Agora no portal:

Tag Archives: Um minuto

N° 308 : “QUESTÃO DE OPORTUNIDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 06 de Agosto de 2017

Atribui-se ao juiz federal Sérgio Moro (1972-…) a seguinte mensagem, divulgada por várias mídias: "Quando se tem oportunidade de furtar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópia pessoal na máquina Xerox do trabalho, não se perde a oportunidade. Quando se tem oportunidade de furtar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta, na hora do almoço, para a empresa reembolsar, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de roubar R$ 30,00 (trinta reais) de um artista comprando um DVD pirata, não se perde oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 250,00 (duzentos e cinquenta) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TV’s a cabo, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal, não se perde a oportunidade. Quando se tem a oportunidade de furtar R$ 2.000,00 (dois mil reais) escondendo um defeito do seu carro na hora de vendê-lo, enganando o comprador, não se perde a oportunidade. Muitos  não  perdem  nenhuma oportunidade, devolvem a carteira mas furtam o dinheiro, sonegam imposto de renda, dão endereço falso para adquirir benefícios que não tem direito, etc, etc. etc… Bom, se você trabalhasse no Governo, e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 (um milhão), com certeza, se você não perde uma oportunidade iria aproveitar mais esta oportunidade. TUDO É UMA QUESTÃO DE ACESSO E OPORTUNIDADE. O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não são só a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles, são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os  políticos  de  hoje foram ontem oportunistas e se não mudarmos a estrutura de valores de nossa sociedade e trazer a Ética e a Moral como pilares do comportamento nunca seremos um povo realmente honesto e justo!”

Há fontes que afirmam que esta mensagem não é, verdadeiramente, de Sérgio Moro. Admite-se que alguém, menos famoso, quis passar a mensagem, e valeu-se do nome dele para aumentar a repercussão. Seja como for, a mensagem é digna de reflexão. É assim mesmo: se um determinado livro é disponível por certa editora, mas fica mais barato (ou mais ‘conveniente’) ‘xerocá-lo’, muitos vão fazer isto. Se o troco veio a mais, lá no caixa, por que alertar o caixa e devolver? “Não tenho culpa se ele errou!”, ainda costumamos dizer, de um lado do cérebro para o outro, justificando a retenção do alheio .

O maior especialista em natureza humana diagnosticou exatamente isto, e ainda com mais detalhes: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9, ARA). Neste caso, não se há de estranhar quanta indiferença ainda se veja quanto aos mandamentos:

Oitavo: “Não furtarás!”

Décimo: “Não cobiçarás…”

Quero considerar, nas poucas linhas que me restam neste texto, o cenário do segmento que se chama cristão (especialmente o evangélico). Será que estamos de brincadeira com Deus? Será que estamos menosprezando os padrões éticos que Ele demanda, incorrendo em práticas semelhantes (ou iguais) às da mensagem acima, atribuída ao juiz? Será que estamos fazendo pouco caso da necessidade de fazer diferença no meio da nossa geração, da necessidade de pagar o preço da integridade, da honestidade, da fidelidade? Será que estamos olvidando, levianamente, o imperativo de levar, em nós, as marcas de Cristo (Gálatas 6.15-17)?

Infelizmente, em diferentes contextos tenho ouvido palavras de recriminação quanto a crentes que são vistos como iguais (ou até piores) que os não crentes. Que tempo desafiador! Jesus disse: “…todo discípulo que for perfeito [que for bem preparado, bem instruído], será como seu mestre” (Lucas 6.40, ARC, com alternativas em NVI  e ARA). Por este ângulo, se não estamos conseguindo ser como nosso Mestre, o Excelente, falha nossa! Somos maus aprendizes.

Povo de Deus, é preciso espelhar Cristo com mais propriedade, e com mais visibilidade. A geração à nossa volta está clamando por isto, como pedras que clamam. “Questão de oportunidade” que tira vantagem de tudo (inclusive do ilícito) não é oportunidade boa, louvável. Oportunidade boa e louvável é aquela que nos enseja pagar o preço do caráter, da retidão. Como ele – Cristo – pagou: Foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas, sem pecado” (Hebreus 4.15).  

Nosso hino de hoje foi composto por alguém que, com 28 anos de idade, teve que lutar contra um câncer. A luta levou-lhe um olho, mas não lhe levou a disposição de ser um imitador de Cristo. Sua composição, pouco tempo depois, retrata esta aspiração. Após a letra traduzida, nosso Player online…

A SERVANT’S HEART (1987)
Coração de Servo

Ron Hamilton (1950-…)

Make me a servant like you, dear Lord,
Faz-me um servo igual a ti, querido Senhor
Living for others each day

Vivendo para outros cada dia
Humble and meek,

Humilde e manso
Helping the weak,

Ajudando os frágeis
Loving in all that I say…

Com amor em tudo que falar…

Give me Lord, a servant's heart
Dá-me, Senhor, um coração de servo
Here's my life, take ev'ry part.

Eis minha vida, toma-me por inteiro
Give me, Lord, a servant's heart.
Dá-me, Senhor, um coração de servo
Help me draw so close to You
Ajuda-me a andar bem perto de Ti

That Your love comes shining through
Que Teu amor brilhe em mim
Give me, Lord, a servant's heart,

Dá-me, Senhor, um coração de servo
Give me, Lord, a servant's heart.
Dá-me, Senhor, um coração de servo

Make me a witness like You, dear Lord,
Faz-me testemunha como tu és, querido Senhor
Showing the love of the cross,

Mostrando o amor da cruz,
Sharing your Word till all have heard,
Compartilhando Tua  Palavra, té que todos a ouçam

Serving whatever the cost…
Servindo seja a que preço for…

AUDIO PLAYER ONLINE

Abraços, até à próxima

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 307 : “HISSOPO: MAIS QUE 1001 UTILIDADES”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 23 de Julho de 2017

Pergunta de cultura quase inútil: em que país do mundo está o recordista mundial (de acordo com o Guinness, o Livro dos Recordes) em prestação de serviço de campanhas publicitárias para uma única empresa? Se você arriscou o Brasil, acertou. O ator Carlos Moreno, nascido em São Paulo em 1954, por quase 40 anos (desde 1978) garoto-propaganda de uma única marca, desempenhou diversas vinhetas publicitárias na tevê para a Bombril. Isto, além de outras mídias. 

Em 2004, depois de 16 anos de campanhas, a indústria achou de rescindir seu contrato. Resultado: o fabricante concorrente começou a crescer, enquanto Bombril perdia espaço. Logo chamaram Moreno de volta, e ele permaneceu a serviço da marca até 2016. Ao lado da lã de aço, outros produtos da indústria completam o conjunto, todos relacionados ao setor de limpeza. O slogan se tornou famoso: mil e uma utilidades. É claro que é uma força de expressão, que quer insinuar ilimitadas possibilidades de aproveitamento…

Vou aproveitar o embalo, e falar de um outro agente de limpeza que ultrapassa a alegada eficiência do produto de “mil e uma utilidades”. É verdade: tem mais, muito mais do que “mil e uma utilidades”. Limpa as vestimentas, limpa os calçados, limpa os pés, limpa as mãos, limpa os ouvidos, limpa os olhos, limpa a boca, limpa o sangue, limpa o caminho, limpa o horizonte, e assim por diante…

Como precisamos desse agente de limpeza! A sujeira, a impureza, as nódoas, a corrupção, a contaminação, enfim, toda forma de pecado, carece essencialmente desse agente. A luta contra o pecado nos parece, às vezes, repetitiva e enganosa. Quem já não repetiu, por vezes, o mesmo pedido de perdão a Deus, em suas confissões? Muitos de nós gostaríamos que Deus usasse, em nosso benefício, uma espécie de varinha de condão… Tocou com a varinha, pronto! Ficamos livres de reincidir naquele pecado, ou naquele outro.

Certa feita, Jesus curou a um leproso de um modo que muitos de nós gostaríamos que tratasse nossa prática de pecado. A história se deu assim: E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.  E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra(Mateus 8.1-3, ARC).

E, assim sonhamos: Senhor, livra-me desse meu pecado, que sempre está me atazanando… Vem Jesus, nos toca, dizendo: Quero! Não peques mais nisto! Seria esplêndido, se fosse assim… Mas, não é assim que Deus opera a limpeza. O salmista orou: “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51.7, ARA). Então, Deus usa hissopo. Aí está um produto muito mais eficiente do que qualquer da propaganda do Carlos Moreno. E o que é hissopo? Trata-se de uma planta, que sempre foi muito utilizada para diversos fins, inclusive na limpeza.

Obviamente que Deus não purifica o nosso pecado com plantas… Trata-se de uma figura de linguagem. Jesus apontou com clareza, sem figuras, qual “hissopo” Deus usa para fazer a nossa limpeza de pecados: “Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado” (João 15.3, NVI). Ninguém se iludirá, pensando que Jesus já resolveu o problema do nosso pecado de uma vez por todas. Fosse assim, não exortaria a permanecermos ligados a ele. O que fica fora de dúvida, com base na afirmação, é que o “hissopo” de Deus, para limpeza espiritual das nossas impurezas, é a Palavra de Deus!

Varinha de condão? Qual o que! Toque milagroso? Espere sentado! Quer dissipar, definitivamente, a dúvida? Leia, com calma e atenção, o Salmo 119. Como num cântico, em que o refrão se multiplica mais de uma centena de vezes, repete-se o agente, como exemplifico: Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (Salmo 119.9, ACF). É uma infeliz ilusão ficar somente pedindo a Deus que nos afaste desse ou daquele pecado. Sem o “hissopo” da Palavra de Deus, que tem mais do que 1001 utilidades, não acontece. O método de Deus não é por mágica: é pela Sua Palavra, Seus mandamentos, Sua lei, Seus testemunhos, Seus decretos, Suas promessas, etc… É fácil descobrir a razão de sermos tão fragilizados ante as tentações: falta de “hissopo”!

Você quer ser vencedor contra o pecado, contra sua reincidência tenaz, contra seu assédio letal? “Hissopo”! Todo dia, toda hora… Na mente, no coração, diante dos olhos, pelos ouvidos, nas mãos… Jesus Cristo deu o seu sangue para purificar a igreja, limpar os fiéis… Como? “Pelo lavar da água por meio da Palavra” (Efésios 5.26). “Hissopo”, isto é, a Palavra de Deus, é muito mais eficiente do que Bombril, Limpol, e todos os demais produtos de limpeza, juntos… São mais do que 1001 utilidades!

 

Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 306 : “REENCONTRO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 16 de Julho de 2017

No último dia 18 de Abril, meu neto, Matheus, estaria completando um ano de idade, em São Paulo. Conforme previamente combinado, lá estaríamos – Maiza, Ulissinho e eu. Entretanto, como desde o meu acidente de Novembro de 2015, dirigir longos trechos foi algo que ficou mais penoso para mim, decidimos ir de avião. Meu filho, em sua peculiaridade pessoal, adora…

Já no espaço aéreo paulista, a viagem foi ficando cada vez mais desagradável e perigosa: tempo fechado por tempestade, raios, muita turbulência. A aproximação de Congonhas foi horrível. Na primeira tentativa, a poucos metros da cabeceira “Bandeirantes”, o piloto arremeteu, tal o risco. Não houve como não vir à minha lembrança o fatídico voo JJ3054, de 17 de julho de 2007. 

Aquele vôo, originário de Porto Alegre, pegou a cabeceira oposta de Congonhas. Sem conseguir parar nos menos de dois mil metros de pista, a tentativa de “cavalo de pau”, antes que caísse na confluência da Bandeirantes com a Washington Luís, não resultou como esperado: a aeronave cruzou por cima desta última avenida, chocou-se contra o prédio da própria companhia aérea (além do posto de gasolina contíguo), e explodiu em chamas… 187 vidas ceifadas dentro do aparelho, e mais 12 em solo!

Excessos de desmazelos, descuidos e ganâncias acarretaram o acidente. Pista liberada por autoridades sem estar em condições em dia de chuva torrencial, aeronave com defeito no reverso, com extra peso (por causa de um abastecimento excessivo em Porto alegre, só para ‘aproveitar’ combustível mais barato), fase de “apagão aéreo” brasileiro, tecnologia ultrapassada, teimosia em não se deslocar o pouso para Guarulhos, e possível falha humana no momento crítico, foram as causas apontadas para o acidente.

Dario Scott, pai de uma garota que tinha 14 anos quando morreu no acidente, preside a associação das vítimas. Ele se diz pessimista quanto à possibilidade de, passados dez anos, alguém ainda ser responsabilizado pelo acidente. Até agora, os três apontados têm sido absolvidos. “Acho que o culpado fui eu, que escolhi mal a companhia aérea e o aeroporto para onde mandei minha filha. Agora me resta a pena perpétua de nunca mais poder abraça-la”.  

“Nunca mais” é uma expressão por demais radical. Diferente foi a expressão de minha cunhada, e suas irmãs, poucos dias atrás, quando sua mãe foi ‘vencida’ por uma leucemia recentemente descoberta. O sentimento da separação era doloroso, sem dúvida. Mas, a expectativa de reencontro era firme e convicta. De onde vinha?

A palavra de Deus é a fonte de tal expectativa. Primeiro, porque afiança que não pertencemos a este mundo; estrangeiros e peregrinos no mundo” (I Pedro 2.11), é a maneira como a Escritura se refere aos que, redimidos no sangue de Cristo, aguardam a morada celeste. Pela morte, apenas passamos da morada de tenda provisória desta vida para a morada permanente da eternidade.

Segundo, porque afiança que a morte não é o último evento: “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual.” (I Coríntios 15.42-44, ARA). Ao comparar a morte à semeadura, a Palavra de Deus é sábia, porque compara o corpo sepultado à semente lançada na terra, que um dia brota à vida de novo.

Terceiro, porque aponta que a sequência da morte promete reencontro: Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles [‘os que dormem’, ‘os que morreram em Cristo’, cf versos 15 e 16] nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.17, ACF). Davi, quando perdeu seu filho, disse, consolado: “Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim” (II Samuel 12.23, NVI). No Antigo Testamento é repetida a expressão “e foi reunido ao seu povo”, referindo-se à morte dos fiéis de Deus: Abraão, Isaque, Jacó, Arão, Moisés, etc…

O fato é que, se somos abrigados sob a graça divina, se somos agasalhados sob Sua misericórdia redentora, não podemos dizer ‘nunca mais o veremos’, ‘nunca mais a abraçaremos’… Haverá um reencontro, e essa expectativa é confortante, é consoladora. “Mas, vós chegastes ao monte Sião, à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, ao congresso de muitos milhares de anjos, e á igreja dos primogênitos que estão arrolados nos céus, e a Deus, que é o juiz de todos, e aos espíritos dos justos consumados” (Hebreus 12.22,23, BCF).

O autor da peça musical que encerra a mensagem de hoje nasceu em uma propriedade rural de Oklahoma. Depois de anos de trabalho duro, plantando e colhendo algodão, sua aptidão para a música levou-o ao serviço de seu Redentor. Havendo composto mais de 800 hinos, estão alguns deles entre os mais lembrados do século XX. No seu primeiro verso, o autor toma emprestado um termo dos antigos poetas gregos – Elísio. Para Homero, era a terra paradisíaca das extremidades do mundo, terra dos virtuosos; para Hesíodo, eram as ilhas paradisíacas dos bem-aventurados. Cantam Donnie Sumner e seu tio, J. D. Sumner (1924-1998). Após a transcrição traduzida da letra, acione nosso Audio Player online, para ouvir…

I’LL MEET BY THE RIVER (1959)
Te Encontrarei Junto ao Rio
Albert Edward Brumley (1905-1977)

Over on the bright Elysian shore, 
Lá na brilhante praia Elisiana
Where the howling tempest comes no more,
Onde a uivante tempestade não mais ocorre
I'll meet you by the river, some sweet day!
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
Far beyond the partings and the tomb, 
Muito além das despedidas e do túmulo
Where the charming roses ever bloom,
Onde as charmosas rosas sempre florescem
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!


I'll meet you by the river some sweet day,
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
By the bright and shining river far away 
Junto ao brilhante e reluzente rio, lá, distante 
After we’ve flown these prison bars, 
Depois que nos tenhamos livrado destes grilhões
To a city far beyond the stars,
Rumo a uma cidade bem além das estrelas 
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

After all the disappointments here, 
Depois de todos os desapontamentos de aqui
After all the shadows disappear,
Depois que desaparecerem todas as sombras
I'll meet you by the river some sweet day 
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
When the evening sun at last goes down, 
Quando o sol decadente finalmente se for
When we go to wear a robe and crown,
Quando estivermos para vestir o manto e a coroa
I'll meet you by the river some sweet say.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 162 : “UM MINUTO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 6 de Julho de 2014

O que é um minuto? Ora, uma soma sucessiva de sessenta segundos, diria aquele que é ágil em respostas pontas, na ponta da língua. Dependendo da circunstância, é coisa insignificante; por exemplo, quanto à expectativa de cumprir uma grande viagem, de horas de duração: um minuto mais, numa lanchonete à beira da estrada, não compromete o tempo da viagem. Em outras circunstâncias, porém, é tempo mais que suficiente para se fazer enorme diferença numa história de vida. Foi o caso de um parente meu, por estes dias. Na última quinta-feira, dia 03, o seu trajeto era a Avenida Dom Pedro I, em Belo Horizonte. Sua posição, no fluxo de tráfego, era de alguns metros antes do viaduto “Batalha dos Guararapes”, que desabou um minuto antes de sua passagem por baixo dele.  Segundo cálculos desse meu parente, um primo em segundo grau, com um minuto mais estaria ele bem ali debaixo. Naquele mesmo instante, metros mais à frente, foi o minuto que faltou à motorista Hanna Cristina; o ônibus que ela dirigia foi atingido, e ela teve apenas fração daquele minuto para puxar para trás a filha pequena, pisar no freio do veículo, e deslocá-lo de forma a evitar que fosse mais atingido. A filha e outros passageiros sobreviveram.  

São circunstâncias que carregam mais peso à advertência de que a vida é efêmera, é passageira. No que tange à ocorrência eventual de transição desta vida para a eternidade, um minuto tem, ao mesmo, valor insignificante e também o valor de uma eternidade. Um minuto, uma hora, um dia, não importa. O que importa é reconhecer que a vida não é uma propriedade natural do homem, ou por ele conquistada. A vida é dom de Deus, tem duração por Ele definida, e propósito por Ele estabelecido.

Por que lidamos com os fatos de cada dia como se tivéssemos a duração de todo o dia garantida e creditada na nossa conta? Por que lidamos com os planos e as expectativas, sejam elas pessoais, ou familiares, ou funcionais, ou de qualquer outra natureza, como se os meses e anos de existência já estivessem todos contabilizados a nosso favor? Por que não nos é freqüente, como deveria, a consciência matinal cotidiana de que chegar ao fim de cada dia, e chegar ao termo de uma longeva existência, é algo que depende fundamentalmente de Deus e de Sua vontade desconhecida? Resposta possível, que talvez sintetize todos os ensaios possíveis: é porque a nossa sensação de autonomia e de poder sobre o curso da nossa vida é bem maior do que o sensato.

Advertências da parte do Criador não faltam… Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (Mateus 6.27, BCF).  “Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência.” (I Crônicas 29.15, ARA). Advertências como estas deveriam produzir alguma diferença em nossa mente e em nosso coração, quanto à transitoriedade da vida.  Mas, temos que reconhecer – a nossa memória é fraca. Acontece um acidente natural, como um deslizamento de terra sob intensas chuvas, tal como pouco tempo atrás aconteceu em Angra dos Reis, e somos lembrados. Eu vi toda a reportagem daquele evento, mas não tinha consciência de quão próximo era, até que, poucos dias atrás, falei pessoalmente coma viúva de uma das vítimas, ainda jovem. Acontece um acidente automobilístico na rodovia que intercepta nossa viagem, como poucas semanas atrás ocorreu em minha própria viagem, ceifando a vida de um casal, e Deus toma o fato como mais um lembrete. Ei! A vida é passageira! Basta um minuto, e ela não mais existe! – é como se advertisse Ele. Tem muita gente que ignora os lembretes. Até que, um dia, o lembrete acontece bem diante dos seus olhos. Chega a dizer – Eu nasci de novo!

Em 1976, um cantor e compositor gaúcho fez enorme sucesso com certa música. Depois, parece que ele mesmo foi feito vítima de sua declaração musical, pois parece estar vivendo em certo ostracismo. Diz a sua composição: Eu sou nuvem passageira, que como vento se vai; eu sou como um cristal bonito que se quebra quando cai… Não adianta escrever meu nome numa pedra, porque essa pedra em pó vai se transformar! Você não vê que a vida corre contra o tempo? Sou um castelo de areia na beira do mar… Que poesia verdadeira! O profeta declarou Por isso serão como a neblina da manhã, como o orvalho que bem cedo evapora, como palha que num redemoinho vai-se de uma eira, como a fumaça que sai pela chaminé (Oséias 13.3, NVI). Se tivéssemos uma consciência mais sintonizada com os desígnios de Deus, não brincaríamos tanto com o nosso tempo e com os nossos dias de vida; não levaríamos tão pouco a sério a realidade da outra vida, e a iminência da eternidade. Se tivéssemos mais senso de urgência quanto à aproximação da porta da eternidade, não faríamos tão pouco caso quanto à demanda divina, que tem por fim levar-nos à compreensão de duas grandes verdades: A primeira, é que viver a vida, dure ela quanto durar, sem que ela esteja rendida efetivamente ao Criador é arriscar a própria sorte, pois a eternidade não permite retorno e segunda chance; é como Jesus ilustrou, quanto à parábola concernente a certo homem, cujos interesses diários estavam totalmente centralizados em si mesmo, pelo que disse para si próprio: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?  (Lucas 12.19,20, ACRF). A outra verdade, é que os que são já remidos pelo sangue do Cordeiro precisam cuidar melhor do investimento do seu tempo de vida em favor daquilo que glorifica ao Seu Criador. Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4, NVI).

Um minuto, uma hora, um dia, um ano, muitos anos… Quanto te falta? Você sabe realmente? Você não sabe? Para a Hanna, não houve esse minuto adicional; para o meu parente, um minuto o salvou… Para você, quem sabe, alguns minutos lendo esta mensagem até aqui te farão pensar melhor no próximo minuto de vida, e nos próximos, se Deus o quiser. O que importa mais é saber em que posição Deus se encontra com relação à sua vida – se no eixo, se na órbita, ou se completamente distante… Quem pode garantir quantos minutos mais haverá para pensar nisto? Que tal gastar o próximo minuto (ou os próximos) pensando melhor no assunto?

O autor da peça musical que encerra a mensagem de hoje nasceu em uma propriedade rural de Oklahoma. Depois de anos de trabalho duro, plantando e colhendo algodão, sua aptidão para a música levou-o ao serviço de seu Redentor. Havendo composto mais de 800 hinos, estão alguns deles entre os mais lembrados do século XX. No seu primeiro verso, o autor toma emprestado um termo dos antigos poetas gregos – Elísio. Para Homero, era a terra paradisíaca das extremidades do mundo, terra dos virtuosos; para Hesíodo, eram as ilhas paradisíacas dos bem-aventurados.

I’LL MEET BY THE RIVER (1959)
Te Encontrarei Junto ao Rio
Albert Edward Brumley (1905-1977)

Over on the bright Elysian shore, 
Lá na brilhante praia Elisiana
Where the howling tempest comes no more,
Onde a uivante tempestade não mais ocorre
I'll meet you by the river, some sweet day!
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
Far beyond the partings and the tomb, 
Muito além das despedidas e do túmulo
Where the charming roses ever bloom,
Onde as charmosas rosas sempre florescem
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!


I'll meet you by the river some sweet day,
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
By the bright and shining river far away 
Junto ao brilhante e reluzente rio, lá, distante 
After we’ve flown these prison bars, 
Depois que nos tenhamos livrado destes grilhões
To a city far beyond the stars,
Rumo a uma cidade bem além das estrelas 
I'll meet you by the river some sweet day.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

After all the disappointments here, 
Depois de todos os desapontamentos de aqui
After all the shadows disappear,
Depois que desaparecerem todas as sombras
I'll meet you by the river some sweet day 
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia! 
When the evening sun at last goes down, 
Quando o sol decadente finalmente se for
When we go to wear a robe and crown,
Quando estivermos para vestir o manto e a coroa
I'll meet you by the river some sweet say.
Eu te encontrarei junto ao rio, algum doce dia!

 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até à próxima
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'