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N° 224 : “PERDOAR E ESQUECER”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 11 de Outubro de 2015
 

“Trago o que posso. Uma merenda; trago biscoito, todo tipo de merenda, para ela ficar bem. Trago também água. Não sei como é o sistema aqui. Quero que ela seja bem tratada e nada de ruim aconteça com ela”. O autor destas palavras parece ser um exemplar raro entre os da espécie humana, e a atitude aqui retratada é diária. Seu nome é José Maria, reside em Fortaleza, e está referindo-se à sua [ex]esposa, que está presa na carceragem da Divisão de Homicídios daquela cidade. Qual a razão da prisão? Ter tentado, por duas vezes, matar o próprio José Maria. Pode coçar a cabeça, mas é isto mesmo: o homem visita e dá assistência a [ex]esposa na prisão, mesmo tendo ela duas vezes tentado matá-lo.

A mulher, de 32 anos, cujo nome não foi revelado pela mídia, tentou pela primeira vez matar José Maria em 11 de Setembro último. Ela colocou "chumbinho', um raticida ilegalmente produzido e vendido, em sua alimentação. José Maria passou muito mal, mas se recuperou. Quatro dias depois ela fez o mesmo, aumentando a dosagem. José Maria ficou duas semanas hospitalizado. A família dele desconfiou e acionou a polícia, que efetuou a detenção da mulher. No entanto, recuperado novamente, José Maria vai todos os dias à detenção, e leva lanches para a esposa. Ele diz que testemunhou o arrependimento da mulher, que até o socorreu, depois do que fez… "É certo que ela errou; mas não é com erro que vamos pagar outro". Assim, José Maria dá assistência a quem quase o matou duas vezes, e quer retomar o casamento. "Só não estou dizendo que vou conseguir, porque sou eu contra o mundo. Neste momento eu estou só, porque minha família não aceita; eu perdoo, mas minha família não".

Eu tenho duas perguntas: a primeira – no meio da espécie humana, qual percentual de exemplares do tipo do José Maria costuma existir? Qualquer que seja a tentativa de arriscar resposta, é bastante possível que o percentual seja baixíssimo… Sei que há, mas devem ser algumas raridades. A maioria de nós costuma, por muito menos, guardar repulsas por muito mais tempo. Entre esposos e esposas, por exemplo, a duração da condescendência e do perdão vem se encurtando bastante, nos tempos modernos. A segunda pergunta: no meio da espécie divina, qual o percentual de exemplares de inclinação semelhante? Bem, segundo a diversidade de literaturas, as divindades podem ser fonte de bem e também de mal. De um modo geral, para que se receba o bem das divindades, é preciso prestar-lhes algum favor, alguma oferenda, sacrifício, propiciação. Recebendo do homem uma satisfação, doam, em troca, o bem; em contrapartida, recebendo desapontamento, destinam ao homem o mal. Assim é, no geral, como se concebem as reações das divindades. Entretanto, como são divindades mitológicas, criações humanas, não vão poder entrar em nossa estatística.

Só há um Deus verdadeiro, o Criador de todas as coisas, e também do homem; Ele é o Deus que se revela de modo inteiramente inteligível na Escritura, a Bíblia. E, como é Ele? É totalmente diferente! Primeiro, Ele não espera nenhuma propiciação humana, nenhuma oferenda, nenhum sacrifício humano, para proporcionar perdão e misericórdia; toda oferenda, todo sacrifício e toda propiciação já foi cumprida, aos olhos dEle, pelo Seu próprio Filho, quando se encarnou. Aliás, diferentemente das demais divindades que o homem resolveu cultuar, Ele nem mesmo aceita qualquer oferenda ou sacrifício de favores e propiciação que não seja a do Seu próprio Filho; por isto, para o homem acaba saindo de graça! Além disto, Ele é capaz de dedicar tal tipo de favor não apenas a uma pessoa, mas a multidões. Houve um tempo que, provisoriamente, o favor do Deus verdadeiro era cultivado no meio de uma só nação; hoje, não: em qualquer lugar do mundo, de qualquer etnia, de qualquer raça, de qualquer cor, de qualquer camada social, de qualquer gênero, é possível ser alvo de Suas ternas misericórdias; ele não faz acepção de pessoas. Terceiro: ainda que o José Maria não se disponha a perdoar sua esposa uma terceira vez (duas tentativas de homicídio, até vá lá…), Deus, o Deus verdadeiro vai mais longe; indiscutivelmente mais longe: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as Suas misericórdias não têm fim: elas se renovam a cada manhã" (Lamentações de Jeremias 3,21,22, ARA). Quarto: o que o José Maria está fazendo pela esposa aprisionada é digno de menção, é fato. Mas, limita-se a esta vida; o perdão de Deus perdura a eternidade inteira.

O testemunho da Escritura é que Deus, o Deus verdadeiro, é complacente, longânimo, até mesmo tolerante. Foi assim, no passado: "Contudo, ele foi misericordioso; perdoou-lhes as maldades e não os destruiu. Vez após vez conteve a sua ira, sem despertá-la totalmente" (Salmos 78:38, NVI). Mas, continua Ele sendo assim, também no presente: "Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar" (Miquéias 7:18,19, ACF). Isto significa perdoar e esquecer…

Há, também, mal que pode advir de Suas mãos? Sim, há. Mas, Ele reserva esta maldição particularmente para um lado da eternidade, enquanto que também reserva bênção e gozo intermináveis para outro lado da eternidade. Enquanto isso, se alguém pergunta – há, ainda, homens como o José Maria? – repito eu a interrogação do profeta: há Deus como este?
Ao final, deixo mais uma bela composição, interpretada pelo Grupo Logos:  

ELE ME AMA
Paulo Cézar Silva (1952…)

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 223 : “DEMOLIR… OU CONSTRUIR…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Outubro de 2015
 
Dois quarteirões distante de minha residência, vi, em pouquíssimos dias de uma mesma semana, vir abaixo uma grande edificação, onde antes funcionava um supermercado. Aliás, não só veio abaixo o edifício, como também, em poucos dias todo o entulho foi retirado.
– Agora vai virar um shopping, disse um comerciante próximo, visivelmente preocupado. 
Em frente, ainda reside um senhor que testemunhou a construção do prédio, algumas décadas atrás. Mesmo podendo imaginar a resposta, a ele perguntei quanto tempo durou a construção…

– Ah! Aí está uma coisa curiosa: para construir, foram quase dois anos… Mas, para demolir, três ou quatro dias bastaram.  

É assim a nossa existência; não é incomum que, se alguém receber um “bom dia” logo cedo, talvez nem se lembre tê-lo recebido, ao fim do dia; ou, de quem o deu… Mas, se alguém escutar um insulto, ou uma crítica, ao início do dia, é bastante provável que se lembre disto semana inteira. Bem! Sempre há aqueles mais prodigiosos de memória – são capazes de se lembrar até pelo resto da existência. De outro ângulo, é sempre muito mais fácil demolir do que construir. Não me refiro, aqui, às obras de edificações civis… Refiro-me às relações humanas. Muito mais fácil e corrente, em tais relações, criar embaraços, desavenças, afastamentos, intrigas, juízos, fossos, do que construir pontes de conexão, de comunhão, de amizade, de fraternidade, de construção recíproca.

Já viu uma criança, brincando com castelos de areia na praia? Como costuma se divertir mais? Construindo-os meticulosamente junto com seu pai, ou pisando-lhes rapidamente sob os pés, para jogar abaixo? E olhe que, não raramente, são os próprios pais que lhe incentivam a farra… Isto, quando já não fica a aguardar, ansiosamente, o momento de destruição. Triste sina humana…

Em edificações civis é preponderante o uso das mãos: é com as mãos, via de regra, que se escavam os alicerces; é com as mãos que se confeccionam os baldrames; é com as mãos que se montam as formas e as armações, que se concretam as estruturas, que se desenham os acabamentos. É bem verdade que a modernidade vai entregando várias dessas tarefas às máquinas; mas, com quem as máquinas ‘aprenderam’? Com as mãos! Nas relações humanas, o órgão do corpo que prepondera é outro: a língua. Tanto  serve para edificar (o que não é tão freqüente), quanto serve para demolir (tarefa que lhe costuma ser preferência).

O apóstolo diz: “Assim também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!… contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta, ela mesma, em chamas pelo inferno” (Tiago 3.5, 6, ARA). No mesmo trecho bíblico, Tiago contrasta a língua com todas as espécies de animais, selvagens ou não: estes, a humanidade tem sido capaz de domar; a língua, não: “É um mal que não se pode refrear: está cheio de peçonha mortal” (Tiago 3.8, ARC).

Por que? Porque, como é sabido, é o instrumento mais voluntarioso, sob o acesso humano, para exprimir pensamentos precipitados, juízos improcedentes. O mais renomado de todos os sábios humanos assinalou: “Quando são muitas as palavras, o pecado está sempre presente, mas quem controla a língua é sensato. As palavras dos justos dão sustento a muitos, mas os insensatos morrem por falta de juízo” (Provérbios 10.19,21, NVI). 

Quais castelos de areia na praia, que costumam – miserável sina humana – dar mais prazer ao serem pisados e destruídos do que construídos, assim é a natureza dos seres que costumamos ‘apelidar’' de racionais; no entanto, quantas vezes agem como irracionais mesmo? É um grande desafio, este, com o qual nos deparamos a cada dia. Sabendo que demolir é tendência da natureza humana, herdada de Adão, resistir e vencer essa tendência são artes supremas e sublimes, dignas de exercício diário.

Há dois lados do campo: numa direção está o mais comum – demolição; é trabalho rápido, e conta com um time forte e numeroso! Noutra direção está o mais nobre – construção; é trabalho lento, e conta com um time numericamente inferior e aparentemente mais frágil. Em qual lado você quer ser encontrado com mais freqüência?  Melhor: em qual lado mais vale a pena ser encontrado?

Na mensagem musical de hoje, trago a expressão de alma de uma cristã afro-descendente que já expressava “alma” até no nome. Sua motivação partiu dos trabalhos em favor de uma instituição de tratamento de tuberculose, tão mais temível, naquela época. A Segunda Grande Guerra Mundial estava perto de acabar. Lá em Chicago, surge a composição, que talvez passasse despercebida, não fosse um britânico ouvi-la e leva-la para Londres. Ao cantá-la, ouvia-a um grande produtor musical, que se responsabilizou por adquirir seus direitos. Depois disso, afamou-se em vozes como Martin Luther King, Jr., Doris Day, George Beverly Shea, Tennessee Ernie Ford, Mahalia Jackson e o casal Roy Rogers e Dale Evans. Aqui, vai interpretada pelo  sensível Glen Payne (1926-1999).  

Abaixo da letra, o nosso Audio Player Online…

IF I CAN HELP SOMEBODY (1945)
SE EU PUDER AJUDAR ALGUÉM
Alma Irene Bazel Androzzo (1912-2001) 

If I can help somebody, as I pass along
Se eu puder ajudar a alguém, à medida que vou passando  
If I can cheer somebody, with a word or song
Se eu puder alegrar a alguém, com uma palavra ou com uma canção 
If I can show somebody, as he’s travelling wrong,
Se eu puder mostrar a alguém, que esteja num caminho equivocado
Then my living shall not be in vain!
Então meu viver não terá sido em vão!

Then my living shall not be in vain,
Então meu viver não terá sido em vão!
Then, my living shall not be in vain
Então meu viver não terá sido em vão!
If I can help somebody, as I pass along,
Se eu puder ajudar alguém, à medida que vou passando
Then my living shall not be in vain!
Então meu viver não terá sido em vão!

If I can do my duty, as a good man ought
Se eu puder cumprir o meu dever, como convém a um bom homem
If I can bring back beauty to a world that’s so wrought
Se eu puder trazer beleza a um mundo que é tão forjado
If I can spread love's message, as the Master taught
Se eu puder espalhar a mensagem de amor, tal como ensinou o  Mestre 
Then my living shall not be in vain!
Então, meu viver não terá  sido em vão

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas: 
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

N° 222: “AVATAR”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 27 de Setembro de 2015

“AVATAR” é uma palavra da cultura hindu, que ficou mundialmente famosa na produção cinematográfica de James Cameron: um ser híbrido de homem e alienígena, habitante do distante planeta Pandora. Na cultura hindu, provém de “avatara”, do sânscrito, que significa descida. Conecta-se a “Aval”, “aquele que descende de Deus”. São supostos seres que manifestam, fisicamente, formas da divindade. Mas, recentemente, a palavra adotou um significado adaptado à modernidade. Há quem já a esteja usando para designar criações digitais (do tipo “robôs cibernéticos”), para ‘eternizar’ seres humanos. É isto mesmo que você ouviu (quer dizer, leu): avatares, de você, de seus pais, de seus amigos, de seus filhos, para ficarem por aqui, quando os originais partirem… Como se os demais que ficarem por aqui estivessem interagindo com você, com seus pais, com seus amigos, com seus filhos… Não será fantástico?

Um grupo norte-americano, ligado ao renomado MIT (Massachussets Institute of Technology), lançou, recentemente, o programa tecnológico “Eter9”, divulgado no portal “Eterni.me”. Eis o seu apelo público:

“Quem quer viver para sempre?…Todos nós morremos, cedo ou tarde…
E se… você pudesse viver para sempre, como um avatar digital?…
Seja virtualmente imortal!”

Com o novo serviço, caro leitor, passará a ser possível armazenar uma quantidade de dados do seu perfil pessoal, e criar seu avatar, para depois de sua morte. A intenção é que as pessoas que ficarem por aqui possam interagir com o seu avatar, como se estivessem interagindo com você mesmo. Você, eterno, que tal? Pronto! Mais um avanço estupendo da tecnologia humana, para superar o insuperável – a morte!

O programa ainda não se tornou publicamente disponível, mas já há milhares na fila… Mas as redes sociais já estão se mobilizando para alimentar o banco de dados que vai criar avatares. Não é fantástico? Opa: deixa eu mudar de palavra, para não parecer merchandise… Não é formidável? (Esta é muito antiga, não é?). Já pensou? Onde você estará, onde estará sua alma, até à Ressurreição Final, onde estará você, depois da ressurreição do Dia do Juízo Final, por toda a eternidade de verdade, não importa: VOCÊ estará aqui, eternizado em boas lembranças (ou não), no seu avatar.  Haverá uma quantidade de seguidores interagindo com você, isto é, com seu avatar. Você pode fazer um novo tipo de testamento, definindo, em vida, quem vai administrar seu avatar. Você vai até pensar que vai ficar tranquilo, quando partir, porque sua partida não vai doer tanto nos que ficarem… Mas, talvez, depois de partir, você até fique com ciúmes do seu avatar: o pessoal vai gostar tanto dele, que nem vai sentir falta do original, que é você…

Especulações à parte, pergunto: até onde vai chegando a sandice high-tech? Até onde vai chegando a tolice tecnológica que explora a tolice (outro tipo) da boa-fé das pessoas? Bem! Já que vai, mesmo, existir, começo a pensar num avatar para mim… E já vou logo considerando a lembrança de um antigo pregador, que hoje ouvi pela boca do porta-voz angolano Sebastião Chiquete: Este lembrou o pregador, que disse mais ou menos assim – “Seria bom que cada um de nós, ainda que não se destinasse ao inferno, passasse pelo menos meia hora no inferno, antes de terminar a jornada da vida. Assim, seríamos mais eficazes em prevenir pessoas, para não ir para aquele terrível lugar”. 

Jesus falou de um hipotético cidadão que, morrendo, foi levado ao lugar dos mortos. De lá, lugar também chamado de inferno, rogou ele, a respeito de outro falecido, chamado Lázaro: “Pois eu te rogo, Pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, que não suceda virem eles também parar a este lugar de tormentos” (Lucas 16.27,28, BCF). Já estou aqui pensando: milhares, milhões de avatares, advertindo os vivos de aqui, quanto aos horrores eternos do inferno. Não, isto não ocorrerá: os avatares do Eterni-me só falarão das lembranças de aqui. Se falarem de horrores, serão desta vida, que nem se comparam às do inferno. Além do mais, Jesus fechou a questão, quando disse: “Têm eles Moisés e os profetas; ouçam-nos!” (Lucas 16.28, ARC). O cidadão, na ilustrativa história, ainda teria arriscado: “Não, Pai Abraão: se alguém dentre os mortos fosse ter com eles, eles se arrependeriam” (Lucas 16.30, NVI). Jesus, que menciona “Moisés e os profetas” como uma sinédoque de toda a Escritura, arremata, para fim de conversa: “Se não ouvem Moisés e os profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lucas 16.31, ARA).

Pensando bem, vou deixar essa história de avatares para os parvos, para os tolos. Quanto aos queridos, bastam-me as lembranças, as suas obras, que os acompanham (Apocalipse 14.13); quando muito, fotos. Fico com a palavra de Jesus, fico com Moisés e os profetas, fico com a Palavra de Deus! E mais: quero que meus filhos, e meus netos, e quantas gerações eventualmente vierem, fiquem também…  

Ira Sankey e Stephen Collins Foster puseram música num belíssimo poema de Fanny Jane Crosby, que hoje conclui nossa reflexão. A poetisa, que ficou cega ainda na primeira infância, foi alguém com incomparável sensibilidade na expressão musical das verdades celestes. Foram mais de 8000 hinos e poesias. “Depois de morta, ainda fala…”

THE HOMELAND SHORE (1890)
DA LINDA PÁTRIA
Francês [Fanny] Jane Crosby (1820-1915) 

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Abraços, boa semana !
Ulisses

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N° 221: “TAMBÉM LAMENTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 20 de Setembro de 2015

“Prezado Senhor

Lamento ter que informá-lo que eu não acredito na Bíblia como divina revelação & que, portanto, tampouco em Jesus Cristo como o filho de Deus.
Sinceramente…"

Estas poucas linhas são tudo o que está no conteúdo de uma carta, manuscrita a tinteiro, remetida a um advogado interessado na verdade. Vale muito dinheiro: nos próximos dias, segundo o jornal britânico The Guardian, vai a leilão, em Nova Iorque, e espera-se alcançar entre R$ 280 mil e R$ 350 mil, em valores aproximados. Não foi escrita por um ‘Zé Ninguém’: simplesmente falando, foi escrita pelo renomado naturalista Charles Robert Darwin (1809-1882), de quem se diz que revolucionou o mundo contemporâneo. Foi ele quem publicou o livro A Origem das Espécies, entre outros, o qual impulsionou expressivamente a teoria da evolução. Por conta desse impulso, quem ousa defender, hoje, em qualquer escola fundamental, média ou universitária, que as espécies foram criadas, cada qual segundo a sua gene própria, é tratado pela [ainda] maioria como um herege científico;  se acrescentar que o responsável por esse ato de criação foi Deus, torna-se um obscurantista medieval.

Como surgiu a breve carta? Charles Darwin vinha, desde 1859, se esquivando de encarar assuntos da Bíblia e da fé publicamente. Um jovem advogado, chamado FA McDermott, lhe endereçou:“Se me encontro sob o prazer de ler seus livros, devo considerar que, ao final, eu não perca a minha fé no Novo Testamento. Minha razão, portanto, ao escrever ao senhor, é para solicitar resposta ‘Sim’ ou ‘Não’ à pergunta – o senhor acredita no Novo Testamento? The Guardian não foi capaz de revelar se o advogado focalizou, na pergunta, o Novo Testamento, porque já percebia que, quanto ao Antigo Testamento, Darwin já deixara evidente sua divergência, ou se por outro motivo. No entanto, note que, na resposta, agora uma relíquia valiosa, Darwin nem distinguiu entre Antigo e Novo testamentos – manifestou descrédito de ambos, a Bíblia inteira; pelo menos, quanto a ser Palavra de Deus. Preste atenção: Darwin não escreveu isto no começo de seus avanços ‘científicos’: na carta, consta 24 de Novembro de 1880, vinte e um anos depois de A Origem das Espécies, e apenas um ano e meio antes de morrer…  

E eu, aqui, vou avançando nestas pobres linhas usando as mesmas palavras de Charles Darwin… Por que não? Também sou um interessado na verdade; mais que isso: sou interessado, não apenas em conhecê-la, como também em reparti-la… Portanto, usando suas palavras, precisamente as primeiras, vou logo dizendo: Lamento ter que informá-lo… Aliás, para que a expressão não fique sem sentido, devo continuar: Lamento ter que informá-lo que tal incredulidade levou parte ampla da ciência ao suposto patamar de glória que hoje parece ostentar, mas tem levado todos os que acreditam, até o fim, nestas teses de Darwin, a um único lugar que os congrega – o inferno! Quem é o destinatário imaginário da minha cartinha? Se eu pudesse, mandaria, talvez, um email “Com Cópia Para Todos”. Começaria com o próprio Charles Darwin; prosseguiria com McDermott; depois, com todos os que, seguindo a premissa do missivista primário, continuam desacreditando (ou, em caso de rigorosamente não desacreditarem, simplesmente menosprezarem) da Bíblia, como Palavra de Deus, e de Jesus Cristo, como Filho de Deus, o redentor.

Muito cuidado, ó turma de simpatizantes de Darwin: “Ele [Deus] apanha os sábios na astúcia deles’; e também, ‘o Senhor conhece os pensamentos dos sábios, e sabe que são fúteis” (I Corínntios 3.19,20, NVI).  Pensando especialmente nas ovelhas do Papa Francisco (neste momento, em Cuba), lembro palavras traduzidas pelo Padre Antonio Pereira de Figueiredo: “Porque a ira de Deus se manifesta do céu contra toda impiedade e injustiça daqueles homens que retêm na injustiça a verdade de Deus; porque as coisas dEle, invisíveis, se vêem depois da criação do mundo, consideradas pelas obras que foram feitas… Porquanto, depois de terem conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, ou deram graças; antes, se desvanesceram nos seus pensamentos, e se obscureceu o seu coração insensato” (Romanos 1.18, 20, 21, BCF).  

Quanto à Bíblia, é uma questão de se opor a opinião de Darwin ao registro da própria Bíblia, que, em vários textos, vindica a si a qualidade de Palavra de Deus (como em II Tm 3.16,17); quanto a Jesus Cristo, é uma questão de se opor a opinião de Darwin às declarações do próprio Jesus, que não deixa dúvidas quanto a ser filho de Deus (como em João 10.36). O que posso mais dizer? Ora, poderia dizer muito mais, não fosse a convenção prévia de limitar aqui este escrito. Na Palavra de Deus há muito mais a ‘garimpar’ saudavelmente. Então, direi apenas? Você, como Darwin, tampouco acredita? Sinceramente, também lamento!

Na mensagem musical de hoje, o pastor Josafá Vasconcelos interpreta, com arranjo e execução instrumental de Danilo Santana, um hino de grande significação na vida de quem lhe compôs a música. George Beverly Shea, aos 21 anos, teve uma excelente oportunidade de ganhar fama e dinheiro em Nova Iorque, cantando. Mas, seu pai esperava que ele pusesse sua voz a serviço do seu Senhor. Uma tarde, Shea se deparou com belíssimo poema de Rhea Miller; logo  se colocou ao piano, criou arranjo musical para o poema, e o cantou na igreja de seu pai. Foi um marco que acompanhou toda a sua abençoada vida, de 104 anos. O hino faz parte de CD publicado pela EFRATA, com interpretações de Josafá Vasconcelos, Sebastião Guimarães Costa Filho, arranjos e instrumentos por Danilo Santana: vide "Hinos de Luz".

JESUS É MELHOR 
I'D RATHER HAVE JESUS 
Letra: Rhea F. Ross Miller (1894-1966)

Música: George Beverly Shea (1909-2013)

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Abraços, boa semana !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
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N° 220 : “PROFUNDO LAMENTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 13 de Setembro de 2015

 

A imprensa brasileira conseguiu, afinal, que a presidente Dilma Roussef se pronunciasse sobre a “Operação Lava-Jato”; trata-se da operação conduzida pelo Ministério Público Federal do Paraná, juntamente com a Polícia Federal, que investiga crimes de corrupção e desvio de verbas da Petrobrás. A presidente afirmou, com veemência, que não esperava que políticos e militantes do seu partido, bem como pessoas a eles próximas (o que inclui atores de outros partidos), estivessem envolvidos no escândalo da Petrobrás.  Indagada se ela se viu completamente surpresa, eis o que ela disse, de acordo com vários veículos de imprensa do país:

– Fui [pega de surpresa completamente]. E lamento profundamente. Sou a favor de uma coisa que disse o [ex-ministro] Márcio Thomaz Bastos: ‘Não esperem que as pessoas sejam a fonte da virtude. Tem que ser as instituições”. Difícil saber é se Dilma descobriu só agora que Bastos estaria (supostamente) certo…

Então, é isso que dizia o jurista? Não é possível esperar que as pessoas sejam fonte da virtude, senão as instituições? Bem aristotélico, ele… Sabe-se que o mundo ocidental deve muito ao trio helenista – Sócrates (470-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Sócrates sustentava que a fonte da virtude estaria no indivíduo, na base da emancipação de seu conhecimento inato, sua gnose; Platão aduzia que é preciso juntar algum núcleo da sociedade ao indivíduo (tal como a família), para garantia da virtude. Aristóteles defendia que só o indivíduo, ou mesmo a sociedade empiricamente estabelecida, ainda seriam insuficientes; necessário seria, aditivamente, uma organização jurídica dessa sociedade, por meio de homens de bem, para que a ética fosse codificada, praticada e policiada. Essa organização se daria, segundo ele, na polis, donde vem ‘política’. Durma-se com um barulho destes…

Sinto muito, mas tomo a liberdade de discordar, tanto de Aristóteles, quanto de Platão, quanto de Sócrates; ‘inda mais de Márcio Thomaz Bastos, ou mesmo de Dilma. A família ajuda muito; as instituições, também. No entanto, a espécie humana surgiu com o potencial natural da virtude e da ética; isto foi há muitos séculos atrás (há quem diga, pra meu espanto, que foi há milênios); quando os pioneiros da humanidade introduziram, sob influência ‘externa’, a ruptura da virtude, a vaidade, a soberba, a corrupção, a mentira, a ambição nefasta, a desobediência a Deus, esses males e desvios da virtude passaram de uma tal forma à sua descendência, que ficou impossível encontrar uma exceção… Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram” (Romanos 5.12, BCF). Bem verdade que há alguns que se esforçam, mas não estão (ou melhor, não nascem) livres das bactérias mortíferas da pecaminosidade.

Agora, de que são feitas as instituições? Dizer que as instituições se salvam, apesar dos indivíduos, é uma enorme contradição: há instituições sem indivíduos, sem pessoas? Se há, estão elas neste planeta? E, se não há, segue-se que instituições serão tão viciadas na corrupção quanto forem os indivíduos que as constituem… Vamos e venhamos: Assim como não se pode esperar virtudes dos indivíduos, não se pode esperar, tampouco dos organismos da sociedade, sejam eles empíricos ou juridicamente avençados. "Profundo lamento”, pode-se imaginar, foi o que ocorreu ao Criador, quando viu este estado de coisas se instalar na humanidade. “Profundo lamento” deve estar Ele, ainda hoje, sentindo, ao ver que as coisas aqui em baixo vão mal… E parecem ir de mal a pior, a cada dia, a cada semana, a cada mês e a cada ano! Por isto, o diagnóstico universal: "Não há nenhum justo, nem um sequer… Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Romanos 3:10,12, NVI).

Ah! Sim, eu sei – ‘há tanta gente boa!’… Sinto muito, de novo: “Eis que todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapos de imundície” (Isaias 64.6, ARA). Sabe o que isto significa? Dentro do contexto apropriado da explicação bíblica, significa que, por mais bonzinho que alguém possa ser, todos os seus atos de aparente virtude estão tão contaminados com o pecado, que não sobra um atozinho pra ostentar virtude pura; tudo (pensamentos, palavras, ações) está sempre contaminado. Irremediavelmente contaminado! Opa! Exagerei: “irremediavelmente”, não. Nasceu um, cheio de virtude, eticamente intocável, sem jamais ter quebrado um ‘i” ou um “til” sequer da lei, que resolve o problema. Seu nome? É Jesus Cristo, o qual Sócrates, Platão e Aristóteles não tiveram  o privilégio de conhecer: nasceram e morreram antes. Quanto a Márcio Thomaz Bastos, não sei; nem tampouco quanto a Dilma. Ta’í: por que alguém não chega perto dela, e diz: presidente, tem jeito para a corrupção do Brasil; tem jeito para a corrupção da Petrobrás; tem jeito para o rumo do seu governo; tem jeito para o ser humano, tão vil e corrupto por natureza – e não são as instituições; é Jesus, somente Jesus!? Profundo lamento! É o que  se pode sentir por aquele que ignora esta verdade; pior, se dela desdenha!
Na mensagem musical de hoje, uma composição de nossa terra…

FOI ASSIM
Paulo César,  Grupo  ELO

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

SUBSCRIÇÃO CONFESSIONAL – NECESSIDADE, RELEVÂNCIA E EXTENSÃO

 

confissoes

Classificação : Confissões, Subscrição confessional

Expõe a origem histórica dos credos e confissões, sua necessidade e sua relevância; discute a extensão abrangida no voto oficial de subscrição para fins de ordenação, debate as modalidades, e ilustra com casos históricos.

Autor : Ulisses Horta Simões

Preço unitário : R$ 30,00 : Solicite tabela de preços + Condições especiais de descontos

Descontos de até 50%, conforme critérios de pedidos (Consulte preço promocional especial)

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N° 219 : “BODRUM”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Setembro de 2015

Bodrum é uma cidade turca, destacada no cenário mundial por estes dias. Seu nome vem Budrum, que equivale ao gregoPetrum, ligado ao nome do apóstolo de Jesus; ali está o famoso castelo de São Pedro. Mas, sua fama é antiga: outrora era Halicarnasso; ali nasceu o famoso historiador Heródoto (484-420 aC.); ali estava uma das sete maravilhas do mundo antigo, o suntuoso túmulo do rei Mausolo (4º século a.C., donde nos vem a palavra “mausoléu”).

Porém, a repercussão mundial atual vem de uma trágica história. Primeiro de setembro, à noite… Abdullah Kurdi, sua esposa Rehan, e seus dois filhos, Gallip (5) e Aylan (3), entram num pequeno barco, que somou 16 pessoas, tentando atravessar o braço de mar entre Bodrum e a ilha grega de Kos; apenas 4 quilômetros. O barco, porém, virou e, entre os mortos, a família de Abdullah. A repórter Nilufer Demir capturou duas fotos que sacudiram o mundo: a primeira, com o corpo do pequeno Aylan na praia, cabeça voltada para o mar, à borda da quebração das ondas, rosto enterrado na areia, camisa esgarçada acima da cintura, vestido e calçado, como iniciou a viagem; a segunda, com o policial turco resgatando o menino em seus braços. O sonho da família, de ir ao encontro da irmã, cunhada e tia no Canadá, esfacelou-se ali.

Para os que estão minimamente familiarizados com cidades bíblicas, informo: Bodrum está a tão somente duas horas ao sul de Éfeso, e a 3 horas ao sul de Esmirna. São as cidades mais próximas, dentre as que são mencionadas no Apocalipse bíblico, as duas primeiras da lista. Abdullah e sua família estavam muito próximos do lugar onde Paulo organizou uma igreja; sim, muito próximos de onde, no passado, o grande Policarpo pregou e sofreu o martírio, por causa de sua fé, aos 86 anos de idade. Dali, a família, sem reconhecimento oficial como refugiados, tentou deixar para trás o que um diplomata chamou de “caos catastrófico” da guerra síria.

As duas cidades bíblicas que menciono, próximas de Bodrum, tiveram que ouvir coisas duras: Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2.4, ARA); a pregação se referia ao arrefecimento da fé e da dedicação a Deus, concernente àqueles leitores, àquela igreja; Conheço [aí]a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás (Apocalipse 2.9, ARA), referindo-se a falsos seguidores da Palavra de Deus. Será que estas palavras proféticas ecoaram, também, em Halicarnasso, a Bodrum de hoje? Muito provavelmente, sim. Mas, isto já faz tanto tempo!…

Não importa quanto tempo: a advertência daquelas missivas bíblicas vale para os habitantes de Bodrum, e de Éfeso, e de Esmirna, e da cidade onde está, hoje, quem lendo estas linhas, e da cidade onde também está, hoje, quem não está lendo…Lembra-te, pois, d’onde caíste, e arrepende-te, e faze as primeiras obras,; e se não, venho a ti, e moverei o teu candeeiro do teu lugar…”  (Apocalipse 2.5, BCF, dirigida a Éfeso); é a palavra que vale em todo tempo, em todo lugar, para quem, ao menos alguma vez, já tomou impulso de servir com seriedade a Deus, e ‘derrapou’… E, ainda: Não temas nada do que tens de padecer… (Apocalipse 2.10, BCF, dirigida a Esmirna). E, a ambas (e também a nós outros, em todo tempo), diz a palavra profética: Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas…(Apocalipse 2.7 e 11, NVI).

Toda a imprensa está dizendo que a força de uma imagem sem palavras sacudiu o mundo, para acordá-lo ante uma realidade chocante e bestial, qual seja, a guerra civil. E eu reivindico, seriamente, a força de palavras sem imagens para sacudir o ‘mundo’ que estas singelas linhas alcançarem, quanto a uma realidade ainda muito mais chocante, universal até, que aguarda por aqueles que não derem ouvidos ao que o Espírito diz às igrejas. As imagens ainda virão…

A propósito – se você leu até chegar a este ponto, te pergunto: em qual lado você pretende permanecer? Do lado que compreende os que se dediquem a ouvir o que o Espírito diz às igrejas, ou do lado que compreende os que NÃO QUEREM ouvir? Sabia que este segundo lado é o da maioria? Sabia, outrossim, que é o lado trágico, enquanto que o primeiro é o lado esperançoso? Bodrum é “pedra”… A Pedro disse Jesus: Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16.18, BCF). É esta “bodrum” que traz palavras que o Espírito diz às igrejas, conclamando-as a ouvi-las. Ah! Você quer saber quem é a “pedra’, não é mesmo? Trago o próprio Pedro para responder: Chegai-vos para ele [o contexto de Pedro aponta para Jesus], como para a pedra viva que os homens tinham, sim, rejeitado, mas que Deus escolheu e honrou (I Pedro 2.4, BCF). Quem tem ouvidos…

O hino de hoje, que desfecha a nossa singela mensagem, é uma lembrança… O compositor do mesmo o compôs o hino depois de pelo menos duas "bordoadas" severas da vida que o abalaram (embora "todas as coisas concorram para o bem dos que amam a Deus"): a perda do irmão mais velho, em 1980, que com ele e outro irmão compunham o trio Goss Brothers, e o acometimento de um câncer, contra o qual ainda luta. Quis ele deixar, em verso e arranjo musical, a mensagem de que, mesmo que o mundo se abale, a "pedra angular" jamais será abalada, nem aqueles que 'nela' se firmam.

Ouça, em voz coral masculina mui harmoniosa (seguindo, se desejar, nosso texto bilíngue)…   

JESUS IS THE CORNERSTONE (1986)
Jesus é a Pedra Angular
Lari Goss (1945-     )

Jesus is the Cornerstone,
Jesus é a Pedra Angular
Came for sinners to atone; 
Veio para propiciar os pecados de pecadores
Though rejected by His own, 
Ainda que rejeitado pelos 'Seus' [João 1.11]
He became the Cornerstone!
Ele se tornou a Pedra Angular 
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!

When I am by sin oppressed,
Quando estou oprimido pelo pecado 
On the Stone I am at rest;
Sobre esta Pedra eu encontro descanso
When the seeds of truth are sown,
Quando as semestes da verdade são semeadas 
He remains my Cornerstone!
Ele permanece minha Pedra Angular
Jesus is my Cornerstone!
Jesus é minha Pedra Angular!

Rock of Ages, cleft for me,
Rocha Eterna, fende-te para me proteger 
Let me hide myself in Thee…
Deixa-me ocultar em Ti… 
Rock of Ages, so secure,
Rocha Eterna, tão segura, 
For all time it shall endure;
Há de prevalecer para todos os tempos;
Till His children reach 'their home',
Até que Seus filhos cheguem ao 'seu lar',
He remains the Cornerstone!
Ele permanece a Pedra Angular!

Till the breaking of the dawn,
Até que venha o rompimento da alvorada,   
Till all footsteps have ceased to roam;
Até que todos os passos vagueantes cessem;  
Ever let this truth be known,
Para sempre ecoe esta verdade, 
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!
Jesus is the Cornerstone!
Jesus é a Pedra Angular!
Jesus is the Cornerstone!!!
Jesus é a Pedra Angular!!!

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Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br 
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional 

N° 218 : “SEM ABANDONO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 30 de Agosto de 2015

Na cidade de Margate, à frente do bar chamado O’Malley Sports, Florida, o casal Antonio Nieves (28) e Amy Schafer (27) protagonizou uma cena inusitada. Eles queriam entrar no bar carregando o pequeno filho de apenas três meses (aferido e conferido: “três meses”, mesmo), mas o gerente não lhes permitiu adentrar com a criança. Que fazer, então? Ir embora para casa com o filho, não seria isto? Mas, não: Antonio e Amy decidiram deixar a criança no carrinho, no passeio do lado de fora do bar, enquanto tomavam suas biritas dentro do mesmo.

 À polícia, depois de denunciados e presos por maus tratos a menor incapaz, alegaram que não haveria problema, porque “de cinco em cinco minutos um de nós dois ia lá fora ver a criança no carrinho”.  A polícia não pensou do mesmo modo, e encarregou o Serviço de Proteção à Criança norte-americano dos cuidados ao bebê, enquanto durou a custódia dos seus pais. Três meses de idade apenas… A própria mãe e o próprio pai… Alguém vai pensar: é possível isto? Sim, e está incurso nos registros oficiais da pequena cidade de Margate, lá na América nórdica. Não, é claro que não é comum pais abandonarem seus filhos, ou relegarem-nos a situações expostas a poucos cuidados. Mas, possível é…

 Quando lemos no livro dos registros do Pai Celestial palavras como as que registraram os salmos – “Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá!” (Salmo 27.10, NVI) – vislumbra-se um contraste radical entre a natureza humana e a natureza divina. Que tipo de carinho e atenção, neste mundo, pode ser apontado como maior do que pais dedicam aos filhos? Nenhum, decerto! Mas, falhas podem ocorrer; descuidos podem se manifestar. Pais cometem falhas… E alguns até extrapolam no suposto direito de cometer falhas, sob o aparente escudo dos seres falíveis, a ponto de escandalizar… Ou você, que está lendo até aqui, não se escandalizou com a atitude dos pais do pequeno anônimo de três meses de idade de Margate?

Mas Deus, não! Deus não escandaliza, Deus não abandona, Deus não relega ao relento… Favor não confundir com aquelas situações imperativas em que Deus parece (apenas parece) desamparar. Sim, Jesus, no auge de seu suplício, bradou na cruz:“Eli, Eli, lamma sabachthani? Isto é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46, BCF). Mas, Deus o ressuscitou dentre os mortos (Atos 13.30; Atos 17.31; I Pe 1.21), e o entronizou nos lugares celestiais, dando-lhe um nome que está acima de todo nome (Fp 2.9-11). Sim, alguns passaram e têm passado por crises em que parecem estar sós, como Elias no seu refúgio em Horebe (I Reis 19); mas, “Graças a Deus, porém, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância de Seu conhecimento” (II Coríntios 2.14, ARA). Assim, mesmo as momentâneas aparências de abandono são meticulosamente articuladas por Deus, para cumprimento de propósitos que ainda buscam o bem dos que Lhe temem, conforme Romanos 8.28.

A afirmação constante do salmo ostenta, portanto, uma distinção radical entre o tratamento no qual pode degradar-se o cuidado paterno humano, e o tratamento paterno do entre divino, que nunca se degrada. Aliás, o salmo 27 é muito significativo quanto a este cuidado paternal de Deus. Outro exemplo dele tirado é: “Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha” (Salmo 27.5, ARA). Notou? Não diz a Bíblia que não haverá adversidade; pelo contrário, pode-se esperar por ela. Mas, há uma garantia: Deus estará lá, no dia da adversidade, para acolher quem se refugie na Sua poderosa mão, para abrigar no recôndito do Seu tabernáculo, e para elevar sobre a rocha.

Não é comum, mas é possível identificar falhas nos pais; nalguns casos, de modo até escandaloso… Com Deus, não: Deus não falha – Deus abriga no Seu recôndito; Deus não escandaliza – Deus consola e conforta; Deus não abandona – Deus acolhe no Seu pavilhão de amor e cuidado inigualável. Vale a pena tê-lo como Pai… A propósito: “Mas a todos os que O receberam [Jesus], deu Ele poder de se fazerem filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome” (João 1.12, BCF).

A dupla de compositores que traz a mensagem musical hoje lembrada captou o legítimo sentimento de quem contempla a Deus do modo aqui proposto; o solista (Jake Hess, 1927-2004) que toma parte da interpretação dela mostra uma sensibilidade descomunal para transmitir a mensagem… Ouça-a, com o nosso AudioPlayer Online… 

 

SO MANY REASONS (1964)
TANTAS RAZÕES
David Reece (1928-1999) & Jimmie Davis (1899-2000)
Grupo:
So many reasons why I love the Lord,

Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las

So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las.

Jake Hess:
One is how He saved me at an old-time altar,
Uma [delas] é como Ele me salvou
Diante de um altar daqueles, dos antigos

He placed within my heart this joy I know
Ele pôs dentro em meu coração este gozo que [agora] eu conheço
He changed my life completely,
Ele mudou minha vida completamente 
Gave me hope for tomorrow,
Deu-me esperança face ao amanhã 
That's the reason why I love Him so !
Eis a razão porque eu tanto O amo !
(Lágrimas rolam da face daquele que canta)

So many reasons why I love the Lord,
Há tantas razões pelas quais eu amo ao Senhor
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, eu nem posso enumerá-las
So many reasons why I trust His word,
Há tantas razões pelas quais eu confio em Sua Palavra 
So many reasons I can't count them.
Há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las;
There's just so many reasons I can't count them.
Simplesmente há tantas razões, que eu nem posso enumerá-las. 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana,
Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional
 

GERANDO FILHOS NA FÉ



 


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Classificação : Evangelismo, Discipulamento

Obra em 80 páginas, que se destina ao uso em discipulamento.

Contém 16 estudos, sob as seguintes seções:

  • O Plano de Deus para a Criação
  • O Plano de Deus para a História
  • O Plano de Deus para o Homem
  • O plano de Deus para o Futuro

A introdução trata sobre a Grande Comissão (O que é, Quem está incluso, Como cumprir); o apêndice apresenta os fundamentos da autoridade da Escritura Sagrada. 

Autor : Ulisses Horta Simões

Preço unitário : R$ 18,00 : Solicite tabela de preços + Condições especiais de descontos

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