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N° 334 : “SEGUNDA CHANCE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Março de 2018

Foi um crime que sacudiu o país… No dia 10 de fevereiro de 2010, Eliza Silva Samudio (1985-2010) deu à luz a uma criança, que alegou ser filho do então atleta de futebol Bruno Fernandes Luiz. Naquele mesmo ano, provavelmente em 10 de Julho (segundo investigações), Eliza Samudio foi morta.

Um processo na justiça afirma que Bruno já havia tentado provocar o aborto de Eliza, quando ela ainda estava grávida. Depois, outro conclui que Bruno arquitetou um plano para dar fim à vida dela, tramando viagem do Rio de Janeiro a Minas.

O corpo de Eliza jamais foi encontrado. Uma das testemunhas do caso chegou a apontar um terreno, nos arredores do aeroporto de Confins, em cujo solo o corpo teria sido ocultado. Mas, todas as buscas no local foram em vão. A testemunha sugeriu que alguém, posteriormente, retirou o corpo para dar sumiço, sem testemunhas.

Entre os que foram apontados como cúmplices do crime, está o personagem apelidado de “Macarrão”, cujo nome é Luiz Henrique Ferreira Romão. Condenado por homicídio triplamente qualificado, em Novembro de 2012, a 15 anos de detenção, Luiz Henrique acaba de receber o benefício da liberdade condicional, para cumprir o restante da pena em regime aberto.     

Ao sair do Complexo Penal Dr Pio Canedo, em Pará de Minas, Luiz afirmou: “Infelizmente, não tem como voltar atrás [sic]… Porque, se pudesse voltar atrás, eu voltaria […]. Acho que qualquer ser humano tem que ter uma segunda chance”. Evidentemente, Luiz Henrique estava se referindo a seres humanos vivos; humanos que já se foram, como a própria Eliza Samudio, não podem contar com uma segunda chance…

Deus dá “segunda chance”. Para certos casos, Deus dá até mais: uma terceira, quarta, e não é raro que dê até sucessivas chances… A Bíblia diz que “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã…” (Lamentações de Jeremias 3.21,22, ARA).

Por isto mesmo, podemos ter certeza de que, se não fosse pelo espírito de condescendência divino, ou pela Sua ação salvadora, certamente que há muito tempo qualquer de nós já teria sido levado ao Seu severo julgamento.

Note só as corretas palavras da Escritura: Pois Deus vê o caminho dos homens; ele enxerga cada um dos seus passos. Não há sombra densa o bastante, onde os que fazem o mal possam esconder-se. Deus não precisa de maior tempo para examinar os homens, e levá-los à sua presença para julgamento. Sem depender de investigações, ele destrói os poderosos e coloca outros em seu lugar” (Jó 34.21-24, NVI).

Deus dá ‘segundas chances’ aos Seus filhos, que teimam em desafia-lO, dia após dia, de contínuo, com seus reiterados pecados. Vamos e venhamos: se Deus não nos tratasse com a misericórdia que continuamente nos dedica, estaríamos usufruindo a segunda, terceira, quarta e as infindáveis chances que Ele nos dá, para que nos santifiquemos a cada dia?

Preste atenção: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (I Pedro 1.15-17, ACF).

E, se Deus não desse segunda, terceira, inúmeras chances, aos que acham que podem viver sem temer o Seu Santo Nome, sem buscar a Sua augusta presença, sem abraçar a salvação em Seu Precioso Filho, já não teriam chegado à presença do Supremo Juiz do Universo totalmente despreparados para a eternidade? Ou, pior: totalmente perdidos, para a condenação eterna?  

De fato, há uma única situação em que Deus não proporciona “segunda chance”: é quando chega o fim da jornada de aqui! “Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disto, o Juízo” (Hebreus 9.27, ARC). Quando chega esse dia, não há mais segunda chance: nem para arrependimento de pecados, nem para santificação voluntária de mãos e de coração, nem para resgate de almas perdidas. É o momento em que se acabam as “segundas chances”.

Pra dizer a verdade, se nos arriscássemos a tomar a frase do Luiz Henrique (antes chamado de “Macarrão”), e utilizá-la para Deus, Ele poderia nos corrigir imediatamente, se quisesse. Talvez diria: Eu não tenho que dar segunda chance a ninguém, absolutamente ninguém. Se dou, não é porque ‘tenho que dar’, e sim, porque quero dar, segundo a minha compaixão, o meu amor e a minha misericórdia.  

Portanto, tendo “segunda” chance (que, a esta altura na vida de cada um, pode já ser mais que a centésima chance) melhor aproveita-la. Bendito seja Deus, misericordioso e compassivo!

Ouça com atenção a mensagem cantada de hoje.

O QUE RESPONDERÁS (1973)
Ottis H Skilling (1935-2004)

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas: 
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional