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N° 198 : “SE CORRER, O BICHO PEGA…”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 05 de Abril de 2015

Desde o evento historicamente conhecido como o "Onze de Setembro" (2001), quando terroristas se apossaram de aeronaves em pleno vôo, perpetrando o mais impactante ataque terrorista da história, mudanças significativas nos hábitos e nas normas de vôos passaram a ser praticadas. Entre elas, a de criar mecanismos de bloqueio da porta de acesso à cabine de comando de uma aeronave. Lembro-me bem, ainda, numa época em que tais ameaças nem eram cogitadas, o privilégio que tive por parte de um capitão, de chegar à entrada da cabine de um Boeing em pleno vôo, e ter uma visão privilegiada do céu à frente, sobrevoando a Amazônia. Depois do "Onze de Setembro" isto nem sequer pode ser sonhado. O avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses, próximo à fronteira com a Espanha, por exemplo, é da fabricante européia Airbus. Aviões da Airbus passaram a ter um dispositivo de segurança peculiar: é possível a quem esteja dentro da cabine bloquear de tal modo o funcionamento da porta de acesso, que ninguém, absolutamente, fora da cabine, pode abrir a porta.

Em decorrência disto, o comandante Patrick Sonderheimer, que saiu momentaneamente para ir ao banheiro, e deixou o co-piloto Andreas Lubitz sozinho na cabine, teve seu retorno impedido pelo co-piloto – segundo o promotor francês. Isto se deu menos de uma hora após a decolagem, em Barcelona. Teria bastado a Lubitz girar o botão de controle da porta para Locked ("trancado"), e ninguém o 'perturbou' (nem seu chefe), enquanto o A320 caía em direção às montanhas alpinas. Foram 8 minutos de terror.

Mas, vejamos: o dispositivo criado depois do "Onze de Setembro" só previa a possibilidade de terroristas fora da cabine; não previu a possibilidade de um dentro da cabine (atenção: não estou pré-julgando que Andreas Lubitz era terrorista; estou cogitando um fato). Entendendo bem: Um dispositivo criado para proteger a integridade dos pilotos, comissários e passageiros acabou impedindo acesso à cabine do único que poderia salvar a todos. Foi o que aconteceu a Sonderheimer… Ao que se diz, até um machadinho teria usado, tentando, inutilmente, arrombar a porta. Então, lembramos o velho axioma: "se correr o bicho pega; se ficar, o bicho come!".

Assim também é muita gente, com respeito a ‘religião’, com respeito aos assuntos de eternidade. Durante o ‘vôo da existência’, experimenta a aquisição de várias impressões com respeito a ela, em suas múltiplas formas. Invariavelmente, a experiência envolve várias formas falsas, ineficazes, ou até nocivas. Como resultado, se fecha: pode até admitir algum valor ocasional no que elas pregam, mas, em geral, não se interessa por nenhuma. “De que vale a religião? Se não corro atrás dela, ela me diz que estou perdido; se corro, ela me decepciona… Se ‘correr, o bicho pega, se ficar o bicho come, então, deixa eu quieto no meu canto”. Infelizmente, é verdade que a quase totalidade das religiões desaponta, e muito. Ou melhor: muito mais que elas, as pessoas que as praticam.

Mas há uma autoridade em matéria de religião, aliás, de religião autêntica e verdadeira, que não desaponta, e tem a única receita válida. Numa oração histórica e marcante, essa autoridade se dirigiu a Deus com uma credencial que ninguém jamais desfrutou ou ainda vai desfrutar, e definiu o assunto de maior interesse da religião – a vida eterna: “Assim falou Jesus e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora! Glorifica a teu Filho, para que teu Filho te glorifique a Ti: Assim como Tu lhe deste poder sobre todos os homens, a fim de que ele dê a vida eterna a todos aqueles, que Tu lhe deste. A vida eterna, porém, consiste: Que eles conheçam a Ti por um só verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste” (João 17.1-3, BCF).  Note bem: foi ele mesmo também quem diagnosticou a missão do seu antagonista diabólico: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (João 10.10, ARC).

Você pode até achar que ‘religião é tudo igual’! Pode achar que consegue passar muito bem sem ela. Pode pensar que, se o ‘jogo’ é assim – se ficar o bicho pega, se correr o bicho come, e que, portanto, nenhuma vale a pena. Você não pode é ignorar isto: Religião verdadeira é apenas a que proporciona a vida eterna com Deus; e que, a vida eterna é conhecer a Deus, e conhecer a Jesus Cristo, por Ele enviado. “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, que dará o homem em troca de sua alma?” (Mateus 16.26, ARA).  Religião: você já tem uma? Por meio dela, seu conhecimento de Deus (Sua pessoa, Seus atributos, Suas obras, Seus propósitos, Suas ordenanças) se aprofunda de forma genuína? Seu conhecimento de Jesus Cristo caminha para um nível salvador satisfatório? A glória celestial futura se vislumbra cada dia com maior gozo e certeza? Segundo ele, isto é vida eterna! O resto, é arremedo fajuto!

A mensagem musical de hoje, interpretada pelo Quarteto Adoração, é versão portuguesa da composição de um magnífico poeta sacro. Sua paixão evangelística era ardente. Dele também são composições amplamente conhecidas, como Mansion Over the Hilltop, He Washed My Eyes With Tears, Unworthy, Suppertime, We’ll Talk It Over, e outras mais.

JUNTO À CRUZ HÁ LUGAR PRÁ TI
Room At The Cross For You (1946)
Ira Forest Stanphill (1914-1993) 

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Boa semana, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15) !
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

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