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N° 316 : “ORAÇÕES DIÁRIAS IMPRESCINDÍVEIS – II”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 01 de Outubro de 2017

“Deus não podia ter feito isto!” – foi a exclamação daquela mulher em desespero. Ela estava a caminho da cidade onde seu irmão seria velado para ser sepultado. Ela não tinha filhos; seu marido era já de setenta anos. Antes tinha três irmãos: o mais novo deles havia morrido subitamente, com apenas trinta e sete anos de idade, oito anos antes. Do mais velho, cardiopata, parou o coração tão logo completara cinquenta, dois anos antes. Restava-lhe apenas mais um irmão. Mas, Deus o tirou também, apenas dois anos após a perda do anterior. Extremamente inconformada com a perda do último irmão, soltou ela este veredicto – acintoso contra o Nome de Deus!

É muito comum o nosso desrespeito e a nossa irreverência para com o Nome de Deus… Não só no pronunciamento das frases diárias, como, também, nas atitudes diárias. As atitudes de desonra para com Deus podem não se transformar em palavras; no entanto, qualquer palavra irreverente contra Deus já indica atitude irreverente.

Séculos antes da encarnação do Filho de Deus, o profeta já denunciava esse tipo de atitude, de que o seu próprio povo era um mau exemplo: “E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:  Filho do homem, quando a casa de Israel habitava na sua terra, então, a contaminaram com os seus caminhos e com as suas ações; como a imundícia de uma mulher em sua separação, tal era o seu caminho perante o meu rosto. Derramei, pois, o meu furor sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra e dos seus ídolos com que a contaminaram. E os espalhei entre as nações, e foram espalhados pelas terras; conforme os seus caminhos e conforme os seus feitos, eu os julguei.  E, chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois se dizia deles: Estes são o povo do Senhor e saíram da sua terra. Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi” (Ezequiel 36.16-20, ARC).

Na oração modelo do Sermão do Monte, Jesus prescreve uma oração imprescindível que deve ser diária: “santificado seja o teu Nome!” (Mateus 6.9). Como assim? Já não é santificado, por si mesmo, o Seu santo e sagrado Nome? Há algo que possa ocorrer, ou ser feito, que O santifique mais do que já é? Afinal, os atributos de Deus podem variar, em sua manifestação ou intensidade, a depender do que ocorra aqui, neste mundo criado?

Certamente que Jesus não está, no ensino desta porção de oração, contrariando as expectativas quanto a estas perguntas… Não existe a menor chance de Jesus ter-se referido a algum grau da santidade própria de Deus, que possa surgir, ou crescer, sob a dependência de qualquer ação ou fator próprio deste universo, ou mesmo de nós, criaturas Dele.

Jesus está, antes, fazendo referência a nós, criaturas Suas. No que depender Dele, em relação a Si mesmo, o que Ele promoverá? Promoverá aquilo que o salmista põe em prece: Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao Teu Nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade” (Salmo 115.1, ARA).

Entretanto, quando oramos o que Jesus ensinou e prescreveu – santificado seja o Teu Nome! – estamos nos dispondo a cumprir a Sua augusta vontade, conforme expressão do 3º Mandamento: “Não tomarás o Nome do Senhor Teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o Nome do Senhor seu Deus” (Êxodo 20.7, BCF).

O exercício diário da oração do Senhor é uma força, verdadeira terapia, contra palavras e atitudes profanas, que afrontam a santidade do nosso Deus. Num mundo como o de hoje, em que a nudez explícita, inclusive contaminando a fragilidade moral de uma criança, é pretexto, em nome de arte, para promover a imoralidade, este tipo de exercício deveria ser ainda mais intensificado e pregado. “Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (I Tessalonicenses 4.3, ARA).    

Ao orarmos, a começar de um novo dia – Santificado seja o Teu Nome – estamos nos dispondo pessoalmente como um altar para Deus para aquele dia. Oferecemo-nos a ele, de tal maneira que esse altar – a nossa vida, naquele dia, se torne uma vitrine da santidade de Deus. Por conta disso, será sempre muito útil repetir essa oração mais vezes durante o mesmo dia; podemos ser contaminados com os afazeres, com as influências, com as demandas, e esquecer do altar. E assim, será também útil fazer desta prece uma oração diária. Útil só, não: imprescindível!

Deus tem o maior deleite em que a Ele digamos, diariamente – Sê, Tu, santificado em minha vida e palavras, Senhor! E, mais ainda, se o cumprirmos… Como é gratificante, a Deus, nos dispormos, em oração diária, servindo nós mesmos de instrumentos para que o Seu Nome seja louvado na terra!

Finalizando, ouça esssa bela interpretação coral da Oração do Senhor:

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional