Gênesis, capítulo 8. 

Concordemente com a nossa mensagem, nosso hino-tema é também mensagem de arautos de vida. 

Mesmo que o 'dilúvio' seja longo e hostil, não vai chover para sempre; há vida, depois dele… 

Nosso hino temático também fala disto. Na voz suave de Cynthia Clawson.

IT   WON’T    RAIN   ALWAYS…  (1981)
NÃO VAI CHOVER PARA SEMPRE…
Letra : Gloria Gaither (1942…)
Música : Bill Gaither (1936…) & Aaron Wilburn (1950…)

Someone said that in each life:
Alguém disse que em cada vida   
Some rain is bound to fall:

Alguma chuva é fadada a cair
And each one sheds his share of tears:
E cada um entorna seu tanto de lágrimas
And trouble troubles us all:
E problemas afetam a todos nós
But, the hurt can't hurt forever:
Mas, a dor não pode ferir para sempre
And the tears are sure to dry…:
E as lágrimas por certo hão de se estancar… 

And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
The clouds will soon be gone:
As nuvens logo se dissiparão
The sun that they've been hiding:
O sol que elas têm ocultado
Has been there all along…:
Tem estado lá, em todo o tempo…
And it won't rain always:
E não há de chover para sempre
God's promises are true!:
As promessas de Deus são reais
The sun's gonna shine in His own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He’s gonna see you through!…:
E Ele vela por ti…
The sun's gonna shine in God's own good time:
O sol há de brilhar no tempo próprio Dele [Deus]
And He will see you through!…:
E Ele há de velar por ti! …

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Abraços
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 161 : “QUISERA ESTIVESSES LÁ!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Junho de 2014

Uau! Desculpe-me a interjeição, tão popular… Mas o reclame que recebi, através de email, é simplesmente fantástico. Que tal para você também? O título da mensagem que recebi é quase tal qual tomo emprestado para esta mensagem: “Quisera Estivesses Aqui!”. Trata-se de um reclame pelo fato de que não pude atender ao convite que o antecedeu… Dias atrás veio o convite, e agora, diretamente do local abaixo mostrado em foto, veio o reclame:

É isto mesmo que você está vendo: diretamente dessa luxuosa embarcação me veio o reclame, por conta do convite que não pude aceitar. O coordenador do cruzeiro mandou, diretamente de lá, a segunda mensagem: “Wish you were here!”  (Quisera estivesses aqui). Um cruzeiro pelas águas do Caribe, incluindo as porções insulares: Bahamas, Antilhas, Aruba, Curaçao, Barbados, Cayman, Jamaica; que paraíso oceânico. Não deu, desta vez… Aliás, acho que nunca será prá mim… Bem! A esta altura, você já percebeu que o reclame não veio individualmente para mim…

A frase não me é estranha… Até soa familiar… Já a ouvi, já li em algum lugar…  Ah! Já sei! A primeira lembrança que me vem à memória é de certas habitantes de um antigo (e minúsculo) povoado, perto de Jerusalém – Betânia era seu nome. Lá, uma família, certamente de órfãos, aguardava a chegada do Mestre, o Senhor do Universo. Um deles não agüentou esperar; Lázaro era o seu nome. As suas irmãs, Marta e Maria, mandaram recado, apressando a vinda do Salvador ao povoado: Senhor, aquele a quem amas está doente! (João 11.3, NVI). Como Jesus demorou pelo menos quatro dias para ali chegar, encontrou aquele a quem amava já sepultado de quatro dias. E as duas irmãs de Lázaro, cada qual a um tempo e lugar, disseram ao Redentor a mesma coisa, muito parecida com a frase que recebi do Caribe: Ah! Senhor! Queria que estivesses aqui! Porque, “se estiveras aqui, Lázaro não teria morrido (João 11. 21 e 32, sob minha adaptação).

“Quisera estivesses aqui!”, digo também eu ao meu eventual e fortuito leitor de hoje. “Aqui”, onde? Neste lugar, onde estou apertando teclas de um computador, redigindo este texto? Não, exatamente… Aqui, nesta cidade, nesta hora em que, nas ruas lá fora, ouvem-se variados e ruidosos sons (no céu, helicópteros; na terra, carros com suas buzinas, sons de cornetas, gritos de torcedores), à espera de um jogo de futebol, da seleção brasileira contra a chilena? Não, exatamente… Meu empréstimo à frase alheia toma outro sentido. ‘Quisera eu estivesses aqui’, pensando no que estou pensando, comungando o que estou comungando, olhando (espiritualmente falando) para o que estou olhando… Estou pensando em Deus… Estou pensando na efemeridade da vida, de tão passageira que é… Estou pensando no contraste entre as alegrias falsas e fugazes de um espetáculo desportivo, que empolga milhares de pessoas desde o raiar do dia e as alegrias propostas para a eternidade, nos lugares celestiais.

Hoje, Sábado, despertei bem cedo. Alguns minutos antes das seis da matina, eu já estava na porta da padaria, aguardando para comprar o pão nosso de cada dia. Por incrível que pareça, já havia um grande grupo à porta da padaria, um punhado deles já ‘uniformizado’ (verde & amarelo), com apetrechos nas mãos, quase prontos para seguir ao seu ‘templo’, o Mineirão. Impressionei-me com o que vi. Tão logo a padaria se abriu, irrompeu aquele tanto de gente, interessado em não perder tempo. Dos que ali estavam para cumprir a agenda até à hora do certame futebolístico, a antecedência era de, simplesmente, treze horas.

É isso… Enquanto, lá fora, há toda essa movimentação que empolga multidões, estou eu, aqui, pensando nos prazeres e no regozijo que tem outra natureza: os deleites eternos da comunhão com Deus, da redenção, da vida de usufruto da presença de Deus, das alegrias perenes que superam as adversidades passageiras, e tudo que disso decorre. E, daí, digo de novo, tomando a frase por empréstimo: “Quisera que estivesses aqui!”.

Não sei se você olha para as belezas deste mundo (como as do Caribe, se lhe for concedido, ou mesmo as da serra em volta da cidade, ou dos jardins da praça mais próxima) com olhar de mero proveito e encanto pessoal, ou também com aquele reconhecimento de quão magnífica é a obra das mãos do Criador! Não sei quanto a você, seu coração, sua alma. Não sei se você cultiva, ao lado dos deleites temporários desta vida, os deleites permanentes da vida eterna… Não sei se você acalenta, ao lado da esperança tênue por dias melhores no país (neste, ou noutro), após esta copa de futebol, também a esperança da glória, que nutre os remidos que esperam por Seu terno Redentor… Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente (Salmo 16.11, ARA).

Trata-se, quase apenas, de uma maneira própria de olhar a existência. Pois é! ‘Quisera eu estiveras aqui’, repito, transformando a frase em expressão de aspiração por tal tipo de prazer, tal tipo de envolvimento. “O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (I João 2.17, BCF). Não há, neste mundo,  empolgação, ou prazer, ou deleite, ou regozijo, ou entusiasmo, ou recompensa, nada, que supere ‘este lugar’ – a presença de Deus, a comunhão do Altíssimo, a redenção no Seu Filho. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8. 37-39, ARA). E, um dia, tudo quanto aqui temporariamente empolga, dará lugar a uma era sem fim, com outros valores, com outro tipo de gozo, interminável, incomparável. Não acredito que, naquela conjuntura, eu pudesse olhar à volta, dando falta de alguns (alguém que me lê, talvez?). Mas, por mera imaginação, e sob o anacronismo que a imaginação impõe, se eu pudesse, certamente diria: “Quisera estivesses aqui!”  

Por enquanto, digo apenas: Quisera estivesses lá!

Nosso hino de hoje pode ser encontrado em vídeo, através dos livres provedores de vídeo da internet. Aliás, num deles, um encontro de Gaither Homecoming Friends, o próprio compositor aparece, quando o hino é interpretado por Scott Fowller. Desde os anos Quarenta ele vem transformando em música sacra o seu ardor pelo evangelho redentor. Espero que você, ainda que no espírito, possa cantar o mesmo…

I’LL BE THERE (1996)
ESTAREI LÁ
Henry Thaxton Slaughter (1927…)

1. When you get to heaven, on that golden shore
Quando você chegar ao céu, naquela praia dourada
When you stand in glory, redeemed for evermore
Quando você estiver na glória, redimido para sempre
Look all around you, see the happy throng,
Olhe em toda a sua volta, veja a alegre multidão,
See their smiling faces, sing the happy song!
Veja suas faces sorridentes, cante a feliz canção!

CORO, na voz feminina: 
And you may look for me, for I’ll be there 
E você pode procurar por mim, pois lá estarei
I’ll be there, yes, I’ll be there
Lá estarei, sim, lá estarei
I’ve been redeemed by Grace, and I’ll be there
Estou redimido pela Graça, e lá estarei
Oh! Glory to God, I’ll be there!…
Oh! Glória a Deus, lá estarei!…

CORO, na voz masculina: 
Look for me, look for me, for I’ll be overthere
Procure por mim, procure por mim, que por lá estarei 
God’s Grace is all I need; yeah, I’ll be there
A graça de Deus é tudo quanto preciso; sim, lá estarei
Saved by His marvelous Grace, yes, I’ll be overthere
Salvo por Sua maravilhosa graça, sim, lá estarei
Oh! Glory to God, I’ll be there!
Oh! Glória a Deus, lá estarei!

2. Home of the faithful, home of the pure
Lar dos fiéis, lar dos puros
For all who will trust Him – this I’m very sure:
Para todos os que Nele confiam – Disto estou muito seguro: 
That I’m saved by His mercy, oh Yes, I’m saved by His Grace
Que estou salvo por Sua misericórdia, oh sim, estou salvo por Sua graça
That I’m going to a city, 'heaven' is the place!
Que estou a caminho de uma cidade, o 'céu' é o lugar!

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Abraços, até o próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'