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Author Archives: Ulisses Horta

N° 330 : “FELICIDADE”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 04 de Fevereiro de 2018

 

Algumas universidades norte-americanas rivalizam entre si, pela posição do mais elevado reconhecimento acadêmico: Harvard, Yale, Princeton, Cornell, Penn, Columbia…

Terceira mais antiga instituição de ensino superior nos Estados Unidos, Yale foi fundada em 1701, sob os ideais dos evangélicos congregacionais da antiga colônia inglesa. São mais de 2 mil professores, para cerca de 12.400 alunos; isto dá a invejável taxa de apenas 6 alunos para cada professor. Suas diversas bibliotecas contam com mais de – pasme-se – 11 milhões de volumes impressos.

Para se ter uma ideia do valor dessa escola, são cerca de 60 prêmios Nobel (o Brasil, contando todas as suas universidades, jamais teve um prêmio Nobel); sua escola do curso de Direito é a mais concorrida no país (talvez no mundo). Portanto, o que acontece em Yale, assim como em Harvard ou em alguma das outras top dos Estados Unidos se torna notícia rapidamente.

Preste atenção no curso que acaba de se tornar, neste início de 2018, recordista de inscrições em todos os tempos: mais de mil e duzentos alunos, de diversas graduações da universidade, se inscreveram num curso do departamento de Psicologia. O nome do Curso? “Felicidade” (ou, ainda, Psicologia e Vida Feliz)!  A proposta da Profª Laurie Santos é ensinar os alunos a serem felizes.

Laurie Santos é norte-americana, descendente de imigrantes de Cabo Verde, ex-colônia portuguesa emancipada em 1975. Sua classe vai reunir mais de um milhar de estudantes, interessados em como vencer o estresse, a ansiedade, a solidão, crises, drogas, e assim por diante. Se continuar na linha de sucesso que vem fazendo, dentro em pouco passará a ser requisitada para falar sobre o assunto em outros lugares do país e do mundo.

Será que a professora Laurie explora os fundamentos da psicologia moderna, ou explora os antigos fundamentos que esta suplantou? A psicologia moderna está tão intensamente interessada em felicidade, que criou uma área própria, a chamada Psicologia Positiva. Sob o ensino desta, o segredo da felicidade está em viver uma vida prazerosa, de bom padrão e com sentido. Para isto, é preciso cultivar emoções positivas, envolvimentos, relacionamentos sadios, propósitos e realizações. Pronto! Só isto? Tudo na horizontal? Nenhuma medida no plano vertical, na relação criatura x Criador?

Este é o problema mais sério das ciências contemporâneas: achar que todos os problemas podem ser resolvidos pelo homem autônomo; que a felicidade pode ser alcançada pelos esforços e pelos empreendimentos humanos. Típico das ciências que vendem a ideia de que somos animais evoluídos, e de que, caso Deus exista, não que interfere na nossa vida… Ele não se envolve conosco, e nós não envolvemos com Ele…

Curiosamente, algumas das recomendações da Psicologia Positiva, prescritas para exercício sem Deus, lembram fundamentos encontrados nas páginas da Escritura, que surgiu séculos antes. A diferença é que, reconhecendo-nos como criaturas de Deus, sob o governo soberano das Suas mãos, a eficiência do exercício dessas recomendações é garantida. 

Veja só o que diz o Manual do nosso Criador:

– Preservar sadiamente as emoções: “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.23, ARA). Observando os versos em torno deste, fica claro que guardar o coração é guardar nele a Palavra de Deus!

– Cultivar bons envolvimentos e relacionamentos : “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6.2, ACF); “não deixemos de congregar, como é costume de alguns; mas, encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10.25, NVI). O maior benefício dos bons envolvimentos e relacionamentos está na comunhão sob o amor de Cristo.

– Manter vida com propósito: como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor para louvor e glória da sua graça” (Efésios 1. 4,6, ARC). Nenhum propósito há numa vida que não se posicione sob o propósito desenhado por Deus.

– Quanto ao senso de realização, diria que todo aquele que o homem possa angariar, sem que proceda do coração de Deus, é semelhante às obras de madeira, feno e palha de que Paulo fala em I Coríntios 3.10-15; por outro lado, realizações que procedem do coração de Deus são como as obras de ouro, prata e pedras preciosas do mesmo texto. O salmista nos ensina: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei” (Salmo 40.8, ARA).

A Profª Laurie Santos somaria imensa relevância ao seu curso sobre felicidade, se ensinasse estas verdades, e as bem-aventuranças do Sermão do Monte (Mateus 5.1-12). Ali, entendemos que a felicidade daqueles bem-aventurados é verdadeira e inigualável; parcial no presente, mas completa no porvir.   

 

Pra encerrar, Heritage Singers nos cantam Felicidad, em espanhol…

 

Felicidad

Felicidad hay en mi alma

Con mi Jesús yo tengo calma

Con él yo voy, pues él me ama

Felicidad es Dios!

 

Felicidad, cambió mi vida

Y yo espero su venida

Con mi Jesús yo tengo vida

Felicidad es Dios!

 

Señor, tu amor es mío y lo sé

Y el secreto es Cristo en mi ser…

 

Felicidad, es el perdón

Dale a Cristo hoy tu don

Juntos iremos hasta Sión

Felicidad es Dios!

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 329 : “PERISSOS”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 28 de Janeiro de 2018

“Olha, depois que eu passei vinte e cinco dias dentro daquele lugar, e saí, eu passei a ver a vida com outros olhos”. Foi o que me disse um amigo meu, poucos dias atrás, depois de tais dias na prisão.

Trata-se de um amigo que conheci onze anos atrás, numa cidade nordestina, a partir de relações iniciadas meramente por razões, digamos, comerciais. Por uma questão de preservação de identidade, vou ocultar a cidade, e vou atribuir a ele o pseudônimo de Ari. Pois bem! Ari é um nordestino sem curso superior; portanto, sua detenção não teve qualquer regalia. Não é político; portanto, não teve foro privilegiado. E, por que foi detido? Ari foi acusado, injustamente, de ter sido o homicida de um seu conterrâneo e colega de trabalho.

O colega de Ari foi assassinado a tiros num episódio inusitado, em seu próprio carro. Por ter tido uma pequena rusga com esse colega, o Ari foi logo apontado como possível autor do crime, quando a polícia começou a investigação. Com isso, foi detido preventivamente.

Uma prisão não é lugar agradável; com certeza, não! No nordeste brasileiro, pode ser ainda mais tenebroso do que aqui no sudeste. Se o cidadão sabe que não é culpado do crime de que se tornou suspeito, é angustiante. Pensar na família, lá fora, durante todo o tempo da detenção, é uma angústia ainda maior. Curiosamente, mesmo tendo provada sua inocência, e sendo liberto, Ari continuou sofrendo discriminações.

Sei de casos em que a pessoa passa anos e anos, até ser provada sua inocência. Nos Estados Unidos, David Ranta, novaiorquino, foi solto pela comprovação de sua inocência em 2013; mas já tinha passado 23 anos na prisão. Na Carolina do Sul, George Stinney, adolescente negro de 14 anos, teve cancelada, em 2014, sua condenação pela morte de duas meninas brancas; foi provada sua inocência. Entretanto, George já havia sido executado 70 anos atrás. Foi a tecnologia moderna que permitiu identificar o verdadeiro culpado; 70 anos depois de um inocente ser executado.

Quando ouvi a afirmação de Ari – a que abre esta mensagem – a primeira lembrança que veio à minha mente foi uma afirmação de Jesus: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e perder; mas eu vim para terem vida, e a terem na maior abundância” (João 10.10, BCF).

É certo que Jesus contou esta pequena parábola para se referir aos religiosos de coração falso que enganavam o povo, e lhes extorquiam haveres. Eles reivindicavam que eram filhos de Abraão, filhos de Deus, portanto. Mas Jesus lhes refutou: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade…” João 8.44, ARA). Fica claro, portanto, que, ao se opor Jesus aos sacerdotes e líderes hipócritas de Israel, estava se opondo ao ‘pai” deles – o diabo!

Portanto, sei que o diabo se deleita na desgraça humana, no seu infortúnio, na sua angústia, no seu sofrimento. E toda vez que qualquer de nós se encontra numa dessas situações, o diabo fica feliz, como se antecipasse um pouco do inferno na nossa vida. Mas o inferno será muito pior… Se o homem que tem dúvidas quanto ao futuro de sua alma, quanto à eternidade, quanto a céu ou inferno, experimentasse um pouquinho do inferno antes de morrer, provavelmente valorizaria muito mais a contraproposta de Jesus: “eu vim para terem vida, e a terem na maior abundância” (fartura, profusão, sem bastança, sem limites).

A palavra “abundância” é a preferida pelos tradutores em Português, para traduzir a palavra grega perissos (ou perisson, no texto). Perissos é, literalmente, “além do limite”. “Abundância” vem do latim: Ab (além, ou proveniência) + undare (ondas); literalmente, representa o transbordamento incontrolável das águas em ondas. Em Efésios 3.20, os tradutores traduzem a mesma perissos como “infinitamente mais”.

É isto o que podemos ter em troca. Mas (sempre tem um “mas”), só com Jesus! Só Jesus tem vida em abundância (perissos) para dar… Pelas páginas da Bíblia, a vida na maior abundância que só Jesus tem para dar é perissos (além dos limites) porque ultrapassa esta vida, e adentra a eternidade. É uma troca e tanto: em vez do inferno, sem Jesus, céu! Com Jesus, o estado temporário de prisão nesta vida, já proporciona liberdade condicional por aqui, e definitiva na eternidade.

Eu nunca fui preso; nunca fiquei detento. Mas, hoje, sabendo o que poderia ser viver sem Cristo, sabendo o que poderia ser a eternidade sem Cristo, posso dizer algo parecido com o que disse o Ari: depois que Cristo me libertou da escravidão de uma vida inútil e sem sentido, em que o pecado seria responsável pela minha catástrofe, olho para a vida com outros olhos. Com olhos que contemplam a eternidade… Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5.17, ARC). Muito obrigado, Jesus!

 

Quanto à canção que encerra a nossa mensagem, conto uma história: certo missionário foi pregar numa prisão na Jamaica; falou ele para várias centenas de presos. O carcereiro perguntou se ele gostaria de falar a um grupo menor, noutro recinto – eram os que estavam condenados à pena de morte. Roy Gustatson foi e pregou; depois, cantou o hino abaixo.  Um dos presos gritou-lhe:
– Pregador, vou para a forca na próxima Terça;  há esperança de céu para mim?

O missionário, extremamente comovido, falou-lhe do ladrão da cruz, que obteve entrada no céu em seus últimos minutos com Jesus. O homem se derramou em lágrimas, e pediu ao pregador para cantar, de novo, o hino. No estribilho, aquele condenado, com 'um pé no cadafalso', pôs-se de pé, e passou a cantar junto as palavras:
“Now I belong to Jesus, Jesus belongs to me; not for the years of time alone, but for eternity!”
[Sou de Jesus agora, Cristo Jesus é meu; não só nos dias que se vão, apenas, mas por toda a eternidade – em tradução mais que livre].

SOU DE JESUS AGORA
Now I Belong to Jesus (1942/1943)

Norman John Clayton (1903-1992)

Ouça, na voz de harmoniosos cantores adventistas, com nosso

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 328 : “SOLIDÃO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 21 de Janeiro de 2018

Helen Joanne Cox (1974-2016) foi uma parlamentar britânica que lutou por pelo menos duas bandeiras sociais destacadas: maior apoio britânico aos refugiados da diáspora da Síria, e mais apoio aos solitários do país, em cujo meio aumenta muito o índice de suicídios. Morreu assassinada por um extremista, em 16 de junho de 2016. Em homenagem a ela, e em consequência de uma de suas campanhas, o governo britânico acaba de efetuar uma inusitada novidade no mundo político: a criação de um “Ministério da Solidão”. Para ocupar a pasta, nomeou uma colega de partido e amiga de Helen Cox: a ex-ministra dos esportes Tracey Crouch (1975-…).

Trata-se de um caso inusitado não só no Reino Unido: não se sabe de qualquer outra nação no mundo que tenha criado um ministério deste. Crouch já trabalha, observando que solidão é um problema grave que afeta 9 milhões de britânicos, pelo menos.  De fato, vários especialistas têm aumentado o tom da advertência, de que o ser humano é uma criatura com necessidade de cultivar relações sociais próximas. A tecnologia, que “encurta distâncias” no sentido metafórico, as aumenta no sentido social, relacional.

Uma visita pastoral feita não muito tempo atrás impressionou quem visitava. A destinatária era uma senhora de idade, que foi algumas vezes à igreja, e não voltou. Quando ela atendeu à porta, recebeu a visita pastoral com muita alegria, hospitalidade e calor humano:
– É a primeira visita que eu recebo alguém, além da minha filha, em várias semanas – disse ela. Às vezes eu fico tão sozinha, que eu ligo para o cinema, perguntando o que está passando, só para encontrar alguém com quem conversar. Naquele dia, aquela senhora aceitou ter Jesus como seu companheiro diário… e Salvador. Mas, marcou, a sua declaração…

Preliminarmente, há dois tipos de solidão: a exterior e a interior. A solidão exterior é a que se mostra realmente desacompanhada de outras pessoas. É o caso dos eremitas (eremita é uma palavra que vem do grego eremos, que significa deserto; donde vem “ermo”). O outro caso é o dos que são solitários acompanhados – a solidão no meio da multidão. É um sentimento, um estado de alma. Afeta um número maior de pessoas… Porque, varia em grau: há solidão de momentos, há solidão de horas, há solidão de dias, de meses e até mais…

Neste tipo de solidão, há dois figurantes: um ativo, outro passivo. O passivo é o ser humano que sofre a solidão; o ativo é o ser humano que a causa… Curiosamente, o substantivo “solitário” é muito parecido com o outro, “solidário”, em Português. Mas, as raízes latinas são diferentes: a primeira vem de solus (sozinho); a segunda vem de solidus (sólido, agregado, íntegro, saudável). A solidão faz vítimas, mas o ser ‘solidário’ é o melhor preventivo contra o ‘ser solitário’. 

O tempo em que estamos vivendo traz muitos riscos; esses riscos afetam de maneiras diferentes crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. A razão é que cada um pertence a uma geração diferente. Muito certamente, a maior parcela de responsabilidade em ser um ser ‘solidário’ (ajudando o solitário) está sobre jovens e adultos. Como disse um grande pensador brasileiro: em vez de jovens e adultos ficarem se digladiando em seus interesses e conflitos, que tal se unirem, em favor dos idosos e das crianças?

Pensando no jovem e no adulto cristão, eu estendo o desafio, convicto de que este é um dos mais urgentes apelos da modernidade à vocação de ser cristão. Está no ‘manual cristão’: “O Amigo ama em todo o tempo, e na angústia se faz irmão” (Provérbios 17.17, NVI). A Escritura diz que visitar órfãos e viúvas (protótipos dos solitários) é uma religião pura e sem defeito (Tiago 1.27).     

Por último, preciso lembrar que o maior especialista em solidariedade é, também o que mais sofreu solidão: Jesus! Quando assumiu a cruz, em nosso lugar, sozinho ficou. Até nisto ele é poderoso para socorrer todos os solitários, segundo a analogia do ensino de Hebreus 2.18. Lembre-se, se você tem a Cristo, você nunca está sozinho: “E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28.20, ACF). Não existe quem tenha maior propriedade, confiabilidade e autoridade, em tomar para si a palavra profética: não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaias 41.10, ARC).  Concluo com uma dupla mensagem musical, executada numa só peça pelos Heritage Singers (depois da letra, o Player online): 

WARM FAMILY FEELING / MAY GOD BE WITH YOU
Caloroso Sentimento de Família / Que Deus Esteja Contigo

O God’s people share a feeling
Ó, povo de Deus, compartilhem o sentimento
That this world can’t understand
Que este mundo não pode entender
When a brother’s heart is broken
Quando o coração de um irmão está partido
And he needs a help in hand
E ele precisa de um socorro a tempo
Right beside him is another
Bem ao seu lado, está um outro
Who will listen to his cares
Que há de ouvir suasnecessidades
Who can sense the way just sorrow
Que pode medir a tristeza
And can feel the pain he bears…
E pode partilhar a dor que ele sente…

There’s a warm family feeling
Há um caloroso sentimento de família
In the presence of the Lord
Na presence do Senhor
For we share each others burdens
Pelo que compartilhamos as cargas uns dos outros
All our hearts seem one accord
Todos os nossos corações parecem só um
There’s a bond that finds us kneeling
Há um elo que nos coloca de joelhos
Where we feel the Spirit’s healing
Em que sentimos a cura do Espírito
What a warm family feeling
Quão caloroso sentimento de família
In the presence of the Lord!
Na presence do Senhor!

There a folks who join this family
Há pessoas que se juntam a essa família
We don’t even know their names
Nem ao menos sabemos seus nomes
They might speak a different language
Até podem falar outro idioma
Oh! But we’re family, just the same
Oh! Mas somos a mesma família
We’ve been adopted by the Father,
Somos adotados pelo Pai
Been accepted by the Son
Somos aceitos pelo Filho
But the thrill still in knowing
Mas a emoção que ainda aprendemos
It’s His blood that makes us one!  
É o seu sangue que nos faz um!  

May God be with you
Que Deus esteja contigo
Until we meet again
Até que nos enconttremos de novo
May God be with you
Que Deus esteja contigo
And keep you safe till then
E que te guarde seguro até então
And may His blessings be in your heart
E que Suas bênçãos estejam no teu coração
May God be with you while we're apart
Que Deus esteja contigo enquanto estivermos separados
May God be with you
Que Deus esteja contigo
And watch you from above
Com os olhos em ti, desde o alto
May God protect you
Que Deus te proteja
With everlasting love
Com amor duradouro
And with the dawning of each new day
E ao raiar de cada novo dia
May God be with you to guide your way
Que Ele esteja contigo, para guiá-lo em teu caminho

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Até próximo Domingo, se Deus quiser (Tg 4.15)

 

NOTAS (versões bíblicas):

ACF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel, Soc. Bíblica Trinitariana
ARA – Almeida Revista e Atualizada, Soc. Bíblica do Brasil
ARC – Almeida Revisada e Corrigida, Soc. Bíblica do Brasil
BCF – Versão Católica de Antonio de Figueiredo
NVI – Nova Versão Internacional, Soc. Bíblica Internacional.

 

 

 

N° 327 : “JANEIRO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 14 de Janeiro de 2018

   Antes do calendário Juliano (46 a.C) e do calendário Gregoriano (século XVI), o ano era contado apenas com dez meses; mas, por conta da realidade do que se convencionou chamar de “ano solar”, a “conta nunca fechava”… Ainda no século VII antes de Cristo, já se notava uma defasagem entre a contagem do tempo e o próprio tempo, as estações, as luas…

   O Imperador Júlio César (100 a.C.~44 a.C.) resolveu por decreto, atendendo aos sábios do seu tempo, grande parte do problema: resolveu instituir mais dois meses para o ano oficial, elevando o número para doze. Como homenagem a ele e a um seu sucessor, esses meses receberam seus nomes (Julho vem de Júlio; Agosto vem de Augustus, imperador que viveu entre 63 a.C. e 14 d.C). Os demais meses do ano – quase todos – têm nomes que homenageiam divindades pagãs; excetuando os dois que homenageiam os imperadores, outros quatro apenas lembram o antigo calendário: Dezembro, o último mês, era o décimo (e último); Novembro era o nono; Outubro era o oitavo, e Setembro era o sétimo. Bem! Diz a norma culta que meses do ano são grafados com inicial minúscula; eu sou rebelde, e sigo, hors concours, a outra regra, que manda grafar nomes próprios com iniciais maiúsculas.

   Voltando aos meses, Junho homenageia Juno, a “deusa dos matrimônios e dos partos; Maio homenageia Maia, a deusa-mãe de Mercúrio e deusa da botânica; Abril homenageia Afrodite, a deusa do amor e da fertilidade (Abril é o mês da floração da Primavera no hemisfério norte); Março homenageia Marte, deusa da guerra e das conquistas; Fevereiro faz referência aos sacrifícios dedicados aos mortos, no festival da Februália. Chegamos a Janeiro…

   Janeiro homenageia a divindade Jano. Jano (Janus, Januarius) é um deus de duas faces – uma voltada para frente, outra voltada para trás… É considerado o guardião das entradas e das saídas, o patrono dos princípios e dos começos, o despenseiro do passado e mentor do futuro…  

   Não vou nutrir a cultura religiosa popular da antiguidade! Mas, que Janeiro é um mês extremamente oportuno para olhar para trás e para frente, é… Pensar no passado, para pensar no futuro… Reconsiderar o que se encerrou, para considerar o que começa…

   Que é, é, sim!…

   Vou usar uma comparação que costumo fazer: para mim, há um livro da Bíblia que é a melhor escola moral e ética no tocante às minhas relações pessoais: eu e Deus (meu criador e meu Soberano Senhor); eu e a criação inanimada (quais os meus deveres e os meus deleites a partir dos entres da criação, como o céu, o mar, a terra, as fontes?); eu e a criação animada irracional (o que o Criador espera de mim, quanto aos seres vegetais e animais?); eu e a criação animada racional (como devo me relacionar com meus semelhantes, com meus pais, com meus filhos, e assim por diante?); eu e os bens abstratos da humanidade (como devo cultivar dotes como tempo, talentos, atributos de qualidade, etc.?…); eu e eu mesmo, diante de Deus (o que o Criador, que me criou, e me emprestou os órgãos físicos, os aparelhos – respiratório, digestivo, circulatório, reprodutivo, etc…, a saúde, o espírito, etc…, prescreve quanto a cuidar desse empréstimo?). Esse livro é o de Provérbios.

   Pois bem! Janeiro, mês em que se têm a melhor oportunidade de olhar para trás e para frente, nos exige fazer essa dupla consideração, à luz de cada esfera das relações acima elencadas. Como foi meu ano passado, perante a face do meu Deus? O que isto me ensina (e demanda), quanto ao ano que entra? E quanto aos entes da criação? E quanto a meus dons, talentos? Foram bem usados? Foram consagrados ÀquEle que mos deu? E quanto ao meu uso do corpo, de suas propriedades? Honrei ao Criador, com esse uso? Como devo me portar, a partir agora, olhando para frente? Isto é próprio para Janeiro!…

   “Se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios 4.21-24, ARA); “…agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que pertencem a Deus” (I Coríntios 6.20). Muito apropriado, especialmente para Janeiro…

   Há um autor desconhecido, que o meio musical evangélico contemporâneo só pôde conhecer por suas iniciais. Mas, a sua poesia tem maestria. Certamente foi composta no terceiro quadrante do século XIX, mas lembra Maria, de Betânia. A música foi composta por seu contemporâneo, Asa Hull, nascido em New York em 1828, e falecido por volta da virada do século. Ouça através do nosso áudio player online a interpretação do grupo Bill Gaither and Homecoming Friends. Abaixo, sua letra, e uma pequena ajuda para os que não puderem discernir a língua original. Depis, o player, para ouvir…

SITTING AT THE FEET OF JESUS- 1970
PERMANECENDO AOS PÉS DE JESUS
J. H. T. &  Asa Hull (alguma data no terceiro quadrante do séc XIX)

Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus
Oh, what words I hear Him say!
Oh, que palavras ouço-lhe dizer
Happy place! So near, so precious…
Que feliz lugar! Tão íntimo, tão precioso…
May it find me there each day;

Que possa eu ser lá achado, a cada dia;
Sitting at the feet of Jesus,
Sentado aos pés de Jesus,
I would look upon the past,
Olharia eu para o passado,
For His love has been so gracious;
[Reconhecendo que] seu amor tem sido tão gracioso;
It has won my heart at last.
Afinal, conquistou meu coração.

Wesley Pritchard + Joy Gardner + Stephen Hill
Sitting at the feet of Jesus,

Sentado aos pés de Jesus
Where can mortal be more blest?
Onde pode, um mortal, ser mais abençoado?
There I lay my sins and sorrows,
Ali deponho meus pecados e tristezas
And, when weary, find sweet rest;
E, quando fragilizado, [ali] encontro doce descanso;
Sitting at the feet of Jesus,
Permanecendo sentado aos pés de Jesus,
There I love to weep and pray
É onde eu amo colocar-me em contrição e oração
While I from His fullness gather
Enquanto eu obtenho, de Sua plenitude,  
Grace and comfort every day.

Graça e conforto a cada dia.

Bless me, O my Savior, bless me,
Abençoa-me, oh meu Salvador, abençoa-me
As I sit low at Thy feet
Ao assentar-me quedado aos teus pés
Oh, look down in love upon me,
Oh, deriva [dos céus] o teu olhar de amor sobre mim
Let me see Thy face so sweet;
Permita-me contemplar tua tão doce face 
Give me, Lord, the mind of Jesus,
Dá-me, Senhor, a mente de Jesus
Keep me holy as He is;
Guardando-me santo como Ele é;
May I prove I’ve been with Jesus,
Que eu possa estar convicto de estar com Jesus 
Who is all my righteousness!
O qual é toda a Justiça para mim!
(Repete-se)

Sitting at the feet of Jesus… !!!

AudioPlayer online (controle de volume à direita)

Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses 

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

N° 326 : “MEU ‘PAPAI NOEL”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 17 de Dezembro de 2017

Minha infância, como a de praticamente toda criança, foi evoluindo, da primeira fase (a dos encantos) para as seguintes (rumo à realidade) com aquela aura sobre “Papai Noel”. É bem verdade que o personagem mais comum, nas famílias, para bancar a figura frequentemente estava em falta, até que se foi em definitivo, em 1973. Mas, na fase de encanto, a diferença que isto fazia era relativa… O efeito é que o avanço para a fase de realismo chegou mais rapidamente.

Essa lendária figura tem uma história de origem cristã. Ou, será que estou confundindo história com estória? Vejamos… Lá pelos idos tempos do início do século IV, havia um presbítero cristão na Ásia Menor (hoje Turquia) que tinha coração muito bondoso. Compadecido dos pobres, especialmente de crianças e órfãos, costumava ele presenteá-los, ao final de cada ano. De presbítero passou a pastor (ou bispo). Nos dias do imperador romano Diocleciano (244-305), foi ele perseguido e aprisionado (303), como muitos outros cristãos.  Mas, permaneceu vivo, e foi solto depois que Constantino (272-337) assumiu. Daí, foi designado bispo para a região de Myra. Participou do grande Concílio de Nicéia (325). Seu nome era Nicholas (ou Nicolau). Costumava referir-se a si mesmo como “Nicolau, um pecador, servo de Jesus Cristo”.

Com o passar dos séculos, o cristianismo se degenerou e adotou o costume de canonizar figuras da igreja; no caso dele, ocorreu no século XI. Outro costume medieval da igreja decadente foi o de designar figuras dos supostos santos como patronos de países. No caso dele, da Grécia e da Rússia. Por ter, ele, falecido em 06 de Dezembro de 350, essa data passou a ser usada, simbolicamente, como dia de benevolência aos pobres e às crianças.

Foi no século XIX que, na Alemanha e na Holanda, o chamado dia de “São Nicolau” começou a ser usada mais iconicamente. Logo foi adotado pela Inglaterra e pelo resto da Europa; origem do “Santa Claus”, identificado como o “Pai Natal”. Na língua francesa, “Natal” é “Noël”. O círculo polar Ártico separa, na Escandinávia, as terras altas da Lapônia, região que engloba o extremo norte da Rússia, da Finlândia, da Suécia e da Noruega. Foi aquela região, constantemente coberta por neve, a escolhida para simbolizar, nos países europeus, o “domicílio” do mítico “Santa Claus”. Renas, trenó, operários, todo um cenário para ir compondo a lenda. Os Estados Unidos preferiram estabelecer o “domicílio” do “Papai Noel” no Pólo Norte, por ser menos europeu. O comércio se apropriou avidamente da figura, para alavancar vendas. O dia 06 de Dezembro foi transferido para 25. E assim, vemos o que vemos, nos nossos dias. E eu, depois de tantos anos, preciso confessar (talvez, com certo rubor): não me desapeguei totalmente daquele encanto da primeira infância…

No entanto, mesmo sem ‘total libertação’ daquele encanto infantil, posso dizer que meu “papai Noel” infantil já há muito foi substituído. No lugar dele, vive e sobrevive o verdadeiro personagem do Natal. Foi esse verdadeiro personagem quem motivou Nicholas (chamado “São Nicolau”) a ser quem foi, a fazer o que fez: Jesus Cristo!

No Natal, fala-se de amor e paz; pois Ele é a única fonte verdadeira de amor e paz! “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14.27, ARA). “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua própria vida pelos seus amigos” (João 15.13, ARA).

No Natal, fala-se de esperança; pois Ele é a única esperança legítima e eficaz! “Cristo Jesus, a nossa esperança” (I Timóteo 1.1, NVI).

No Natal, fala-se de alegria e contentamento! Pois, aí está: em quem mais pode haver verdadeira alegria e contentamento? “Tenho-lhes dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa” (João 15.11, NVI).

A canção popular, de bela harmonia musical, tem uma letra melancólica: Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel… Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem… Com certeza já morreu, ou então felicidade é brinquedo que não tem…  

O meu “Papai Noel” da infância ficou por lá, desde que a verdade me trouxe do encanto para a realidade. Mas, meu atual personagem natalino não me causa desencanto; nunca me causou, e sei que jamais me causará. Jesus é o único que tem o estoque inesgotável de felicidade!  Jesus, o Filho de Deus, é o único que pode nos tornar filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu Nome” (João 1.12, ARC). Comigo, isto já se deu… Meu Natal, no presente, tem dois pontos de referência: um, no passado, outro no futuro: um, no berço em Belém, daquele que ressurgiu da morte, depois de ser levado à cruz; outro, no futuro, no qual, com Ele, tudo será eterna alegria, amor, paz, felicidade…

Finalizo com uma das mais belas canções de Natal de todos os tempos, na voz de Celine Dion… Note-se que “Noel”, que ela canta no final, não se refere ao personagem lendário; como a letra original é francesa, usa apalavra francesa para “natal” (noël).  

O HOLY NIGHT
Ó, Noite Santa

Letra: Placide Cappeau (1808-1877)
Música: Adolphe Adam (1803-1856)

O holy night the stars are brightly shining
Ó santa noite, as estrelas brilham refulgentes
It is the night of our dear Savior's birth
É a noite do nascimento do nosso Salvador
Long lay the world in sin and error pining
Há muito o mundo definhava em pecado e erro
Till He appeared and the soul felt its worth
Até que surgiu, e a alma viu seu valor
A thrill of hope the weary world rejoices
O frágil mundo se regozija na emoção da esperança
For yonder breaks a new glorious morn
Pois rompe adiante uma nova manhã gloriosa
Fall on your knees
Quedai em vossos joelhos
O hear the angels' voices
Oh! Ouvi as vozes angelicais
O night divine!
Oh! Noite divina!
O night, when Christ was born
Oh! Noite, quando Cristo nasceu
O night divine! Oh night,
Oh! Noite divina! Oh noite,
O night divine!
Oh! Noite divina!

Truly He taught us to love one another
Ele nos ensinou a verdadeiramente amar um ao outro
His law is love and His gospel is peace
Sua lei é amor e seu evangelho é paz
Chains shall He break, for the slave is our brother
Ele quebrará as cadeias, pois o servo é nosso irmão
And in His Name, all oppression shall cease
E em Seu Nome toda opressão cessará
Sweet hymns of joy in grateful chorus raise we
Erguemos grato coro de doces cantos de alegria
Let all within us praise His Holy Name
Que tudo dentro de nós bendiga Seu Santo Nome
Christ is the Lord!
Cristo é o Senhor!
Then ever, ever praise we
Então, sempre e prá sempre louvamos
Noël, Noël
Natal, natal
O night, O night divine!
Oh! Noite, Oh! Noite divina!
Noël, Noël
Natal, natal
O night, O night divine!
Oh! Noite, Oh! Noite divina!
Noël, Noël
Natal, natal
O night, holy night!
Oh! Noite, oh! santa noite!

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

N° 325 : “DESPERDÍCIO”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 10 de Dezembro de 2017

Segundo notícias que se lêem, quase um bilhão de pessoas ainda passa forme no mundo, atualmente. No entanto, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente. Organizações de fomento à agricultura e estudos alimentares, em diversos países, alertam para a necessidade de se reduzir esse desperdício.

Em nosso tempo, todos os oceanos do mundo estão formando “ilhas de lixo”, especialmente objetos de plástico, que assustam os ecologistas: no Atlântico, uma gigantesca formação próximo ao Caribe; no Pacífico norte, cerca de 4 milhões de toneladas de objetos descartados, amontoam-se entre a Califórnia e o Havaí, numa área de mar equivalente aos estados de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro, juntos; no Pacífico sul, uma “ilha de lixo” do tamanho do território do México desafia os ecologistas e o planeta. E assim, os oceanos vão, pouco a pouco, tendo sua superfície de água sendo substituída por material descartado e desperdiçado.

Na área da construção civil, o mundo inteiro passou a se preocupar com o desperdício de material, especialmente a partir da década de Noventa. Era comum dizer-se, por exemplo, que, no Brasil, de cada três prédios construídos, desperdiçava-se material suficiente para construir mais um… Um índice superior a trinta por cento que, felizmente, vem caindo… Mas, muito pouco ainda…     

Fico a pensar no Criador, lá no Jardim do Éden…  O registro bíblico conta que Deus gastou até metade do sexto dia da semana criativa construindo todo o universo, e trazendo à vida todos os seres vivos para habitar o planeta. Todos, exceto o homem. Aparentemente, ‘depois do almoço do sexto dia’, Deus dedicou seu expediente para formar o homem; aliás, o casal – homem e mulher…

Criado o casal – Adão e Eva – Deus deu a eles um privilégio muito especial: o jardim, Jardim do Éden! Note, com atenção, as notícias maravilhosas que Deus tinha para dar ao casal, acerca do seu habitat:

1 – Quem plantou o jardim foi o próprio Deus (Gênesis 2.8). Eu já vi belíssimos jardins e pomares plantados por mãos humanas; mas, sou capaz de dizer que nenhum deles se igualava ao Éden, porque este foi plantado pelo próprio Deus!

2 – O jardim tinha fartura de árvores alimentícias, várias modalidades de frutas (Gênesis 2.9); um verdadeiro paraíso. Eu, que sou um indeciso entre as frutas que eu mais gosto, fico imaginando que, naquele jardim, eu ficaria deslumbrado e perdido…  

3 – Águas puras ali não faltavam (Gênesis 2.10); as fontes do jardim formavam quatro rios…

4 – Havia, também, metais e pedras preciosas (Gênesis 2.11,12); pelo menos ouro da melhor qualidade, bdélio e sardônio…

5 – E o melhor de tudo: no jardim Deus colocou a Árvore da Vida! (Gênesis 2.9). Se faltasse tudo mais que Deus ali colocou à disposição do homem, só a Árvore da Vida seria suficiente para seu inteiro deleite, perenemente…

Mas, que tristeza! Mais que isso: que desperdício! Por causa do pecado, o homem desperdiçou tudo quanto estava naquele paraíso, tudo feito pela mão de Deus.  Adão e Eva, caídos em seu pecado primário e mortal, foram postos para fora do jardim. Deus arranjou uma guarda especial, para que eles não entrassem de novo: Gênesis 3.23,24.

Sabe que é assim, ainda hoje?  Por causa do pecado, os melhores bens da comunhão e do deleite da mão de Deus, nós desperdiçamos. Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele” (Isaias 59.2, NVI). Deus é o dono de todas as coisas criadas, de todos os dons preciosos. Entretanto, por causa do nosso pecado – que desperdício – deixamos de usufruir do melhor de Deus.

Fico pensando no olhar de Deus, depois que tirou nossos primeiros pais do Éden: por um lado, fez justiça, porque cumpriu Sua palavra de juízo; por outro lado, que será que pensou, vendo o paraíso vazio? Não me atrevo a dizer que Deus olhou para o jardim desabitado pelo homem e exclamou – ‘que desperdício’! Porque, mesmo tendo Ele exercido Sua justiça e retidão, tirando Adão e Eva do Jardim do Éden, exerceu também Sua grande misericórdia, prometendo reintroduzi-lo…

Só que, da segunda vez, o homem não pode entrar sozinho: tem que ser acompanhado por um bom guia: Jesus Cristo! E, para que Seus magníficos dotes e os preciosos bens da Sua comunhão não sejam desperdiçados, Ele requer uma única condição: que os nossos pecados sejam tratados e lavados no sangue do Seu Filho, e que crucifiquemos nosso velho ser interior pecaminoso na cruz do Cordeiro. Em decorrência, um dia, estaremos de volta ao Paraíso (Apocalipse 21 e 22)… Sem mais desperdícios!

Terminando, mensagem cantada pelo Paulo Gomes…

VEM, INFLAMA
[Orig. I AM COMING]
Helen Young, Ira Sankey (1840-1908) e Guilherme Luiz dos Santos Ferreira (1850-1934)  

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

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N° 324 : “ORAÇÕES DIÁRIAS IMPRESCINDÍVEIS – VII”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 03 de Dezembro de 2017

"… POIS TEU É O REINO, E O PODER, E A GLÓRIA, PARA SEMPRE…"

Ainda no começo da minha adolescência, li um best-seller internacional: “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, originalmente escrito em Inglês, em 1936. O afamado autor da obra, Dale Carnegie (1888-1955), se tornou referência mundial, e não viveu o suficiente para ver o alcance do que escreveu: atualmente, são mais de 50 milhões de cópias, traduzidas em vários idiomas.

O livro inspirou a criação de um centro de treinamento que acolhe muitas pessoas e empresas. Muito do seu conteúdo decorre da experiência do autor, que influenciou grandes autoridades mundiais: de Rockefeller a Roosevelt, de Henry Ford a Winston Churchill… Parte do seu conteúdo tem similaridade com preceitos que se encontram na Bíblia.

Muitos dos gurus de relacionamento interpessoal dos dias contemporâneos “beberam” na fonte de Dale Carnegie. Um dos seus méritos foi o de sistematizar sugestões simples e diretas, no sentido de obter o melhor da relação com o ser humano. Simples, diretas, mas frequentemente esquecidas pela maioria de nós… Por exemplo: na arte de liderar, Carnegie recomenda que elogios e apreciações venham antes das demandas, críticas ou determinações. Um pequeno segredo que evita obstrução dos ouvidos (ou do coração), quando a segunda fase for necessária. Quem lê de uma forma pouco honesta, acaba transformando elogios em instrumentos de conquista e sedução.

Na relação com Deus, nós, seres humanos, não devemos transformar louvores em instrumentos de barganha, ou de conquista de favores. Primeiro, porque Deus não é influenciável como é o homem. Segundo, porque, se, por um lado, o homem possa ser induzido por louvores com segundas intenções, Deus jamais é… Ele consegue perscrutar as motivações do coração, com a mesma eficiência que ouve os louvores dos lábios.

No entanto, a Oração Magistral do Senhor, ensinada no Sermão do  Monte, “fecha-se” com uma doxologia. Essa doxologia constitui mais uma – a derradeira – oração diária imprescindível. Jesus termina a oração com as palavras: “porque teu é o reino, e o poder e a glória, para sempre” (Mateus 6.13, NVI).

Trata-se de uma porção que fecha com chave de ouro, similar à de um texto que surgira mil anos antes: Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (I Crônicas 29.11, ARA).

São quatro reconhecimentos de suma importância:
1) A Deus pertence o reino – inteirinho, em toda a sua extensão, em todo o universo;
2) A Deus pertence o poder – todo o poder;
3) A Deus pertence a glória – toda a glória, somente a Ele: Soli Deo Gloria!
4) Estes dotes são pertencentes a Deus para sempre! Não há risco de qualquer lapso de tempo sob prejuízo. Deus é um Deus que reina, é um Deus de poder, e um Deus que a Si mesmo atribui toda a glória, no meio das criaturas e além delas. Para sempre! Ele mesmo diz: Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei…” (Isaias 42.8, ACF)

Quando Jesus desfechou a Magna Oração com estas palavras de louvor a Deus, certamente tinha a consciência de quão agradável é, a Deus, receber os louvores sinceros daqueles que Lhe pertencem. O salmista já lecionava isto, no passado distante: Louvai ao SENHOR, porque é bom e amável cantar louvores ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor” (Salmo 147.1, ARA).

Podemos (e devemos) orar a Ele com adoração; buscar, Nele, a santificação; pedir, Dele, o pão diário indispensável; declarar-mos, a Ele, a nossa sincera submissão; clamar, de Sua parte, o livramento do mal e do maligno… Mas, jamais podemos nos esquecer de quão grato a Ele – o nosso Deus – toda a expressão de louvor. É por ela que dizemos a Deus o que Ele gosta muito de ouvir de nossos lábios (quando corações são sinceros): O Reino a Ti pertence – somos meros súditos! O poder a Ti pertence – sem Ti, nada somos! A glória a Ti pertence – não há, em nós mérito algum, crédito algum! Trata-se de mais uma oração diária imprescindível!

Prá encerrar, Apocalipse 5.12, cantado por coral na Igreja Batista em Goiânia…

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

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NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

N° 323 : “ORAÇÕES DIÁRIAS IMPRESCINDÍVEIS – VI”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 26 de Novembro de 2017

"… E NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO,
MAS LIVRA-NOS DO MAL…"

 

Entrar num avião, tomar lugar ao assento, observar os preparativos para a viagem, costuma oferecer algumas cenas curiosas para se assistir. Na maioria dos casos, se referem a pessoas que estão ali só porque precisam deslocar-se para outro lugar, e parece não haver outro jeito de o fazer, senão por avião. Mas seu ritual, até que o aparelho se encontre em rota estável sobre as nuvens, chama atenção. Olhos fechados (nem sempre é oração a Deus), manipulação de um terço, sinal da cruz duas ou três vezes…

Há pessoas que nunca entrarão num avião para viajar… Medo pavoroso que caia… Há pessoas que jamais entrariam numa embarcação, para fazer ao largo no oceano, sabendo de muitos metros abaixo só de água… Há quem sinta calafrios, só de pensar na situação de astronautas, dentro de uma estação orbital, lá no espaço, a 350 quilômetros acima do solo… Ou, ao pensar que, viajando pelo oceano Atlântico, poderiam estar flutuando a 4 quilômetros acima do fundo do mar.

Tememos nos ver em situações como tais, trememos em pensar nelas, mas não tememos pior que isso, e que nos acontece todos os dias, ainda que invisivelmente aos olhos. Pior é levantar pela manhã, já tendo o diabo e uma legião de demônios à espreita: “O diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar…” (I Pedro 5.5, ARA).  Antes mesmo de sairmos de casa para qualquer tipo de compromisso ou agenda, e o risco das tentações já está amontoado em toda sorte de oportunidades.

Um famoso (e já falecido) escritor brasileiro disse, certa vez: “não devemos resistir às tentações; podem elas não voltar…”. O renomado escritor britânico Oscar Wilde (1854-1900) disse esta insanidade: “A melhor maneira de nos livrarmos das tentações é cedendo a elas”. Quem, porém, conhece a biografia do reformador Martinho Lutero (1483-1546), sabe que ele lutava contínua e diariamente contra as tentações; e chegou a admitir que essa luta lhe ensinava muito sobre a santidade.

Tentações são, numa linguagem simples e direta, convites satânicos ao pecado. Estamos às voltas com esses convites, todo dia, dias inteiros. Eis a razão porque Jesus incluiu, em sua Oração Mestra do Sermão do Monte, esta petição diária: “E não nos deixe cair em tentações, mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13, ARA). De fato, trata-se de uma imprescindível oração diária.

Se Deus não nos guardar, cairemos… Se Deus não nos fortalecer, sucumbiremos… Se Deus não nos preservar, prevaricaremos… Dependemos, a cada dia, a cada hora, a cada minuto (e eu diria que a fração do tempo chega aos segundos) do atendimento divino a este rogo – livra-nos de cair, livra-nos do mal…

Alguns colegas meus de ministério da Palavra já me confessaram sua intensa luta para não sucumbir a tentações, particularmente ao constatarem que o diabo parece estar especialmente aplicado em fazer naufragar, pela quebra do sétimo mandamento, os condutores de almas. Lembro-me de um dos meus colegas que já sucumbiram publicamente, quando me disse: “Ulisses, infelizmente posso dizer que passei pela angústia do salmista – laços de morte me cercaram; angústias do inferno se apoderaram de mim… Caí em tribulação e tristeza”. Nisto, a lembrança se voltava ao  Salmo 116…

Grande bênção, dentre as que desfruta o cristão, é o livramento: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (I Coríntios 10.13, NVI). Trata-se de uma promessa que proporciona fiança segura quando a Ele nos dirigimos, em clamor – livra-nos de cair… Eis a promessa pelo Senhor afiançada: “Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei…” (Salmo 91.14, ARA).

Quem é o nosso socorro bem presente, nas tentações ou nas tribulações? Deus, em quem está o nosso livramento. O tentador é incansável em seus ardis diários. Deus é o nosso livramento! No meio do constante risco das tentações em nossa vida, nada melhor do que seguir o ensino proporcionado pelo Filho de Deus. O Senhor quer que digamos a Ele, em oração diária: Oh! Quantas são as tentações que me cercam, desde que raia o dia… Livra-me, Senhor, de cair nas tentações… Aliás, talvez seja a primeira mais importante petição do dia!Em 1932, o compositor do nosso hino de hoje estava com 32 de idade. Nascido no evangelho, filho de pregador, decidiu andar,a na juventude, por caminhos onde proliferam laços de morte. Uma enfermidade, foi o que Deus usou para traze-lo de volta ao Seu caminho. Casou-se, passou a morar em Chicago, e começou a participar de cruzadas evangelísticas. Naquele ano, quando estava em Saint Louis, numa campanha, recebeu telegrama a respeito de sua esposa: ela havia falecido durante o parto do primeiro filho. Correndo de volta à sua casa, viu a linda criança. Mas, Deus reservava mais: na mesma noite também o garoto morreu. Revoltado contra Deus, pensou em nunca mais pregar ou cantar o evangelho. Impossível! Deus o dobrou perante Si, e ele compôs a magnífica oração aqui cantada por Sherman Andrus (1942-…).
 

Ouça, tendo a letra livremente traduzida após nosso  

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TAKE MY HAND, PRECIOUS LORD
Toma Minha Mão, Precioso Senhor
Thomas Andrew Dorsey (1899-1993)

When my way grows drear
Quando meu caminho avança tenebroso
Precious Lord linger near
Precioso Senhor, permanence por perto
When my light is almost gone

Quando minha luz quase fenece
Hear my cry, hear my call

Ouve meu clamor, ouve meu chamar
Hold my hand lest I fall

Segura minha mão, senão caio
Take my hand precious Lord, lead me home!

Toma minha mão, precioso Senhor, conduz-me pra casa!

 

Precious Lord, take my hand
Precioso Senhor, toma minha mão
Lead me on, let me stand

Conduz-me, sustenta-me
I am tired, I am weak, I am lone

Cansado estou, fraco estou, solitário
Through the storm, through the night

Através da tempestade, ou da noite
Lead me on to the light

Guia-me para a luz
Take my hand, precious Lord, lead me home!

Toma minha mão, precioso Senhor, conduz-me pra casa!

Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

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N° 322 : “ORAÇÕES DIÁRIAS IMPRESCINDÍVEIS – V”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 19 de Novembro de 2017

"PERDOA-NOS, ASSIM COMO TEMOS PERDOADO…"

O senso de humor dos britânicos é um caso especial. Enquanto no resto do mundo o humor é dependente especialmente de produção de palavras, britânicos, com seu temperamento peculiar, conseguem produzir um humor sem depender tanto das palavras. O seriado “Mister Bean” é um exemplo famoso. Isto não quer dizer que britânicos sejam desajeitados com palavras; aliás, muito pelo contrário. É verdade que nem todos os cérebros conseguem captar o toque de humor de algumas de suas produções; mas, engatando uma marcha de cada vez na atenção e no raciocínio, vai…

Meu amigo David Searle, que conheci ainda em 1995, então diretor da Rutherford House, em Edimburgo, raramente começava uma mensagem sem introduzir com uma narrativa de refinado humor. Lembro-me, por exemplo, do caso que contou de certo cristão, e sua oração:
– Ó Senhor Deus, eu te dou graças porque hoje eu não quebrei um só dos teus mandamentos: não te troquei por outro senhorio, não idolatrei, não menti, não cobicei o alheio… Nada, Senhor! Nenhum pecado! Por isto te dou muitas graças! E te dou graças, também, por este abençoado café da manhã que Tu me destes!… E assim, logo terminou o personagem a sua oração.

Convenhamos: se eu tiver que explicar, perde a graça. Mas, não tenho como aproveitar a história (ou estória, não sei), sem pincelar. A oração tinha tudo para ser [quase] verdadeira: afinal, o dia mal começara…

A verdade é que não precisamos de muitos minutos, a cada novo dia, para depender acentuadamente que Deus nos seja generoso com Seu perdão. O pecado jaz à porta, como disse o próprio Deus a Caim (Gn 4.7). Basta que os primeiros impulsos de impressão cheguem a qualquer dos nossos sentidos físicos (visão, audição, tato, etc…), e a infeliz oportunidade de pecado já abateu mais um…

Por isto, a quinta parte da ‘Oração Didática do Sermão do Monte’, ensinada pelo Senhor Jesus, se mostra, também, como uma imprescindível oração diária: e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores… Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.12,14,15, ARA).

Certa vez, preguei uma mensagem com o seguinte título: “3 Passos no Trato com o Pecado”. Os três passos envolvem as três faculdades espirituais que todos nós – humanos – portamos: intelecto, vontade, sentimento. O primeiro passo é quando eu tomo conhecimento do que desagrada a Deus; meu intelecto fica indesculpável… Daí, digo: “não posso pecar!”. O segundo passo é quando avanço para o domínio da vontade, mesmo que ela ainda se incline ao pecado… Daí, digo: “não quero pecar!”. Mas, isto ainda não é tudo, não é a sublimidade, porque ainda estou sujeito à atração do pecado, mesmo resistindo-o. O terceiro passo é quando o pecado já não mais cria atrativos sobre mim; meu sentimento está mudado, santificado, aperfeiçoado. Daí, digo: “não gosto de pecar!”. Aí está o topo.

O pecado é uma realidade tão infeliz e frequente em nossa vida, que não podemos passar um só dia sem dirigir a Deus as palavras desta oração indispensável – Pai, perdoa as minhas faltas!  

Agora, presta atenção na condicionante: “…assim como eu perdôo…. Em Mateus 18, a partir do verso 23 até o verso 35, Jesus contou a parábola de dois devedores – o primeiro, que devia altíssima soma a um rei; não tendo com que pagar, foi perdoado. Mas, ele tinha um conservo que lhe devia uma pequena quantia. Tendo sido perdoado de uma fortuna, foi impiedoso com seu amigo, que lhe devia uma merreca. Lembra-se do fim da parábola? Não? Que tal ir dar uma conferida no texto?

Quando oramos – Pai, perdoa-me a mim, que te ofendo tanto, da mesma maneira que eu tenho perdoado a quem me tem ofendido – precisamos ter muito cuidado. Com a medida que medimos, podemos ser medidos. Aliás, com a medida que medimos, seremos medidos!

Deus se agrada da confissão genuína de pecados; principalmente, se for acompanhada de contrição sincera, de domínio da vontade, de rendição de coração. Mas, também, se for acompanhada do exercício pessoal do perdão… A Bíblia, por intermédio de Tiago, nos diz: Todos tropeçamos de muitas maneiras” (Tiago 3.2, NVI). E eu diria: todos os dias! Aí está, portanto, uma oração diária imprescindível: aquela, em que buscamos, com mente, vontade e sentimento rendidos, o perdão divino! Dispostos a imita-LO!…

Finalizando, ouça esssa bela interpretação coral da Oração do Senhor:

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Bom Domingo, boa semana,

Ulisses

Notas das citações bíblicas:
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARC – Edição bíblica de Almeida, Revista e Corrigida, da Sociedade Bíblica do Brasil
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
NVI – Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

N° 321 : “DO ORKUT AO FACEBOOK”

Ministérios EFRATA – O Bem & o Mal, a Cada Dia
Domingo, 12 de Novembro de 2017
 

Em 2004 surgia o Orkut. A empresa que o lançara era nada menos que a gigante do setor da internet – a Google. O nome da rede social foi uma homenagem ao engenheiro que a idealizou, um turco chamado Orkut Büyükköten. Durou dez anos, apenas, e foi desativada em 2014.  

Em paralelo, surgia o Facebook. Depois de anos de concorrência, o Facebook conseguiu vencer o Orkut no mercado de redes sociais. Hoje, é a maior rede social do mundo e da história. Rapidamente cresceu, e cresceu muito mais do que o Orkut: foi o mais rápido crescimento empresarial da história. Em 2015, tornou-se a primeira empresa a alcançar o nível de mercado de 250 bilhões de dólares; em 2017, alcançou 2 bilhões de usuários no mundo.

Na língua portuguesa, o botão que expressa apreciação por alguma postagem tem sido chamado “curtir” (no inglês, “like”). Esta função começou a ser usada numa outra rede – não no Facebook. Porém, como essa rede foi incorporada, o “like” (“curtir”) passou a ser uma marca distintiva do Face.

Um estudo feito pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, levou os pesquisadores a concluir que basta uma análise um pouco mais científica do que usuários “curtem” no Facebook, para construir um perfil preciso dessa pessoa (mesmo sem que os analistas a conheçam pessoalmente). Idade aproximada, sexo, personalidade e preferências foram revelados com alta precisão pelos pesquisadores sobre o universo de usuários pesquisados, com base exclusivamente na lista de suas “curtidas”.    

Sendo assim, talvez seja oportuna uma palavrinha especial aos usuários de mídias sociais de internet. Há duas coisas importantes para pensar, a partir desta palavrinha. A primeira, já está patenteada pela pesquisa acima, de Cambridge; não se esqueça: você está revelando quem você realmente é, através das suas “curtidas”. Você “curte” os pensamentos e os feitos dos ímpios? Dos que não cultivam o temor de Deus no coração? Muito cuidado, eu te digo, portanto! Há uma grande possibilidade de você estar sendo confundido, por alguém que não te conheça de perto, como ímpio, como alguém que não cultiva temor de Deus no coração.

A Bíblia diz para nos afastarmos de comunhão com quem tem olhar maligno; na figura bíblica, se comermos com eles à mesa, depois da refeição nos sobrarão os vômitos… Se você ler com atenção Provérbios 23 (especialmente versos 6 a 8), e entender o que está escrito, não duvidará disto…

A segunda é: talvez, esteja sendo oportuno o tempo para você rever alguns dos valores que mais preza. Note só: na tentação de Jesus, o diabo até citou corretamente a Palavra de Deus (o que “está escrito”). No entanto, suas motivações foram todas ilegítimas. Algumas pessoas podem estar publicando boas verdades em suas páginas escritas. No entanto, se essas boas verdades estão misturadas ao escárnio, ao palavreado torpe (deixa eu traduzir num Português mais claro: palavrões, e palavras de baixo nível), à ofensa, ao deboche, à deturpação da fé e dos bons costumes da moral bíblica, e você “curte”, é bom pensar se Deus não está oferecendo oportunidade para uma revisão de valores.

Dia desses, uma pessoa até bem culta, aparentemente bem posicionada do ponto de vista familiar, político, educativo, reagiu ao post de um cristão chamando, jocosamente, seu livro sagrado de “gibíblia” (uma mistura desrespeitosa de gibi + Bíblia).

A Bíblia é clara: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (I Coríntios 15.33, ARA). Diz, ainda: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente…” (Romanos 12.2, NVI). E, por que não acrescentar as palavras sábias registradas pelo apóstolo? “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8, ACF).

Vale a pena refletir, continuamente, nas perguntas de retórica que esse mesmo apóstolo lança – todas com uma única resposta: “Porque, que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão entre a luz e as trevas? Ou, que concórdia entre Cristo e Belial? Ou, que sociedade entre o fiel e o infiel? Que consenso pode haver entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivo…” (II Coríntios 6.14-16, BCF). 

É verdade que a Bíblia não contém “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”! Mas, além do Salmo 1º, contém, por exemplo: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Provérbios 13.20, ARA). A questão é – qual a verdadeira sabedoria, segundo a Bíblia?

Termino com uma mensagem cantada em Português, interpretada pelo antigo grupo "Os Ligados".

O QUE RESPONDERÁS (1973)
Ottis H Skilling (1935-2004)

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Bom Domingo, boa semana,
 Ulisses

Notas das citações bíblicas: 
ACF – Edição bíblica de Almeida, Corrigida e Revisada Fiel, da Sociedade Bíblica Trinitariana
ARA – Edição bíblica de Almeida, Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil
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BCF – Bíblia Católica de Figueiredo, www.bibliacatolica.com.br
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