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N° 76 : “CANDIDATO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 07 de Outubro de 2012

Hoje, por todo o Brasil, ocorrem eleições municipais. O clima produzido pelo julgamento no STF, inevitavelmente, acentua paixões. O eleitor brasileiro se 'apaixona' facilmente: sua paixão por um time de futebol é demonstrada, com frequência, irracionalmente. Então, na política, a 'coisa' não é diferente. A ala de minha rua tem apenas 4 casas (incluindo a minha); a primeira delas ostenta, na grade da janela do segundo piso, bem de frente para a rua, um grande estandarte de cor vermelha, com foto destacada do candidato de preferência daquela família, com frase de efeito. Em muitas casas, vê-se banneres com frases do tipo : "Eu sou fulano", ou então "Eu sou mais fulano". Vi uma que diz : "Eu sou beltrano e não abro mão". Um dos candidatos de minha cidade patrocinou publicidade com uma frase de efeito similar: "Eu sou sicrano,  porque sou BH!" Obviamente que "fulano", "beltrano" e "sicrano", nas minhas transcrições aqui, são apenas efígies vocabulares para substituir os nomes verdadeiros, simplesmente porque não tenho a mínima intenção de insinuar propaganda eleitoral nesta mensagem. Até entre pessoas de religião, as paixões se avultam: Nesta semana finda, dentro do portão de uma grande edificação tida como templo evangélico da Av Olegário Maciel, em Belo Horizonte, um homem de calça preta e camisa branca, com emblema colado na camisa, gritava para todos na rua, estimulando-os a votar num dos candidatos a prefeito ("porque ele é  de Deus"), demonizando o outro, dentre os dois que se destacam nas pesquisas.  

Bem! Quanto a mim, o tipo de inclinação aos fatos políticos que cultivo não me induz, nem um pingo, a manifestações apaixonadas desse calibre. Prá dizer a verdade, momentaneamente tenho uma preferência indisfarçável para que os que têm feito notório mau uso do mandato, inclusive seus partidos, recebam uma lição e uma correção adequada nas urnas. Acontece que os "ensinadores" (os eleitores) não me parecem muito aptos: é muita paixão e pouca reflexão, pouco raciocínio e… pouco temor a Deus.  

Entretanto, olhando de outro ângulo, gostaria de sugerir a vc, que me lê, um perfil de candidato muito apropriado à ocasião (aliás, a qualquer ocasião). "Paixão" não é uma palavra muito adequada para descrever o sentimento que nutro por esse 'candidato'; no entanto, se ela for pontualmente qualificada em certo sentido semântico, até que essa palavra servirá. E mais: é um 'candidato' que serve a quem me lê no norte do país, ou no sul, mesmo no centro-oeste – qualquer lugar.

Ele tem vários diferenciais; posso citar umas amostras:

  • enquanto o eventual prefeito, ou o eventual vereador, possa me decepcionar (é comum enxergar uma grande diferença de postura entre o 'antes' e o 'depois' da eleição, na mesma pessoa), esse que me cativa não decepciona jamais…
  • enquanto o eventual político, no exercício do poder, tenda a mostrar grande diferença de sentimento para com seus 'semelhantes', uma vez que, depois de eleito, pode parecer não ter mais 'semelhantes', esse que recomendo, no exercício do poder, conserva total empatia por seus governados, aos quais ama seme retoques e sem reservas…
  • enquanto o eventual político, havendo assumido seu mandato, possa mostrar quão comum é aquele que recebe seu múnus dos que o elegeram, usando-o de muitas maneiras para nutrir a si mesmo, e aos seus 'chegados', com os próprios benefícios do poder, esse de quem falo é muito diferente: enquanto governa, vive para o bem e o benefício dos seus governados.
  • enquanto a investidura no poder faz muitos políticos perderem o 'pique' do trabalho, esse meu trabalha incansavelmente na sua missão.
  • enquanto não pucos políticos se perdem em seus caminhos (ou melhor, descaminhos), esse de quem falo tem o grande diferencial de saber a que veio, saber onde pisa, e saber para onde me leva.

Não quero ser injusto: sei que há exceções entre os políticos que conhecemos. Mas, parecem não ser mais do que isto mesmo: exceções! No entanto, esse de quem falo não tem paralelo, não tem semelhante. Suspeito que, a esta altura,  já não seja nenhuma surpresa o nome do "meu candidato": é ele mesmo – o Senhor Jesus, o Príncipe da Paz, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores.  As características que o tornam diferente são autenticadas na Escritura Sagrada: " Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo"(Atos 2.36) 
Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso(Apocalipse 19.6)
Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados." (Hebreus 2.18)
 porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia" (II Timóteo 1.12)
E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (I João 5.14)
E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." (João 5.17)
"…porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou."(João 5.36)
"… eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. " (João 10.10)
"…guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome" (Salmo 23.2,3)

Isto é muito diferente do que temos visto por aí.  Como diz o cântico, já conhecido: "Nele a gente pode confiar ! " Você ainda vai ver hoje, e vai ver até segundo turno: promessas e mais promessas… Os candidatos são só simpatia: abraçam todo mundo, andam com todos, carregam um carrinho de mão com um ajudante de obras, levantam a cesta de produtos do feirante, jogam futebol com a meninada da periferia, beijam no rosto mulheres simples, donas de casa, e assim por diante. Mas é só na véspera da eleição.  

Jesus Cristo, o Rei dos Reis, o Príncipe da paz, aquele que tem o poder de subjugar os reinos deste mundo e ainda o império das trevas, é o único que  está disponível em todo o tempo, sem protocolo (a não ser a fé salvadora), sem dificuldade de agenda prá audiências (é só trancar a porta do quarto e encontrar com ele, de joelhos… É o único que realmente sabe o que faz, sabe o que é melhor para nós, e sabe para onde nos conduz. "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa." (Efésios 1.13)

Sabe o que vou fazer hoje? Eu te digo: Vou cumprir o meu dever cívico com meu voto, orando para que Deus derrame graça sobre nós e sobre a gente sofrida que está à nossa volta, mesmo que use um político sem o devido temor do seu Nome. Mas, meu estandarte, meu banner de coração não ostentará o nome de nenhum destes do horário político gratuito. Meu banner tem um só nome: "Esse nome é Jesus Cristo – Nele a gente pode confiar!".  Vou sair daquela sessão eleitoral com a mesma confiança com a qual vou entrar: "Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus. Eles se encurvam e caem; nós, porém [com Ele], nos levantamos e nos mantemos de pé." (Salmo 20.7,8). 

O compositor do nosso hino de hoje tinha uma acentuada preocupação: que a mensagem de seus hinos fosse rigorosamente bíblica. Por isto, ele memorizava ainda com mais afinco passagens da Escritura, para que elas governassem sua mente, sua 'inspiração'. Sua biografia diz que ele se rendeu a Cristo aos 6 anos de idade, e aos 12 já tocava o órgão de sua igreja, no Brooklyn, Nova Iorque; ele permaneceu nesta posição por cinco décadas a fio. Nesta composição, ele retrata o que eu chamo de 'o refrão da aliança' : eu pertenço a Cristo, e ele me pertence.

A letra original é mais rica que a execução que disponho, e disponibilizo em nosso idioma. Mas, essa que partilho, mostra quão contrastante é a propaganda dos correligionários da política com a profissão do cristão…

NOW I BELONG TO JESUS (1943)
SOU de JESUS AGORA
Norman John Clayton (1903-1992)

Jesus, my Lord will love me forever,
From Him no pow'r of evil can sever,
He gave His life to ransom my soul;
Now I belong to Him;

Chorus
Now I belong to Jesus,
Jesus belongs to me,
Not for the years of time alone,
But for eternity.

Once I was lost in sin's degradation,
Jesus came down to bring me salvation,
Lifted me up from sorrow and shame,
Now I belong to Him; 

Joy floods my soul for Jesus has saved me,
Freed me from sin that long had enslaved me
His precious blood, He came to redeem,
Now I belong to Him;

P.S.: Para ouvir um medley puramente ao piano deste hino, clique aqui 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

 Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional