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N° 282 : “NOVO ANO!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 25 de Dezembro de 2016

 

É a mesma coisa, ano após ano. Vai se aproximando o final do ano, e começam as retrospectivas do ano que vai se acabando. Por que será que, em geral, mais de dois terços das retrospectivas se concentram em fatos de desespero?

Algumas das retrospectivas que já se vão construindo: os atentados terroristas, na França e em outros lugares; a devastação do Estado Islâmico na Síria; os desastres aéreos alarmantes (EgyptAir, no Mediterrâneo; LaMia, na Colômbia; Tupolev russo no Mar Negro, e assim por  diante); as crises políticas severas em diversos países (inclusive Brasil); as revelações de que o fundo do poço nos casos de corrupção ainda não chegou; a recessão que parece não dar trégua; massacres étnicos; terremotos nos cinco continentes. É quase uma raridade aparecerem ‘boas’ notícias…

Olho para minha neta, olho para o meu neto, e me pergunto: em que mundo eles estarão vivendo, quando se aproximarem da idade adulta? O cenário parece lembrar o sexto século antes de Cristo, para um povo e um profeta, em particular. O povo era o judeu; o profeta era Jeremias. Qual era o cenário, qual o contexto do segundo livro bíblico (especialmente o capítulo 3) daquele profeta?  

Seu país se transformara numa espécie de joguete entre duas nações em conflito; muitos dos seus concidadãos já estavam cativos em terra estranha; na capital do seu país, havia fome, devido ao cerco militar; ele próprio – o profeta – teve que passar por várias provações e privações: além da forme, prisão numa masmorra, prisão numa cisterna, exílio em terra estranha, apedrejamento pelos seus compatriotas em pleno exílio. O choro do profeta é ouvido diante de Deus, à vista dos acontecimentos.

Depois de dois e meio anos de cerco a Jerusalém, as tropas de Nabucodonosor entram na cidade e promovem a destruição; era o ano de 586 a.C. O que as tropas deixaram de pé, o fogo, que se seguiu, consumiu. É nesse contexto que o profeta prega e escreve: Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do Seu furor [de Deus]” (Lamentações 3.1, ARC). Daí em diante, até o verso 17 desse mesmo capítulo, o choroso profeta relata, em seu poema, a sequência de suas aflições. Os dois versos seguintes retomam o tom de prece: “Por isso digo: "Meu esplendor já se foi, bem como tudo o que eu esperava do Senhor". Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar” (Lamentações 3.18,19, NVI).

Entretanto, há uma luz no fim do túnel! Nem tudo está perdido! Nem tudo é só má notícia! Nem tudo é só desastre, recessão, consternação, miséria, intempérie, corrupção ou massacre: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (Lamentações 3.20-25, ARA).

         Que motivos tinha o profeta para ver além, por trás do véu denso e sombrio do noticiário, e sentir-se aliviado, fortalecido, revigorado? Alguns elementos despontam, refletindo:

1.     Ainda que, em volta, nenhuma informação do noticiário traga alento, há alento em lembranças que podem trazer a esperança de volta; e ele diz – quero [ou, eu vou] trazer à memória o que me pode dar esperança!

2.     Se, a despeito de tudo em volta, ainda estamos vivos, de pé, e com força, tudo isto é mérito das misericórdias do Senhor, que são a causa de não sermos consumidos; tais misericórdias não têm fim – elas se renovam a cada manhã!

3.     A garantia de que as misericórdias do Senhor são inesgotáveis está no fato de que a Sua fidelidade também é inesgotável – Ele promete, Ele cumpre, e não falha! Nunca falhou!

4.     Então, o que mais me pode dar esperança, senão este alento que vem do Senhor? O Senhor é a minha porção… Nele esperarei… Não são as meras boas lembranças do passado que me podem alentar neste final de ano, véspera do Novo… O Senhor, o Soberano, o Todo-Poderoso, que tem o mundo, os governantes, a natureza em Suas mãos, é quem me pode dar esperança; portanto, esperarei nEle!     

O autor da mensagem cantada de hoje era muito próximo de Dwight Lyman Moody (1837-1899). Sua mensagem é de esperança, a verdadeira esperança, e de confiança em Deus!

LEAD ME GENTLY HOME, FATHER (1879)
GUIA-ME TERNAMENTE PRÁ CASA, PAI
Will Lamartine Thompson (1847-1909)

Lead me gently home, Father, lead me gently home, Father !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa, Pai! 

Lest I fall upon Your wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!

1. Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
When life's toils are ended, and parting days have come,
Quando as labutas da vida terminarem, e os dias da partida chegarem,
Sin no more shall tempt me, ne'er from You  I'll roam,

Pecado já não mais tentar-me-á, nunca me apartarei de Ti
If You'll only lead me, Father, lead me gently home.

Se apenas me conduzires, Pai, leva-me ternamente prá casa.

2.Lead me gently home, Father, lead me gently home !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In temptations hour, Father, when sore trials come…
Na hora das tentações, Pai, quando duras provações chegarem… 
Oh! Be near to keep me, take me as Your own
Oh! Sê perto para gaurdar-me, toma-me como um dos teus 
For I cannot live without You, leave me gently home!

Pois eu não posso viver sem Ti, leva-me ternamente prá casa! 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'

N° 155 : “SEM VOLTA!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 18 de Maio de 2014

Em meados da década de sessenta, entramos naquele ônibus da São Geraldo para seguir viagem pela Rio-Bahia. No trajeto, começamos a escutar um som de música… Donde vinha? Os ônibus daquela época não eram como hoje: em alguns, basta enfiar um pluguezinho num orifício no braço da poltrona, e pode-se escolher o som. Alguém, ali dentro, portava uma caixinha envolta em capa de couro, cheia de orifícios, com antena telescópica e cerca de quatro botões: era um radinho de pilha, transistorizado. Que grande novidade! Eu, na minha idade de então, de rádio só tinha conhecimento daqueles de válvula, como o estupendo Hotpoint lá de casa. Me encantava vendo os filamentos das válvulas enrubescerem, através do orifício do painel; demorava ‘eternos segundos’, para esquentarem-se todas as válvulas,  até que se ouvisse algum som pelo alto-falante. E, então, em minha viagem, algum passageiro de vanguarda surgia com um radinho, transistorizado, movido a pilha. Era, para a época, uma novidade tão fantástica quanto o é, hoje, um equipamento de bolso que permite alguém comunicar-se com outra pessoa, em outro continente, com som e imagem online. 

Mas, que som vinha daquele radinho, que ficou na minha memória? Uma voz, semi-rouca mas agradável, com um tom meio sertanejo, cantando: “Prepare o seu coração, para as coisas que eu vou contar: eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão, e posso não lhe agradar…”. Aquela voz alegre e descontraída marcou boa parte do público brasileiro por décadas, até que silenciou, neste mês de maio: atendia pelo nome de Jair Rodrigues, embora com “Oliveira” de sobrenome final. No dia de seu sepultamento, os filhos estavam muito emocionados. A nora disse que as suas próprias filhas, netas de Jair Rodrigues, perguntavam repetidamente :

– Onde está o vovô?
– Ele morreu – disseram…
– E prá onde ele foi?
– Pro céu !
– Mas ele vai voltar?
– Infelizmente, não – foi a única resposta possível.  

A resposta de Thania Khalil às netas de Jair Rodrigues estava completamente (embora tristemente) certa. Aliás, coincidente com o que diz a Palavra do Criador do Universo. Valho-me da tradução do Padre Antonio Figueiredo para repetir: “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo, assim Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas para trazer a salvação àqueles que o esperam” (Hebreus 9.27,28, BCF). Notou? Não tem essa história de sugerir que, depois da morte, haja alguma forma de voltar a este mundo. Morreu? O próximo evento é o encontro com Deus, perante o Seu tribunal, no dia do Juízo. Por isto, o apóstolo que escreveu a epístola aos Hebreus procura consolar os que pensam aleatoriamente no assunto (ou mesmo os que pensam com mais gravidade, ante o quadro que o enseja); aponta a esperança de salvação aos que esperam pelo Filho de Deus, crendo nele.

Quando o filho do rei Davi morreu, ainda tão pequenino, o pai, mesmo em profunda tristeza, declarou aos seus servos a mais vívida e crua realidade do fato: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (II Samuel 12.22,23, ARA). “Eu irei a ela, mas ela não tornará a mim”, disse Davi, acertadamente. O homem que ficou marcado, na história bíblica, pela dura prova que sofreu – Jó – sabia que o curso natural da existência é, de fato, unidirecional, e não bidirecional: “Já estariam no fim os meus poucos dias? Afasta-te de mim, para que eu tenha um instante de alegria,  antes que eu vá para o lugar do qual não há retorno, para a terra de sombras e densas trevas, para a terra tenebrosa como a noite, terra de trevas e de caos, onde até mesmo a luz é trevas"  (Jó 10.20-22, NVI). Você pode constatar na própria Escritura: à parte dos fatos que constituem exceção, quando uma ou outra ressurreição temporária aconteceu, não há espaço no ensino da Escritura para retorno. Os que ressurgiram, morreram de novo, e não retornaram. Foram casos específicos, para ocasiões específicas.

Em decorrência deste fato inevitável, peculiar à existência humana, é de suma importância atentar às palavras que o Autor da vida e da redenção utiliza, em tom de inolvidável advertência: “Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Estas coisas disse Jesus e, retirando-se, escondeu-se deles.” (João 12:35-36, ACRF).

De fato, podemos nos solidarizar com a família do Jair Rodrigues, nesse sentimento tão próprio da natureza humana. As netas dele vão crescer e a lembrança permanecerá, por meio de fotos, vídeos, gravações em áudio. A pessoa não estará mais aqui. E é o que acontece com todos os demais de nós. Tem volta? Prá cá, não. Esta convivência que aqui se desfruta é interrompida, em caráter permanente, quando chega o último suspiro. Mas, dizer que esse suspiro é “último” não faz plena justiça aos fatos. O corpo ressuscitará; o fôlego de vida se restaurará. Poderá ser diferente, nas propriedades físico-químicas, em alguma medida (certamente será). Mas, embora não haja volta prá cá, há avanço para a eternidade. Para os que têm assegurada a eternidade com Deus, por meio unicamente de Cristo Jesus, a expectativa é esperançosa, porque haverá reencontro no céu. Para os que não têm o céu assegurado, haverá eternidade, sim, mas a expectativa não é nada boa! O caminho, é de fato, sem volta!

Infelizmente ou felizmente, depende do ponto de vista, há notícias que podem não agradar (como a última, imediatamente acima). Por conseguinte, vou atrever-me a parafrasear o próprio Jair Rodrigues, em “Disparada”:Prepare o seu coração, para as coisas que eu vou contar: eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão, e posso não lhe agradar… Pois, já contei… Dizer o que acabo de repetir, e que vem da parte do próprio Deus, pode não agradar; mas, não é menos verdade por isto! Estimo que o seu coração já esteja preparado!

Nossa mensagem musical de hoje decorreu de uma “encomenda” de alguém que, em dado momento e sob grave enfermidade, se viu prestes a tomar o caminho sem volta.  Dwight Lyman Moody (1837-1899) era um dos que havia sofrido muito com o grande incêndio de Chicago de 1872. Sob sua “encomenda”, o nosso autor de hoje compôs "Manso e Suave, eis Jesus nos chamando". Um ano antes, já havia o grande evangelista sido grandemente impactado com a poesia hoje cantada. Para o autor, todo dia era dia de expectativa do encontro. A interpretação é do grupo Joe Parks Singers. 

LEAD ME GENTLY HOME, FATHER (1879)
GUIA-ME TERNAMENTE PRÁ CASA, PAI
Will Lamartine Thompson (1847-1909)

Lead me gently home, Father, lead me gently home, Father !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa, Pai! 

Lest I fall upon Your wayside, lead me gently home!
Para que eu não caia andando ao teu lado, Pai, leva-me ternamente prá casa!

1. Lead me gently home, Father, lead me gently home!
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
When life's toils are ended, and parting days have come,
Quando as labutas da vida terminarem, e os dias da partida chegarem,
Sin no more shall tempt me, ne'er from You  I'll roam,

Pecado já não mais tentar-me-á, nunca me apartarei de Ti
If You'll only lead me, Father, lead me gently home.

Se apenas me conduzires, Pai, leva-me ternamente prá casa.

2.Lead me gently home, Father, lead me gently home !
Leva-me ternamente prá casa, Pai, leva-me ternamente prá casa!
In temptations hour, Father, when sore trials come…
Na hora das tentações, Pai, quando duras provações chegarem… 
Oh! Be near to keep me, take me as Your own
Oh! Sê perto para gaurdar-me, toma-me como um dos teus 
For I cannot live without You, leave me gently home!

Pois eu não posso viver sem Ti, leva-me ternamente prá casa! 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'