Agora no portal:

Nº 255 : “NÃO DEU CERTO…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Junho de 2016

“Depois do que vi no Haiti, acho que a humanidade não deu certo!” Essa foi a exclamação que soltou o brasileiro, apresentador de tevê, Luciano Grostein Huck (1971-…), nesta semana. Em 2009, Huck foi o primeiro brasileiro a alcançar um milhão de seguidores no Twitter. Seus programas de televisão costumam ter um forte apelo social, valendo-se de uma agenda em que, ao realizar anseios de alguns, ou ao explorar temas de forte emoção, encontra repercussão favorável nos milhões que o assistem.

Ao visitar pessoalmente o Haiti, país duramente atingido por um catastrófico terremoto em 2010, que deixou mais de 316 mil mortos, Luciano deparou-se com miséria nunca vista. Como, por exemplo, Cité Soleil, cidade-favela, junto a Porto-Príncipe. No relato dessa viagem foi que o apresentador soltou sua frase: Depois de tudo o que vi hoje, em Cité Soleil, uma favela com mais de 300 mil habitantes, à beira do maravilhoso mar turquesa do Caribe, acho que definitivamente a Humanidade não deu certo. Falhamos.”

Há um erro e dois acertos na declaração de Luciano Huck. O erro, ao que se me aparenta, está num pressuposto implícito, que esconde a verdade maior. Luciano decreta: “Falhamos”, para, ao que parece, justificar o diagnóstico de que a humanidade não deu certo. Se foi sua intenção insinuar que a humanidade foi um empreendimento humano, errou! E Luciano, que teve aprendizado nas páginas do Torah, o Pentateuco mosaico da Bíblia, deveria se lembrar disso. A humanidade é um empreendimento divino perfeito: “O que eu unicamente achei foi que Deus fez o homem reto, e ele se meteu em infinitas questões” (Eclesiastes [Cohelleth] 7.29, BCF).

Por outro lado, não há como negar: falhamos mesmo. Este é o primeiro acerto da declaração, embora eu não saiba se a base dele é a mesma que uso. Falhamos quanto ao propósito divino para com Ele próprio, falhamos quanto ao Seu propósito para conosco mesmos, quanto ao Seu propósito para com os semelhantes, para com o Seu propósito quanto à natureza, e assim por diante. “Não há distinção, pois todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23, NVI).

O segundo acerto, é que a humanidade não deu certo. Se Luciano conhece as anotações do patriarca Moisés, escritas segundo o Espírito de Deus, se recorda de que o que era para o homem ter feito, não fez; e o que era para evitado, acabou fazendo. Deu tudo errado, lá no jardim do Éden. Por conseqüência, deu tudo errado para toda a descendência de Adão e Eva (incluindo o Luciano, a Angélica, eu, e cada telespectador dele ou leitor meu). “Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus” (Romanos 3.10,11, NVI).

Por causa do erro e dos acertos, identificados pelo Huck (cujo diagnóstico não sei se corretamente embasado), Deus resolveu uma coisa; ou duas, até; três, melhor dizendo: Primeiro, por fim em tudo que não deu certo; segundo, começar tudo de novo, de outro jeito, que não tivesse como falhar; terceiro, descartar, para um inferno de tormento sem fim, quem não concordar com seu novo plano. A linguagem profética do Apocalipse bíblico aponta para o futuro, com o seguinte registro: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Apocalipse 21.5, ARA). Então, tudo novo se fará!… E todo o restante do texto bíblico demonstra cada uma das três dimensões que acima apontei. Então, o que não deu certo da primeira vez, dará certo, definitivamente, eternamente!!!

Alguém aí pode contar isso tudo para o Luciano Huck? Se não tiver acesso a ele, pode contar para alguma outra pessoa, que precise saber disso?  

Na Inglaterra do século XIX, uma cristã compôs um belíssimo poema que fala da esperança de uma nova criação; a nova criação que vai suplantar a presente, que “não deu certo”… Essa cristã, que era jovem esposa de um membro do parlamento inglês, parecia estar antevendo sua ‘mudança’ de domicílio: pouco antes de completar 25 anos de idade, a ‘mudança’ se deu,e ela já não mais vivia entre os seus… E, poucas semanas antes da 'mudança', compôs o antema:

JUNTO AO TRONO DE DEUS
We Speak of The  Realms of the Blest (1829)
Elizabeth King Mills (1805-1829)
A música é de George Coles Stebbins (1846-1945).

Ouça-o, aqui, numa de suas versões em Português, com nosso

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Até à próxima
Ulisses

NOTAS (versões bíblicas):
ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica do Pe. Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional