Agora no portal:

N° 160 : “DEUS É DEUS!”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 22 de Junho de 2014

Uhuh! Estamos em copa, e copa ‘brasileira’, depois de 64 anos. Não tenho assistido aos jogos, a não ser frações de um ou outro, eventualmente. Numa dessas frações, foi que eu vi a cena: um torcedor foi focalizado ela câmera do estádio, e aparentemente percebeu quando ocorreu. Logo, então, esticou a camisa para exibir, tal qual um outdoor. Na parte frontal da camisa havia uma imagem masculina, ostentando uma coroa na cabeça. Em baixo, uma frase em língua inglesa: “God save the King!”, que significa “Deus salve o Rei!”. A imagem era a de um atleta de futebol, e acho que a Inglaterra era um dos contendores do jogo. Significou uma charge, uma paródia com o bordão comum usado na Inglaterra. Desde que, aos 27 anos, sucedeu ao pai, Jorge VI, Elizabeth é saudada segundo o costume britânico – “God Save the Queen!” (Deus Salve a Rainha!). Naquele país, ela é tanto chefe de estado quanto chefe da igreja.

Melhor um pouco do que aconteceu na Argentina, que desde 1982 guarda, contra a Inglaterra, o ranço da guerra das Malvinas, onde foi pela última derrotada. Aqui no vizinho sul-americano foram muito mais longe.  Tomou-se a figura de certo jogador de futebol, endeusaram-no, e criaram uma igreja em devoção ao seu nome. E, o que dizer do que se conta em nosso país? De acordo com um jornalista da revista de maior circulação nacional, a ex-assessora de certo ex-presidente recente da república brasileira se refere a ele como “deus”… Quando alguém queria saber a opinião do então presidente, a sua assessora da época dizia:

– É preciso perguntar prá deus!… É como diz o jornalista.

São relatos que, se forem retratos da verdade, fazem-me lembrar o imperador romano do período de 83-96 d.C. Domiciano, filho de Vespasiano e Domitila, levou tão a sério a idéia de auto-divinização, que mandava os censores do império abrir correspondências. Se outro fosse tratado como divindade, que não fosse ele, estava sujeito até à execução pública.  Aliás, sua exigência era ampla: a forma de tratamento peculiar deveria ser – “nosso senhor e deus, César Augusto Domiciano”.  

Apesar de não chegar a tais extremos, estamos vivendo uma época em que Deus não está sendo levado a sério como deveria. Deus é Deus! É único, inigualável! E mais: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá” (Gálatas 6:7, BCF). A coisa, para o verdadeiro Deus, é tão séria que, se as criaturas humanas tivessem a real noção de como Ele avalia quem O menospreza e dEle zomba, não brincaria com Ele. A ordem por ele deixada é: “Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o Seu nome em vão” (Êxodo 20:7, NVI).

É comum notar os que não têm, em seu coração e sua alma, o verdadeiro temor de Deus, brincar com o nome e com a figura de Deus, achando que estão fazendo grande graça. O desprezo por Seu Ser, Sua palavra, Seus feitos são sua evidência. O arvorar-se em ser capaz de fazer o que só a Deus cabe é mais uma maneira de desafiar a Deus, e quebrar seu preceito. Encarregar ao acaso, ao tempo, à “Mãe Natureza”, para esses tais que não fazem idéia das conseqüências de zombar de Deus, de depreciar Seu Nome, Seus feitos e Seus Atributos, é muito usual. Piadas, charges, invocações inúteis e profanas, e toda forma de usurpação do caráter santo e intocável de Deus, tem sido o freqüente convite a que Deus cumpra a Sua predição no Terceiro Mandamento do Decálogo (Êxodo 20.1-17). Filmes que fazem de Deus sórdidas caricaturas, músicas que O tomam como se fosse um ser-irmão, palavras que parecem pretender fazer dEle servo (quando é e sempre será Soberano), citações levianas em estado de raiva ou de descontentamento,e não param por aí… “A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e arrogantemente ergueste os olhos? Contra o Santo de Israel [o Deus único e verdadeiro]” (II Reis 19.22, ARA), foi a imprecação contra o rei da antiga Assíria, Senaqueribe. O Nome de Deus tem sido vituperado, tem sido enxovalhado, tem sido desprezado, assim como Seu Ser, Sua palavra, Suas obras. No entanto, havendo mudança de atitude, a busca sincera e reconhecida acerca de Quem está sendo buscado, Quem está sendo citado e proclamado, poder-se-á alcançar o Deus verdadeiro: “Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre. (I Crônicas 28.9).

Mesmo os que professam ter o temor genuíno de Deus em seu coração e sua mente, não escapam de afrontar a Deus com suas práticas. No livro de Deuteronômio, capítulos 28 e 29, dois montes são tomados por ‘testemunhas’ ante o povo de Deus, para bênção e maldição – Gerizim e Ebal. Bênção ou maldição dependeriam de uma condicionante: “… o cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e temível, o SENHOR TEU DEUS” (Deuteronômio 28:58, ACRF). Maneira das mais freqüentes, pelas quais os crentes afrontam o Nome de Deus, acontece, talvez, a cada Domingo (ou mesmo a cada dia). São as suas orações. Já notou que os cristãos costumam terminar suas orações com a fórmula ensinada pelo próprio Mestre – “em nome de Jesus”, dirigindo-se a Deus, o Pai? (João 14.13; Efésios 5.20). Pois bem! Deveriam estes fazer uma profunda investigação nas suas preces. Quando as encontrarem vazias (sem conteúdo sincero), mecânicas (meras palavras repetidas, sem honestidade e sinceridade), apressadas (pressa para acabar logo a oração, como aquelas à borda da mesa de refeição, ou à borda da cama, véspera do sono), omissas (deixando de orar quanto e quando necessário), e assim por diante, podem ter por certa a enorme chance de se estarem dirigindo a Deus sob a indesejável condição da invocação em vão do Seu Nome; portanto, sob a quebra do 3º mandamento. E, por conseguinte, sujeitos à disciplina divina. Isto, para não dizer de seu comportamento que, por vezes, se assemelha ao dos não-tementes.

No entanto, basta uma mudança de atitude – uma reverência mais consistente, uma promoção mais sincera do Nome de Deus, uma prática de oração mais persistente, mais confiante, menos vazia, menos mecânica, menos apressada e mais devota, que outro cenário se formará: “E lhes darei um mesmo coração, e um mesmo caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos, depois deles” (Jeremias 32.29, ARC). Temer a Deus é o mesmo que temer Seu Nome. Deus não é como um de nós; não é nossa criação…  Deus é Deus!  Deve Ele ser temido, honrado, para ser usufruído em Seus favores e graça! Prá quem deseja ser sincero devoto Dele, chega de leviandade, chega de artificialismo! Deus é Deus!

 A canção que pode ser executada em nosso áudio player online, abaixo, é de 1981. Estriba-se no Salmo 115, com letra bem próxima do que se canta, na voz dos Vencedores Por Cristo.

NÃO A NÓS, SENHOR, MAS AO TEU NOME DÁ GLÓRIA! (1981)
Guilherme Kerr Neto (1953…) & Nélson Bomilcar (1955…)

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Abraços, até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)
Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil

ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ACRF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br

NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional'