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N° 315 : “ORAÇÕES DIÁRIAS IMPRESCINDÍVEIS – I”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 24 de Setembro de 2017

O Islam começou sua história no Século VII da nossa era. Em 622, Maomé (570-632) chegou a Medina, em refúgio, por conta dos fatos que se davam em Meca, sua cidade natal. No ano de 630, sua marcha de volta a Meca tomou a cidade, fazendo dela a mais importante do Islamismo.

Então, a religiosidade muçulmana se estabeleceu, a partir da Arábia Saudita, espalhando-se pelo mundo. São cinco os pilares da fé islâmica:
– A Hajj, que é a exigência da peregrinação, a Meca, por todo muçulmano, ao menos uma vez na vida. Quem não conseguir meios de cumprir a Hajj, deve dispor meios para financiar a ida de outro muçulmano.
– O Ramadã, que é o período anual de um mês de jejum ritual.
– A Zakat, que é a prática de contribuições financeiras.
– A Shahada, que é a profissão de fé diária do muçulmano; ao menos duas vezes ao dia (no início e no fim), o muçulmano deve pronunciar as palavras de sua declaração de fé.
– E a Salah, que é a prática das orações.

A Salah exige, para prática diária, cinco orações, sempre voltadas geograficamente para Meca: ao acordar (amanhecer), ao meio-dia, ao meio da tarde, logo após o pôr-do-sol, e no fim da noite (antes da meia-noite). Para tanto, é comum o muçulmano prostrar-se em uma das posições que é a preferida: joelhos no chão, corpo encurvado, rosto no solo, mãos apoiadas no chão, sustentando parcialmente o tronco.

Curiosamente, nós, cristãos, não costumamos ter semelhante devoção e disciplina. Mal, mal, duas ou três orações por dia, incluindo as brevíssimas preces das refeições. Os discípulos de Jesus, que tiveram, certo dia, uma certa “santa inveja” dos discípulos de João Batista, pediram: “Senhor, ensina-nos a orar, assim como também João ensinou aos seus discípulos” (Lucas 11.1, BCF). E Jesus lhes ensinou o modelo de oração do Sermão monte.

Há muitas maneiras de adotar a Oração do Senhor como modelo. Para esta mensagem (e mais outras seis que se seguirão), adotarei aquela oração considerando suas sete partes, para nosso estímulo a orações diárias imprescindíveis.

A primeira parte ensina acerca da adoração! “Pai Nosso Que Estás Nos Céus…” (Mateus 6. 9ª, ARA). Aí está uma verdadeira “profissão de fé”, em forma de adoração. “Que estás nos céus” aponta a transcendência de Deus. Deus não é criatura; é Criador! Deus não é finito; é infinito! Deus não é mortal; é eterno e imortal!

Não obstante, mesmo sendo criador, infinito, eterno e imortal, é presente, é próximo, é terno e cuidador! “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Isaias 57.15, ARA). Seus atributos divinos são, não apenas incomunicáveis, transcendentes, intransitivos, mas também comunicáveis, imanentes, transitivos.

Nesta porção inicial, Jesus ensina a quem orar: deve-se orar ao Pai, de quem, por meio de Cristo Jesus, recebemos a adoção de filhos: Recebestes o espírito de adoção, no qual clamamos – Aba, Pai!(Romanos 8.15, ARA). Por isto, podemos nos dirigir a Ele à semelhança do Seu genuíno e unigênito Filho, clamando Aba, Pai (Gálatas 4.6).

Nesta porção primeira da Oração do Senhor, aprendemos a expressar a gratidão pela adoção de filhos: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber, aos que crêem no Seu Nome” (João 1.12, ARA). Nesse elemento  implícito, está o elemento explícito da adoração filial. Há um incontido gozo pela herança com Cristo, gozo pela adoção de filhos.

Conheço filhos que alcançam a mocidade, e acham interessante chamar pai ou mãe pelo próprio nome. Um dia, quando chegam à paternidade (ou maternidade), descobrem a doce melodia de uma voz filial, chamando – pai, papai, paizinho (ou mãe, mamãe, mãezinha).    

Em maior medida, Deus se alegra e se agrada dos filhos que Ele comprou com o sangue de Cristo, que reconhecem o  fato de que somente por meio do Redentor recebem o privilégio filial ante o Ser divino, e que diariamente se dirigem a Ele dizendo – Aba, Pai. É como se dissessem: Ó Deus, meu Paizinho que está no céu.  

Pai nosso que estás nos céus é uma oração diária imprescindível! Imprescindível adoração diária! Isto agrada a Deus…

Finalizando, ouça esssa bela interpretação coral da Oração do Senhor:

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional