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N° 161 : “QUISERA ESTIVESSES LÁ!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 29 de Junho de 2014

Uau! Desculpe-me a interjeição, tão popular… Mas o reclame que recebi, através de email, é simplesmente fantástico. Que tal para você também? O título da mensagem que recebi é quase tal qual tomo emprestado para esta mensagem: “Quisera Estivesses Aqui!”. Trata-se de um reclame pelo fato de que não pude atender ao convite que o antecedeu… Dias atrás veio o convite, e agora, diretamente do local abaixo mostrado em foto, veio o reclame:

É isto mesmo que você está vendo: diretamente dessa luxuosa embarcação me veio o reclame, por conta do convite que não pude aceitar. O coordenador do cruzeiro mandou, diretamente de lá, a segunda mensagem: “Wish you were here!”  (Quisera estivesses aqui). Um cruzeiro pelas águas do Caribe, incluindo as porções insulares: Bahamas, Antilhas, Aruba, Curaçao, Barbados, Cayman, Jamaica; que paraíso oceânico. Não deu, desta vez… Aliás, acho que nunca será prá mim… Bem! A esta altura, você já percebeu que o reclame não veio individualmente para mim…

A frase não me é estranha… Até soa familiar… Já a ouvi, já li em algum lugar…  Ah! Já sei! A primeira lembrança que me vem à memória é de certas habitantes de um antigo (e minúsculo) povoado, perto de Jerusalém – Betânia era seu nome. Lá, uma família, certamente de órfãos, aguardava a chegada do Mestre, o Senhor do Universo. Um deles não agüentou esperar; Lázaro era o seu nome. As suas irmãs, Marta e Maria, mandaram recado, apressando a vinda do Salvador ao povoado: Senhor, aquele a quem amas está doente! (João 11.3, NVI). Como Jesus demorou pelo menos quatro dias para ali chegar, encontrou aquele a quem amava já sepultado de quatro dias. E as duas irmãs de Lázaro, cada qual a um tempo e lugar, disseram ao Redentor a mesma coisa, muito parecida com a frase que recebi do Caribe: Ah! Senhor! Queria que estivesses aqui! Porque, “se estiveras aqui, Lázaro não teria morrido (João 11. 21 e 32, sob minha adaptação).

“Quisera estivesses aqui!”, digo também eu ao meu eventual e fortuito leitor de hoje. “Aqui”, onde? Neste lugar, onde estou apertando teclas de um computador, redigindo este texto? Não, exatamente… Aqui, nesta cidade, nesta hora em que, nas ruas lá fora, ouvem-se variados e ruidosos sons (no céu, helicópteros; na terra, carros com suas buzinas, sons de cornetas, gritos de torcedores), à espera de um jogo de futebol, da seleção brasileira contra a chilena? Não, exatamente… Meu empréstimo à frase alheia toma outro sentido. ‘Quisera eu estivesses aqui’, pensando no que estou pensando, comungando o que estou comungando, olhando (espiritualmente falando) para o que estou olhando… Estou pensando em Deus… Estou pensando na efemeridade da vida, de tão passageira que é… Estou pensando no contraste entre as alegrias falsas e fugazes de um espetáculo desportivo, que empolga milhares de pessoas desde o raiar do dia e as alegrias propostas para a eternidade, nos lugares celestiais.

Hoje, Sábado, despertei bem cedo. Alguns minutos antes das seis da matina, eu já estava na porta da padaria, aguardando para comprar o pão nosso de cada dia. Por incrível que pareça, já havia um grande grupo à porta da padaria, um punhado deles já ‘uniformizado’ (verde & amarelo), com apetrechos nas mãos, quase prontos para seguir ao seu ‘templo’, o Mineirão. Impressionei-me com o que vi. Tão logo a padaria se abriu, irrompeu aquele tanto de gente, interessado em não perder tempo. Dos que ali estavam para cumprir a agenda até à hora do certame futebolístico, a antecedência era de, simplesmente, treze horas.

É isso… Enquanto, lá fora, há toda essa movimentação que empolga multidões, estou eu, aqui, pensando nos prazeres e no regozijo que tem outra natureza: os deleites eternos da comunhão com Deus, da redenção, da vida de usufruto da presença de Deus, das alegrias perenes que superam as adversidades passageiras, e tudo que disso decorre. E, daí, digo de novo, tomando a frase por empréstimo: “Quisera que estivesses aqui!”.

Não sei se você olha para as belezas deste mundo (como as do Caribe, se lhe for concedido, ou mesmo as da serra em volta da cidade, ou dos jardins da praça mais próxima) com olhar de mero proveito e encanto pessoal, ou também com aquele reconhecimento de quão magnífica é a obra das mãos do Criador! Não sei quanto a você, seu coração, sua alma. Não sei se você cultiva, ao lado dos deleites temporários desta vida, os deleites permanentes da vida eterna… Não sei se você acalenta, ao lado da esperança tênue por dias melhores no país (neste, ou noutro), após esta copa de futebol, também a esperança da glória, que nutre os remidos que esperam por Seu terno Redentor… Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente (Salmo 16.11, ARA).

Trata-se, quase apenas, de uma maneira própria de olhar a existência. Pois é! ‘Quisera eu estiveras aqui’, repito, transformando a frase em expressão de aspiração por tal tipo de prazer, tal tipo de envolvimento. “O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (I João 2.17, BCF). Não há, neste mundo,  empolgação, ou prazer, ou deleite, ou regozijo, ou entusiasmo, ou recompensa, nada, que supere ‘este lugar’ – a presença de Deus, a comunhão do Altíssimo, a redenção no Seu Filho. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8. 37-39, ARA). E, um dia, tudo quanto aqui temporariamente empolga, dará lugar a uma era sem fim, com outros valores, com outro tipo de gozo, interminável, incomparável. Não acredito que, naquela conjuntura, eu pudesse olhar à volta, dando falta de alguns (alguém que me lê, talvez?). Mas, por mera imaginação, e sob o anacronismo que a imaginação impõe, se eu pudesse, certamente diria: “Quisera estivesses aqui!”  

Por enquanto, digo apenas: Quisera estivesses lá!

Nosso hino de hoje pode ser encontrado em vídeo, através dos livres provedores de vídeo da internet. Aliás, num deles, um encontro de Gaither Homecoming Friends, o próprio compositor aparece, quando o hino é interpretado por Scott Fowller. Desde os anos Quarenta ele vem transformando em música sacra o seu ardor pelo evangelho redentor. Espero que você, ainda que no espírito, possa cantar o mesmo…

I’LL BE THERE (1996)
ESTAREI LÁ
Henry Thaxton Slaughter (1927…)

1. When you get to heaven, on that golden shore
Quando você chegar ao céu, naquela praia dourada
When you stand in glory, redeemed for evermore
Quando você estiver na glória, redimido para sempre
Look all around you, see the happy throng,
Olhe em toda a sua volta, veja a alegre multidão,
See their smiling faces, sing the happy song!
Veja suas faces sorridentes, cante a feliz canção!

CORO, na voz feminina: 
And you may look for me, for I’ll be there 
E você pode procurar por mim, pois lá estarei
I’ll be there, yes, I’ll be there
Lá estarei, sim, lá estarei
I’ve been redeemed by Grace, and I’ll be there
Estou redimido pela Graça, e lá estarei
Oh! Glory to God, I’ll be there!…
Oh! Glória a Deus, lá estarei!…

CORO, na voz masculina: 
Look for me, look for me, for I’ll be overthere
Procure por mim, procure por mim, que por lá estarei 
God’s Grace is all I need; yeah, I’ll be there
A graça de Deus é tudo quanto preciso; sim, lá estarei
Saved by His marvelous Grace, yes, I’ll be overthere
Salvo por Sua maravilhosa graça, sim, lá estarei
Oh! Glory to God, I’ll be there!
Oh! Glória a Deus, lá estarei!

2. Home of the faithful, home of the pure
Lar dos fiéis, lar dos puros
For all who will trust Him – this I’m very sure:
Para todos os que Nele confiam – Disto estou muito seguro: 
That I’m saved by His mercy, oh Yes, I’m saved by His Grace
Que estou salvo por Sua misericórdia, oh sim, estou salvo por Sua graça
That I’m going to a city, 'heaven' is the place!
Que estou a caminho de uma cidade, o 'céu' é o lugar!

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Abraços, até o próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'